quarta-feira, 7 de outubro de 2015

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RESUMÃO: Psicologia e Políticas públicas

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Psicologia e Políticas públicas – NP1

-Nós somos o que estamos: os papeis se alteram dependendo do contexto.
-Mundos objetivos e subjetivos caminham juntos e se relacionam o tempo todo.
-Polis (grego – cidade) à política (viver em cidade).
-Civis/civilis (latim – civilização/civil).
-Comum: viver junto (comunidade, comuna, comunismo).
-Direito é o atenuante social, o ponto de equilíbrio entre opostos.
-Negociação (Nec –não- e Ocion –ação-): criar regras. Debater ideias e chegar a acordos (mesmo que não consensuais).
-Nós atribuímos significados à tudo que existe ao nosso redor (pode ser nosso avesso – não se ver parte do todo, ex: pensar a ideia de Deus ou infinito).
-Política: negociar uma possibilidade de sentido concreto dentro dos nossos limites.
-Mercantilismo: moeda começa a ser importante e o feudalismo começa a cair. Passagem de teocentrismo para antropocentrismo (homem como mediador das coisas). Passagem para o renascimento (neoclassicismo).
-Hobbes: “o homem é o lobo do homem” (a ameaça de si próprio). É despertado pelo sentimento de posse.
-Necessidade de um estado que faça pacto de acordo mútuo.
-Igualdade: lei (todos têm direito).
-Adam Smith: liberalismo/liberal (existem leis naturais no mercado, que o autorregulam).
-Lei da oferta e procura: o que existe em abundância vale menos e o que é restrito vale mais.
-Darwinismo social: os mais qualificados irão prosperar.
-Nos baseamos em preservação do indivíduo e da espécie (mais importante).

-Idade Média: classe social por títulos de nobreza.
-Reestruturação do estado: liberdade (liberalismo) – Adam Smith – lei de oferta e procura, darwinismo social – conceito de naturalidade (Deus fez / também presente em Lock e Rousseau).
-Conceito de natural envolve aspectos bons ou maus, são conceitos morais (humanos): o homem criou ele mesmo e tudo ao redor (natural é uma outra apropriação humana).
-Estudo da moral: ética (ethos) – o bom é coletivo, não apenas individual.
-Justiça: equilíbrio, equidade. Segundo Platão, há uma coisa acima da justiça: o bem (equilíbrio entre o eu e o nós).
-A ideia de natural gera acúmulo de riquezas.
-Marilena Chauí: ideologia (esperança, crenças, dogma). Permitimos que as coisas sejam desse jeito por acreditarmos que é possível chegar a uma posição melhor.
-Muitas pessoas reunidas conversam e percebem que as coisas estão ruins – movimento dos operários (em meio a um darwinismo social).
-Karl Marx estudou o capitalismo (O Capital / Der Capital). Estudos sobre a mais valia (desigualdade) – revolução russa.
-Ideia de Welfare State (estado de bem estar social) – guerras, crise de 29 – dar conta das pessoas que não têm condições (políticas públicas).
-John K: estado para restabelecer o equilíbrio econômico por meio de uma política fiscal.
-Estado precisa estar sob um estado de direito, onde dá conta da ideia de igualdade em questão legislativa. O exercício de direito só se dá em ato, não em potência. É necessário criar oportunidades para o indivíduo usufruir do direito.
-No Brasil, as políticas públicas tentam dar vida às leis.
-De legislação do proibido para legislação da possibilidade.
-Marshall: manter os direitos individuais é obrigação do estado, assim como garantir os mínimos necessários (saúde, educação, segurança, transporte).

-Durante 24 anos, existiram dois partidos: MDB e ARENA (extrema direita, prefeito biônico – nomeado).
-1920: 30% das pessoas morando na cidade e 70% no campo (agrícola). A maioria dos produtos era produzida nos campos e vendida na cidade.
-1970: 70% das pessoas morando na cidade e 30% no campo (sociedade industrializada). Isto favoreceu o acúmulo de capital em uma pequena parcela da população, onde 20% tem acesso a 2% da renda nacional e 10% tem acesso a 50% dessa renda. O Brasil sendo conservador, autoritário (não consulta as massas) e hierárquico/centralizador. A cultura era remediativa, com um estado desenvolvimentista.
-A consolidação das leis de trabalho uniu ideias que estavam desconexas e, por vezes, contraditórias. Surge a ideia de salário mínimo (garantir os mínimos sociais).
-A queda do muro de Berlim gerou uma mudança de paradigma do estado.
-Conceito de internacionalização da economia se intensificou: geração de emprego e produção no território alheio.
-Saúde: estado/estar.
-Ideia biologizante: órgãos com funcionamento adequado ou não.
-Existe um padrão instituído: normal/saúde. O que foge dessa média de comportamentos é considerado anormal/doença.
-O “normal” é cultural.
-A ideia de cura é levar a pessoa para o padrão socialmente aceitável. Se mudamos as expectativas da sociedade, mudamos o padrão. O que não é aceitável para uma sociedade, pode ser para outra.
-O que determina a saúde é o meio onde vivemos (ideia dinâmica). Também está relacionada com a interação social.
-Prevenção da saúde mental: normatização de comportamentos e condutas.
-Viver é dinâmico, mas possui um controle intenso que gera efeitos colaterais (doença).
-Definição de 1948: saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e social.
-Prevenção de saúde pressupõe ações sociais. Participação social, cultura, solidariedade, justiça, segurança, limpeza, organização.
-Cria-se leis e, em seguida, leis específicas para colocar em prática a primeira (ou se aproximar).
-SUS: saúde é um direito das pessoas. O governo deve garantir os acessos.
-Equidade: tratar diferentemente os diferentes.
-Universalidade, equidade, igualdade e integralidade.
-Aprendemos a apropriação do que foi ensinado. Ensinar é impossível.
-Ensinar saúde é impossível, educar é normatizar (colocar no padrão). Podemos criar situações onde a apropriação seja possível.
-De 1930 a 1950 o Brasil investiu na industrialização. Em 1980 o investimento havia caído (investimento de apenas 17%).
-A América do Sul teve uma militarização generalizada por interesse dos Estados Unidos, com receio de que o comunismo se espalhasse. Os discursos de esquerda têm adesão maior quando a situação está ruim (América latina subdesenvolvida), então focaram na militarização.
-Liberdades civis: direito a propriedade; direito de ir e vir; direito de voto/participação política. “Liberdades” que se contradizem, pois dependem de interesses maiores. Se questionar o direito de participação política, será censurado.
-O início foi em 1964 e o ápice em 1968 com o ato institucional 5, onde os partidos políticos foram dissolvidos. Antes eram apenas dois hegemônicos: MDB (Movimento democrático brasileiro) e ARENA (Aliança renovadora nacional).
-Para presidente da república, não tem eleição direta. Democracia representativa: elege deputado e deputado elege presidente.
-Linha hegemônica da época: Psicanálise (normalidade e anormalidade, doente e saudável). Elitista, consultório particular. O conteúdo manifesto era a repressão, o latente eram as pressões que a censura tentava esconder. Contexto que influenciava a Psicologia.
-Antes de qualquer coisa, o psicólogo deve ter um bom ouvido e compreender a subjetividade de sua época.
-Último presidente militar: João Batista de Oliveira Figueiredo.
-Assinatura do movimento da anistia (liberdade). Ideia de abertura política.
-A segregação é afastar do nosso olhar tudo que foge a concepção de “normal” (pobres, “loucos”, bandidos, idosos). Age com penalização, privação de liberdade.
-Movimento anti-manicomial: discurso libertário, anti-segregação, pensar como reintegrar na sociedade as pessoas vítimas da segregação. Abertura do campo da Psicologia.
-Saúde não é ausência de doença, é uma ideia de integralidade.
-Os psicólogos chegaram aos postos de saúde e receber pessoas com demanda escolar, idosos, gestantes e pessoas com problemas além de subjetivos: sociais. A visão do psicólogo era de um conceito clínico tradicional (rotulação, ideia de saúde e doença, pacientes usando o rótulo como muleta) e o desafio era adaptar às novas necessidades.

-Sujeito genérico da Psicologia: pobreza (inclusive delinquência). O psicólogo no combate à pobreza: promoção social da Psicologia com a assistência social. A ideia de liberdade de pensar (instrumentos para ser protagonista da própria história, conteúdo cultural): autonomia. O psicólogo deve promover condições de autonomia.

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