RESUMÃO: Psicologia e Políticas públicas
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Psicologia e Políticas públicas – NP1
-Nós somos o que estamos: os
papeis se alteram dependendo do contexto.
-Mundos objetivos e
subjetivos caminham juntos e se relacionam o tempo todo.
-Polis (grego – cidade) à política
(viver em cidade).
-Civis/civilis (latim –
civilização/civil).
-Comum: viver junto
(comunidade, comuna, comunismo).
-Direito é o atenuante
social, o ponto de equilíbrio entre opostos.
-Negociação (Nec –não- e
Ocion –ação-): criar regras. Debater ideias e chegar a acordos (mesmo que não
consensuais).
-Nós atribuímos significados
à tudo que existe ao nosso redor (pode ser nosso avesso – não se ver parte do
todo, ex: pensar a ideia de Deus ou infinito).
-Política: negociar uma
possibilidade de sentido concreto dentro dos nossos limites.
-Mercantilismo: moeda começa
a ser importante e o feudalismo começa a cair. Passagem de teocentrismo para
antropocentrismo (homem como mediador das coisas). Passagem para o renascimento
(neoclassicismo).
-Hobbes: “o homem é o lobo
do homem” (a ameaça de si próprio). É despertado pelo sentimento de posse.
-Necessidade de um estado
que faça pacto de acordo mútuo.
-Igualdade: lei (todos têm
direito).
-Adam Smith:
liberalismo/liberal (existem leis naturais no mercado, que o autorregulam).
-Lei da oferta e procura: o que
existe em abundância vale menos e o que é restrito vale mais.
-Darwinismo social: os mais
qualificados irão prosperar.
-Nos baseamos em preservação
do indivíduo e da espécie (mais importante).
-Idade Média: classe social por títulos de nobreza.
-Reestruturação do estado: liberdade (liberalismo) – Adam
Smith – lei de oferta e procura, darwinismo social – conceito de naturalidade
(Deus fez / também presente em Lock e Rousseau).
-Conceito de natural envolve aspectos bons ou maus, são
conceitos morais (humanos): o homem criou ele mesmo e tudo ao redor (natural é
uma outra apropriação humana).
-Estudo da moral: ética (ethos) – o bom é coletivo, não
apenas individual.
-Justiça: equilíbrio, equidade. Segundo Platão, há uma
coisa acima da justiça: o bem (equilíbrio entre o eu e o nós).
-A ideia de natural gera acúmulo de riquezas.
-Marilena Chauí: ideologia (esperança, crenças, dogma).
Permitimos que as coisas sejam desse jeito por acreditarmos que é possível
chegar a uma posição melhor.
-Muitas pessoas reunidas conversam e percebem que as coisas
estão ruins – movimento dos operários (em meio a um darwinismo social).
-Karl Marx estudou o capitalismo (O Capital / Der Capital).
Estudos sobre a mais valia (desigualdade) – revolução russa.
-Ideia de Welfare State (estado de bem estar social) –
guerras, crise de 29 – dar conta das pessoas que não têm condições (políticas
públicas).
-John K: estado para restabelecer o equilíbrio econômico
por meio de uma política fiscal.
-Estado precisa estar sob um estado de direito, onde dá
conta da ideia de igualdade em questão legislativa. O exercício de direito só
se dá em ato, não em potência. É necessário criar oportunidades para o
indivíduo usufruir do direito.
-No Brasil, as políticas públicas tentam dar vida às leis.
-De legislação do proibido para legislação da
possibilidade.
-Marshall: manter os direitos
individuais é obrigação do estado, assim como garantir os mínimos necessários
(saúde, educação, segurança, transporte).
-Durante 24 anos, existiram
dois partidos: MDB e ARENA (extrema direita, prefeito biônico – nomeado).
-1920: 30% das pessoas
morando na cidade e 70% no campo (agrícola). A maioria dos produtos era
produzida nos campos e vendida na cidade.
-1970: 70% das pessoas
morando na cidade e 30% no campo (sociedade industrializada). Isto favoreceu o
acúmulo de capital em uma pequena parcela da população, onde 20% tem acesso a
2% da renda nacional e 10% tem acesso a 50% dessa renda. O Brasil sendo
conservador, autoritário (não consulta as massas) e hierárquico/centralizador.
A cultura era remediativa, com um estado desenvolvimentista.
-A consolidação das leis de
trabalho uniu ideias que estavam desconexas e, por vezes, contraditórias. Surge
a ideia de salário mínimo (garantir os mínimos sociais).
-A queda do muro de Berlim
gerou uma mudança de paradigma do estado.
-Conceito de
internacionalização da economia se intensificou: geração de emprego e produção
no território alheio.
-Saúde: estado/estar.
-Ideia biologizante: órgãos
com funcionamento adequado ou não.
-Existe um padrão instituído:
normal/saúde. O que foge dessa média de comportamentos é considerado
anormal/doença.
-O “normal” é cultural.
-A ideia de cura é levar a
pessoa para o padrão socialmente aceitável. Se mudamos as expectativas da
sociedade, mudamos o padrão. O que não é aceitável para uma sociedade, pode ser
para outra.
-O que determina a saúde é o
meio onde vivemos (ideia dinâmica). Também está relacionada com a interação
social.
-Prevenção da saúde mental:
normatização de comportamentos e condutas.
-Viver é dinâmico, mas
possui um controle intenso que gera efeitos colaterais (doença).
-Definição de 1948: saúde é
um estado completo de bem-estar físico, mental e social.
-Prevenção de saúde
pressupõe ações sociais. Participação social, cultura, solidariedade, justiça,
segurança, limpeza, organização.
-Cria-se leis e, em seguida,
leis específicas para colocar em prática a primeira (ou se aproximar).
-SUS: saúde é um direito das
pessoas. O governo deve garantir os acessos.
-Equidade: tratar
diferentemente os diferentes.
-Universalidade, equidade,
igualdade e integralidade.
-Aprendemos a apropriação do
que foi ensinado. Ensinar é impossível.
-Ensinar saúde é impossível,
educar é normatizar (colocar no padrão). Podemos criar situações onde a
apropriação seja possível.
-De 1930 a 1950 o Brasil
investiu na industrialização. Em 1980 o investimento havia caído (investimento
de apenas 17%).
-A América do Sul teve uma
militarização generalizada por interesse dos Estados Unidos, com receio de que
o comunismo se espalhasse. Os discursos de esquerda têm adesão maior quando a
situação está ruim (América latina subdesenvolvida), então focaram na
militarização.
-Liberdades civis:
direito a propriedade; direito de ir e vir; direito de voto/participação
política. “Liberdades” que se contradizem, pois dependem de interesses maiores.
Se questionar o direito de participação política, será censurado.
-O início foi em 1964 e o
ápice em 1968 com o ato institucional 5, onde os partidos políticos foram
dissolvidos. Antes eram apenas dois hegemônicos: MDB (Movimento democrático brasileiro)
e ARENA (Aliança renovadora nacional).
-Para presidente da
república, não tem eleição direta. Democracia
representativa: elege deputado e deputado elege presidente.
-Linha hegemônica da
época: Psicanálise (normalidade e anormalidade, doente e saudável).
Elitista, consultório particular. O conteúdo manifesto era a repressão, o
latente eram as pressões que a censura tentava esconder. Contexto que
influenciava a Psicologia.
-Antes de qualquer coisa, o
psicólogo deve ter um bom ouvido e compreender a subjetividade de sua época.
-Último presidente militar:
João Batista de Oliveira Figueiredo.
-Assinatura do movimento da
anistia (liberdade). Ideia de abertura política.
-A segregação é afastar do
nosso olhar tudo que foge a concepção de “normal” (pobres, “loucos”, bandidos,
idosos). Age com penalização, privação de liberdade.
-Movimento anti-manicomial:
discurso libertário, anti-segregação, pensar como reintegrar na sociedade as
pessoas vítimas da segregação. Abertura do campo da Psicologia.
-Saúde não é ausência de
doença, é uma ideia de integralidade.
-Os psicólogos chegaram aos
postos de saúde e receber pessoas com demanda escolar, idosos, gestantes e
pessoas com problemas além de subjetivos: sociais. A visão do psicólogo era de
um conceito clínico tradicional (rotulação, ideia de saúde e doença, pacientes
usando o rótulo como muleta) e o desafio era adaptar às novas necessidades.
-Sujeito genérico da
Psicologia: pobreza (inclusive delinquência). O psicólogo no combate à pobreza:
promoção social da Psicologia com a assistência social. A ideia de liberdade de
pensar (instrumentos para ser protagonista da própria história, conteúdo
cultural): autonomia. O psicólogo deve promover condições de autonomia.
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