Resumo da aula de DCAEI (22/09)
Postado em Direito da criança do adolescente e estatuto do idoso
Trabalho e violência: impactos na
juventude brasileira
Juventude
-Marcada
por diferenças: etnia, classe, gênero, escolaridade.
-Mudanças
biopsicossociais.
-Tomada
de decisões: escolar, comunitária, laboral. Adolescente é responsável por
decidir o que vai estudar para seguir em profissão. Cobra-se aspectos de
escolha e responsabilidade que não estão de acordo com o desenvolvimento biopsicossocial.
O jovem é chamado a agir na própria comunidade, pois entre num ciclo social de
mão de obra (potencialmente produtor e consumidor - jovem).
-Experiência
no trabalho é importante: construção de identidade, gerador de saúde,
bem-estar, realizações, gerador de doenças (sofrimento). Nos apresentamos da
forma que somos ensinados, vinculando ao que fazemos profissionalmente.
-Falar
que é “do lar” ou “aposentado” gera desqualificação pelo olhar do outro.
-Trabalho:
lugar de relações interpessoais. É necessário empenho e conquistas. Tem pares
que ajudam a se desenvolver e os que vão fazer o possível para manter à margem,
por exemplo, quando se relaciona a dinheiro.
-O.I.T.
(organização internacional do trabalho): avaliação dos benefícios e malefícios através
da interferência na escolarização, saúde e desenvolvimento. São benéficos
quando não interferem nesses pontos.
-O.I.T.:
adolescentes (15 aos 19 anos), jovens (20 aos 24 anos). Dependente por estar em
vulnerabilidade social e é responsabilidade dos pais sustentar, se estiver
estudando.
-E.C.A.:
crianças (0 a 12 anos incompletos), adolescentes (12 aos 18 anos). Adolescentes
a partir dos 14 anos pode trabalhar na condição de jovem aprendiz.
Jovens de camadas populares
-Moradia
precária;
-Dificuldades
de acesso à saúde, educação, saneamento básico;
-Renda
familiar reduzida;
-Busca
por autonomia e independência para completar a renda, garantindo o mínimo para
sobreviver. Na nossa cultura, só conseguimos ser “livres” tendo dinheiro.
Muitas vezes essa busca é sem a supervisão de um adulto, o que gera um estado
de vulnerabilidade para garantir situações de risco.
-Sociedade:
família, jovens, escola (através da qual podemos ter os direitos garantidos de
humanidade), grupos (jovem adere aos grupos para criar sua estrutura de
identidade, onde quer ser visto e reconhecido e é testado pelo grupo), mídia
(está em todos os lugares o tempo inteiro dizendo como ser, o que fazer, o que
consumir e como pertencer).
-Fatores
de proteção: E.C.A. Garante premissas básicas como estudo, descanso, lazer e
capacitação, horas de trabalho. Jovem aprendiz: 14 anos + condições (formação).
Precisa estar matriculado no ensino regular e profissionalizante, oferecendo a
experiência e capacitação simultânea. Legitimação de horários inadequados para
o trabalho. Deve ser condizente ao desenvolvimento biopsicossocial do
indivíduo.
-Fatores
de risco: vulnerabilidades sociais. Depende da comunidade, estrutura local e
realidade familiar a qual esse jovem pertence. Estão ligados a violação de
direitos além.
Violação dos direitos
-Fatores
sistêmicos (macrossistêmicos);
-Exploração
de mão-de-obra;
-Desemprego;
-Violência
nas comunidades (pode potencializar comportamentos de risco nesse jovem);
-Violência
no trânsito;
-Falta
de perspectiva laboral (plano de carreira, feedback?).
Jovens em situação de risco
-Comportamentos
maléficos: evasão escolar (trabalha, cansa, não tem tempo de estudar), práticas
sexuais arriscadas (corpo como forma mais fácil e rápida de causar prazer), uso
de drogas (fuga da realidade, possibilidade de criação de fantasia, prazer),
comportamentos violentos, iniciação sexual precoce. Jovens que trabalham sofrem
mais violência domésticas (mais cobrados e responsabilizados pelo sustento),
evitam ir para casa e vai para a rua consumir.
-Principal
componente negativo: dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Pode ter
experiência sem capacitação ou capacitação sem experiência.
-Empresas:
“obediência, submissão, dominação”. Potencializam a violência e o cenário de
violência, esperando alguém dócil, obediente e submisso para ser dominado.
-Violência
psicológica: silenciosa, velada. Desqualificação, humilhação.
-Assédio
moral: em público, declarada, como intimidação. Desqualificação, humilhação
para o coletivo e reforçado por esse coletivo. Vertical-descendente (chefe para
funcionários), vertical-ascendente (ataca o superior) e/ou horizontal (entre os
pares, concorrentes).
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