sábado, 4 de abril de 2015

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Resumão: Teoria Psicanalítica

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Teoria Psicanalítica – NP1

-A histérica não tinha uma causa orgânica para seus sintomas. A Psicanálise nasce a partir da possibilidade de criar um tratamento para esses casos. Freud criou uma teoria e um método.

-Existe uma força (inconsciente). Quando solucionado o conflito, é solucionado o sintoma.

-A histeria era vista como uma necessidade orgânica que seria curada quando satisfeita.

-O inconsciente move as nossas escolhas. É atemporal.

-Um evento gera um conflito, o que causa o sintoma. O sintoma encobre e denuncia o conflito. A partir do acesso consciente ao conflito, pode-se tratar.

-Trauma não é necessariamente uma situação concreta, é uma situação com a qual não conseguimos lidar emocionalmente.

-Tratamento: não julgar moralmente, contribuir para que a pessoa tenha mais recursos para lidar com a condição concreta pessoal.

-Histeria da conversão: o que não conseguimos lidar emocionalmente, é somatizado no corpo.

-Estamos sempre sujeitos a um determinado contexto.

-Somos movidos pelo inconsciente.

-No período da histeria, a mulher era muito reprimida (questão da sexualidade).

-Hoje em dia, o conflito é externo (nos movemos a partir da aceitação alheia).

-Histeria tem uma causalidade oriunda do inconsciente e um sintoma físico. A depressão não tem uma causalidade inconsciente e há um culto ao corpo.

-Atualmente não se olha a causa (estrutura psíquica, perda real, causa orgânica), se o sintoma é o mesmo, a pessoa será medicada. A pessoa não se conhece, não reconhece seu problema e busca soluções externas. É importante entender qual é o sofrimento.

-A "cura" da Psicanálise é existencial. É uma mudança de dentro para fora e não é quantificada. Identificar as dificuldades é uma forma de solucioná-las. Não é objetiva.

-O psicotrópico é bem-vindo quando elimina um sintoma que "aprisiona" a pessoa. Ao mesmo tempo pode ser negativo por esconder o sintoma, sem compreendê-lo.

-Benefícios do remédio: abandono de tratamentos absurdos, suportar o insuportável (junto com os mecanismos de defesa).

-Malefícios do remédio: pode encerrar o indivíduo numa nova alienação porque propõe o fim do sofrimento psíquico (ilusão de completo bem estar).

-O conflito é externo: uma pessoa não elabora o sofrimento da perda.

-O quantificado é o que é valorizado.

-Antigamente, loucura era o indivíduo estar fora de si. Atualmente isto se repete pela falta de autoconhecimento.


-Deslocamos onde de fato está o problema.

-Freud criou o conhecimento psicanalítico a respeito da histeria, os termos já existiam.
-As histéricas estavam cuidando de pessoas muito doentes.
-1° método: hipnose - estado alterado de consciência. Davam uma ordem para o sintoma parar e ele parava. Mas após o efeito da hipnose, o sintoma voltava. Após a ordem de realizar algo ao "acordar" da hipnose, a paciente obedecia sem consciência do porquê, o que prova a existência do inconsciente.
-Hoje em dia, a psicanálise não utiliza a hipnose, pois não funciona com qualquer pessoa. Muitas vezes o sintoma pode sumir e surgir como outro sintoma.
-2° método: Freud colocava a mão na cabeça da pessoa e pedia para ela lembrar o que aconteceu (era exaustivo e demorado).
-3° método: associação livre - falar sem restrição o que vier à mente (garantia de que o inconsciente vai aparecer, pois a fala não segue a lógica da consciência).
-O inconsciente é atemporal.
-O ego atua como vigilante. Quando dormimos, a vigilância cai, portanto os sonhos servem como porta de acesso ao inconsciente.
-Pequenas coisas do dia a dia geram conflitos.
-Existe a pessoa real e a figura internalizada.
-A histérica sofre de reminiscências (coisas do passado que não foram elaboradas e influenciam no presente). Se investe energia psíquica em coisas do passado, não sobra para o presente. A histérica utiliza essa energia para manter um sintoma.
-Utilizamos energia psíquica para manter conteúdos no inconsciente. Deveríamos conhecer e tratar esses desejos inconscientes.
-Divã tem a intenção de sair da convivência racional (interação social) e proporcionar o autoconhecimento. Não é útil para todas as pessoas (psicótico não utiliza divã).
-A própria paciente sugeriu o método de cura pela fala.
-Tudo que acontece fora, existe no mundo interno e vice versa.
-A psicanálise acontece de dentro para fora.
-A paciente tinha dificuldades de tomar água (quando ela compreende que sentia raiva da pessoa que não impediu que o cachorro bebesse sua água antes, o sintoma cessa).
-A psicanálise não julga as pessoas como boas ou ruins (pessoa pode acertar e errar).
-Rivalidade fraterna sempre existe.
-Os pais são toda a referência de cuidado/amor.
-O ego é um precipitado de lutos.
-Com exteriorização afetiva, o sintoma consegue ser elaborado, atos mecânicos são em vão.
-Conversão histérica: o que não foi elaborado, se converte para o corpo (sintoma).
-Freud articulou (uniu) conceitos da época para formular sua teoria.
-A histeria é uma sobrecarga que a mulher carrega (uma condição psíquica incapaz de lidar com tudo).
-O funcionamento psíquico é regido pelo prazer. Queremos evitar o desprazer.
-Existe uma resistência para evitar olhar para os conteúdos reprimidos.
-Se alcançar o conteúdo reprimido, não vai gerar sintoma.
-Sonho é a realização de um desejo.
-Na criança, a relação entre sonho e inconsciente é mais direta, pois ainda não possui muitos conteúdos reprimidos.
-Condensação: vários elementos condensados em apenas um.
-O trabalho de construção do sonho impede que este seja claro em seus significados.
-Deslocamento: mistura/desloca uma relação para outra.
-Sonho tanto denuncia, quanto encobre um conflito.
-Terapeuta questiona o que o paciente pensa sobre o sonho.
-Efeito terapêutico duradouro: ressignificação de algo.
-Sublimar: realizar o desejo de forma indireta (canalizar a energia sexual para algo que é socialmente aceito). Não é o ato concreto em si, mas o representa.
-Comunicamos coisas que são censuradas, com uma piada (anedota).
-Divã: evita contato visual/social e faz com que a pessoa entre em contato com ela mesma.
-1800: a mulher casava e se tornava mãe de família ou era prostituta. A boa mulher era boa esposa. Não tinha condições para lidar com a sexualidade.
-Até hoje, a sexualidade é "escondida", as pessoas mentem a respeito.
-Sexualidade para Freud não é o ato em si. É biológico, emocional, inerente à vida.
-O desenvolvimento é psicossexual: alma e sexualidade entrelaçadas.
-O bebê possui satisfação na zona oral. Recebe o alimento (leite materno) e é prazeroso. Juntamente com o alimento, recebe cuidado, amor, segurança (alimento para o corpo e para a alma), além de ser o primeiro contato com a vida / com o humano.
-Princípio do prazer e desprazer: buscamos prazer e distanciamos o desprazer.
-As pessoas passam por: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência (sexualidade sublimada) e fase genital.
-Trazer conteúdos do inconsciente para o consciente, sempre tendo a ver com a sexualidade.
-A criança possui instinto e atividades sexuais.
-Acreditamos que a doença é punição (fantasia inconsciente).
-A criança toma ambos os genitores, ou particularmente um, como desejos eróticos.
-Contato humano torna o corpo erógeno.
-Temos que aprender a ficar no lugar do terceiro (excluídos de certa relação).
-Não satisfaz o desejo sexual, gasta energia psíquica no adoecimento.
-Se não vejo vias de satisfação, encontro na doença: substituição para utilizar a energia sexual.

Revisão da teoria dos sonhos
-Sonho manifesto pode não estar objetivamente relacionado ao significado (latente).
-Sonhos recorrentes: algo que não foi elaborado (sintoma).
-Interpretar fragmentando e auxiliando o paciente a fazer associações.
-Devemos tomar cuidado para não colocarmos nossa compreensão, que é diferente da do outro.
-Uma das funções da Psicanálise é ter o psicanalista como um espelho, onde o paciente entra em contato consigo mesmo.
-A psicossomática tem uma causa orgânica.
-A capacidade de simbolização/elaboração é menor (dor física/concreta).

-ID, ego e superego (dar concretude a algo simbólico) – aparelho topográfico.
-1ª tópica: consciente, pré consciente.
-2ª tópica: ID, Ego e Superego.

Consciente
-Experiências do dia a dia (eu sou).
-Tem contato com a realidade externa / recebe os estímulos da realidade (concretos e subjetivos).
-A partir desse contato, estabelecemos relações de afeto /amor.
-Área mais superficial.
-Sentimentos que atingem o contato físico (percepção).
-Prazer e desprazer / quantitativo ou qualitativo.
-O prazeroso pode ser reprimido.
-Ideia é diferente de sentimento.

-O reprimido no inconsciente é a ideia e o afeto associado, não o sentimento/desejo e repressão.

Pré-consciente
-Vinculação entre o reprimido e um possível insight pode recuperar um conteúdo. Predominantemente a questão auditiva faz esse link. Fornecendo vínculos intermediários através da análise, trazemos conteúdos para o pré-consciente.

-Psicose é o inconsciente a céu aberto.


-ID: pulsões e desejos; Ego: Eu; Superego: instância crítica.

Ego
-Nosso Eu.
-Inicia no sistema perceptivo.
-Está em contato com a realidade e com o ID.
-Aplica a influência do mundo externo ao ID.
-Esforça-se para substituir o princípio do prazer.
-Regido pelo princípio da realidade.
-Desempenha o papel que ao ID pertence ao instinto.
-É corporal.
-Quando a mãe dá banho no bebê, delimita o ego fisicamente.
-Dor é uma forma de perceber o corpo. É uma projeção da superfície / projeção de algo psíquico no corpo.
-Ego é um precipitado de lutos.
-Existem tendências morais.
-É o representante do mundo externo.

ID
-Desconhecido.
-Inconsciente.
-Destaca-se pelas resistências e repressões.
-Regido pelo princípio do prazer (busca prazer e evita desprazer).

Superego
-Formado a partir da diferenciação em contato com o ID.

-Regra internalizada, mesmo na ausência de que a colocou.

Complexo de Édipo

-Freud construiu uma teoria de um ponto de vista masculino.

-Complexo de Édipo da menina não é tão claro para Freud (existe uma obscuridade).

-Menino tem um investimento objetal pela mãe (primeiramente pelo seio / está na fase oral / não se vê como outra pessoa). A relação com o pai chega em um momento de ambivalência (4 anos / está na fase fálica / vê bem e mal no mesmo objeto / relação tem sentido amoroso e hostil, pois impede que a mãe seja só dele / vê como rival / desejo de livrar-se dele e ocupar seu lugar junto a mãe). Predomina a relação amorosa com a mãe e a ambivalência com o pai. Não é necessariamente pai e mãe biológicos, mas sim os papéis que uma figura ocupa.

-Existe uma disposição bissexual do ser humano, depende da maneira como o biológico vai encontrar as relações sociais.

-Relações entre amigos podem ser vistas como homossexuais sublimadas.

-Elaboração do Complexo de Édipo não é muito fácil/explícito. 

-É um fenômeno central na criança. 

-Dissolução/resolução: a ameaça de castração. Menino percebe que existe uma diferença anatômica entre ele e a menina e acha que foi tirado dela por ela ter feito algo ruim. Acha que se não desistir da ideia de ter a mãe, vai perder o pênis, como acha que a menina perdeu. Melhor preservar o próprio corpo do que ter aquela mulher (narcisismo / inconsciente). A princípio, a mãe é legitimamente do menino. Para Freud, o pai é castrador: ele coloca limites.

-A menina já é castrada, passa por um complexo de inferioridade.

-Criança tem uma breve noção de que o pênis está envolvido na relação sexual (sabe que é uma zona erógena).

-Desejo da menina pelo pai também está relacionado a isso (se ela não tem, o pai pode dar). Elabora quando tem um filho, especialmente homem (que substitui o que ela não tem - narcisismo).

-Rivalidade da menina com a mãe quando tem irmão (mãe deu mais para ele do que para ela). Complexo de Édipo só será elaborado quando ela for mãe, mas não em todos os casos. 

-Menino se identifica com o pai e quer ser igual a ele, pois terá outras mulheres. 

-Superego surge do ego e é herdeiro do Complexo de Édipo (lei internalizada - o corte é feito pelo pai e deve ser de maneira amorosa, não rígida). Grande parte do superego é inconsciente. 

-Quando a anatomia coincide com o emocional, a elaboração é melhor (mulher sexualmente passiva e homem ativo).

-O clitóris inicialmente se comporta como um pênis. A mulher aceita a castração como um fato consumado. O homem vê como uma possibilidade. 

-A castração também tem outros fatores (perda do seio), o ápice é no Complexo de Édipo.
-A menina não supera sem compensar, então gradativamente reduz o complexo (escolha heterossexual).

-Pulsão de vida (auge quando o filho nasce); Pulsão de morte (doença).

-Corpo quer morrer a sua maneira (deterioração gradual).

-Para a criança, o ódio é mortal (ambivalência é entender que o ódio não mata e o amor não revive).

-Elementos agressivos e amorosos estão interligados.



-Instinto é biológico. Pulsão é o representante psíquico do instinto (entre somático e psíquico).

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