RESUMÃO: Desdobramentos da Teoria Psicanalítica
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Resumo de Desdobramentos da Teoria
Psicanalítica – NP1
-Funcionamento psíquico
primitivo.
-Freud atendeu adultos e
deduziu sobre crianças.
-Melanie Klein é a mãe da
Psicanálise de crianças.
-Criou a técnica do brincar,
onde a criança expõe fantasias e angústias.
-Utiliza linguagem
anatômica/visceral para explicar o psíquico, para dar concretude a algo
subjetivo.
-Criança possui ego muito
primitivo.
-Foi salva pela Psicanálise,
após uma vida difícil (de lutos). Teve 3 filhos e dificuldades de ser mãe. A
teoria foi elaborada através da dificuldade, como uma saída.
-O ser humano é submetido a
forças (bebê com fome).
-Ansiedade desde o
nascimento. Se não superar as dificuldades iniciais, não fortalece o ego.
-Inicialmente, o bebê
projeta agressividade (distorce o objeto externo) e reintrojeta o objeto
distorcido (desenvolvimento psíquico).
-Externo influencia, mas o
predominante é a realidade interna.
-Existe a questão inata: uns
lidam melhor com a frustração, outros não.
-Bebê: capacidade de experimentar
gratidão, inveja, avidez.
-Melanie Klein se
considerava “filha” de Freud por não discordar dos conceitos (apenas antecipou
alguns).
-Psicótico não tem contato
com a realidade, vive na fantasia.
-Inicialmente o bebê tem um
funcionamento psicótico e depois tem a chance de ser neurótico.
-Neurótico: vê o bom e o mau
no mesmo objeto.
-Psicótico: vê o bom e o mau
cindidos (separados).
-Gratificado: internaliza o
objeto bom.
-Frustrado: internaliza o
objeto mau.
-Melanie Klein atendia
crianças pequenas.
-Seu primeiro paciente foi
uma criança com dificuldade intelectual. Melanie orientou a mãe, mas percebeu
que não era suficiente.
-O bebê possui ansiedades
desde o nascimento. O ego arcaico tenta lidar com elas.
-O brincar na criança
funciona como o método de associação livre no adulto (comunicação
inconsciente).
-Num grau extremo de
ansiedade, o desenvolvimento é paralisado ou impedido. Melanie focava na
redução da ansiedade.
-Existe uma ansiedade à Ativa
um mecanismo de defesa à Impede o desenvolvimento.
-No início, o tratamento era
feito na casa da criança, utilizando seus próprios brinquedos.
-A criança tem menos
recursos para explicar seus sentimentos.
-A criança tem menos
repressões, então tudo é mais explícito (está mais no consciente).
-A criança entende o efeito
terapêutico.
-Projeções resultadas das
pulsões de vida/morte causam a introjeção do objeto bom ou ruim.
-Melanie percebeu que
precisava de um setting, pois o bom e o mau eram misturados, o que poderia
complicar o processo terapêutico.
-Começa a atender a criança
separada dos pais.
-É essencial ter brinquedos
pequenos, simples, que não induzam ou impeçam a criatividade. Quanto menos
estruturado o brinquedo, melhor.
-Existe a caixa que todos os
pacientes usam e a caixa individual de cada criança, que só é conhecida por ela
mesma e pelo analista. Isso envolve uma relação de confiança, onde o analista
também promete não divulgar as brincadeiras realizadas.
-Posição
esquizo-paranóide: projeta e introjeta e tem uma ansiedade persecutória (de
perseguição). É cindido (desde praticamente o nascimento - 6 meses). Não existe
uma diferença clara entre fantasia e realidade. Está sempre presente, mas
depende do grau para demonstrar se afetou o desenvolvimento intelectual. A
gratidão não existe, pois não existe o outro.
-Posição depressiva:
sente culpa e tem a noção de que a mãe boa é a mãe ruim. Mais realidade e menos
fantasia. Sempre busca modos para reparar algo que foi destruído.
-Oscilamos entre as posições
esquizo-paranóide e depressiva por toda a vida.
-A criança vai vivenciar na
medida em que aparecem as experiências.
-O psicólogo não passa moral
ou julga. Apenas comunicamos o sentimento.
-A criança vê a relação
sexual como algo agressivo.
-Formação reativa:
representação do extremo oposto do que sente (Freud).
-Melanie Klein descobriu
(ordem cronológica) primeiro a posição depressiva.
-As posições
esquizo-paranóide e depressiva oscilam durante toda a vida, não são fases.
Devem ser elaboradas para um bom desenvolvimento, mas se misturam e perduram
durante a vida. Para o bebê, não é patológico. Acontece através das
experiências (projeção e introjeção) para a formação do eu interno.
-As experiências de
frustração ou gratificação influenciam nas posições.
-Posição esquizo-paranóide:
ainda vive mais na fantasia e tem a visão parcial (seio bom ou seio mau). Se o bebê tem
as necessidades satisfeitas, gera um sentimento de gratidão: projeta e
introjeta algo bom. O bom e o mau precisam ficar separados para o mau não
destruir o bom. Acredita inconscientemente que, se projetou o mau, pode ser
atacado por ele (retaliação): ansiedade
persecutória. Ativa as defesas a partir do conflito.
-Posição depressiva:
tem maior contato com a realidade e possibilidade de reparação. Ataca e
destrói, em fantasia, o objeto que ama. A ansiedade
é depressiva e o objeto é total (bom e mal no mesmo objeto).
-Para Figueiredo, a
Psicanálise liberta de uma forma infantil de amar (forma cindida).
-Para o bebê, o bom é
maravilhoso e o mau é destruidor (vê tudo muito intenso, antes do efetivo
contato com a realidade).
Complexo de Édipo
-Ocorre com 1 ano de idade,
durante o período do desmame. É uma explosão de impulsos genitais.
-Sadismo: agressividade,
pulsão de morte.
-Melanie Klein utiliza o
concreto/material para explicar questões subjetivas: sádico-oral e sádico-anal.
-O superego é rígido,
punitivo e infantil. Bondade e severidade excessivas.
-Inserção do terceiro.
-Parar de mamar não
significa desmame, pois a pessoa ainda pode estar na posição esquizo-paranóide,
com visão cindida.
-O desmame, reforçado pelas
frustrações anais e hábitos de higiene, influencia no momento de
desenvolvimento.
-O ego é arcaico, primitivo
e não nasce preparado, então reprime conteúdo. Estabelece relações de objeto
(parcial e total).
-Impulso epistemofílico:
curiosidade do que existe no interior da mãe.
Complexo de Édipo para o menino
-Mudança de posição
libidinal.
-Ódio das frustrações
anteriores, se opõe ao amor que se inicia pela mãe (primeiro objeto de amor):
ideia de ambivalência.
-Quanto mais cruel o
superego, mais forte a imagem do pai castrador (sexualidade do pai é
transferida e vista na do filho).
-Para o bebê, a mãe possui
tudo e ele tem o desejo de “roubar” esse tudo.
-Para o menino, o pênis do
pai está dentro da mãe (fecundação, parto à dentro da mãe). Teme que seu corpo
seja desmembrado, mutilado (mãe pega as fezes) por ter feito algo errado: ideia
de castração.
-O medo da mãe é esmagador e
se alia ao medo da castração pelo pai.
-Quanto maior a fixação sádica,
maior a competição entre o homem e a mulher (rivalidade mescla entre amor e
ódio).
-Complexo de feminilidade:
para Melanie Klein, o homem deseja a capacidade de gerar. Se sente em
desvantagem e inferior.
-Concepção de saúde mental:
ter um bom objeto internalizado.
-O desejo de dar um filho
para a mulher é sair da posição de rivalidade.
-Receptivo oral para ativo
genital.
Complexo de Édipo para a menina
-Receptivo oral para
receptivo genital (mantém o objetivo).
-A mãe frustra, então a
menina se afasta e se aproxima do pai.
-Tem inveja e ódio da mãe
por ela possuir tudo do pai (pênis). A mãe possui o leite e o nega por punição
(fantasia).
-Desiste de se identificar
com a mãe e passa a desejar o pai (homossexualidade surge nesse período).
-A identificação com o pai é
menos carregada de ansiedade.
-O desejo insaciável de ser
mãe causa frustração (pênis é visível, a gravidez vai demorar anos).
-A ansiedade é, no início,
persecutória e depois depressiva. O autismo pode ser uma defesa de um grau extremo
de ansiedade.
-Brincar: deslocar o perigo
interno para o externo. Elaboração de conflitos.
-A ansiedade também estimula
o desenvolvimento.
-Posições depressiva e
esquizoparanóide: modos de funcionamento psíquico. Não são fases. O
desenvolvimento não é linear.
-Primeira infância:
ansiedade característica da psicose. O bebê tem pouco contato com a realidade e
os objetos são cindidos, então o funcionamento é psicótico sem ser patológico.
-Melanie Klein tem um olhar
genético sobre o desenvolvimento: como se inicia (gênese do processo).
-O ego se integra na posição
depressiva (antes é cindido).
-A ansiedade força o ego a
despertar mecanismos de defesa.
-Vida em fantasia: cisão. Se
o objeto está em pedaços, o ego e o self também estão (visão parcial).
-Idealização também é um
mecanismo arcaico neste momento esquizoparanóide (para fortalecer o bom).
-Enfraquecimento do ego:
excesso de cisão (o individuo vê as causas externamente, projeta). O equilíbrio
depende do nível de ansiedade. Colorimos o objeto externo com as nossas
fantasias (distorcemos a realidade / quanto mais cindido, mais é fruto de
projeção).
-Ideia de saúde mental:
manter o bom objeto bem estabelecido, fortalecendo, assim, o ego.
-Desenvolvimento saudável
depende do equilíbrio de projeções e introjeções, que dependem do nível de
ansiedade.
-Objetivo da Psicanálise:
libertar dos mecanismos muito primitivos/infantis.
-O amadurecimento do
organismo propicia a passagem para a posição depressiva.
-Ansiedade depressiva: medo
de perder por ter feito mal. Danificou o objeto mau (que é o mesmo que o bom),
mas pode reparar. Pode conferir a integridade do objeto bom.
-Existe uma materialidade
foco da projeção depressiva.
-Objeto bom bem
estabelecido: capacidade de amar, cuidar, olhar para o outro.
-A ansiedade paranoide afeta
a realidade.
-Projeções e introjeções
podem ser pensadas como mecanismos de defesa (projetar muito mal ou introjetar
muito bom).
-Uma das funções da terapia
é tornar o superego mais protetor e menos rígido/sádico.
-A ansiedade persecutória é
preocupada com a preservação do ego.
-A ansiedade depressiva é
preocupada com a preservação do bom objeto (interno e externo).
-O indivíduo depressivo não
confia na capacidade do bom objeto.
-Desejo de perfeição: efeito
da idealização. Diminui a ansiedade do que foi destruído.
-O suicídio pode ser uma
vontade de matar o objeto mau.
-Perigos oriundos do ID:
ciúme e ódio acumulam, ataca em fantasia os pais, gerando mais ansiedade.
-Estímulos internos e
externos influenciam.
-A posição depressiva é
reforçada com o desmame (objeto inteiro e perda dele).
-O afeto da mãe (sentir-se
amado) fortalece a confiança externa, diminuindo o medo da destruição interna.
A posição depressiva é central no desenvolvimento da criança.
-Ciúmes: considera a relação
triádica (adição de um 3º).
-Inveja: relação com algo
mais regredido (sem um 3º). Relação dual.
-Se o objeto é bom e a
pessoa não o tem dentro de si, ignora-o.
-Uma realidade externa
favorável facilita o desenvolvimento.
-Voracidade:
necessidade que não satisfaz (quer esvaziar o seio da mãe). Não tem o bom
objeto internalizado. É inseguro quanto a sua capacidade de amar. A
segurança/estabilidade de que existe o bom objeto está sendo construída.
-Inveja: desejo de
posse e estragar o que as outras pessoas possuem. Quando tiver, já não serve,
pois foi estragado.
-Vemos o que queremos,
podemos e conseguimos na realidade.
-O superego se inicia no 5º,
6º mês. Não distingue impulsos do real (é rígido).
-Indulgência excessiva e
rigidez excessiva dos pais não são saudáveis.
-Devemos ter a capacidade de
olhar para o outro e ver o bom. Se não consegue a empatia, a ansiedade
persecutória é grande.
-Após destruir
fantasiosamente, tem que construir (trabalho).
-O efeito de um bom caráter
na relação com o outro está na raiz de um bom desenvolvimento.
-A inveja se inicia na
relação do bebê com a mãe. Relação mais primitiva (bebê e mãe).
-Ciúmes: relação com
o bom objeto e o 3º que pode tomar esse objeto. É mais elaborado, pois tem o
3º.
-Transferência para Freud:
mecanismo inconsciente. Atribuição de figura boa ou má em uma relação.
-Transferência para
Melanie Klein: novas edições de impulsos e fantasias despertados e tornados
conscientes durante a análise. A emoção é consciente, o mecanismo que rege é
inconsciente. Nem sempre se tornará consciente, pode ser formação reativa (bom
encobrindo o mau).
-Temos elementos
construtivos e destrutivos e devemos elaborar durante a vida.
-A relação entre objetos
internos e externos é interativa/se interferem. A relação terapêutica é
importante (se o interno é mau e o externo é bom, pode introjetar).
-Relação de objeto envolve
emoções, fantasias e ansiedades do bebê (projeta e introjeta).
-Relação de objeto:
centro da vida psíquica.
-Compreensão da primeira
relação de objeto influenciou na técnica. O psicólogo pode representar tudo (é
uma tela em branco) – irmão, pai, superego.
-Projeções e idealizações
modificaram a imagem interna dos pais para a criança.
-Não há como estabelecer o
que é real e o que é fantasia projetada. Temos que ser neutros para alcançar o
mundo interno do paciente.
-Analista pode ser ambos os
país ao mesmo tempo, temos que tomar cuidado para não agir da mesma forma
(atuar) e prejudicar o processo terapêutico (confiança). Temos que ficar
abertos para a projeção e não atuar, para não alimentar o modo de agir do
paciente.
-A transferência positiva
mantém a terapia (esperança de que pode ser ajudado), mas a transferência
negativa é importante por ser o que precisa ser elaborado.
-A relação transferencial
representa, mas não é. Neurótico entende a representação, psicótico acredita
que “é”.
-Se integro amor e ódio, não
preciso ficar provando que é bom. Processo de amadurecimento: ansiedade
persecutória diminuir, reparar de maneira saudável o que fantasiosamente
destruí, sem precisar da compulsão.
-Transferência traz a ideia
de movimento (mundo interno e realidade).
-Situações totais:
situações do passado para o presente. Tudo tem relação transferencial
(situações do cotidiano).
-Contratransferência:
o que o paciente mobilizou no analista. Analista deve saber lidar com isso de
modo a realizar uma intervenção e não uma atuação.
-Se trabalhamos apenas com o
verbalizado, não focamos nas relações objetais internas. Cuidado com a interpretação
verbal com o verbal, pode gerar um sentimento de incompreensão.
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