sábado, 7 de novembro de 2015

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Resumo da aula de DTP (14/10)

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-Winnicott não tem obras completas, e sim coletâneas.
-Winnicott se situa no “grupo do meio”, entre Kleineanos e Freudianos, pois não aderia a nenhuma dessas teorias completamente.
-Existe uma corrente no Brasil que afirma que Winnicott rompeu com a psicanálise e a reinventou. Outra corrente afirma que ele é freudiano. São questões teóricas que não interferem na clínica.
-Foi presidente da sociedade de psicanálise.
-Afirmou que: “não é possível ser original fora da tradição”. As coisas se opõem, mas convivem.
-Fez supervisão com Melanie Klein.
-Por muito tempo as pessoas olharam para o mundo interno e esqueceram da realidade externa. O contexto importa (mãe real). Trabalhou em contexto de guerra (evacuação de crianças). A constituição psíquica não é intra, mas sim interpsíquica (relação com o outro).
-Teve mãe depressiva; casou com uma mulher que, por muito tempo, viveu em um hospital psiquiátrico; casou-se novamente com uma assistente social que o ajudava na evacuação de crianças da guerra; não teve filhos; tinha facilidade de lidar com crianças (empatia); era médico, começou como pediatra e viu a importância da mãe real (o sintoma estava relacionado a uma necessidade da mãe); também trabalhou com psicóticos.
-Questionou se não é possível prevenir a psicose (depende do ambiente).
-O ambiente favorece ou dificulta o desenvolvimento. Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, depende da “sorte” da criança de ter um ambiente que facilite esse desenvolvimento (falso selfie, que se submete ao ambiente e não é saudável).
-Mãe suficientemente boa: que não faz mais e sufoca, nem menos e deixa em falta.
-A linguagem é mais direta, se diferenciando da metapsicologia (sem ficção ou abstração).
-Quando brinca, a criança tem experiências com valores constitutivos.
-Winnicott fala da importância do pai no apoio para a mãe.
-Criou o jogo do rabisco para ter acesso à criança.
-Criou a consulta terapêutica: efeito terapêutico em poucas consultas.
-Experiência completa: começo, meio e fim.
-Interpretação (recurso técnico para quando o paciente tem condições de absorver).
-Manejo: a pessoa tem compreensão do que aconteceu. Mas não devemos agir com enunciação e sim em atos (postura, modo de lidar e fazer com o paciente). As vezes não pode sé com representação (envolve capacidade simbólica).
-É importante saber em que condição psíquica o paciente está (pode estar evoluído e regredido na mesma sessão).
-Despersonalização do psicótico: ele não se sente no próprio corpo.
-Para chegar no Édipo passa por um desenvolvimento grande (ser eu, relação com o outro e inclusão do 3°).
-Chama ansiedade depressiva de Melanie Klein de consernimento (o bebê não quer apenas reparar, ele vê o que fez e se responsabiliza, querendo retribuir). Implica alto grau de desenvolvimento (integração da agressividade).
-Discorda da ideia de pulsão de morte de Freud.
-O bebê é raso, sem profundidade, complexidade (vai desenvolver). Acha que Melanie Klein via o bebê como profundo.
-O bebê primeiro tem que ter o ego, depois vai projetar e introjetar. Primeiramente deve ter o eu integrado.
-O bebê não existe, o que existe são dois em um (mãe e bebê).
-Motilidade: ir em direção a realidade, não é pulsão de morte. É um movimento em direção a vida (agressividade), exemplo: batendo o pé, mordendo.
-Estabelecer limites é dar lugar ao ódio também.
-Desenvolvimento emocional primitivo é fundamental.

-Jogo da espátula: a criança tem o interesse, se o ambiente permite, ela o pega, põe na boca e descarta. Tem uma experiência completa com sentido terapêutico. Já compreende que tem interior e exterior. Mostra que sabe que está enriquecendo com a experiência e pode descartar. Cada detalhe pode ser perdido (regressão). Sabe que é separado da mãe e está começando a dar importância a ela (6 meses), Melanie Klein chama de posição depressiva.

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