Resumo da aula de DTP (14/10)
Postado em Desdobramentos da teoria Psicanalítica
-Winnicott não tem obras completas, e sim coletâneas.
-Winnicott se situa no “grupo do meio”, entre Kleineanos e
Freudianos, pois não aderia a nenhuma dessas teorias completamente.
-Existe uma corrente no Brasil que afirma que Winnicott
rompeu com a psicanálise e a reinventou. Outra corrente afirma que ele é
freudiano. São questões teóricas que não interferem na clínica.
-Foi presidente da sociedade de psicanálise.
-Afirmou que: “não é possível ser original fora da
tradição”. As coisas se opõem, mas convivem.
-Fez supervisão com Melanie Klein.
-Por muito tempo as pessoas olharam para o mundo interno e
esqueceram da realidade externa. O contexto importa (mãe real). Trabalhou em
contexto de guerra (evacuação de crianças). A constituição psíquica não é
intra, mas sim interpsíquica (relação com o outro).
-Teve mãe depressiva; casou com uma mulher que, por muito
tempo, viveu em um hospital psiquiátrico; casou-se novamente com uma assistente
social que o ajudava na evacuação de crianças da guerra; não teve filhos; tinha
facilidade de lidar com crianças (empatia); era médico, começou como pediatra e
viu a importância da mãe real (o sintoma estava relacionado a uma necessidade
da mãe); também trabalhou com psicóticos.
-Questionou se não é possível prevenir a psicose (depende
do ambiente).
-O ambiente favorece ou dificulta o desenvolvimento. Existe
uma tendência inata para o desenvolvimento, depende da “sorte” da criança de
ter um ambiente que facilite esse desenvolvimento (falso selfie, que se submete
ao ambiente e não é saudável).
-Mãe suficientemente boa: que não faz mais e sufoca, nem
menos e deixa em falta.
-A linguagem é mais direta, se diferenciando da
metapsicologia (sem ficção ou abstração).
-Quando brinca, a criança tem experiências com valores
constitutivos.
-Winnicott fala da importância do pai no apoio para a mãe.
-Criou o jogo do rabisco para ter acesso à criança.
-Criou a consulta terapêutica: efeito terapêutico em poucas
consultas.
-Experiência completa: começo, meio e fim.
-Interpretação (recurso técnico para quando o paciente tem
condições de absorver).
-Manejo: a pessoa tem compreensão do que aconteceu. Mas não
devemos agir com enunciação e sim em atos (postura, modo de lidar e fazer com o
paciente). As vezes não pode sé com representação (envolve capacidade simbólica).
-É importante saber em que condição psíquica o paciente
está (pode estar evoluído e regredido na mesma sessão).
-Despersonalização do psicótico: ele não se sente no
próprio corpo.
-Para chegar no Édipo passa por um desenvolvimento grande
(ser eu, relação com o outro e inclusão do 3°).
-Chama ansiedade depressiva de Melanie Klein de consernimento
(o bebê não quer apenas reparar, ele vê o que fez e se responsabiliza, querendo
retribuir). Implica alto grau de desenvolvimento (integração da agressividade).
-Discorda da ideia de pulsão de morte de Freud.
-O bebê é raso, sem profundidade, complexidade (vai
desenvolver). Acha que Melanie Klein via o bebê como profundo.
-O bebê primeiro tem que ter o ego, depois vai projetar e introjetar.
Primeiramente deve ter o eu integrado.
-O bebê não existe, o que existe são dois em um (mãe e
bebê).
-Motilidade: ir em direção a realidade, não é pulsão de morte.
É um movimento em direção a vida (agressividade), exemplo: batendo o pé,
mordendo.
-Estabelecer limites é dar lugar ao ódio também.
-Desenvolvimento emocional primitivo é fundamental.
-Jogo da espátula: a criança tem o interesse, se o ambiente
permite, ela o pega, põe na boca e descarta. Tem uma experiência completa com
sentido terapêutico. Já compreende que tem interior e exterior. Mostra que sabe
que está enriquecendo com a experiência e pode descartar. Cada detalhe pode ser
perdido (regressão). Sabe que é separado da mãe e está começando a dar
importância a ela (6 meses), Melanie Klein chama de posição depressiva.
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