Resumo da aula de PJ (04/03)
Postado em Psicologia Jurídica
-Texto
recomendado: CRP: 2 pesos e duas medidas.
-Interdição judicial: algum parente ou
cuidador entra na justiça afirmando que as decisões de determinada pessoa podem
colocar em risco outras pessoas. Se for o caso, é eleito um tutor (cuidador)
para agir sobre ela.
-No
processo de interdição, não avaliamos dependência e independência e sim
autonomia. A pessoa pode ser dependente de algo, porém é autônoma para decidir
a respeito desta dependência.
-O
trabalho do psicólogo é mais de perito, como por exemplo comprovar um dano
psíquico em casos de assédio moral.
-Vitimologia: psicólogo investiga se a
vítima é realmente vítima (passiva) ou se é uma vítima ativa (provoca uma
situação de vitimização, por exemplo: promover situações que resultam em
agressões físicas). Serviço de proteção
a testemunha: afasta a pessoa ameaçada da família e de qualquer conhecido
por um período. Depoimento sem danos:
trabalhar com as testemunhas para ver quanto do que a pessoa expõe é verdade,
quanto é fantasioso.
-Código
civil colocava uma desigualdade em que o homem era dono da família (quando
casa, usa o nome do marido). Por questões físicas (aspecto biológico),
definem/legitimam que o homem é quem manda por ser forte (tem que ser forte,
agressivo).
-Códigos:
maneiras gerais de legitimar o comportamento humano.
-Se a
mulher descumprisse os direitos maritais, o marido podia abandoná-la.
-Códigos legalizam e legitimam o que aparece no cotidiano.
-Modificação na estrutura social difere do modelo que já
era estabelecido. Aparecem nas configurações de família (antes nuclear, depois
família tronco). Várias gerações de família na mesma casa, formam os cortiços,
separavam em pai-mãe-filho. Mudança geofísica, força estrutural familiar porque
não comportava mais. A criança não era considerada, os pais ficavam no campo e quem
cuidava era quem tinha leite. Alguém tinha que assumir o papel de cuidador,
então foi estipulado que a mãe teria esse papel porque ela tem leite. Ocorre um
investimento social político e ideológico enaltecedor da mulher para cuidar do
seu filho. Então ficou por responsabilidade da mãe dar amor e cuidado, se a mãe
não cuida quem cuida é o estado.
-Hoje acontece a crise da constituição familiar, onde os
pais são livres para fazer o que quiserem, mas as pessoas não sabem o que fazer
e ao mesmo tempo não há padrão para seguir, entretanto são cobradas para serem
algo. É muito ligado ao consumo.
-Antes, a lei do divórcio era para a minoria (a liberdade
para massas). O homem pode ter duas famílias mas tem que sustentar. Acaba não
dando conta e o papel do homem ainda é de provedor. Para dar conta disso, diz
que a mulher tem direitos iguais com a Constituição de 1988. O poder patriarcal
passa a ser poder na família e ocorre uma mudança na expectativa de gênero da
mulher.
-Movimento feminista promove igualdade de gênero. Interesse
político: estado não precisa dar conta de alguns aspectos. Mas, e as crianças,
quem cuida? Depois cria-se o ECA (artigo 2 - dever da família garantir direitos
das crianças, senão vai para instituição do governo).
-Isonomia: igualdade entre masculino e feminino perante a
lei.
-Filho vira objeto de barganha no divórcio, não porque quer
cuidar, mas porque quer ganhar do conjugue.
-Antes, a guarda era da mulher. A mulher não permitiu o
homem para cuidar, e hoje tem processo contra o pai por abandono do filho. Não
havia abertura para o homem aprender a desenvolver esse papel.
-Hoje não há mais padrões estipulados do que homem e mulher
fazem. Há um trânsito entre os papéis.
0 comentários: