Resumo da aula de AHP (26/09)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
-Diálogo possibilita o contato
(experiência eu-tu) baseado na experienciação (vivência das coisas – deixar o
vivido vir a tona, não falar apenas de maneira intelectualizada) com o outro em
uma relação de respeito e autêntica (se não tiver transparência, fica falso –
terapeuta e paciente a vontade, abertos e sinceros). Relação que proporciona
contato com o terapeuta e o que se passa dentro do paciente. É um diálogo
bastante intenso, pois traz a emoção, reflexão, sentimento, que acontece no
aqui e agora.
-O diálogo pode possibilitar na
integração entre as partes a tomada de consciência de uma nova totalidade (vê a
vida de maneira diferente). Destacamos figuras (partes) do fundo (todo), nem
sempre a parte é a mais importante. Olhamos para cada parte e escolhemos aquela
que tem mais condições de resolver naquele momento.
4 características do diálogo:
-Inclusão: posicionamento sem julgamento do terapeuta.
-Presença: participação ativa do terapeuta. Deve estar junto ao
vivido do paciente.
-Compromisso com o diálogo: possibilidade do contato acontecer sem
manipulação.
-Diálogo vivido: possibilidade de fazer a comunicação ser um canal
que expresse e mobilize a energia entre os participantes, observação também de
expressões não-verbais.
-“O paciente aprende a diferença
entre falar a respeito de algo que aconteceu e experienciar o que é agora”. Falar,
muitas vezes, significa ser superficial. Para não ser superficial, temos que
dar peso a ela.
-“O objetivo gestáltico de buscar
experiência e insight, que emergem conforme a Gestalt vai emergindo, é mais
potente do que o insight dado pelo terapeuta e ajuda tanto o terapeuta quanto o
paciente a traçar e a manter essas distinções importantes”. Temos que fazer
parceria com a família a respeito do que estamos investigando juntos. Passar
para a família também a responsabilidade sobre a situação, ao invés de só dizer
o que fazer.
-O pensamento deve fortalecer a
experiência e não inibi-la. A experiência racional inibe o emocional. O
adoecimento está no gerenciamento das nossas emoções.
-O contato possibilita novidades
boas ou ruins.
-Awareness: possibilita a consciência da situação quando
experienciada. Só chegamos nela vivendo. É mais complexo, as vezes as palavras
não são suficientes para a experiência.
-Insight: destaque do que é relevante do todo. Compreensão objetiva
e rápida.
-Psicanálise trabalha muito com
insight.
A consciência
-Ao nos depararmos com algo que não
agrada, interrompemos o fluxo energético: racionalização / fugas.
-Pode ocorrer divergência entre as
necessidades reais (selfie real) e as criadas (selfie ideal), havendo
inversões. Investir nas criadas pode causar perda de energia para algo que tem
poucas chances de acontecer.
-A pessoa sadia tende a perceber as
necessidades reais, e as criadas correspondem às necessidades reais buscando
criar condições para satisfazê-las.
O que representa a
Awareness?
-Nossa forma de experienciar as
coisas, vigilância diante de um evento importante, com a participação de todo nosso
ser. É um campo aberto.
-Ela é acompanhada de formação de
Gestalt. Se atingir a Awareness, fecha a Gestalt.
-A Awareness se constitui de
corolários (etapas) que possibilitam à pessoa se orientar no mundo. São etapas
para a Awareness.
-A Awareness incompleta refere-se a
uma Gestalt não concluída.
Neurótico
-Não permite a Awareness, pois terá
que mudar.
-Utiliza parte de sua energia
contra si mesmo.
-Torna a situação terapêutica em algo
antigo.
0 comentários: