Resumo da aula de DCAEI (29/09)
Postado em Direito da criança do adolescente e estatuto do idoso
Violência psicológica no trabalho
-Uma
forma sutil de agressão em geral se
institui de modo invisível e insidioso. Pode ser pontual, ocorrer
uma vez.
-Comportamentos:
ameaças, coações, humilhações, intimidações, comportamentos hostis, atitudes
agressivas.
-A
pessoa internaliza e acaba tendo um discurso contra si mesmo. É a pior maneira
de violência doméstica. Dificuldade de combater por ser camuflada.
-Podem
ser acompanhados de agressões físicas e assédio sexual.
-Origina-se:
de relações de imposição com o uso do poder.
-Outro
exemplo de violência psicológica: exigências psicológicas (múltiplas funções) e
responsabilidades elevadas incompatíveis com o estágio de desenvolvimento do
adolescente (lógica da submissão – jovem, submisso, que trabalhe muito).
Ambiente empresarial reforça competitividade, que reforça violência psicológica
e assédio moral.
Assédio moral
-Forma
extrema e especifica de violência psicológica. Todos os comportamentos da violência
psicológica se repetem, mas potencializados.
-De
caráter processual de repetição e duração prolongada dos comportamentos.
-Situações pontuais e não repetitivas
são consideradas atos de violência e não assédio moral.
Tipos:
-Vertical
descendente: mais frequente, parte do superior hierárquico. Relação assimétrica
de poder, o agressor tem mais poder que a vítima.
-Vertical
ascendente: mais raro, parte do grupo de trabalho contra o supervisor.
-Horizontal:
praticado por um ou mais colegas do mesmo nível hierárquico (assemelha-se ao
bullying). Está acontecendo cada vez mais por competitividade, metas.
Assédio:
visa cercar e dominar o outro, a fim de impor sujeição (dócil, submisso,
obediente).
-Aspecto
central: relação assimétrica de
poder entre agressor e vítima (desiquilibrada, desigual). População juvenil é
mais vulnerável, desconhece os direitos, não tem recursos, depende do trabalho
para sustentar sua vida.
Técnicas utilizadas para assediar:
-Recusa
de comunicação direta;
-A
indução ao erro;
-A
desqualificação do seu trabalho;
-O
isolamento;
-A
vexação.
-Sintomas/impactos na saúde: depressão,
ansiedade, baixa autoestima, problemas digestivos, dor de cabeça, queda de
cabelo, insônia, drogadição, baixa de libido, alcoolismo, sentimento de
inferioridade, comprometimento de relações pessoais / sociais.
-Violência no trabalho, família e escola são
pautadas por questões macrossistêmicas: violência estrutural, urbana, trânsito,
drogadição, tráfico. Situações que acontecem no entorno e nos afetam.
-Professores
com síndrome de burnout.
-Estado
neoliberal: família como principal instituição, que dá conta desse indivíduo.
Estado como suporte da família, família tem a responsabilidade de dar conta.
-Saída
da mulher para o mercado de trabalho: tira o indivíduo que existia como responsável
por educar. Papel passa a escola, onde o professor tem o papel de
escolarização. Não dá conta, adoece, se torna potencial agressor de bullying.
-Bullying: forma de violência por um ou
mais indivíduos, causando situações de sofrimento ou agressões para outras
pessoas. A diferença entre o bullying e outras formas de violência é a vítima, que quase não possui recursos
para se defender, parar ou fugir do comportamento agressivo. Geralmente
consegue adeptos.
-Bullying direto: agressão física ou
verbal.
-Bullying indireto: exclusão,
isolamento, fofoca.
-Para
reduzir esse comportamento: trabalhar colaboração e colaboratividade em grupo.
-Para
se defender, pode se tornar o agressor.
-Suporte
da família.
-O
bullying acontece em grupo, não suportamos sozinho. Crescimento de bullying a
partir dos anos 80 por conta da mídia.
*Projeto
de intervenção para combater situações de bullying em escola.
-Sondar
os alunos, ver o que nomeiam como comportamentos ruins, inadequados, o que
incomoda (levantar a demanda). Após isso, trabalhar a nomeação do que é
bullying. Divide em microgrupos a sala, por ser mais fácil trabalhar o
conceito. Pensar formas de contornar a situação (como? O que gostariam que
fosse diferente?), para depois fazer algo maior juntando os grupos. Grupos
alternados (agressor fica no grupo diferente da vítima) para possibilitar a
identificação, promovendo um processo de conscientização e sensibilização. Nenhuma
intervenção individual basta (fenômeno acontece no coletivo, no grupo).
Trabalhar com a família e comunidade (processo informativo, exposição, música,
revista, quadrinho, teatro, filme – extramuros, mobilização coletiva sobre
aquilo).
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