domingo, 1 de outubro de 2017

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Resumo da aula de DCAEI (29/09)

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Violência psicológica no trabalho
-Uma forma sutil de agressão em geral se institui de modo invisível e insidioso. Pode ser pontual, ocorrer uma vez.
-Comportamentos: ameaças, coações, humilhações, intimidações, comportamentos hostis, atitudes agressivas.
-A pessoa internaliza e acaba tendo um discurso contra si mesmo. É a pior maneira de violência doméstica. Dificuldade de combater por ser camuflada.
-Podem ser acompanhados de agressões físicas e assédio sexual.
-Origina-se: de relações de imposição com o uso do poder.
-Outro exemplo de violência psicológica: exigências psicológicas (múltiplas funções) e responsabilidades elevadas incompatíveis com o estágio de desenvolvimento do adolescente (lógica da submissão – jovem, submisso, que trabalhe muito). Ambiente empresarial reforça competitividade, que reforça violência psicológica e assédio moral.

Assédio moral
-Forma extrema e especifica de violência psicológica. Todos os comportamentos da violência psicológica se repetem, mas potencializados.
-De caráter processual de repetição e duração prolongada dos comportamentos.

-Situações pontuais e não repetitivas são consideradas atos de violência e não assédio moral.

Tipos:
-Vertical descendente: mais frequente, parte do superior hierárquico. Relação assimétrica de poder, o agressor tem mais poder que a vítima.
-Vertical ascendente: mais raro, parte do grupo de trabalho contra o supervisor.
-Horizontal: praticado por um ou mais colegas do mesmo nível hierárquico (assemelha-se ao bullying). Está acontecendo cada vez mais por competitividade, metas.

Assédio: visa cercar e dominar o outro, a fim de impor sujeição (dócil, submisso, obediente).
-Aspecto central: relação assimétrica de poder entre agressor e vítima (desiquilibrada, desigual). População juvenil é mais vulnerável, desconhece os direitos, não tem recursos, depende do trabalho para sustentar sua vida.

Técnicas utilizadas para assediar:
-Recusa de comunicação direta;
-A indução ao erro;
-A desqualificação do seu trabalho;
-O isolamento;
-A vexação.

-Sintomas/impactos na saúde: depressão, ansiedade, baixa autoestima, problemas digestivos, dor de cabeça, queda de cabelo, insônia, drogadição, baixa de libido, alcoolismo, sentimento de inferioridade, comprometimento de relações pessoais / sociais.

-Violência no trabalho, família e escola são pautadas por questões macrossistêmicas: violência estrutural, urbana, trânsito, drogadição, tráfico. Situações que acontecem no entorno e nos afetam.
-Professores com síndrome de burnout.
-Estado neoliberal: família como principal instituição, que dá conta desse indivíduo. Estado como suporte da família, família tem a responsabilidade de dar conta.
-Saída da mulher para o mercado de trabalho: tira o indivíduo que existia como responsável por educar. Papel passa a escola, onde o professor tem o papel de escolarização. Não dá conta, adoece, se torna potencial agressor de bullying.
-Bullying: forma de violência por um ou mais indivíduos, causando situações de sofrimento ou agressões para outras pessoas. A diferença entre o bullying e outras formas de violência é a vítima, que quase não possui recursos para se defender, parar ou fugir do comportamento agressivo. Geralmente consegue adeptos.
-Bullying direto: agressão física ou verbal.
-Bullying indireto: exclusão, isolamento, fofoca.
-Para reduzir esse comportamento: trabalhar colaboração e colaboratividade em grupo.
-Para se defender, pode se tornar o agressor.
-Suporte da família.
-O bullying acontece em grupo, não suportamos sozinho. Crescimento de bullying a partir dos anos 80 por conta da mídia.

*Projeto de intervenção para combater situações de bullying em escola.

-Sondar os alunos, ver o que nomeiam como comportamentos ruins, inadequados, o que incomoda (levantar a demanda). Após isso, trabalhar a nomeação do que é bullying. Divide em microgrupos a sala, por ser mais fácil trabalhar o conceito. Pensar formas de contornar a situação (como? O que gostariam que fosse diferente?), para depois fazer algo maior juntando os grupos. Grupos alternados (agressor fica no grupo diferente da vítima) para possibilitar a identificação, promovendo um processo de conscientização e sensibilização. Nenhuma intervenção individual basta (fenômeno acontece no coletivo, no grupo). Trabalhar com a família e comunidade (processo informativo, exposição, música, revista, quadrinho, teatro, filme – extramuros, mobilização coletiva sobre aquilo).

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