terça-feira, 30 de setembro de 2014

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Resumo da aula de Psicologia Comportamental (30/09)

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Revisão

-Objetivo do Behaviorismo: entender o comportamento. 

-Comportamento: tudo que organismos vivos fazem (sentimentos, pensamentos, sensações, expectativas).

-O mundo é material: monista.

-Behaviorismo critica o dualismo (mente e corpo) e o mentalismo.

-Causalidade do comportamento está no ambiente, na história de vida.

-Análise funcional: que eventos ambientais (S) alteram o comportamento (R) 》controle, determinação. 

I) Comportamento respondente (involuntários)

S 》R (sentimentos, emoções).

a) Reflexos.
b) Padrões fixos de ação (inatos / seleção natural / filogênese).


Condicionamento respondente:

a) Modificação de reflexos (respondente) por aprendizagem (ontogênese).
b) A filogênese dá a sensibilidade ao pareamento.


II) Comportamento operante (voluntários):

-Seleção pelas consequências (ontogênese).

-Delta, discriminação, reforço, punição.

Bases biológicas (filogênese): 
a) Sensibilidade às consequências do nosso comportamento.
b) Reforçadores primários / punidores primários (seleção natural).

-Alguns teóricos afirmam que não se deve utilizar reforço negativo, punição positiva e punição negativa, por serem controle aversivo (coerção). Nem todos os teóricos consideram que a extinção faz parte da punição negativa.

-É melhor utilizar o reforço positivo para outras respostas, comportamentos incompatíveis (DRO).


III) Punição:

-Diminuição da frequência do comportamento.

a) Positiva.
b) Negativa (castigo, extinção).

Problemas

-Efeito breve. 

-Efeitos colaterais: respostas emocionais desagradáveis; punidores condicionados; diminui a variabilidade comportamental (dificulta a aprendizagem de novas coisas); aprendizagem de comportamentos reforçados negativamente; contracontrole.


IV) Reforço negativo:

a) Fuga: estímulo aversivo já está presente.
b) Esquiva: estímulo não precisa estar presente. É causada por uma história de reforçamento.

-Esquiva adaptativa: nos protege do contato com um estímulo aversivo.
-Esquiva desadaptativa: traz sofrimento a longo prazo.

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sábado, 27 de setembro de 2014

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Resumão: LIBRAS

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LIBRAS
-As Línguas de Sinais são reconhecidas pela Linguística como uma língua viva e autônoma composta por aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos e semânticos próprios. Por meio dessa língua, seus usuários podem expressar pensamentos simples e também complexos com expressões faciais e corporais.
-Enquanto nas Línguas Orais a modalidade é oral-auditiva, nas Línguas de Sinais, a modalidade é espaço-visual. Sendo assim, o que é reconhecido por palavra ou item lexical nas Línguas oral-auditivas denomina-se sinal nas Línguas espaços-visuais.
-Somente a partir da década de 60 que as Línguas de Sinais foram estudadas, analisadas e reconhecidas pela Linguística, ganhando, com isso, o status de língua, com todos os critérios linguísticos de uma Língua Natural quanto ao léxico, à sintaxe e à capacidade de gerar uma quantidade infinita de sentenças.
-No caso das línguas de sinais, as expressões faciais desempenham um papel fundamental e devem ser estudadas detalhadamente.
-Expressões afetivas: são utilizadas para expressar sentimentos (alegria, tristeza, raiva, angústia, entre outros) e podem, ou não, ocorrer simultaneamente com um ou mais itens lexicais. Não são exclusivas das línguas de sinais.
-Expressões gramaticais: estão relacionadas a certas estruturas específicas, tanto no nível da morfologia quanto no nível da sintaxe, e são obrigatórias nas línguas de sinais em contextos determinados. São específicas das línguas de sinais.
-No nível morfológico, as marcações não-manuais estão relacionadas a grau e apresentam escopo sobre o sinal que está sendo produzido, como pronomes demonstrativos. Essas expressões também são adjetivos e estão associados ao grau de intensidade.
-As expressões faciais têm função adjetiva, pois podem ser incorporadas ao substantivo independente da produção de um adjetivo. Nesse caso, os substantivos incorporam o grau de tamanho.
-Muitas vezes, para expressar realmente o que se deseja, o sinal requer características adicionais: uma expressão facial, ou dos olhos, para que sentimentos de alegria, de tristeza, uma pergunta ou uma exclamação possam ser completamente representados ao receptor da mensagem.
-Importante dizer também que as expressões faciais e corporais nas línguas de sinais funcionam como gramática da língua, citadas por alguns autores como: Gramática Facial e Gramática Corporal.
-Para perceber se uma frase em Libras está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões faciais e corporais que se realizam simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase.
-FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra.
-FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima.
-FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo.
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-A língua de sinais não é única para todos de qualquer parte do mundo, existem várias línguas de sinais (brasileira - LIBRAS, francesa - LSF, espanhola - LSE, boliviana - LSB, venezuelana - LSV...).  As pesquisas linguísticas comprovam a complexidade e arbitrariedade presente em todas essas línguas. Atualmente temos livros de gramática, cursos superiores em Letras, cursos de tradução e interpretação, literatura, artes e muita cultura. Através da língua de sinais pode-se discutir política, economia, psicologia, física, matemática, filosofia, física quântica e outros temas.
-Qualquer tipo de comunicação é considerado como linguagem assim como: a linguagem corporal, as expressões faciais, a maneira de nos vestirmos, a linguagem de outros sinais, os sinais de trânsito, a música, a pintura enfim todos os meios de comunicação.
-A língua é um bem comum a todos, determinante territorial e cultural de um povo.
-Como o ser humano dispõe de inúmeras possibilidades para comunicar-se, cada língua corresponde à expressão de uma escolha entre as várias possibilidades linguísticas, apresentando variações relevantes em função de valores sociais, regionais, de faixa etária, de situação econômica, etc.
- A língua como um sistema de possibilidades oferece um conjunto flexível no que diz respeito às regras de seleção, combinação e substituição sem comprometer ou alterar a interação. É o que entendemos por variação linguística.
-As línguas são tidas como orais-auditivas quando a forma de recepção não-agrafa (não-escrita) é a audição e a forma de reprodução (não-escrita) é a oralização. Exemplo: língua portuguesa.
-As línguas espaço-visuais são naturalmente reproduzidas por sinais manuais. Exemplo: língua brasileira de sinais - Libras.
-A língua de sinais brasileira (Libras) é reconhecida como meio legal de comunicação da comunidade surda brasileira. Essa conquista foi possível devido à organização e luta da comunidade surda no Brasil, em conjunto com intérpretes, professores e familiares de pessoas surdas.
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-A datilologia tem a sua origem em Espanha. Foram descobertos alfabetos manuais em centenas de pinturas renascentistas medievais. 
-O alfabeto datológico, faz parte da língua de sinais, mas não é língua de sinais, pois quando escrevemos uma palavra no ar ou em um espaço neutro, estamos soletrando algo em português (no Brasil), o significante é diferente, mas o significado é o mesmo, ou seja, estou representando com alfabeto manual letras que são equivalentes à língua portuguesa.
-Ao soletramos uma palavra, utilizamos somente uma das mãos, posicionamos a mão na frente do corpo, na altura do peito, palma da mão virada para frente e iniciamos a soletração, enquanto está soletrando a mão fica parada, como se uma letra fosse escrita sobre a outra. 
-Quando escrevemos uma palavra onde a letra se repete (SS), podemos arrastar a levemente para o lado a mão com a letra que repete ou simplesmente repetir a letra duas vezes na soletração.
-Quando vamos soletrar uma frase damos uma pequena pausa entre uma palavra e outra ou damos um “tapa no ar” como se fazia nas maquinas de escrever antigamente.
-Em uma conversa informal, não é necessário colocar acentos nas palavras soletradas com o alfabeto manual, mas se você está soletrando algo que a pessoa que recebe a mensagem terá que escrever em um papel, devemos fazer os acentos desenhando no ar com o dedo indicador.

-A datilologia, mais conhecida como alfabeto manual, não é língua de sinais, mas faz parte da língua de sinais e serve para nomear pessoas e coisas que não tem ou não se conhece o sinal.
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-A linguística é única para todas as línguas existentes, já a gramática é única para cada língua.
-A Libras é dotada de uma gramática composta por itens lexicais, que se estruturam a partir de mecanismos morfológicos, sintáticos e semânticos e permitem a geração de implícitos, sentidos metafóricos, ironias e outros significados não literais.
-A fonologia das línguas de sinais estuda as configurações e movimentos dos elementos envolvidos na produção dos sinais.
-Essas articulações das mãos são chamadas de parâmetros, que, nas línguas de sinais, são: Configuração das Mãos (CM), o Movimento (M), Ponto de Articulação (PA) e Orientação (O). Além dessas características, ainda podem ser considerados os componentes não-manuais dos sinais, tais como as expressões facial e/ou corporal, o movimento da cabeça e do corpo.
-A CM pode permanecer a mesma durante a articulação de um sinal, ou pode ser alterada passando de uma configuração para outra. As configurações podem variar apresentando uma mão pode estar configurada sobre a outra que serve de apoio, tendo esta sua própria configuração.
-existem 46 configurações de mão diferentes para a Libras, e elas podem ser diferenciadas quanto às posições, número de dedos estendidos, o contato e a contração (mãos fechadas ou compactas) dos dedos.

- O PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA) é o local do corpo do sinalizador onde o sinal é realizado; assim, uma maior especificação da posição é necessária, já que a região no espaço é muito ampla. Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça até a cintura sendo alguns pontos mais precisos, tais como a ponta do nariz, e outros, mais abrangentes, como a frente do tórax.
-MOVIMENTO: Para que seja realizado, é preciso haver um objeto e um espaço. Nas línguas de sinais, a(s) mão(s) do enunciador representa(m) o objeto, enquanto o espaço em que o movimento se realiza é a área em torno do corpo do enunciador. O movimento pode ser analisado levando-se em conta o tipo, a direção, a maneira e a frequência do sinal. O tipo refere-se às variações do movimento das mãos, pulsos e antebraços; ao movimento interno dos pulsos ou das mãos; e aos movimentos dos dedos. Quanto à direção, o movimento pode ser unidirecional, bidirecional ou multidirecional. Já a maneira descreve a qualidade, a tensão e a velocidade, podendo, assim, haver movimentos mais rápidos, mais tensos, mais frouxos, enquanto a frequência indica se os movimentos são simples ou repetidos.
-Outra característica importante para descrever o movimento é a sua velocidade, que pode carregar algumas variáveis durante a realização do sinal: tensão, retenção, continuidade e refreamento.
-O movimento tem a necessidade de repetir sinais em algumas situações (por exemplo, para explicar mais de uma vez, ou indicar várias coisas, como no plural), em que o movimento de um sinal precisa ser reduplicado no tempo.
-ORIENTAÇÃO: os sinais podem ter uma direção ou não; existem sinais que apresentam diferentes significados apenas pela produção de distintas orientações da palma da mão. Por definição, orientação é a direção para qual a palma da mão aponta na produção do sinal.
-na língua de sinais podemos obter a quantificação e intensidade utilizando quantificadores como muito, mas também podem ser obtidas através da repetição rápido ou lento do movimento do sinal.
-sobre as expressões faciais e corporais em LIBRAS, é correto afirmar que fazem parte da língua de sinais e funciona como parte gramática da Libras.

-A Libras não tem em suas formas verbais para marcação de tempo como no Português, sendo assim identificamos a marcação de tempo usando sinais para marcação de tempo como ontem, hoje, passado, presente futuro e etc.

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Resumão: ASJCATI

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Ações Sociais Junto à Criança, ao Adolescente e à Terceira Idade
-O keynesianismo é uma teoria econômica do começo do século XX, baseada nas ideias do economista inglês John Maynard Keines, que defendia a ação do estado na economia com o objetivo atingir o pleno emprego.
-O keynesianismo surgiu após a segunda guerra mundial como uma alternativa para solucionar a grande crise econômica que afetava grande parte dos países. Denominou-se de tal forma por ter sido idealizada por Keynes, que propôs a intervenção do Estado para reativar a produção econômica. Tal intervenção deveria ser desenvolvida por meio de uma administração da economia por parte do Estado e, deveria ainda ser desenvolvida por meio da gestão, também por parte do Estado, dos serviços públicos.
-O Estado desenvolva uma série de intervenções para que possa alcançar o Bem Estar Social. Para tal, caberia a esse ente gerar o pleno emprego e assim estimular o consumo, além de buscar aumentar a renda das pessoas por meio de serviços públicos. O bem estar individual também deveria ser buscado por meio da inserção no mercado de trabalho, porém, o Estado era o grande responsável por desenvolver ações de intervenção econômica e social.
-As intervenções estatais no âmbito da garantia do bem-estar deveriam ser orientadas para atender prioritariamente idosos, deficientes e crianças, ou seja, segmentos que não podiam ter suas necessidades contempladas por meio da inserção no mercado de trabalho.
-O objetivo perseguido por Keynes foi a reorganização capitalista por meio da superação da crise econômica. Assim, toda a fundamentação da argumentação estava calcada nas necessidades postas pelo grande capital. A questão da atenção dos direitos sociais não figurou como um objetivo a ser alcançado por Keynes.
-Keynes estava preocupado com o desenvolvimento econômico e especificamente com a crise econômica que abalou o mundo em meados da década de 20 e sobretudo a partir do início dos anos 30. Assim, suas formulações buscavam fortalecer o papel do Estado interventor e que pudesse, socorrer o capitalismo através de uma ação em prol da regulação econômica e também administrando os problemas sociais.
-O pleno emprego deveria ser garantido, custeado e financiado pelo Estado, por sua intervenção. O mercado, nas orientações de Keynes, não deveria ser responsabilizado por esse tipo de intervenção.
-A crise capitalista foi gerada pelo excesso de mercadoria frente ao baixo consumo. Para que o consumo fosse retomado, Keynes propôs a criação, pelo Estado, do chamado pleno emprego. De acordo com essa proposta, os beneficiados pelo pleno emprego voltariam a possuir renda, e, com isso, consequentemente poderiam consumir. Assim sendo, acreditava Keynes que dessa maneira a crise seria então superada e os níveis de desenvolvimento econômico, estabilizados.
-Keynes propunha ainda que os inaptos para o trabalho, ou seja, crianças, idosos e deficientes, tivessem a atenção de suas necessidades básicas por meio da intervenção estatal. Assim, o Estado precisaria instituir serviços sociais, por meio das políticas sociais, que atendessem especificamente esse grupo de pessoas, os quais não poderiam, pelas fases da vida ou pela doença, ter suas necessidades contempladas por meio do trabalho.
-De acordo com o Plano Beveridge, seria de responsabilidade estatal manter as condições mínimas necessárias a vida da população por meio da regulação econômica, com vistas a manutenção do nível de emprego. O Estado deveria prestar os serviços sociais necessários as pessoas, sendo esses serviços universais e não mais apenas os serviços relacionados aos seguros sociais. Propunha ainda que o Estado organizasse uma rede de proteção social sobretudo por meio dos serviços de assistência social.
-De grande vinculação ao movimento socialista, Beveridge defendia e propunha a ampliação dos direitos sociais. Realizou muitos estudos sobre a situação da vida das classes pobres na Grã-Bretanha e conseguiu de fato, ampliar os direitos sociais dos segmentos vulneráveis.
-Beveridge propôs e conseguiu colocar em prática uma série de reformas nos seguros sociais, sempre buscando melhorar a qualidade dos serviços prestados. Devido a seu cargo político, conseguiu pôr em prática grande parte de suas reivindicações, sobretudo no que concerne a melhora dos seguros sociais.
-Beveridge, como elencado supra, defendia a ampliação dos direitos sociais para todos os trabalhadores. Os serviços sociais, de qualidade e de alcance universal, foram, uma das principais argumentações de requisição desse autor. Portanto, não bastaria, para esse teórico a renovação dos seguros sociais que atendiam a classe trabalhadora, mas sim ampliar a intervenção do Estado no âmbito das políticas sociais.
-Bering; Boschetti e Couto afirmaram que um pacto social sustentou a intervenção estatal junto as expressões da questão social, posto que conseguiu a adesão das classes que necessitavam das intervenções do Estado, assim como da classe burguesa, também privilegiada com a regulação econômica, também desempenhada por esse órgão.
-Muitos teóricos colocaram que no Brasil não vivenciamos um Estado Intervencionista como na Europa, tanto que, muitos estudiosos chegaram a descrever tais intervenções com a terminologia, Estado de Mal-estar Social. Isso porque aqui, as ações em política social nunca foram de fato, universais e tampouco primaram pela excelência e qualidade a que deveriam se orientar.
-No período de 30 a 43 é compreendido como o em que as intervenções em política social começaram a ser desenvolvidas no Brasil, orientadas a oferecer apoio a classe trabalhadora, destacando-se nesse sentido a ampliação das CAPS, além da constituição do Ministério do Trabalho em 1930 e da Carteira de Trabalho em 1932. As CAPS eram caixas de aposentadoria e pensão eram organizações que prestavam serviços de atenção médica e saúde para os trabalhadores que contribuíssem com essas organizações.
-A única instituição assistencial do período foi a LBA, criada inicialmente com o objetivo de atender as mazelas geradas pela segunda guerra mundial, mas que depois passaram a prestar um serviço de assistência social geral. As demais instituições como o SENAI, SESI surgiram a partir da década de 40, eram orientadas a proporcionar formação industrial e lazer para a classe trabalhadora.
-Esse estado de coisas só veio a se alterar a partir da década de 80, com a abertura política e também com a responsabilização do Estado por atender as demandas postas pela população em situação de vulnerabilidade social.
-As intervenções do Estado brasileiro buscavam qualificar e melhorar a vida do trabalhador. Isso para que o trabalhador pudesse produzir e trazer retorno ao capitalismo. Portanto, as intervenções do Estado brasileiro foram direcionadas a atender as necessidades capitalistas. Isso é observado em todo o desenvolvimento histórico das políticas sociais, e, sobretudo em seu surgimento.
-No Brasil as intervenções em prol de determinados segmentos foram iniciadas a partir da década de 30. No entanto, em nosso país, a ênfase foi para uma intervenção direcionada especialmente para atender os trabalhadores. No caso, o padrão universal não fora adotado nos anos de fundação das intervenções empreendidas pelo Estado.
-O estado de bem-estar social é aquele que provê diversos direitos sociais aos cidadãos, de modo a mitigar os efeitos naturalmente excludentes da economia capitalista.
-As políticas macroeconômicas e a defesa do pleno emprego, a partir da utilização efetiva das forças produtivas capitalistas, foram o resultado histórico de um compromisso político estabelecido pelos principais atores sociais.
-O sistema de relações de trabalho com parâmetros regulatórios básicos do mercado de trabalho, contribuía para o estabelecimento do maior ou menor grau de concorrência para a classe trabalhadora.
-As políticas de bem-estar social, constituídas de fundos de financiamento público, estabeleciam garantias mínimas de proteção social, podendo ainda atuar como elemento de sustentação da atividade econômica.
-As políticas de emprego estavam voltadas para a redução dos desajustes nas ocupações e nos rendimentos, para os problemas de qualificação profissional e de alocação de mão de obra.
-No Brasil, até 1930, as intervenções junto às expressões da questão social eram pontuais e em grande parte empreendidas pela caridade
-A partir do governo Vargas, o Estado passa a ter uma nova relação com o proletariado e adota a postura de governar pelo consenso, na qual a questão social passa a ser tratada através das políticas sociais trabalhistas
-A legislação social foi utilizada no Governo de Vargas como uma forma de controle da classe trabalhadora.
-A política social em Vargas buscava priorizar o atendimento das necessidades da classe trabalhadora e assim, colaborar com a produção capitalista.
-Dentre as alternativas idealizadas por Keynes, como responsabilidade estatal: desenvolvimento de ações para a superação da crise capitalista, organização de intervenções que instituíssem o pleno emprego, reaquecendo assim o consumo e diminuição dos gastos sociais que geravam o déficit estatal.
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-Neoliberalismo ganha ênfase na década de 70: é uma retomada dos princípios liberais que orientavam a postura do Estado, uma série de orientações ideológicas, políticas e econômicas que regem a vida em sociedade como um todo.
-Crise no capitalismo por conta do excesso de poder do Estado na regulação econômica e social, tal como era proposto no modelo de Estado de influência keynesiana.
-Concepção neoliberal: o Estado deveria deixar de ser tão interventor e deveria deixar que a economia se autorregulasse. Já com relação aos serviços sociais passa a ser proposto que a sociedade civil assuma o papel do Estado.
-Consenso de Washington: propôs que o poder público não realizasse mais intervenções junto a questão econômica e nem junto a questão social. De tal forma, ficou definido que os países que não seguissem a cartilha posta não iriam receber auxílio financeiro dos órgãos de empréstimos internacionais.
-as intervenções em política social, empreendidas pelo Estado passam a ser organizadas segundo a ótica da pontualidade. Isso significa que os serviços devem atender a casos pontuais, no caso, priorizar apenas os segmentos mais vulneráveis. O caráter de atendimento universal passa a ser substituído pelo de intervenção pontual, focada em segmentos específicos. Assim, a organização de políticas sociais, pautada no neoliberalismo tenderia a priorizar apenas os segmentos empobrecidos ou mais vulneráveis de uma determinada realidade.
-O atendimento universal das necessidades sociais via serviços sociais é apontado pelo discurso neoliberal como um dos principais motivadores à elevação do gasto social e, da dívida pública estatal. Para enfrentar essa situação, minimizando os gastos sociais, seria fundamental, para o argumento neoliberal, a eliminação dos serviços sociais universais. Os serviços sociais deveriam contemplar apenas a população mais vulnerável e não mais a todos aqueles que dela necessitarem. Por isso, seguindo essa compreensão, uma prática assentada no neoliberalismo, deveria sim, restringir consideravelmente todos os serviços de caráter universal.
-A contenção de gastos sociais trata-se de um dos dispositivos instituídos pelos Estados de orientação neoliberal. Assim sendo, para adequação do Estado aos postulados neoliberais, a restrição de custos é uma condição imprescindível, insuprimível. Portanto, na situação narrada, seria uma prática assentada no neoliberalismo, a restrição dos gastos.
-Os ideias neoliberais foram transmitidos no Brasil a partir da década de 80, mas encontraram grande aceitação no país a partir de década de 90. O ex presidente Fernando Collor de Melo estava no poder e conseguiu se eleger usando uma campanha contra os “marajás” e a favor dos “descamisados”, dizendo-se amigo dos “pobres”. Porém sua ascensão ao poder mostrou que o então presidente se colocava a favor do grande capital e contrário a grande massa trabalhadora.
-Collor teria realizado uma campanha em prol do desmonte da seguridade social, um direto recém conquistado no país por meio da Constituição de 88.
-Foi durante o governo Itamar Franco que fora sancionada a Lei Orgânica da Assistência Social, buscando regulamentar o direito a Assistência Social já posto na Constituição de 88. Mas, na prática, não houve intervenções para dar viabilidade prática ao que estava posto na lei.
-Apesar de ter definido como meta a intervenção nas áreas de saúde, educação, emprego, agricultura e segurança, poucas intervenções foram empreendidas, em seus dois mandatos, e a política social permaneceu a margem e aguardando o momento em que fosse de fato colocada em prática. No que diz respeito a política de assistência social, raras ações eram desenvolvidas para efetivar os dispositivos constitucionais e ainda o que estava posto na LOAS. A assistência social ficou reduzida às ações do Programa Comunidade Solidária, que estavam orientadas apenas a atender a população mais pobre.
-Somente a partir do Governo Lula que as ações em política social começam a ser alteradas, porém isso não significa ainda o rompimento com o ideal neoliberal.
-A política social foi influenciada por duas formas de compreensão do papel do Estado, sendo essas: Neoliberalismo e o welfare state.
-Sobre o neoliberalismo no Brasil, está incorreto afirmar que propunha que o Estado custeasse parte dos custos da reprodução da força de trabalho por meio das políticas sociais.
-O Consenso de Washington condicionou a ajuda financeira concedida aos países a sua adequação aos postulados neoliberais.
-Sobre o neoliberalismo no Brasil, é incorreto afirmar que defendeu o financiamento de parte dos curtos da reprodução da força de trabalho.
-Na década de 90, instalou-se no Brasil uma política de reformas estatais fundamentada nas relações econômicas e políticas sociais, resultando na transferência das responsabilidades do setor público para a sociedade civil.
-Sobre as linhas gerais da reforma do Estado brasileiro, é correto afirmar que as reformas econômicas devem ser orientadas para o mercado a fim de garantir a concorrência interna e as condições para a competição internacional, e a reforma é do aparelho do Estado e da previdência, com inovações no âmbito da política social.
-No âmbito do Serviço Social, adensa-se a perspectiva crítica que considera a reforma do Estado brasileiro um verdadeiro processo de “contrarreforma”. Essa compreensão está ancorada no entendimento de que o termo “reforma” tem um conteúdo ideológico para convencer do caráter democrático e reformista das mudanças.
-A reforma do Estado tornou-se, durante a década de 90 do século XX, a tônica nos discursos e práticas políticas na sociedade brasileira. O ideário da reforma buscava a tentativa de superação da administração burocrática com a introdução da administração gerencial.
-Na análise crítica da reforma do Estado, entendida como uma “contrarreforma”, um dos objetivos das mudanças propostas, em especial, no núcleo de “serviços não exclusivos”, é incentivar a participação da sociedade, por meio de investimentos privados, com ênfase na figura do cidadão-cliente.
-obre a crise do Estado de Bem-Estar Social, há entre os teóricos diversas interpretações sobre suas causas e manifestações, no entanto, entende-se que está associada à superprodução e superacumulação, como desdobramento da crise estrutural do capitalismo. Daí resulta o ajuste estrutural do Estado, a chamada reforma do Estado, que se funda na necessidade do desmonte do Estado para atender a necessidade do grande capital de liberalizar os mercados. Essa reforma é concebida como parte das bases de regulação das relações sociais, políticas e econômicas.
-Vive-se uma tensão entre a defesa dos direitos sociais e a mercantilização e a re-filantropização do atendimento às necessidades sociais, com claras implicações na universalização da prestação de serviços sociais.
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-somente a partir da LOAS (lei orgânica da assistência social), que o texto constitucional em relação a política de Assistência Social começou a ganhar forma.
-Assistência Social é política social não contributiva, destinada a provisão de mínimos sociais, para atender as necessidades básicas de uma determinada população.
-objetivos estão orientados a contemplar aspectos como a proteção social, a vigilância sócio assistencial e a defesa de direitos, sendo tais ações orientadas aos segmentos mais vulnerabilizados da sociedade, sendo esses prioritariamente, as famílias, crianças e adolescentes, idosos e as pessoas com deficiência. O grande enfoque é para ações desenvolvidas junto a idosos, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência por serem segmentos que além da vulnerabilidade financeira podem também sofrer em decorrência do seu estágio específico de desenvolvimento.
-Princípios da LOAS: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
-Diretrizes da LOAS: descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo.
-A legislação em questão disciplina ainda sobre os serviços, programas e projetos a serem desenvolvidos no âmbito da Assistência Social, sendo dada grande ênfase ao Benefício de Prestação Continuada ou BPC, que é um dos benefícios que ganha destaque no âmbito da Assistência Social. No entanto, também é importante pontuar que a LOAS disciplina o desenvolvimento dos chamados benefícios eventuais, dos serviços assistenciais e dos programas de assistência social, além de apontar sobre os projetos de enfrentamento a pobreza.
-A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social.
-a assistência social tem por objetivo amparar as crianças e adolescentes carentes.
-A Assistência Social aos idosos será prestada de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos no Estatuto do Idoso, e também previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso e no Sistema Único de Saúde.
-São marcos legais da história da Assistência Social no Brasil: aprovação da NOB-RH/SUAS e o Plano Decenal de Assistência Social e instalação do Conselho Nacional de Assistência Social e a criação do Ministério de Desenvolvimento Social e combate à fome.
-O marco fundamental do processo de constituição da LOAS enquanto política social pode ser expresso por meio da Constituição Federal, da Lei Orgânica da Assistência Social e da Política Nacional de Assistência Social.
-A universalização dos direitos sociais, tornando o destinatário da ação alcançável pelas demais políticas sociais não é um dos objetivos da Política de Assistência Social.
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-a Lei Orgânica da Assistência Social e o Plano Nacional da Assistência Social são os principais documentos que orientam a Assistência Social no Brasil.
-LOAS: novos espaços de participação popular e de controle social, sendo esses as conferências e os conselhos.
-Conselhos: podem participar trabalhadores da área da Assistência Social, usuários e demais envolvidos com essa Política Social; a atuação é voluntária e cada conselho precisa possuir composição paritária, com 50% de membros que representem a sociedade civil e 50% de representantes do Estado; suas atividades são contínuas; Cada município deve instituir seu próprio Conselho, cabendo a ele a elaboração de seu regimento interno; é de responsabilidade do Conselho apreciar e aprovar, ou não o Plano Municipal de Assistência Social, que,  por sua vez será o documento em que as ações da Assistência Social são planejadas; os Estados, o Distrito Federal e o Governo Federal também precisam instituir conselhos.
-Conferências: espaços para onde podem afluir todos envolvidos com a Política de Assistência Social, com direito a voz e voto. A conferência de Assistência Social deve acontecer a cada dois anos e precisa se constituir enquanto um espaço de ampla participação e deliberação da Política de Assistência Social.
-A Política Nacional indica como possibilidades a instituição de fóruns de debate e a organização de um trabalho que envolva as demais políticas sociais, tornando a Assistência Social uma política social cada vez mais interdisciplinar e “aberta” à sociedade como um todo.
-Comissões intergestoras, bi e tripartite: seriam organizadas para delimitar parâmetros mínimos para a organização da Assistência Social, em todo território nacional, indicando os serviços mínimos para cada nível de gestão.
-Conforme indicado pela LOAS todos os trabalhadores, usuários, gestores e demais envolvidos com a Assistência Social devem participar das conferências. De tal maneira, não há necessidade de indicação prévia para afluir a essas instâncias participativas.
-O Plano Municipal é um documento onde devem estar expressas as ações, objetivos, recursos, que irão ser desenvolvidas na área da Assistência Social. É um documento de sistematização, mas também de controle das ações afetas à área da Assistência Social. Na LOAS, por sua vez, o Plano Municipal de Assistência Social é indicado como uma das requisições aos municípios e Estado que desejem receber recursos para a execução das ações relacionadas à Assistência Social.
-É condição também aos municípios e aos Estados a instituição de Conselhos, Elaboração de Plano, a Regulamentação do Fundo e a destinação de orçamento próprio para a execução dessas ações.
-A LOAS estabelece que para que os estados e municípios possam receber recursos financeiros se faz necessário: Conselho de Assistência Social, Fundo de Assistência Social, Plano de Assistência Social.
-o funcionamento das entidades e organizações da assistência social depende de prévia inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social.
-Conselhos de Direitos e de Políticas ou Conselhos de Gestão Setorial nos campos da assistência, saúde, criança e adolescente, dentre outros, se organizam a partir das diretrizes: paridade entre governo e sociedade civil e caráter deliberativo em face da elaboração e fiscalização das políticas.
-é de responsabilidade do órgão da administração federal responsável pela Assistência Social e do Conselho da Assistência Social realizar o acompanhamento dos recursos do FNAS.
-os recursos da União serão repassados automaticamente ao FNAS.
-para o recebimento de recursos do FNAS, o município ou o Estado precisa comprovar a destinação de recursos próprios para a área da Assistência Social.
-De acordo com a Política Nacional de Assistência, o Controle Social, é tratado como um eixo estruturante.
-o controle social, no âmbito da Assistência Social, se efetiva como uma modalidade de participação popular.

-dentre os mecanismos de participação popular destacam-se os conselhos e as conferências.

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Materialismo histórico-dialético


-Psicologia Social: compromisso social.

-Silvia Lane propõe transformação da realidade atenta ao contexto social.

-Revisão dos conceitos que levaram à construção de uma Psicologia voltada para a realidade social - conhecer os mecanismos que levam à alienação social.

-Desvendar e ampliar a consciência (o aqui e agora).

-Silvia Lane questionou o compromisso social da Psicologia. Fez uma revisão dos conceitos que não faziam parte/explicavam nossa realidade, o que contribuiu para a formação de um conhecimento teórico mais adequado.

-Utilizaram o Marxismo/Materialismo histórico-dialético (Karl Marx) e Vygotsky (matéria e história) para formar a Psicologia Sócio Histórica.

-Marx: "somos o que produzimos". Escreveu "O Capital", onde fez uma análise do comportamento. Foi aluno de Hegel. 

-Hegel: explicou a sociedade pelo espírito, as coisas acontecem de forma natural.

-Marx valoriza a matéria e fala da importância do trabalho.

-O trabalho passa a ser valorizado com o capitalismo. É mais que a produção de bens materiais, é a transformação da natureza e de si mesmo.

-Já na era moderna, o trabalho era dividido em: livre (burguês - detém os meios de produção, é dono das máquinas) e mecânico (operário, proletário). O homem era visto como uma máquina.

-As coisas têm significado/representações que dependem do lugar e da condição material de vida.
-O que é real depende dos sentidos/significados/consciência e da condição material.

-As pessoas têm uma relação entre si e com a natureza, e essas relações sociais são produzidas pelas próprias pessoas. São um processo histórico.

-O homem produz suas relações de vida/existência.

-Capitalismo: forma de produção, acumulação e distribuição da mercadoria.

-Mercadoria: valor de uso (utilidade do produto) e valor de troca (preço do mercado). 

-Para a produção da mercadoria, é preciso material, eletricidade, transporte etc. Os funcionários recebem cerca de 50% do lucro gerado pelo trabalho realizado, o restante é do burguês. Isso é a mais-valia.

-Mais-valia: trabalho não-pago.

-A mão-de-obra é um trabalho social visto como mercadoria.

-Sem a mais-valia, o sistema capitalista não existiria.

-Dialético: contraditório.

-A Ideologia nos mantém nessa condição (coisificação de produtos e pessoas).

Trabalho para Karl Marx

-Divisão social do trabalho: intelectual (planeja, organiza, elabora) e manual (é o que realiza; é desvalorizado pela sociedade, visto como não-pensante). Essa divisão gera e mantém a desigualdade social.

-Relação de produção: cooperação e intercâmbio entre os homens. As relações de produção, trabalho, lugar ocupado na hierarquia social formam a consciência (realidade que ocupa).

-A consciência é fruto da condição material de existência humana e representa a realidade como lhes parece.

-Ideias: nascem da atividade material, representação invertida do processo real (a sociedade coloca o indivíduo em determinada posição, que é vista como natural, apesar de não ser).

-Ações vistas como se existissem por si mesmas. Acreditamos que as coisas são naturais, o que é uma alienação, já que são interesses construídos. Não vemos a realidade como ela é.

-Afirmar que a sociedade é natural é alienação.

-Criação da ideologia feita por teóricos e ideólogos, que são representantes da classe dominante, ou seja, distanciados do mundo real (Estado, mídia).

-Ideias parecem contraditórias e a sociedade é contraditória.

-História: forças de produção, relações sociais e consciência. O homem é um ser histórico: tem consciência, trabalha e se relaciona (baseado em interesses construídos).

-Estado: surge como força autônoma, porém defende os interesses dos proprietários.

-Política: manifestação dos interesses das classes dominantes e dominação/exploração.

-Ideologia: produzida pelas condições objetivas de existência social dos(as) homens/mulheres. Existe para que se mantenha o controle, a submissão.

-Sujeito e classe social: submissão que aparece como natural perante aos grupos dominantes.

-Ideologia naturaliza as diferenças entre os homens: "todos são iguais". É o meio usado pelos dominantes sem que se perceba como tal pelos dominados.

-A consciência não se separa da sua práxis / ação. Uns consomem/pensam (intelectual), outros produzem/trabalham (manual).

-O consumo é utilizado para manter a submissão existente.

-Fetiche da mercadoria: a pessoa consome imaginando que irá se tornar alguém melhor, mais influente, ter valor. Desse modo, se torna o próprio produto, é visto pelo que possui.

Ideologia hoje

-Mundo sustentado por uma sociedade imaterial --> comunicação verbal e simbólica (mídia influencia em significados).

-Ideologia: inúmeros enfoques teóricos. 
1) Dimensão positiva ou neutra.

2) Dimensão negativa ou crítica (distorce, manipula, engana --> para Marx sempre será assim).


-Ideologia como prática material concreta (aparelhos ideológicos do estado --> escola). Dimensão dinâmica/prática (modo de agir --> exemplo: trabalho).

-Ideologia para Marx: "...examinar as maneiras como as relações sociais são criadas e sustentadas por formas simbólicas que circulam na vida social, aprisionando as pessoas e orientando-as para certas direções".

-Uso dos sentidos que servem para estabelecer e sustentar relações de dominação. 

A) Concepção crítica: ideologia como fenômeno enganador (questionar, desenvolver uma ideia própria sobre algo).

B) Sentido e formas simbólicas: ações, imagens, textos (avaliar o momento sócio histórico, contextualizar).

C) Conceito de dominação: poder X dominação.
 -Poder: conhecimento, acontece de forma natural.
-Dominação: não tem poder, aprisiona para dominar.

D) Modo e estratégias que o sentido serve para sustentar relações de dominação.

E) A valorização das formas simbólicas


-Paulo Freire: escola/educação é política (traz a ideia de determinadas grupos).

-Há dois tipos de educação: crítica (aluno é questionador) e bancária (aluno é recebedor). Para Marx, é sempre bancária. 

-Utilizam-se formas simbólicas para manter a dominação. 

-A ideologia mantém as pessoas em submissão.

Aroldo Rodrigues

Psicologia Social cognitiva: compreensão dos estímulos sociais (exemplo: representações sociais).
-Tecnologia social: achados científicos das ciências sociais para resolver problemas sociais.
-Proposta: postura ética da Psicologia Social.
-Ciência neutra: não intervenção de tendenciosidades / vieses (subjetividade do pesquisador).
-O estudo de Marx não é Psicologia, e sim política. 


Eliezer Scheineder

-UFRJ/UERJ, década de 50.
-Proposta: ênfase na abordagem histórica (origem) e cultural (valores/crenças). Para entender o ser humano, é importante conhecer esses aspectos.
-Aproximação da Psicologia com outras teorias.
-Compreensão dos processos micro (grupos pequenos) para entender como se tornam macro.
-Psicologia: compreensão da problemática humana em sua diversidade histórica e cultural. 


Silvia Lane

-Compromisso social da Psicologia. 
-Psicologia: sócio histórica e social comunitária. 
-Conhecimento da Psicologia para a transformação social.
-Atenção ao contexto social/realidade social. 
-Realidade social: parâmetro para a produção científica. 
-Consciência (desvendar).
-Crítica à Psicologia Social norte-americana (foca no positivismo, experimental, controla as variáveis).
-Uso do materialismo histórico-dialético
-Ver o homem/a mulher como totalidade histórica.
-Psicologia Sócio-Histórica pesquisa e se baseia em Vygotsky, Lúria e Leoutiev.

-Importante trabalhar a consciência das pessoas através da reflexão social.

-A Psicologia Social e uma nova concepção do homem para a Psicologia

-Importância de considerar o contexto histórico do Brasil para explicar como o sujeito age, que é uma maneira diferente do homem norte-americano.

-Compromisso social.


Texto Ferreira Gullar

Homem --> criação --> fazer histórico (cult, realidade, relação social, si mesmo).

-Mudança a partir do trabalho, transforma a natureza.

-Sujeito se reconhece como sujeito, pelo outro.

-Relações sociais / o que acontece no mundo não é divino, é uma construção do próprio homem. A sociedade se constrói a partir dos grupos, das relações. O aspecto biológico não diz quem somos, entretanto, o Outro determina que somos.

-Para estudar o homem, é preciso estudar seu grupo, e como esse se constituiu.

-Os homens de diferentes regiões têm realidades e são culturalmente diferentes. A realidade se dá a partir do grupo em que o indivíduo constrói sua individualidade. 

-Década de 50: sistema em termos de Psicologia Social a partir de duas tendências: perspectiva pragmática e fenomenológica. 

-Perspectiva pragmática: origem nos EUA; raízes no Behaviorismo; busca intervir nos grupos para harmonizá-los e garantir produtividade; homogeneíza.

-Perspectiva fenomenológica: origem na Europa; raízes na Fenomenologia e na Gestalt; a existência precede a essência; modelo totalizado, para todos os povos e culturas.

Década de 60: crise do conhecimento psicossocial, não explica ou prevê comportamento social. Questiona a eficácia, o caráter ideológico das práticas e sua dicotomia entre o eu e a sociedade.

-Antes a explicação era individual, agora a atividade individual representa o grupo de que a pessoa faz parte.

-Sociedade ligada ao eu, grupos de interesses, ideias.

-Para a superação da crise, pensar que: 
A Psicologia tem uma tradição biológica: os processos psicológicos são assumidos como causa, ou uma das causas que explicam o seu comportamento.
Exemplo: a pessoa rouba por ter mau caráter (não pode-se excluir o aspecto social que existe).

-Homem é cultura, é produto da sua condição social, histórica e também produtor. Fala, pensa, aprende, ensina, transforma a natureza. Organismo: infraestrutura que permite uma superestrutura.

-Visão global de homem: aspecto interno junto com o social.

-Silvia Lane concorda com Skinner sobre reforço e punição, e isso influencia no comportamento. Skinner está dentro da instituição, Silvia Lane vê a sociedade e abrange outros aspectos.

-É importante considerar a condição social em que ocorre a aprendizagem, a condição social define o indivíduo na sociedade, no conjunto das relações sociais.

-Compreensão do homem como produtor da história.

-Muitas vezes o homem fica destituído das suas condições de direito.

O Positivismo
-Na objetividade dos fatos, perde o ser humano.

-Não identifica o sujeito na história. 

-Psicologia Social: recuperar os indivíduos, história individual com história social, entender a ideologia presente.

-O homem vive em sociedade.

-Considerar o materialismo histórico-dialético.

-Quando descreve os fatos, não se atenta aos aspectos biológicos. A Psicologia Social deve considerar.

-O homem, ao transformar a natureza, se transforma. Ser em ação produz história. 

A Psicologia Social e o materialismo histórico-dialético:
-Teoria filosófica e científica.

-Entender os fenômenos materiais, processo que se relaciona com os homens, é dinâmico, existe uma interdependência. 

-Ideologia serve para manter as relações sociais. Estado defende interesses de um grupo, uma minoria.

-Importância das relações grupais, mediadas pelas instituições sociais, enquanto tais exercem uma mediação ideológica. Exemplo: identificam o que é certo, errado, adequado ou inadequado.

-Transformação social: trabalho é feito com o outro.

-Métodos: pesquisa-ação, conhecer o indivíduo no conjunto de suas relações sociais.

-Psicologia 1975: ciência experimental quantitativa. Laboratório criado por Wundt.

-Nasce de acordo com as necessidades da época, como uma ciência positivista (posso observar e comprovar os dados / ênfase na razão / funcionamento do homem /determinista / mecanicista). Baseado em: Gestalt (percepção), Psicanálise (inconsciente), Comportamentalismo (comportamento observável).

-Diferenças entre as abordagens, mas nenhuma delas supera a visão de estudar o homem de modo mecanicista e determinista (crítica).

-Questão: a compreensão do fenômeno psicológico é incompleta.

-Psicologia Sócio-Histórica: Psicologia histórico-cultural (Vygotsky).

-Fundamento: Marxismo e Materialismo histórico-dialético como filosofia, teoria e método. 

-Segundo Vygotsky, para entender o homem é preciso observar os aspectos históricos e culturais. Se baseou no marxismo, o homem é visto como mercadoria no mundo capitalista. Materialismo histórico-dialético como filosofia, teoria e método: mundo externo colabora para a compreensão do mundo interno.

-Homem: ser ativo, social, histórico. O homem trabalha, atua, transforma a sociedade (histórico), se relaciona com os outros (social) e está sempre em ação (ativo). O fenômeno psicológico é construído com a relação entre as pessoas.

-Abandono da visão abstrata do fenômeno psicológico. 

-História: liberalismo (capitalismo, individualismo). Surge o Eu (mundo interno).
-Liberalismo nasce com o capitalismo na Inglaterra: valorização do individualismo (o sujeito pode se fazer por si mesmo, se a pessoa não consegue mudar a própria vida, é problema dela / quem tinha dinheiro/posses, tinha direitos / igual entre os iguais).

-Surge a Psicologia como é hoje para estudar o Eu, que aparece como naturalizado.

-Fenômeno psicológico aparece como naturalizado. Mas, para a Psicologia Sócio-Histórica "reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens".

-O fenômeno psicológico não é natural, é construído com o auxílio da linguagem. Não é mundo interno, e sim mundo externo em relação com o interno. Se constrói na sociedade em que a pessoa está inserida. 

-Fenômeno psicológico → sociedade. 
-Os grupos de poder criam estratégias que nos impedem de ver o que acontece na sociedade.

-Linguagem: mediação para a internalização da objetividade. Construção de sentidos pessoais (subjetividade).

-Crítica da Psicologia Sócio-Histórica à Psicologia: Psicologia é deslocada da realidade social e cultural.

-Ideologia → Psicologia. 

-1962: Psicologia como trabalho do psicólogo e ação direcionada e intencionada.

-Trabalhador: projetos de vida.
-Concepção: materialismo histórico-dialético. 
-Marx: a classe social interfere na maneira como nos comportamos.

-Surge Vygotsky: insatisfação com a Psicologia (estuda o mundo interno).
-Propõe a explicação sobre o Psiquismo e comportamento a partir "Funções psicológicas superiores" (gênese social da consciência).

-Funções psicológicas superiores: pensamento, linguagem, consciência. 

Categorias de análise
1) Linguagem: signos (mediador da realidade).
2) Consciência: pensar, sentir, agir - determinada pelas relações materiais vividas.

-Linguagem e consciência formam o psiquismo: realidade e apropriação de signos (individuais) e significados (coletivos). O psiquismo se constitui em um contexto social, histórico e cultural (crenças, estilos de vida, hábitos).

Metodologia de pesquisa
-Homem: ser de relações, produto evolução biológica, produto determinações sociais e históricas do meio no qual o indivíduo vive.
-Relações entre homem e meio social constroem-se e transformam-se: busca de sua singularidade, internalizando e expressando sua condição histórica e social, sua ideologia e relações vividas.

-Homem/mulher: situá-lo em dado momento histórico, desvendar e explicar as determinações sociais que o constroem. 

-A partir do global (vida / realidade concreta), chega-se no psicológico (consciência / entender o homem). 

-A partir da palavra/signo explicação da história individual discurso que trata da história social, ideologia, memória coletiva.

-Consciência se relaciona com a linguagem, que se expressa com a fala, mostrando sua organização. 

-Uso da metodologia qualitativa (impressões, significados).
-Método/procedimento: pesquisa-ação/pesquisa participante (pesquisador vive no local / faz parte do meio e tem uma intenção de modificação). São intervenções que consideram o conhecimento do sujeito e colaboram para uma reflexão por parte dele.

Questões para estudo
1) Quais foram as contribuições de Silvia Lane para a formação da Psicologia Sócio-Histórica? Quais os pressupostos epistêmicos?
2) Qual a principal diferença entre as teorias de Marx e Hegel?
3) O que é o capitalismo?
4) O que é a mais-valia?
5) Relacione ideologia com alienação.
6) Explique os dois tipos de trabalho (intelectual e manual).
7) O que é alienação? Relacione com o conceito de realidade invertida.
8) O que é o "fetiche da mercadoria"?
9) Para Marx, o que é ideologia?
10) Diferencie poder e dominação.
11) Qual é o enfoque da Psicologia Social Cognitiva?
12) Qual é o foco da teoria de Eliezer Scheineder?
13) Qual a ênfase da Psicologia Sócio-Histórica de Silvia Lane?
14) Explique a razão do fenômeno psicológico não ser natural.

15) Como é formado o psiquismo?


16) Explique a metodologia qualitativa e o procedimento da pesquisa-ação.

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