sábado, 30 de abril de 2016

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Resumo da aula de PJ (29/04)

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-Para adotar, responde a um questionário (nome, idade, estado civil, escolaridade, renda, endereço), define um perfil (menino, menina, branco, negro, limite de idade para a criança a ser adotada). Isso para cruzar os dados das crianças e dos candidatos. Após isso, entramos em contato com os candidatos para entrevista-los e investigar a motivação da adoção: infertilidade (barreira social, pois a sociedade ainda trata essas pessoas como incompetentes, geralmente a adoção é a última opção; se o luto de não ter filho não foi elaborado, o processo de aceitação pela família e pela sociedade será dificultoso – para o homem, infertilidade é impotência e para a mulher, incapacidade de ser mãe; pode ser altruísta, querendo proporcionar melhor qualidade de vida para a criança), adoção por perda de um filho (filho faleceu e não quer passar pelo processo de novo, adota uma criança da idade do filho que morreu; se a família encara como uma substituição, a criança não terá personalidade própria, será a sombra do outro), adoção por vontade de uma das partes (se um quer e o outro cede, após um tempo pode ocorrer uma situação que desgasta a relação do casal e o maior prejudicado será a criança, que pode virar bode expiatório), adoção altruísta, mas a família discorda (os pais querem, mas a família não aceita a criança, gerando exclusão).
-Fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
-Temos que identificar as fantasias do processo de adoção: será como eu, será como os pais biológicos, se tem familiares dependentes não quer. Formamos grupos para compartilhamento de experiências, tornando algo distante, próximo. Falamos também sobre processos de desenvolvimento e ciclo vital das crianças (como acontece, quais cuidados, quais dificuldades) para desmistificar coisas que os pais acreditam que só acontece com crianças adotadas. Clarificamos situações de adoção de crianças e adolescentes para os pais se prepararem para o processo.
-Crianças de até 2 anos, iniciamos com o processo de convivência.
-Processo de aproximação: os candidatos vão até o abrigo e, por um dia, substituem o cuidador, depois passam a semanas, passeios e, após a construção de um vínculo de confiança (aproximadamente 1 mês), pode levar a criança para dormir uma noite em casa.
-Pais biológicos têm 9 meses para elaborar todas as mudanças que ter um filho vai exigir. Pais que adotam têm 2 meses.
-Quanto mais velha a criança, mais amplo nosso trabalho deve ser. Se já foi abrigada, se já teve família (elaborou o luto?), quantos abrigamentos já teve, quais as expectativas que possui para uma nova família... tudo deve ser investigado. Tudo será investigado de forma lúdica (desenho, áudio, criação de vínculo através de contatos básicos). Quando tiver um vínculo maior de confiança, vai até o abrigo, participa das atividades etc.
-Após a criança ir para a casa, fazemos visita domiciliar para verificar o dia a dia, as expectativas.
-Nosso trabalho deve ser global, sistêmico para investigar a estrutura do casal, da família e tudo que interfere no processo de adoção.
-Troca de certidão de nascimento da criança: colocar o nome dos pais adotivos no lugar dos biológicos; até dois anos pode-se trocar o primeiro nome e colocar o sobrenome dos pais adotivos (mais velhos pode gerar um conflito de identidade).
-Nossa sociedade nega a diferença, portanto a adoção de crianças com algum tipo de comprometimento é a última opção. Após a homologação, a destituição do poder familiar passa pelo mesmo processo de pais biológicos: se devolve, está abandonando.
-No Brasil, acontece a adoção brasileira aos montes: pego o filho de outra pessoa e registro no meu nome. Isso por que as pessoas imaginam que o processo é muito longo.

-A adoção só acontece se houver destituição do poder familiar. É obrigação dos pais contarem para a criança que ela é adotada (nosso trabalho também é orientar a respeito disso, adequando à linguagem da criança).

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Resumo da aula de Psicopatologia Geral (26/04)

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-Estados sinistros: loucura, geminalidade.
-Muitas vezes, o que chamamos de loucura não é tão evidente assim.

Neurose e psicose (psicanálise, Freud)
-1893 até 1914: teoria do recalque (neuroses).
-1914: “introdução ao narcisismo” e “luto e melancolia” / primeiras teorizações acerca das diferenças entre neurose e psicose do ponto de vista libidinal.
-1923/25: teorizações sobre defesas específicas para neurose e psicose.

-Psicanálise surge fazendo uma crítica a medicina, que falava da loucura há 100 anos.
-Pinel e outras escolas trabalharam com descrição de sintomas. Doença precoce (esquizofrenias), monomanias (transtorno bipolar), psicastemia (transtorno obsessivo compulsivo), melancolia (depressão) já eram nomenclaturas presentes.
-A medicina buscava justificar porque a loucura era problema dela, buscando origens orgânicas. Pessoa em estado de desrazão, busca pela retomada da razão.
-Hoje sabemos que a patologia tem uma base orgânica, mas não genética.
-Tudo isso influenciou na criação de manicômios. A Alemanha não tem registros de manicômios.
-Os sintomas histéricos chamavam muita atenção. A pessoa não entrava em estado de desvalia, não havia correspondente orgânico que justificassem o sintoma.
-Freud começa a se interessar por essas questões e volta a observação para o sintoma histérico. Não tinham questões orgânicas, mas faziam parte da história da pessoa (registro de sedução, abuso).
-Breuer dizia que o sintoma era singular da pessoa.
-Freud vai para a comunidade científica falar sobre a hipótese de o sintoma estar ligado a alguma experiência traumática na infância.
-No início, a psicanálise não buscava distinguir neurose e psicose. O foco era eliminar a histeria.
-Ao mesmo tempo que descreve o sintoma histérico, a Psicanálise constrói/teoriza sobre como se dá o psiquismo no homem.
-O bebê freudiano não nasce com psiquismo, e sim com potencial a construir o psiquismo ao longo da existência.

-Recalque: repressão, abafar.
-Primeira teoria do mecanismo psíquico: todas as experiências passam por consciência e inconsciência. Nem tudo que é vivido, é suportado pela consciência. O que não era suportado, eram questões que afrontavam a moral sexual e religiosa da época. As histéricas tinham experiência de sedução na infância e a moral mostrava que aquilo era errado, o que fazia com que esse material fosse levado ao inconsciente. O inconsciente tinha a ver com tudo que um dia havia sido consciente. E tudo voltava a partir de determinadas circunstâncias (criança seduzida implicava uma quantidade grande de energia que não era ab-reagida, elaborada, então parte dessa energia virava sintoma). O recalque vai separar a representação do afeto.
-Quem introduz o recalque na vida da criança é o outro.
-Freud descobre que as histéricas mentem para ele por que nem sempre foram vítimas de sedução (não houve um fato concreto). Havia um desejo de realizar essa cena e esse desejo era varrido do campo da consciência e levado ao inconsciente, voltando através do sonho, sintoma etc.
-O sintoma é uma defesa do ego.


Filme recomendado: Victor, o selvagem de aveyron.

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

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Resumo da aula de PJ (22/04)

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Adoção
-Demora para as famílias se desvincularem, a criança cresce e se torna mais difícil de ser adotada.
-O Estatuto da Criança e do Adolescente é desconhecido pela maioria dos brasileiros.
-A legislação legitima, controla e valida comportamentos sociais.
-Existem vários mitos gregos, romanos que falam sobre adoção.
-O que hoje temos como família ideal, foi uma construção política no século XVIII.
-Registros de adoção desde os séculos XIV, XV antes de Cristo. Está nos códigos: romano e babilônico.
-Herdamos o código romano, que validava a adoção de maneira perniciosa. A criança era adotada e considerada adotiva (questão de morte, herança, sucessão ele ficava por último, a prioridade era dos biológicos).
-Inglaterra e Estados Unidos não legitimaram o processo de adoção por vários anos, por questões de hereditariedade, manter império, dinheiro.
-A igreja é um império que concentrou dinheiro por muitos anos, principalmente pela questão dos celibatos. Houve uma época em que o conhecimento era de todo por quem era alfabetizado. Muitos eram chantageados, estorquidas por falta de conhecimento (se não fizer isso “que está escrito na bíblia”, você vai para o inferno). Quando diz que casamento é uma instituição sagrada, afirma que os homens devem ser monogâmicos e fiéis (diferente do esperado para os homens). Existem comportamentos esperados para o homem socialmente (infiel) e para o homem casado (fiel). Se torna pecador, então pode se confessar, receber penitência do padre (rezar) e indulgência (comprar seu perdão, através da caridade Deus perdoaria, com doações de dinheiro e terras para a igreja). Como pagar sua indulgência sem ser reconhecido como pecador? Cria-se as casas de caridade, que mais tarde seriam as santas casas de misericórdia (abrigo de pessoas de rua, crianças desabrigadas até conseguir um trabalho ou condições financeiras). As casas de caridade eram sustentadas por doações, mas era necessário separar quem doava por ser pecador e quem doava por ser nobre: roda de caridade.
-O homem devia ser sexualmente ativo, e as mulheres tinham um mínimo poder (critério de validação) quando era virgem. Desta forma, o homem tinha que passar por cima da força da mulher (estupro). Geram filhos ilegítimos, indesejados que passam a ser entregues na roda dos enjeitados/expostos. As mães perceberam que as crianças recebiam abrigo e alimento nessas casas de caridade, então o número de depósito de crianças aumenta. O alimento das crianças era leite, então mães acabavam sendo contratadas para serem abrigadas e fornecerem leite (segundo critério de validação da mulher). Movimento pernicioso por que fortalece o movimento de gravidez indesejadas.
-Abandono de crianças em massa quando os portugueses engravidam as índias.
-No Brasil, o primeiro registro do processo de adoção é de 1916: adoção simples – pai adotivo, filho adotivo. Só tem direito de permanecer em uma família, não tem direito a nome de família ou herança. Existia em benefício dos adultos por serem mão de obra gratuita. Era uma forma de legitimar exploração de mão de obra. Quem podia adotar: pessoas com mais de 50 anos, que já tentaram ter filhos e não conseguiram, que tinham uma estrutura sólida (casamento, divórcio, viuvez).
-Séculos XVII, XVIII as crianças eram tratadas como mini adultos, criados por uma ama de leite ou serviçal e quando tivessem condições de trabalhar, eram devolvidas aos pais. Faziam a mesma coisa que adultos (sexo, fumar, beber, trabalhar). Apesar de serem legitimadas de outra forma, a adoção ainda era por interesse dos adultos: ter companhia para cuidar quando estivesse velho, famílias inférteis para representar a própria família. Quando a criança nascia, retirava-se o bebê da mãe e mostrava ao pai, se ele aprovasse a criança, ela fazia parte da família. Se não, deixava a criança na rua (se não fosse morta de frio, fome, por animal silvestre) poderia ser adotada por qualquer pessoa para ser serviçal.
-Primeiro código de menores: 1927. Período de guerra, muitos órfãos (o homem ia para a guerra, se morresse, acabava a família). Necessidade de legitimar e validar o processo de adoção desses abandonados.
-Êxodo rural: excesso de mão de obra na cidade, as pessoas se localizam em cortiços ou ficam desabrigadas pelas ruas. Para sobreviver, vão roubar. Cria-se uma nomenclatura para dois tipos de criança: menor (abandonado, sem família) ou menores delinquentes (crianças abandonadas, perdidas que tem risco ou periculosidade em relação a outras pessoas). O uso da palavra “menor” carrega um termo pejorativo (hoje em dia utilizamos para nós referir a um bandido). No primeiro código de menores, há uma institucionalização de crianças e adolescentes de forma indiscriminada. Não tem uma diferenciação do estado ou deveres e direitos (sempre tratado como menor). Ainda se refere a necessidade do adulto.
-Segundo código de menores: 1979. Separação do termo “menor” e “delinquente”, o estado funciona como tutor das crianças durante um período para ter um ambiente de desenvolvimento adequado: FEBEM. Divulgação de que seria uma fundação que proporcionaria um ambiente de educação e desenvolvimento. Famílias com baixa renda colocavam seus filhos na FEBEM imaginando que lá teriam condições de estudo e profissionalização. Além das crianças abandonadas, infratoras, tinha crianças colocadas lá para estudar. A questão da adoção também é alterada, de 50 anos para 30 (devem ter, no mínimo, 5 anos de casados).
-1989: convenção nacional do direito das crianças e adolescentes pela ONU. Reunião de países para pensar direitos básicos de crianças e adolescentes que estavam sendo negligenciadas.
-1990: estatuto da criança e do adolescente. Adoção pode ser feita por maiores de 20 anos, com diferença de idade de 16 anos entre a criança/adolescente e quem quer adotar, casado, em união estável ou solteiro (divorciado, separado).
-Na constituição de 1988 vem a questão de isonomia, onde a mulher tem direito ao patrimônio, aos filhos, a sucessão. Troca o pátrio poder (direito do pai) para poder familiar.
-2002: reedição do código civil de 1916. Adoção: maiores de 18 anos podem adotar, independente do estado civil, condição social e orientação sexual. O foco não é mais os adultos, e sim as crianças.

Leituras:
Complementar a aula:

Para a próxima aula:

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sábado, 9 de abril de 2016

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RESUMÃO: Processos Grupais

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Resumo de Processos Grupais – NP1

1. Fundamentos históricos e epistemológicos das teorias sobre grupos
Pluralidade de teorias (cada teórico com a sua visão/linha à técnicas, exemplo: grupo). S (sujeito que quer conhecer) – (método) O (mundo/objeto) à S-O. A relação da equação epistemológica  se transforma mediante a teoria. Existe uma visão de homem e mundo. Histórico: falar de grupo é falar de homem moderno. Psicologia social com Psicologia organizacional, os grupos se encontram. O homem moderno é social (valoriza a convivência social, processos de socialização e identidade) e reflexivo (olha para si mesmo). Quando olha para si mesmo, passa pelo outro, que é o espelho de quem somos. Demanda psicossocial: está dentro do capitalismo industrial, focado na produtividade / tudo relacionado ao contexto.
2. Avaliação dos fenômenos da interação humana
Interação humana: vínculo (P. Riviere), existência, papeis à cada um fala de uma maneira. Promoção de saúde através do trabalho em grupo. Hoje a ideia de grupo é muito mais vivencial, existencial.
3. Técnicas em abordagem vivencial

-Período entre guerras, pós-guerra (2ª Guerra Mundial), houve um período de intensa mobilização existencial (estancar m pensamento reflexivo sobre o que é o homem). Resguarda questão ontológica (o que é o Ser?) e como lidar com o outro (algo estranho). A partir disso se constrói uma cultura de direitos humanos.
-É no grupo que também nos estranhamos (somos semelhantes e, ao mesmo tempo, diferentes).
-Psicologia social responde a mobilização existencial através dos grupos (através dos pequenos grupos).
-Estados Unidos: modelo de produção capitalista industrial, discurso político ideológico da democracia. Divergência de ideias quando o capitalismo propõe produção em massa para consumo em massa (visando lucro/crescimento de estudos sobre massa), com a mais valia (riqueza no bolso de poucos), promovendo desigualdade econômica e social. Ao mesmo tempo, o discurso ideológico democrático propõe direitos, equidade, liberdade.
-A ideia que sustenta o capitalismo é a ideologia neoliberal: ideia de que o indivíduo é responsável pelo seu sucesso, gerando culpabilização e naturalizando este processo (discurso de que a mudança é utópica).
-A Psicologia social começa a fazer uma leitura da Psicologia como um todo e sabe que tem uma relação intrínseca com os fenômenos sócio históricos.
-Psicologia social psicológica: leitura cognitiva para o social, com foco no indivíduo, imaginando que o grupo é um grande indivíduo (psicologização do grupo). Entendia como o indivíduo era afetado pelo grupo (ainda visão psicologizante). Não tem grande capacidade crítica do sistema, não o combate e nem as suas contradições.
-Na Europa, a Psicologia social sociológica era mantida pelo marxismo dialético, fenomenologia e existencialismo. Não acata o sistema, questiona e diz que a divisão “indivíduo e grupo” não existe, pois somos seres sociais e psicológicos juntos, o tempo todo (dialético). É uma dinâmica nova que surge. Dependendo das forças que se instalam no grupo, o indivíduo pode ser completamente diferente em um, do que em outro. Passa-se a pensar o homem de outra forma, sem a ideia de uma personalidade/subjetividade pronta (eixo fechado), mas sim com forças que contribuem para que ele se comporte de determinada maneira. Não somos nada, mudamos constantemente. O método é dialético (Eu e Social, ao invés de Eu ou Social).
-Auguste Comte (pai do positivismo e da Psicologia social) afirmava que as ciências necessitavam ter um objeto positivo e que a Psicologia jamais seria ciência. Quis fazer uma sociologia científica. Psicologia se pergunta se o indivíduo existe no social, é preciso pensar o vínculo (interação social).
-Na Europa, os ancestrais da Psicologia social: Wundt (Psicologia experimental, 1879, 1º laboratório de Psicologia) constrói a Psicologia cultural, onde afirma que existem fenômenos coletivos muito complexos para irem ao laboratório.
-Émile Durkheim: fenômenos sempre são explicados por fenômenos coletivos (exemplo: suicídio).
-Grupo: ferramenta importante para psicólogos americanos (principalmente) para controle.
-A maneira mais usual é entender como um conjunto de técnicas, mas não é apenas isso.
-Dinâmica de grupo permite que a gente crie (mediante a demanda com a qual estamos trabalhando).
-Dinâmica de grupo como 3 grandes dimensões:
1-    Ideologia política (liderança democrática)
-Psicólogo chamado para solução de problemas práticos. A que ou quem servimos? Equipe, produtividade, diretor?
-Envolvimento com capitalismo, produtividade.
-Liderança democrática: saúde no grupo (coparticipação).
2-    Conjunto de técnicas

3-    Campo de pesquisas
-Indivíduo-grupo-social: grupo como mediação entre o psi e o social (para alguns autores, são processos quase dialéticos, ocorrem juntos, não dá para separar).
-Quando o grupo consegue que os papeis transitem, é sinal de saúde.
-Como foi estruturado.
-Forma de organização, desempenho etc.

-Principais teorias: teoria de campo, sociométrica, psicanalítica, interação.

-Psicogrupo (existe em função da afetividade de seus membros, ex: família) e sociogrupo (existe para uma função/tarefa específica).

-Forças psicológicas no campo:
a) coesão: força de união.
b) coerção: força de pressão.
c) pressão social: questão social que afeta o indivíduo.
d) atração ou repulsão.
e) resistência a mudança: sinalizador de saúde no grupo (para P. Riviere, se o grupo é muito resistente, é doente).
f) Interdependência.
g) equilíbrio.

-Grupo como ferramenta interdisciplinar (antropologia, ciências políticas, pedagogia, esporte, Psicologia etc)

-Definição tradicional – 4 características:
1) foco em pesquisa empírica: passa pela teoria e pela prática.
2) interesse pelos fenômenos psicossociais: interdependência; além da história dos integrantes e da sociedade.
3) aplicabilidade potencial para aprimorar o trabalho.
4) relação com ciências sociais.

-História da Psicologia de grupos:
-1960: centro de Psicologia aplicada no Rio de Janeiro (psicodrama, entre outras técnicas).
-1962: Psicologia reconhecida como ciência.
-Obras de sensibilidade social.
-Extensão para a prática psicológica.

-Grupo? Cada teoria define de acordo com suas bases epistêmicas, mas de modo geral é um conjunto de pessoas:
a) interdependentes e realização de objetivos.
b) relação interpessoal autêntica.
c) criação de vínculos e interação.
d) forças recíprocas.

-Processos de grupo – capitalismo e democracia.
-Co-participação, meio de governo (controle?), depósito de confiança, buscar consenso, incremento de produtividade.
Kurt Lewin
-Kurt Lewin considerado precursor de dinâmicas de grupos.
-Utiliza Gestalt para explicar grupos.
-Abalo da Gestalt com a segunda guerra mundial (a maioria dos teóricos eram judeus e muitos foram para os Estados Unidos).
-Trabalha com microgrupos.
-O eletromagnetismo (causa e efeito, movimento de corpos) traz a ideia de campo de forças (atração e repulsão).
-Kurt Lewin está na Gestalt e também na Psicologia Social.
-Pesquisa-ação: tem por premissa criticar a pesquisa de gabinete, pois a situação artificial do laboratório não permite que as forças se exponham de maneira espontânea. Precisa ser em campo.
-Trabalha com o coletivo.
-Saindo do funcionalismo, em direção a Fenomenologia. Sujeito em paradigma de transição. Isso está na Gestalt e é trazido por Kurt Lewin.
-Crítica a psicologia social, principalmente a psicológica, por desvitalizar o fenômeno do vivido (valorização do que se vive na relação).
-É impossível falar sobre experimentação neutra.
-O acontecimento é algo que se faz e supera a expectativa individual colocada naquilo. O grupo é um acontecimento.
-Herda da Gestalt a concepção de forças de campo e a ideia relativista (não é a somatória de perspectivas individuais, a ideia de relativismo é que vamos agir de acordo com as forças estabelecidas no grupo, não é uma subjetividade fechada, estruturada, imutável).
-Herda da Psicologia cognitiva a ideia de ser humano como ser perceptivo e com estrutura de aprendizagem.
-O grupo não é uma somatória de psicologias individualizadas, mas um conjunto de relações em constante movimento. Vários sujeitos que experimentam as mesmas emoções e constroem uma coesão que permitam-lhe adotar o mesmo comportamento. A força de coesão precisa ser maior.
-Forças de coesão: valência positiva.
-Forças de dispersão: valência negativa.
-O grupo está sempre em espaço de vida vivida. Em todo momento se interrelacionando. O grupo é um espaço de vida. Não são líderes, pertencem a linhas de força de outros grupos. Maiorias só existem com minorias e vice-versa.
-Minoria psicológica: sujeitos que se encontram alheios a seus direitos. Estuda a minoria dos judeus (história de vida dele).
-Coesão é um processo dinâmico.

Sociodrama e psicodrama
-Moreno morou em Viena, quando cursou medicina de 1909 a 1917. Se tornou adepto ao teatro do improviso.
-Moreno -  o teatro da espontaneidade.
-Criador do psicodrama.
-Universidade de Viena.
-Movimento do teatro do improviso - passou por essas experiências de vivenciar papéis.
-Dois pilares do psicodrama: espontaneidade e criatividade. Como o grupo pode promover a criatividade e espontaneidade. Tem influência do existencialismo. Espontaneidade e criatividade como forças vitais, saúde é dar vazão a elas, no grupo consegue fazer essa vazão, as duas aparecem.
-Crítica à indústria e modernidade que criam bloqueios para a espontaneidade e criatividade.
-Aprendemos esses itens quando crianças e perdemos com o tempo. A proposta é retomar isso, por isso ele começa como observador infantil.
-Teatro de improviso: espontaneidade, sem roteiro, tem proposta, atores dramatizando temas cotidianos, outros ficam como ego auxiliar. Dramatização em cima de uma ideia/tema: inversão de papéis em psicologia.
-Trabalha em hospital e tenta humanizar a psiquiatria, como Pichon. Nesse universo da loucura há vazão para a criatividade e a espontaneidade.
-Nise da Silveira: arte terapia, museu do inconsciente.
-1921: grande marco das expressões psicodramatistas.

-Alto grau de catarse nos grupos de sociodrama e psicodrama, pois os papéis inflamam.
-Sociometria: ciência que embasa o sociodrama e o psicodrama.
-Teoria dos papéis sociais: em sociedade executamos máscaras sociais, normativo (segue padrão esperado) e roupagem individualizada (“persona” -  máscaras para os gregos servia para se fazerem ouvir), papel social também tem que ser fazer ouvir, tem expectativa social de como a pessoa deve se portar.
-“No princípio, era o grupo. No fim, era o indivíduo”. Essa frase de Moreno enaltece o espaço grupal e individual. Objetivo de conviver em grupo era o desafio do milênio, lidar com diferenças.
-Passar da era da individualidade para a grupalidade.
-Comunidade (década de 60): comunismo; valor da comunidade, grupo; estudo de grupos (terreno para falar de grupos pós Segunda Guerra Mundial, declaração dos direitos humanos).

O grupo (existencialismo)
-“Quando escolho, escolho também pelo outro” – Sartre.
-Referência do outro; coexistencial; existimos a partir do outro.
-Dinâmica de grupo baseada na relação de troca e reciprocidade, dialética (é igual porque é humana e é diferente porque tem desejos, rostos diferentes). Só é na relação com outro: interdependência.
-Visão de homem: “a pedra é, o homem existe”. A pedra não muda a essência, o homem constrói a partir das relações, atualiza sua essência existindo, vivenciando. Essência configurada pela existência.

Dois sentidos: Congruência e incongruência
-(Congruência) Valor ético pensa de uma forma mas o comportamento, expressa de outra forma (incongruência).
-(Incongruência) Não está conseguindo vazar a expressão de acordo com (congruência).
-O jogo de impermanência deve ser olhado, assim como se só ocorre incongruência, pois é um problema.

Visão de homem espontâneo
-Força vital.
-Nasce conosco, inato.
-Espontaneidade, criatividade e sensibilidade.
-Força de ação no mundo que te faz criar algo novo. Autenticidade, fazer algo novo, não seguir a manada. Adequação social por meio da congruência dos papéis sociais.

Papéis sociais
-A vida social reforça ou não a espontaneidade?
-Significado teatral das máscaras, representa atitude pressuposta, mas ao mesmo tempo tem que aprender lidar com um estranho em si mesmo.

Saúde no grupo
-Assumir papel sem se mascarar, sinal de abertura para espontaneidade.

-Personalidade: reunião dos papéis que representamos, é dinâmica, não é acabada.

-Existe a possibilidade de algo novo acontecer, apesar de fazer todo dia a mesma coisa.

-No grupo experiencia, usa teatro para isso. Tem momentos de aquecimento, execução e ego auxiliar.

-Saúde coexistencial.

Três formas de trabalho de Moreno:
-Tratamento terapêutico, trabalho protagonismo, não ser vítima.
1. Psicodrama
2. Sociodrama
3. Psicodrama – terapia

Grupo psicodramático
-Catarse.
-Conserva a cultura, quebrar papéis socialmente estipulados.
-Metodologia de intervenção e investigação.

Técnicas sociometricas:
1.    Técnica do duplo
2.    Técnica do espelho
3.    Técnica da inversão de papéis

Piaget
-Piaget construiu epistemologia genética, desenvolvimento do ciclo vital. Tem obras que trabalham a formação da moral, que passa de encontro com o outro. Não trabalhou diretamente com os grupos, mas sua teoria auxiliou nesse estudo.
-Com o grupo (instauração de princípios morais e éticos), desenvolve-se a inteligência e a consciência.
-Do pensamento egocêntrico, passa a vivência com grupo e pensamento sociocêntrico.

Bales
-Se especializou em interação interpessoal em grupo.
-Enfocou uma análise conceitual da interação (define o grupo como interação social) e a partir dela, deve-se observar 4 etapas: controle experimental (designação de tarefas, tomada de decisão pelo grupo e desempenho de atividades), administração de sentimentos (como se expressam de satisfação ou insatisfação, se aliviam as tensões), desenvolvimento de integração e adaptação (se os elementos procuram se adaptar aos fatores externos que influenciam o grupo).

Festinger
-Contribui com a teoria das atitudes (mudança de atitude, preconceito).
-Viés da Psicologia social psicologizante.
-O grupo leva as pessoas a assumirem posturas e convicções.
-Dissonância (atitude que difere do grupo) ou consonância cognitiva (atitude que o grupo aceita, a tendência é manter)
-Visão adaptativa.
-Teoria da comparação social e facilitação social (Psicologia Social EUA).

-Atitude: comportamento que mantém uma consonância e dura um tempo, que envolve crença, emoção e comportamento.

Bion
-Teoria da emocionalidade.

-4 emoções básicas experimentadas no grupo: combatividade, fuga, parceria e dependência.

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Resumo da aula de PG (31/03)

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Sociodrama e psicodrama
-Moreno morou em Viena, quando cursou medicina de 1909 a 1917. Se tornou adepto ao teatro do improviso.
-Moreno -  o teatro da espontaneidade.
-Criador do psicodrama.
-Universidade de Viena.
-Movimento do teatro do improviso - passou por essas experiências de vivenciar papéis.
-Dois pilares do psicodrama: espontaneidade e criatividade. Como o grupo pode promover a criatividade e espontaneidade. Tem influência do existencialismo. Espontaneidade e criatividade como forças vitais, saúde é dar vazão a elas, no grupo consegue fazer essa vazão, as duas aparecem.
-Crítica à indústria e modernidade que criam bloqueios para a espontaneidade e criatividade.
-Aprendemos esses itens quando crianças e perdemos com o tempo. A proposta é retomar isso, por isso ele começa como observador infantil.
-Teatro de improviso: espontaneidade, sem roteiro, tem proposta, atores dramatizando temas cotidianos, outros ficam como ego auxiliar. Dramatização em cima de uma ideia/tema: inversão de papéis em psicologia.
-Trabalha em hospital e tenta humanizar a psiquiatria, como Pichon. Nesse universo da loucura há vazão para a criatividade e a espontaneidade.
-Nise da Silveira: arte terapia, museu do inconsciente.
-1921: grande marco das expressões psicodramatistas.

-Alto grau de catarse nos grupos de sociodrama e psicodrama, pois os papéis inflamam.
-Sociometria: ciência que embasa o sociodrama e o psicodrama.
-Teoria dos papéis sociais: em sociedade executamos máscaras sociais, normativo (segue padrão esperado) e roupagem individualizada (“persona” -  máscaras para os gregos servia para se fazerem ouvir), papel social também tem que ser fazer ouvir, tem expectativa social de como a pessoa deve se portar.
-“No princípio, era o grupo. No fim, era o indivíduo”. Essa frase de Moreno enaltece o espaço grupal e individual. Objetivo de conviver em grupo era o desafio do milênio, lidar com diferenças.
-Passar da era da individualidade para a grupalidade.
-Comunidade (década de 60): comunismo; valor da comunidade, grupo; estudo de grupos (terreno para falar de grupos pós Segunda Guerra Mundial, declaração dos direitos humanos).

O grupo (existencialismo)
-“Quando escolho, escolho também pelo outro” – Sartre.
-Referência do outro; coexistencial; existimos a partir do outro.
-Dinâmica de grupo baseada na relação de troca e reciprocidade, dialética (é igual porque é humana e é diferente porque tem desejos, rostos diferentes). Só é na relação com outro: interdependência.
-Visão de homem: “a pedra é, o homem existe”. A pedra não muda a essência, o homem constrói a partir das relações, atualiza sua essência existindo, vivenciando. Essência configurada pela existência.

Dois sentidos: Congruência e incongruência
-(Congruência) Valor ético pensa de uma forma mas o comportamento, expressa de outra forma (incongruência).
-(Incongruência) Não está conseguindo vazar a expressão de acordo com (congruência).
-O jogo de impermanência deve ser olhado, assim como se só ocorre incongruência, pois é um problema.

Visão de homem espontâneo
-Força vital.
-Nasce conosco, inato.
-Espontaneidade, criatividade e sensibilidade.
-Força de ação no mundo que te faz criar algo novo. Autenticidade, fazer algo novo, não seguir a manada. Adequação social por meio da congruência dos papéis sociais.

Papéis sociais
-A vida social reforça ou não a espontaneidade?
-Significado teatral das máscaras, representa atitude pressuposta, mas ao mesmo tempo tem que aprender lidar com um estranho em si mesmo.

Saúde no grupo
-Assumir papel sem se mascarar, sinal de abertura para espontaneidade.

-Personalidade: reunião dos papéis que representamos, é dinâmica, não é acabada.

-Existe a possibilidade de algo novo acontecer, apesar de fazer todo dia a mesma coisa.

-No grupo experiencia, usa teatro para isso. Tem momentos de aquecimento, execução e ego auxiliar.

-Saúde coexistencial.

Três formas de trabalho de Moreno:
-Tratamento terapêutico, trabalho protagonismo, não ser vítima.
1. Psicodrama
2. Sociodrama
3. Psicodrama – terapia

Grupo psicodramático
-Catarse.
-Conserva a cultura, quebrar papéis socialmente estipulados.
-Metodologia de intervenção e investigação.

Técnicas sociometricas:
1.    Técnica do duplo
2.    Técnica do espelho

3.    Técnica da inversão de papéis

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