sábado, 9 de abril de 2016

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Resumo da aula de PF (07/03)

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Senso comum
-Apego a vivências pessoais (nos apegamos porque somos humanos), conhecimento ambíguo e duvidoso, conhecimento adquirido do que se observa (a partir do que vemos, fazemos generalizações).

Conhecimento científico
-O ser humano enquanto passivo e previsível (podemos estudar), trata-se de um fenômeno fechado possibilitando a criar leis universais (previsíveis a partir da caracterização dada pela ciência, radicaliza quando agimos a partir de suas teorias) e separação entre mente e corpo e atribuições causais (causa e efeito).

-A fenomenologia questiona a ciência quanto a esses pontos.
-Para a ciência moderna, o senso comum não é um desperdício, levanta questões importantes.
-Benefícios da ciência tradicional: rigor, cuidado, sistematização para controle e a razão de fazer.
-O psicólogo deve controlar o senso comum e, ao mesmo tempo, é um pesquisador em qualquer contexto.
-Nem sempre o sentido que damos a uma palavra ou expressão é o mesmo que a pessoa vive. Temos que entender o sentido que a pessoa atribui aquilo.

-O psiquismo não é determinado previamente, a consciência se realiza por meio de seus atos e dos sentidos a ele atribuídos.
-Compreendemos a existência de tal forma que para nós não é necessário acrescentar a ela aquela estrutura interna chamada psiquismo, a qual só seria necessária se nossas concepções de homem e mundo se fundamentassem no pensamento tradicional da metafísica, que separa homem e mundo, mente e corpo, sujeito que conhece e objeto do conhecimento.
-Pistas são sempre pistas. A fenomenologia tira a centralização do psicólogo. O problema é afirmar em relação a pista.
-Sartre: “o sujeito emocional e o objeto da emoção estão unidos numa síntese indissolúvel”.
-Crítica ao determinismo psíquico e a teoria respectiva (experimental, comportamental). Partimos do princípio de compreender o sentido para a pessoa.
-Metafísica: h-m (como se houvesse cisão). Temos que olhar para essas coisas e aprender a lidar com isso.
-“Todas as coisas que são carregam nelas o seu ser. Se não for assim, não poderia se manifestar, não existiria, seria vazia”.
-Se for o que o outro quer, será vazio.

-Heidegger: se precisamos buscar a origem das coisas para entender o sentido das coisas.
-Propôs a compreensão do ser humano.
-O homem em busca de si mesmo: nós nos buscando na vida.

Quem é o objeto de conhecimento?
-“A investigação é vista (...) como todo querer saber querer compreender que se lança um olhar interrogativo em direção aquilo que o apela, que o afeta, que provoca a sua atenção e interesse”.
- O homem em busca de si mesmo.
-A interrogação deve ser constante em direção a nós e ao outro.
-Buscar as coisas mesmas.
-Cuidado com o que provoca sua atenção ou interesse para não conduzir para um só caminho.

-Essência: o que é o que é; consciência: o que se quer dizer.
-Preservação da essência: redução eidética.
-O que é para a pessoa, não para o psicólogo.
-Consciência é o primeiro alerta para responder a situação.
-Chegando na essência, tem acesso aos atos da consciência e então na intencionalidade (o que quer dizer).

-Compreender a ontologia do ente homem, seu modo de ser e de conhecer.
-Como conhecer? Quais recursos para não ser tendencioso e responder as próprias questões?

-Como colocar algum questionamento sujeito a investigação? Para não ser tendencioso.
-Como formular perguntas? Perguntas abertas para chegar à essência. Evitar tendência.
-Ente: humano, indivíduo.
-Ser: sentido, maneira de viver, tom que damos para a vida. Dá o tom para o ente.
-Unindo Ser e Ente, teremos um Ente seguido de um Ser-aí (que se relaciona com o mundo). A ciência ficou muito no Ente (mais acessível). A Fenomenologia propõe se aproximar do Ser.
-Ontologia: ciência que estuda o Ser (busca a essência, origem e olha para dentro). Não faz generalizações, não faz das suas hipóteses e teses generalizações porque cada um é um.
-Modo de ser (como o ente é) e conhecer (como é o tom dele).

-Que cuidados precisamos ter? Os instrumentos beneficiam ou impedem o conhecimento, a compreensão? Depende do modo de utilização, quais instrumentos e com qual objetivo.
-A fenomenologia propõe uma investigação que interrogue a ações humanas orientadas para a descoberta do homem mesmo, seu estar-sendo-no-mundo.
-Para Husserl, reduções eidética e fenomenológica, mas e na prática? É importante questionar para não influenciar.

Metafísica
-O ser está separado do ente.
-Ele é a essência, é patente, visível a partir da ideia que se tem dele.
-O conceito dele nos aproxima da permanência.
-Visão naturalista.
-Metafísica se distancia da essência.

Fenomenologia
-O ser e o ente não estão separados.
-O ser é o que aparece, o que se manifesta.
-O ser não é permanente (ele aparece e desaparece).
-A aparência é o estado de vir-a-ser da existência.
-Se o ser e o ente não estão separados, devo buscar o sentido (no ser).
-Aparência: o que vem, o estado da pessoa, que tem a ver com a existência dela.


-O que representa então o olhar fenomenológico? É estar livre para abrirmos para o outro (cliente). Abertura esta que pressupõe conhecermos quem somos (psicólogos) e como somos, nossos valores, crenças e nosso posicionamento diante do mundo, nossos preconceitos... assim teremos uma atitude de abertura ao outro.

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