sábado, 9 de abril de 2016

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Resumo da aula de PF (14/03)

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-A origem do pensamento está na angústia na dúvida e na incerteza da própria condição.
-Fenomenologia: um ponto de vista é apenas um ponto de vista (relatividade). Tudo é uma condição provisória do ente se manifestar. Nada é definitivo, há a possibilidade de mudança. A relatividade está ligada ao que somos. Ser humano é complexo.
-Metafísica: só há um modo de pensar as coisas. A lógica distancia-se do sentido. A relatividade é algo a ser superado.
-O ser-aí está o tempo todo lidando com angústias (vêm quando estamos instáveis / nos questionamos sobre questões da vida / vem como propulsora de movimentos dentro de nós / é tida como problemática e a ignoramos, ao invés de ouvi-la). Se ela se torna frequente, pode nos levar a problemas sérios.
-Visões antagônicas (fenomenologia e metafísica): uma necessita de uma conclusão/certeza (isso faz perder a essência – movimento de ser-aí de se refazer, reconstruir).

-O modo de pensar atua sobre o modo de ser do ente. A forma como somos, nossos valores, nossos paradigmas atuais influenciam nosso modo de ser.
-Ocidente: hábitos, maneiras de conduzir a vida. O ocidente interfere no nosso modo de ser (pode aumentar angústias pelas manipulações da cultura). Faz um movimento contrário à saúde e, se não seguir, será cobrado. Não vamos negá-lo, e sim entendê-lo.
-Fenomenologia opõe-se a negação buscando apontar o ser no mundo à abandonar os vícios do olhar pois o sentido de tudo pode mudar (necessário ter uma abertura para ouvir o cliente, o que tenho certeza agora, pode fazer repensar outros conceitos).

-“O ser das coisas (...) está no lidar dos homens com as coisas, no falar, entre si, dessas coisas e no modo de lidar com elas...”.
-O que Heidegger vem propor: rompimento com olhar que busca a relação entre sujeito e objeto do conhecimento, redefinindo compreender para o ser; Interpretar o que está menos aparente para o próprio ser a partir da experiência.
-Heidegger propõe sujeito-sujeito (e não sujeito-sujeito). Com um movimento de abertura, duas pessoas irão se encontrar, irão se conhecer juntas. Deixa o psicólogo vulnerável e com receio de se perder, pela proximidade. Relação entre sujeito e objeto envolve uma relação hierárquica (um que conhece e outro que será conhecido).
-A Fenomenologia não exclui as teorias do comportamento humano. Estando aberto, saberá que o fenômeno é maior do que pareceria se estivesse fechado (não só o que observo, mas tudo que emerge quando falamos, sentimos, percebemos, pensamos).
O que representa Ser para a Fenomenologia?
-Não exclui o que já existe mas da Essência ampliando olhar as diferentes fenômenos;
-Afasta o olhar para as explicações já existentes, mas uma prática investigativa, curiosa e cuidadosa dos fatos;
-Causa insegurança por que não oferece uma análise que conduza a procedimentos e ao mesmo tempo parece ser mais livre, o que pode gerar uma ausência de cuidado;
-Evita-se a antecipação diagnóstica dos fatos, buscamos o diferencial e o significado para aquela pessoa;
-O presente está relacionado ao passado e futuro.

-Cuidado com a ausência de cuidados.
-Heidegger observa a relação entre existir e nossa maneira de nos colocar no mundo.
-O tempo presente nos coloca em contato com o tempo passado (questões passadas se projetam no presente/futuro).

-Ente: ser (pessoa, sujeito, indivíduo). Ele é o significado da expressão. Nos ajuda a ter acesso aos sentidos.
-Dasein: Ser-aí (Ser-no-mundo). Ser, o que nos causa interesse, o que está em questão. Mundo é o onde é o como as coisas são para o ser. O ser dá sentido à expressão. Ente com a sua essência. Causa interesse para a Fenomenologia porque traz a essência, os sentidos e como cada um vivencia suas experiências.
-Mundo: onde os fatos estão acontecendo. O Ser se relaciona com essas coisas a partir do sentido dele (sentido a expressão, ao vivido, ao que é de fato).

-O ser é a própria existência: “...nós não apenas somos, mas percebemos que somos. E nunca estamos acabados, como algo presente, não podemos rodear a nós mesmos, mas em todos os pontos estamos abertos para o futuro (...) estamos entregues a nós mesmos. Somos aquilo que nos tornamos”.

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