sábado, 14 de maio de 2016

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Resumo da aula de Psicologia Fenomenológica (09/05)

Postado em
Boss
-“É porque nós, seres humanos, existimos de tal modo que nosso presente se encontra sempre comprometido com nosso passado (o que aconteceu vai se repetir? Ao falar sobre o que aconteceu comigo, eu ressignifico); somos também por natureza dirigidos àquilo que se aproxima do futuro e movendo-nos em sua direção (saber como será a vida), precisamos abrir-lhe nosso ser. A maneira como vemos o que foi e o que é agora está sempre relacionado com o modo como estamos dirigidos ao futuro” (o que faço agora é sempre voltado ao que vai acontecer depois).
-A citação faz relação entre presente, passado e futuro.
-O futuro nos aponta o norte do que já vivemos e estamos vivendo. O que está acontecendo, vai passar. O que foi vivido, não vai continuar acontecendo.

-As pessoas buscam ajuda e querem respostas rápidas. Alguns terapeutas se perdem nessa necessidade de ajuda e acabam “levando o cliente pra casa”.
-Estender a mão é uma parceria onde a própria pessoa fará as descobertas, nós apontamos os riscos e a decisão é dela. Se dermos o caminho, tiramos a condição humana de pensar sobre si. O processo terapêutico gera uma dependência temporária, pois a pessoa descobre alguém que o escuta, e depois os laços se estendem quando a pessoa se torna responsável pelo que faz.

Nosso desafio
-Dedicar-se na compreensão e estudo da teoria.
-Colocar-se aberto a própria experiência de estudar a Fenomenologia: “ser junto... Permanecer junto”. Não basta só ler, tenho que estar junto da leitura e ter tempo para refletir.
-Um compartilhar de experiências. Cuidados com os exemplos pessoais para não se perder nisso.
-O desenvolvimento de uma prática.
-Uma mudança de paradigmas utilizados na prática do aprendizado: aplicar a partir de uma referência. Não podemos entrar em uma ação terapêutica sem saber que teoria está usando.
-Adotar uma concepção própria do conhecimento e não encaixá-la em algo já aprendido. Em algum momento do processo, temos que refletir o que pensamos sobre as coisas, não basta apenas reproduzir autores e sim usar a intuição.

-Busca do sentido através do vivido (experiência que vem à tona).
-Sentido: valores, conceitos, percepção que tenho sobre as coisas.
-Vivido: quando vem à tona.
-Dar a mão é compreensão através da ação (parceria).

A prática clínica: como compreender e compreender como
-Cuidado com a escuta apressada. Ela pode te tornar cego, surdo e mudo.
-Compreensão com a expressão e os sentidos.
-Não é divagar com o paciente, mas adotar uma postura aberta, um compartilhar de experiências entre terapeuta e paciente: um “aí” de ambos. Um Ser-aí que vivencia sentido de ambos.
-Adotar escuta atenta e cuidadosa, receptiva. Deixar as hipóteses de lado e se aventurar na descoberta.
-Recusa-se o conhecido e abre-se à descoberta.

Compreender a ação e ação modulada por uma compreensão (cuidados sobre como fazer, saber o que falar, baseado em procedimentos científicos)
-Ajudar o paciente a ganhar sua própria liberdade de pensar, sentir e agir (vai fazer o que é bom para ele, arcando com as consequências).
-Caminhar lado a lado.
-Possibilitar a ação e o discurso de caminharem juntos para que o sentido possa se revelar (está dentro do paciente).
-Adotar uma postura que possa se “pensar o caminho da dor” do paciente, para que a dor fale por si mesma.

-A repetição pode representar a necessidade de se estar atento ao sentido que sustenta a repetição. A cada experimentação a pessoa traz algo novo, no ritmo dela.

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