Resumo da aula de Psicologia Fenomenológica (09/05)
Postado em Psicologia Fenomenológica
Boss
-“É
porque nós, seres humanos, existimos de tal modo que nosso presente se encontra
sempre comprometido com nosso passado (o que aconteceu vai se repetir? Ao falar
sobre o que aconteceu comigo, eu ressignifico); somos também por natureza
dirigidos àquilo que se aproxima do futuro e movendo-nos em sua direção (saber
como será a vida), precisamos abrir-lhe nosso ser. A maneira como vemos o que
foi e o que é agora está sempre relacionado com o modo como estamos dirigidos
ao futuro” (o que faço agora é sempre voltado ao que vai acontecer depois).
-A
citação faz relação entre presente, passado e futuro.
-O
futuro nos aponta o norte do que já vivemos e estamos vivendo. O que está
acontecendo, vai passar. O que foi vivido, não vai continuar acontecendo.
-As
pessoas buscam ajuda e querem respostas rápidas. Alguns terapeutas se perdem
nessa necessidade de ajuda e acabam “levando o cliente pra casa”.
-Estender
a mão é uma parceria onde a própria pessoa fará as descobertas, nós apontamos
os riscos e a decisão é dela. Se dermos o caminho, tiramos a condição humana de
pensar sobre si. O processo terapêutico gera uma dependência temporária, pois a
pessoa descobre alguém que o escuta, e depois os laços se estendem quando a
pessoa se torna responsável pelo que faz.
Nosso desafio
-Dedicar-se
na compreensão e estudo da teoria.
-Colocar-se
aberto a própria experiência de estudar a Fenomenologia: “ser junto...
Permanecer junto”. Não basta só ler, tenho que estar junto da leitura e ter
tempo para refletir.
-Um
compartilhar de experiências. Cuidados com os exemplos pessoais para não se
perder nisso.
-O
desenvolvimento de uma prática.
-Uma
mudança de paradigmas utilizados na prática do aprendizado: aplicar a partir de
uma referência. Não podemos entrar em uma ação terapêutica sem saber que teoria
está usando.
-Adotar
uma concepção própria do conhecimento e não encaixá-la em algo já aprendido. Em
algum momento do processo, temos que refletir o que pensamos sobre as coisas,
não basta apenas reproduzir autores e sim usar a intuição.
-Busca
do sentido através do vivido (experiência que vem à tona).
-Sentido:
valores, conceitos, percepção que tenho sobre as coisas.
-Vivido:
quando vem à tona.
-Dar
a mão é compreensão através da ação (parceria).
A prática clínica: como compreender
e compreender como
-Cuidado
com a escuta apressada. Ela pode te tornar cego, surdo e mudo.
-Compreensão
com a expressão e os sentidos.
-Não
é divagar com o paciente, mas adotar uma postura aberta, um compartilhar de experiências
entre terapeuta e paciente: um “aí” de ambos. Um Ser-aí que vivencia sentido de
ambos.
-Adotar
escuta atenta e cuidadosa, receptiva. Deixar as hipóteses de lado e se
aventurar na descoberta.
-Recusa-se
o conhecido e abre-se à descoberta.
Compreender a ação e ação modulada
por uma compreensão (cuidados sobre como fazer, saber o que falar, baseado em
procedimentos científicos)
-Ajudar
o paciente a ganhar sua própria liberdade de pensar, sentir e agir (vai fazer o
que é bom para ele, arcando com as consequências).
-Caminhar
lado a lado.
-Possibilitar
a ação e o discurso de caminharem juntos para que o sentido possa se revelar
(está dentro do paciente).
-Adotar
uma postura que possa se “pensar o caminho da dor” do paciente, para que a dor fale
por si mesma.
-A
repetição pode representar a necessidade de se estar atento ao sentido que
sustenta a repetição. A cada experimentação a pessoa traz algo novo, no ritmo
dela.
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