Resumo da aula de Psicopatologia Geral (10/05)
Postado em Psicopatologia geral
Neurose X psicose: diagnóstico
estrutural (psicanálise)
-A psicopatologia
descritiva não se ocupa de questões históricas e sim causa e sintoma
observável.
-Pinel, em 1786,
começou a descrever a loucura.
-1886: nova prática da Europa
contestando o pensamento da psiquiatria.
-O problema da medicina
foi tentar explicar a histeria buscando causas orgânicas.
-A porta de entrada da
psicanálise foram os estudos sobre a história.
-A histeria passou a
existir como entidade nosológica a partir de Pinel, mas sempre existiu.
-A psicanálise buscava
desconstruir o paradigma de doença criado pela medicina.
-O psicótico raramente
toma a iniciativa (rompeu laços sociais) de procurar tratamento.
-Neurótico sente
angústia de existência, então consegue buscar tratamento.
-Provavelmente Freud
começou a lidar com a histeria a partir do fluxo clínico e dos sintomas
curiosos apresentados.
-Freud não começou com
a psicose por conta da falta de procura destes. Quem chegava aos consultórios
eram as histéricas.
-Primeira concepção de
aparelho psíquico era pensado a partir de uma divisão entre vida psíquica
consciente e inconsciente. O inconsciente corresponde ao que já foi consciente
e quem faz essa varredura para o inconsciente é o recalque/repressão. Recalque
é uma separação entre a representação (vai para o inconsciente) e o afeto
(sintoma).
-O primeiro
inconsciente Freudiano (1894): consciente e inconsciente separados pelo
recalque. O inconsciente era formado pelo material recalcado.
-O sintoma histérico
estava relacionado com alguma lembrança que não podia ser lembrada. A histérica
sofre de reminiscências. As lembranças tinham a ver com traumas da infância de
caráter sexual.
-Quando a censura era
diminuída, através da hipnose, o sintoma tendia a desaparecer. Quando passava o
efeito, a pessoa não lembrava do que foi falado, portanto não ajudava na
solução do problema. Com isso, a hipnose é abandonada. Entretanto, a hipnose
ajudou a perceber que há um aspecto do psiquismo que não podemos acessar
conscientemente.
-O processo
civilizatório recalca. O sujeito Freudiano é social. O psiquismo não existe sem
o outro.
-Nesta época, Freud não
falava nada da psicose. A preocupação era, através do sintoma histérico, traçar
uma teoria da constituição psíquica.
-Primeira tópica: consciente e inconsciente.
-Primeira teoria do trauma: fato real não elaborado.
-Recalcamento: primeira
defesa, fundação do psiquismo e sintoma.
-Começa a perceber que
havia algo relacionado ao tema que não necessariamente estava relacionado a um
fato real, mas poderia este ligado a algum tipo de vivência ou desejo típico
que crianças tenham. A teoria começa a mudar quando Freud perde a ilusão de
inocência infantil. A criança está sempre em busca do prazer e não tem censura.
Esse prazer está ligado às pessoas que cuidam da vida da criança (mãe e pai).
Começa a formular a teoria da sexualidade infantil, onde pensa toda a nossa
tendência a buscar o prazer e aliviar o desprazer que se inicia com nossos
laços sociais com as pessoas responsáveis pelo nosso desenvolvimento psíquico.
-O que parecia um fato
real, trauma, na verdade estava relacionado ao que toda criança, em algum
momento da vida, deseja. O que traumatizada era a falha do recalque nessas situações.
-O ser humano nasce sem
psiquismo. Tem uma energia potencial para ter psiquismo. Quando nascemos, o que
funciona no corpo é a sensopercepção. Quando nasce, o bebê é um aglomerado de
energia em busca da vida. A única manifestação instintual que temos é a
situação de fome. A partir daí, nada que acontece no desenvolvimento humano é
igual para todas as pessoas. A amamentação coloca em prática um processo
pulsional. Recebe, além do leite, luz, calor, cheiro, contato, som etc. Fica
registrado no sistema perceptivo dela, como sensação e não como imagem.
Desprazer: busca do alívio de tensão. No segundo momento de fome, ela recupera
a memória rudimentar de sensação de prazer e faz novos registros.
-Em 1906, Freud afirma
que o bebê nasce em um estágio caótico. A criança passa por estágios de
organização pulsional. Tem experiências de satisfação próximas da satisfação
sexual. E cada etapa corresponde a uma organização especifica, separa em fases.
Fase oral, primeiro sub-estágio anal, segundo sub-estágio anal, fase fálica,
complexo de Édipo e fase genital.
Livro recomendado: o homem que fazia chover.
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