sábado, 14 de maio de 2016

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Resumo da aula de Psicopatologia Geral (10/05)

Postado em
Neurose X psicose: diagnóstico estrutural (psicanálise)
-A psicopatologia descritiva não se ocupa de questões históricas e sim causa e sintoma observável.
-Pinel, em 1786, começou a descrever a loucura.
-1886: nova prática da Europa contestando o pensamento da psiquiatria.
-O problema da medicina foi tentar explicar a histeria buscando causas orgânicas.
-A porta de entrada da psicanálise foram os estudos sobre a história.
-A histeria passou a existir como entidade nosológica a partir de Pinel, mas sempre existiu.
-A psicanálise buscava desconstruir o paradigma de doença criado pela medicina.
-O psicótico raramente toma a iniciativa (rompeu laços sociais) de procurar tratamento.
-Neurótico sente angústia de existência, então consegue buscar tratamento.
-Provavelmente Freud começou a lidar com a histeria a partir do fluxo clínico e dos sintomas curiosos apresentados.
-Freud não começou com a psicose por conta da falta de procura destes. Quem chegava aos consultórios eram as histéricas.
-Primeira concepção de aparelho psíquico era pensado a partir de uma divisão entre vida psíquica consciente e inconsciente. O inconsciente corresponde ao que já foi consciente e quem faz essa varredura para o inconsciente é o recalque/repressão. Recalque é uma separação entre a representação (vai para o inconsciente) e o afeto (sintoma).
-O primeiro inconsciente Freudiano (1894): consciente e inconsciente separados pelo recalque. O inconsciente era formado pelo material recalcado.
-O sintoma histérico estava relacionado com alguma lembrança que não podia ser lembrada. A histérica sofre de reminiscências. As lembranças tinham a ver com traumas da infância de caráter sexual.
-Quando a censura era diminuída, através da hipnose, o sintoma tendia a desaparecer. Quando passava o efeito, a pessoa não lembrava do que foi falado, portanto não ajudava na solução do problema. Com isso, a hipnose é abandonada. Entretanto, a hipnose ajudou a perceber que há um aspecto do psiquismo que não podemos acessar conscientemente.
-O processo civilizatório recalca. O sujeito Freudiano é social. O psiquismo não existe sem o outro.
-Nesta época, Freud não falava nada da psicose. A preocupação era, através do sintoma histérico, traçar uma teoria da constituição psíquica.

-Primeira tópica: consciente e inconsciente.
-Primeira teoria do trauma: fato real não elaborado.
-Recalcamento:  primeira defesa, fundação do psiquismo e sintoma.

-Começa a perceber que havia algo relacionado ao tema que não necessariamente estava relacionado a um fato real, mas poderia este ligado a algum tipo de vivência ou desejo típico que crianças tenham. A teoria começa a mudar quando Freud perde a ilusão de inocência infantil. A criança está sempre em busca do prazer e não tem censura. Esse prazer está ligado às pessoas que cuidam da vida da criança (mãe e pai). Começa a formular a teoria da sexualidade infantil, onde pensa toda a nossa tendência a buscar o prazer e aliviar o desprazer que se inicia com nossos laços sociais com as pessoas responsáveis pelo nosso desenvolvimento psíquico.
-O que parecia um fato real, trauma, na verdade estava relacionado ao que toda criança, em algum momento da vida, deseja. O que traumatizada era a falha do recalque nessas situações.
-O ser humano nasce sem psiquismo. Tem uma energia potencial para ter psiquismo. Quando nascemos, o que funciona no corpo é a sensopercepção. Quando nasce, o bebê é um aglomerado de energia em busca da vida. A única manifestação instintual que temos é a situação de fome. A partir daí, nada que acontece no desenvolvimento humano é igual para todas as pessoas. A amamentação coloca em prática um processo pulsional. Recebe, além do leite, luz, calor, cheiro, contato, som etc. Fica registrado no sistema perceptivo dela, como sensação e não como imagem. Desprazer: busca do alívio de tensão. No segundo momento de fome, ela recupera a memória rudimentar de sensação de prazer e faz novos registros.
-Em 1906, Freud afirma que o bebê nasce em um estágio caótico. A criança passa por estágios de organização pulsional. Tem experiências de satisfação próximas da satisfação sexual. E cada etapa corresponde a uma organização especifica, separa em fases. Fase oral, primeiro sub-estágio anal, segundo sub-estágio anal, fase fálica, complexo de Édipo e fase genital.


Livro recomendado: o homem que fazia chover.

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