RESUMÃO: AHP
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
Abordagens humanistas em Psicologia – NP1
Rogers
-Rogers foi teólogo e depois seguiu
para áreas clínica e escolar.
-Pega conceitos clínicos e leva
para escola.
-Tudo precisa ser contextualizado (ligado
à Fenomenologia: precisa fazer sentido para a pessoa, ser contextualizado).
-Considera o vir-a-ser e suas
consequências: o que posso me tornar e as consequências, que não tenho é
gostaria de saber antes para não errar.
-Focado no aqui e agora: se vier o
passado, vamos explorar o passado. Se não, vamos no presente.
-Liberdade e responsabilidade a
partir da força interna do homem para o crescimento: se relaciona com a Fenomenologia
no desenvolvimento da autonomia (homem caminhar por si mesmo).
-“Defesa: quanto mais optar pela liberdade
de expressão dos sentimentos de maneira verdadeira, em qualquer campo, seja ele
terapêutico, educacional, menos sobrecarregado com tais sentimentos se torna e
mais aliviado permanece, confiando mais em si e nos próprios sentimentos”.
Assumir para si mesmo que os sentimentos existem.
-Propõe o abandono de fachadas
(mostrar o que realmente sente), comunicação verdadeira (assumir e falar o que
sente), menos previsíveis e mais corajosos nos tornamos.
-Combate à ameaças externas (o que
está fora da gente) e diminuição das internas. Quanto mais diminuímos as
ameaças externas, mais ajudamos a pessoa a ser ela mesma. No processo psicoterápico
a alternativa é falar sobre essas ameaças e agir de modo a combatê-las. Ameaças
internas estão dentro da gente (sentimentos, expectativas).
-Motivos das críticas que Rogers recebeu: ameaça ao status quo; oposição
ao que já existia (verdades vigentes – linhas psicológicas que existiam, mexeu
na estrutura que dava segurança para a psicologia); academia critica o que é
simples (simples e óbvia, então criticam); abordagem arriscada e perigosa e
alheia ao mundo.
-“Ao me voltar para o crescimento
de outra pessoa, faço-o cada vez mais através de uma busca de minha própria
autenticidade e não por meio de aplicação rigorosa de procedimentos” (P.15). Por
que faz essa pergunta? A ansiedade é do paciente ou do terapeuta?
-“Havia aprendido que compartilhar
com o outro era possível e enriquecedor. Havia aprendido que, numa relação
muito próxima, os elementos que ‘não podem' ser compartilhados são os mais
importantes e os mais gratificantes a compartilhar... Um supervisor pode confiar
no aluno sob sua orientação, e os resultados seriam todos positivos.
Descobriria que pessoas com problemas poderiam ser ajudadas, mas que havia ideias
muito divergentes a respeito de como fazê-lo” (PCC, p.199).
-O humanismo achava a maneira
tradicional de perguntar muito simples. Com pergunta objetiva, a resposta pode
ser fragmentada.
-Não tem como olhar para o ser
humano de forma fragmentada. Ele é complexo, Deve-se buscar a essência.
Irresponsabilidade perante si mesmo, pois nascemos para buscar-nos a nós
mesmos.
Nesse sentido falamos de (o que nos sustenta na
necessidade de entender o funcionamento do homem):
-Tendência atualizante: me renovar. Dinâmicas diferentes para sentir
que estou me renovando, me atualizando.
-Busca da auto-realização: o outro pode ter me ajudado, mas eu
cheguei onde queria. Devo sentir que foi meu mérito para não achar que não
tenho competência ou valor.
-Liberdade e responsabilidade.
-Crença no poder pessoal: acreditar que temos poder, valor,
condições para dar certo.
Os assuntos que interessam ao humanismo são:
-A totalidade do homem destinado a viver no mundo e dominá-lo:
entender que o homem é um ser total, não fragmentado, em busca de dominar algo
(sentir que algo faz parte de mim e que damos conta).
-Nega a superioridade da vida contemplativa (transcendental, que
delegamos as coisas do homem como algo fora dele) sobre a vida ativa: através da própria ação, se constitui, se
descobre, se revê.
-Exaltação da dignidade da liberdade do homem: homem livre para
fazer escolhas e digno da liberdade que foi dada.
-Reconhecimento do sentido de historicidade do homem: não esquecer
que nos construímos a partir da história, mas não passivamente.
-Apoio ao valor humano, à educação do homem e formação de sua
consciência: a consciência nos coloca aberto para as experiências. O
aprimoramento seria os recursos para ampliá-la e não deixá-la seletiva.
-Reconhecimento de sua naturalidade: somos esses antagonismos,
paradoxos. Ao mesmo tempo que não podemos criar uma regra geral sobre o ser
humano, há coisas que são típicas dele (busca pela autorrealização, renovação,
sentir que ter valor – pirâmide de Maslow).
-Ontologia visa ver o Ser em sua
amplitude.
-Interessa-nos conhecer o problema
do homem (existência), sua natureza (sentir felicidade, se renovar, achar
sentido nas ações), posição e seu pleno funcionamento (escolhas que faço e
como).
-“O humanismo é toda possibilidade
de definição do homem (não fechada), é toda forma de visão do homem a partir do
qual este se coloca no mundo (para entender como pensa, tenho que entender como
se coloca no mundo). É verdadeiro, porém, que qualquer tentativa de definição
do homem se torna em si, uma contradição”. Aceitar os paradoxos, ao mesmo tempo
que tenta definir, deve levar em consideração as individualidades.
-Somos ao mesmo tempo o que somos
em virtude do outro e somos também responsáveis pelo outro. O outro nos impõe
ritmos, tomada de decisões. O outro também tem suas necessidades e seus
interesses, daí a responsabilidade sobre ele.
-“...o homem é essencialmente um
gesto, em sua presença ou em sua existência. Ele é um atribuído de sentido, e é
assim que ele constitui a si mesmo na relação com o mundo”. Precisa da relação
com o mundo para sobreviver.
-Buscar o sentido na relação com
ele e não fora dele: para tentar entender o outro, devemos ir até ele, não
podemos explicar o outro por nós mesmos. Primeiramente, temos que entrar em
contato com nos mesmos.
-Cada ser humano tem a sua
subjetividade.
-O ser humano se movimenta no
sentido da saúde, do crescimento, da beleza.
-O homem tem opção antes de errar e
saber antes de cada ato, qual é o caminho certo, o que é bom para ele.
-A realidade é o que eu vivo e
percebo, por isso tudo, o que faço tem um sentido, uma busca de satisfação de
uma realidade.
Teoria
humanista
-Necessidade
de coerência entre a imagem de self e o comportamento, temos assim a pessoa
plena. Quanto mais discrepante o que sou e o que quero ser, mais difícil para a
pessoa. Precisa se conhecer para escolher.
-Quanto
maior essa distância (entre self ideal e self real – o que sou e o que quero
ser), maior a dificuldade de perceber a realidade e o outro, dificuldade de
entender o movimento das outras pessoas. Quanto mais nos conhecemos e melhor
lidamos com nossos sentimentos e expectativas, melhor nos colocamos diante das
outras pessoas. Olhando para si, a pessoa se fortalece e consegue direcionar
melhor a vida.
-O
problema do outro nos incomoda porque nos lembra dos nossos próprios problemas,
então tentamos ajudar. Muitas vezes, a forma de resolver o problema não é mudar
a situação da pessoa, e sim segurá-la e ajudá-la a mergulhar nesses sentimentos
até conseguir melhorar (prática do psicólogo).
-A
forma como percebemos o mundo é que nos dirá como agir nele.
-O ser
humano não é um produto da fala, mas é a própria fala. Me encontro na minha
fala. Através da fala, ocorre uma comunicação e nos ouvimos. A fala nos
aproxima de nós mesmos. Diferente da psicanálise, que atribui mecanismos
através da fala, a Fenomenologia se importa com o sentido que a pessoa dá ao
falar sobre algo. Falando, a pessoa se ouve, percebe sua própria fala e faz
reflexões. Técnica da reflexão: devolve para a pessoa para que ela se ouça.
-Muitas
vezes a pessoa está vivendo uma briga entre a pessoa que é e a pessoa que
deveria ser. É difícil falar sobre si porque a pessoa tem medo de encontrar
quem é e não corresponder a quem deveria.
-As
atitudes também representadas pela fala fundamentam nossa existência. Não basta
só a pessoa falar o que sente, tem que apresentar a situação como um todo,
podemos pedir um exemplo de uma situação em que sentiu aquilo que diz estar
sentindo. Quando narrar a situação, o sentimento vai emergir e a pessoa irá
mostrar como viu, sentiu e fez (ações diante do que percebeu e sentiu).
-Resgata-se
assim uma “ética do homem – aquele que marca sua existência” (respeito que
tenho pelas dificuldades, desafios, sentimentos). Envolve três atos:
1.
Responsabilidade com o outro, na relação com o outro. Cuidado do outro.
2.
Reação a partir de nós mesmos à outra pessoa e sua exigência. Até onde vou eu e
até onde vai o outro.
3.
Reação para o outro. Meu compromisso com o outro.
-Destituição e descentralização do
poder preditivo, detentor de saber único do terapeuta.
Sobre a teoria humanista:
-Não trouxe fins novos, mas meios
novos: todas as teorias caminham juntas e merecem respeito, mas a forma de
falar é diferente.
-Confiança no movimento interno da
pessoa: acreditar que a pessoa tem recursos internos para encontrar as
respostas que estão dentro dela. Com isso, damos espaço para que a pessoa possa
encontrar suas respostas, decidir o que é melhor para si e como fará isso.
-Apego à autonomia do ser humano.
-Desejo de valorizar o outro:
desejo que o outro se de bem, acreditando que a pessoa tem recursos para isso.
-Pressupõe uma ação ética, mais do
que uma técnica: ética das relações humanas, envolve respeito pelo ser humano,
acreditando que ele tem recursos internos e que devemos seguir o ritmo dele.
-Pressuposto determinista (psicanálise): o homem é resultado de
causas anteriores; voltado para diagnóstico (na abordagem humanista é mais
aberto, aqui rótula em uma categoria pronta), estratégia, intervenção, mudança
esperada.
-ACP (abordagem centrada no paciente): o homem é concreto, visto
como livre ou causa de suas ações (vivenciou coisas e fez escolhas para lidar
com essas situações); tendência ao crescimento (pessoa tem recursos dentro
dela), atenção aos significados (o que a pessoa traz a respeito de como se
sente sobre algo), relação compreensiva (tentar entender a partir da ótica do
outro), autonomia crescente (a pessoa tem um olhar diferenciado por si mesmo e
consegue conduzir a terapia).
No que constitui nossa prática?
-Podemos fazer, mas não devemos.
-Devemos respeitado o ser humano
naquilo que ele é.
-As perguntas devem ser bem
formuladas para serem desencadeadoras do movimento da pessoa de olhar para si
mesma.
Que valores defendemos?
-Que as pessoas se respeitem como
detentoras de valores absolutos.
-Que as pessoas se compreendam.
-Que cada um seja verdadeiro
consigo mesmo na situação que está vivendo.
A psicoterapia centrada no cliente
-Acolher com simpatia.
-Compreender com simpatia.
-Eventualmente, dizer uma palavra
que faça pensar.
Acolher
-Ter simpatia, afeto, interesse
pela pessoa do cliente.
-Buscar entender os motivos que
levaram a pessoa a estar ali. O que a pessoa está falando sobre ela?
-Deixar a pessoa, portanto, à
vontade.
Compreender
-Apropriar-se dos significados para
o que é trazido e para além dos significados (nem sempre apenas o que entendi é
suficiente, vai além disso).
-Adotar um contato intuitivo com o
paciente.
-Estar aberto ao cliente.
-Possibilitar a transformação. Que
através das técnicas ele possa se encontrar e eu, conhecê-lo.
Procurar uma palavra que possibilite o repensar
-Adotar uma conduta que possibilite
a reflexão.
-Evitar a indução.
-Evitar o direcionamento.
-Evitar o diagnóstico (rótulo).
A perspectiva
humanista e sua relação com a ciência
-O que é fazer ciência? Como fazer
ciência?
-Como conciliar a experiência
terapêutica com a experiência de cientista? Rogers e Freud fizeram isso.
-Como respeitar a experiência
vivida na prática e dela fazer apontamentos, compartilhar sem ser descuidado?
-É possível conciliar ambas,
ciência e experiência pessoal? Sim, com muito treino.
Algumas afirmações de Rogers
-Quanto melhor terapeuta me torno,
mais consciência obtenho da razão de ser de minha própria subjetividade. Mais
olhei para mim, fiz descobertas sobre mim.
-A relação terapêutica pressupõe
uma conduta para a descoberta do ser e não na transformação do ser em objeto do
meu conhecimento (eu-tu). Relação de troca entre sujeito e sujeito.
-Minhas reações terapêuticas tendem
a se manifestar como fruto de ações não-reflexivas, mas em minha sensibilidade
organísmica.
A essência na terapia
-Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro, como se fosse
o outro, sem ser.
-Aceitação positiva: aceitar o outro como é e não como você gostaria
que fosse.
-Congruência: coerência interna (sei o que sou, sinto e penso).
-Autenticidade: ser verdadeiro e transparente na relação com a
pessoa.
-Isso leva à aprendizagem
significativa.
Gestalt
– teoria da forma
-A
Gestalt dá as técnicas.
-A
Psicologia humanista é uma vertente da Psicologia que discorda da Psicanalise e
comportamental, pois essas eram limitadas.
-A
Fenomenologia veio da filosofia. Primeira preocupação definir quem é o ser o
humano e como podemos defini-lo, compreendê-lo. Filósofos fizeram adaptações
para conceituar e discutir o ser humano.
-Vertente
americana humanista diz que somos
mais que “doença”. Primeiramente tem que aceitar o ser humano em sua
complexidade e singularidade (dificuldades, questionamentos).
-Rogers
mostrou as atitudes que o terapeuta pode ter para ajudar o paciente (empatia
etc.).
-Gestalt: Psicologia da forma. Olhar
para o ser humano e ver como ele funciona.
-Nossa
maior briga como ser humanos é: emoção X razão.
-Precisamos
gerenciar bem nossas emoções (saber lidar com os sentimentos de forma saudável)
para lidar com a dos outros.
-Expressão
X sentimento: de que forma posso me colocar? Como fala o silêncio?
-Perls
é o pai da Gestalt.
-O
todo se constitui a partir da, e na relação com as partes. A situação em si é o
todo, mas para ela ser a situação como é, temos que ver cada parte. Uma
situação é formada por partes que se relacionam entre si, ou seja, para
entender o todo, temos que ver as partes. Damos destaque/prioridade para a
parte que nos chama atenção, mas as vezes essa é a parte errada, o que gera
repetição.
-Nada
se organiza neste todo sem um sentido, portanto, cada parte é composta de
figuras que emergem em relação a um fundo. As vezes estamos muito envolvidos
com uma parte e agimos de acordo com isso, o que tem um sentido. O todo é
composto de partes, dou destaque de acordo com meus interesses e necessidades
(chamamos isso de figura). Exemplo: criança sente falta do pai e a mãe não quer
que ela o veja. Para resolver a situação, temos que ver todas as figuras e
destacar uma para começar. Se não estivermos atentos, iremos focar em uma
figura que não necessariamente seja a parte que precisa ser explorada (separar
interesses e necessidades pessoais da situação).
-Há
assim uma relação direta entre a necessidade e o comportamento da pessoa
(olhamos as coisas de acordo com nossas necessidades e interesses). A figura é
o que dá destaque a partir da necessidade do momento. Uma boa Gestalt ou uma
Gestalt completa é consequência de uma necessidade atingida. Exemplo: vê um
problema (todo) e destaca as figuras que te permitam observar a situação. Se
escolher as figuras corretas, compreenderá a situação, mesmo que gere dor.
-“Levanto
os olhos dos meus escritos, percebendo que estou com sede e penso em ir beber
água. Vou para a cozinha, encho um copo com água, esvazio-o e volto para a
minha escrivaninha. Percebo que o quarto em que estou escrevendo está fresco e
ensolarado; os gatos estão brincando e o trânsito está passando do lado de
fora. Tudo isso foi tão verdade há alguns minutos, como o é agora, mas até
então, eu não os havia notado. Naquela ocasião, os ignorei, dando atenção,
primeiramente, ao déficit de líquido em meu corpo e, depois para a torneira de
agua e meu sistema manipulativo organizado em torno da água. Há muitas
possibilidades em meu ambiente, mas eu me organizei em torno da minha sede, em
detrimento de outras possibilidades. Eu não estava estimulado positivamente e
ao acaso pelo campo; ao contrário, os meus sentidos se organizarem em torno da
sede”.
Gestalt
e a dinâmica psíquica
-O que
nos faz reagir em determinada situação são nossas necessidades e interesses.
Premissas:
1ª premissa: a compreensão está na organização
dos fatos, percepções, comportamentos ou fenômenos e não nos aspectos individuais,
assim como na teoria e seus aspectos individuais, mas sua utilização. Para
compreender o todo, devo partir de como organizo os fatos que dou destaque para
perceber. Não é só o fato que observo, mas também a interpretação que dou para
aquilo (percepções).
-“...o
homem não percebe a coisa isolada e sem relação, mas as organiza no processo
perceptivo como um todo significativo”.
-“Uma
Gestalt é uma forma, uma configuração, o modo particular de organização das
partes individuais que entram em sua composição... a natureza humana é
organizada em partes ou todos, que é vivenciada pelo indivíduo nestes termos, e
que só pode ser entendida como uma função das partes ou todos dos quais é
feita.”.
2ª premissa: homeostase é a busca constante do equilíbrio através da necessidade
de satisfação de suas necessidades. Para resolver/resgatar a homeostase,
depende da consciência para organizar a ação (o que fazer para resolver a
situação que está desorganizada). Possibilita
a auto regulação.
-Diálogo possibilita o contato
(experiência eu-tu) baseado na experienciação (vivência das coisas – deixar o
vivido vir a tona, não falar apenas de maneira intelectualizada) com o outro em
uma relação de respeito e autêntica (se não tiver transparência, fica falso –
terapeuta e paciente a vontade, abertos e sinceros). Relação que proporciona
contato com o terapeuta e o que se passa dentro do paciente. É um diálogo
bastante intenso, pois traz a emoção, reflexão, sentimento, que acontece no
aqui e agora.
-O diálogo pode possibilitar na
integração entre as partes a tomada de consciência de uma nova totalidade (vê a
vida de maneira diferente). Destacamos figuras (partes) do fundo (todo), nem
sempre a parte é a mais importante. Olhamos para cada parte e escolhemos aquela
que tem mais condições de resolver naquele momento.
4 características do diálogo:
-Inclusão: posicionamento sem julgamento do terapeuta.
-Presença: participação ativa do terapeuta. Deve estar junto ao
vivido do paciente.
-Compromisso com o diálogo: possibilidade do contato acontecer sem
manipulação.
-Diálogo vivido: possibilidade de fazer a comunicação ser um canal
que expresse e mobilize a energia entre os participantes, observação também de
expressões não-verbais.
-“O paciente aprende a diferença
entre falar a respeito de algo que aconteceu e experienciar o que é agora”.
Falar, muitas vezes, significa ser superficial. Para não ser superficial, temos
que dar peso a ela.
-“O objetivo gestáltico de buscar
experiência e insight, que emergem conforme a Gestalt vai emergindo, é mais
potente do que o insight dado pelo terapeuta e ajuda tanto o terapeuta quanto o
paciente a traçar e a manter essas distinções importantes”. Temos que fazer
parceria com a família a respeito do que estamos investigando juntos. Passar
para a família também a responsabilidade sobre a situação, ao invés de só dizer
o que fazer.
-O pensamento deve fortalecer a
experiência e não inibi-la. A experiência racional inibe o emocional. O
adoecimento está no gerenciamento das nossas emoções.
-O contato possibilita novidades
boas ou ruins.
-Awareness: possibilita a consciência da situação quando
experienciada. Só chegamos nela vivendo. É mais complexo, as vezes as palavras
não são suficientes para a experiência.
-Insight: destaque do que é relevante do todo. Compreensão objetiva
e rápida.
-Psicanálise trabalha muito com
insight.
A consciência
-Ao nos depararmos com algo que não
agrada, interrompemos o fluxo energético: racionalização / fugas.
-Pode ocorrer divergência entre as
necessidades reais (selfie real) e as criadas (selfie ideal), havendo
inversões. Investir nas criadas pode causar perda de energia para algo que tem
poucas chances de acontecer.
-A pessoa sadia tende a perceber as
necessidades reais, e as criadas correspondem às necessidades reais buscando
criar condições para satisfazê-las.
O que representa a
Awareness?
-Nossa forma de experienciar as
coisas, vigilância diante de um evento importante, com a participação de todo
nosso ser. É um campo aberto.
-Ela é acompanhada de formação de
Gestalt. Se atingir a Awareness, fecha a Gestalt.
-A Awareness se constitui de
corolários (etapas) que possibilitam à pessoa se orientar no mundo. São etapas
para a Awareness.
-A Awareness incompleta refere-se a
uma Gestalt não concluída.
Neurótico
-Não permite a Awareness, pois terá
que mudar.
-Utiliza parte de sua energia
contra si mesmo.
-Torna a situação terapêutica em
algo antigo.
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