domingo, 30 de outubro de 2016

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Resumo da aula de AHP (24/10)

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Qual o sentido do aconselhamento psicológico?
-Aconselhar: mostrar, indicar, recomendar, orientar... (conceito geral).
-Aconselhar: diante de uma desabilidade de algo, indicação, recomendação, intercâmbio de ideias...
-Tradicionalmente na Psicologia e pedagogia: “o auxílio ou orientação que um profissional... presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto à escolha de profissão, cursos, entre outras, ou quanto à solução de pequenos desajustamentos de conduta” (p. 2).
-Ou “fornecer solução de pequenos (ou grandes) desajustamentos de conduta” (p 3).
-O aconselhamento é visto como um atendimento mais breve, suporte a uma determinada pessoa.
-Rogers foi especialista na área da educação e viu que dava para transpor a experiência clínica para a educação.
-Nesse modelo, temos duas tendências: traço e fator e teoria humanista.
Traço e fator
Teoria humanista
Cada um possui capacidades e/ou condições passíveis de medição objetiva (daí a utilização quase frequente dos testes vocacionais ou de personalidade)
Não diretividade (mas não ausência de interferência)
Reconhecimento da influência do meio ambiente e do grupo social no indivíduo (aconselhar é igual a ajustar)
Temos um ouvinte interessado e compreensivo que se utiliza da reflexão participativa (ambos refletem e constroem uma nova perspectiva), uma esfera de exploração de sentidos, de suas vivências e percepções
Visa o direcionamento e formatação das potencialidades
Consideração das condições subjetivas do conselheiro atuantes no momento da intervenção

Espaço de expressão daquilo que se é realmente

Traço e fator
-O conselheiro é o modelo, quem decide, aquele que detém o poder, veiculador de normas de condutas, valores sociais e hábitos de cidadania, atuando de forma diretiva.
-É necessário auxílio para desenvolvimento de habilidades e potencialidades.
-Sustenta sua prática no diagnóstico e em seus conhecimentos prévios.
-Concebe o sentimento como um empecilho muitas vezes ao pensamento, daí a necessidade de ser controlado e mudado.
-“É preciso pensar bem”. Se está pensando bem, está sob controle, para isso tiramos toda interferência.
-Diante de distúrbios, o correto encaminhamento.

Teoria centrada no cliente
-Crença nas potencialidades naturais do ser humano.
-Criação de um clima facilitador ao crescimento.
-Tendência atualizante de potencialidades (mudança de área ou movimento na mesma área).
-Utilização de atitudes facilitadoras: empatia, congruência, aceitação positiva, autenticidade para se chegar à aprendizagem significativa (que dá lugar à autodescoberta).
-Experiência possibilitadora de auto revelação e produtora de mudanças na consciência e na conduta.
-“O facilitador define-se, politicamente, pela busca de compartilhar e/ou abandonar o poder de controle e tomada de decisão” (p. 8).

Aconselhamento
-Recurso aquele que não apresenta problemas de instabilidade emocional.
-Deixa as patologias à psicoterapia.
-Mais tarde, reafirma-se o aconselhamento psicológico uma “assistência na maximização dos recursos pessoais e na realização de opções”, e a psicoterapia a “eliminação de psicopatologias, perturbações, mais comprometidos e que necessitam de reestruturação da personalidade”.
-O aconselhamento passa a ser visto como uma prática mais educativa e preventiva e de apoio e a psicoterapia vista como um tratamento a problemas emocionais e patologias.

Rogers:
“Acolher a insatisfação profissional ou a depressão que um cliente abre em seu sofrimento é mais importante do que saber se ele é um "caso" para aconselhamento ou psicoterapia".
-Trata-se agora de um lugar intermediário entre a clínica e a prática educativa. Um lugar em que se possibilite a expressão do vivido, deslocamento de poderes e controles formativos, criando-se um ambiente em que se acolham ideias, sentimentos, explicações, mudanças, através de um tempo e um espaço importante. Espaço este construído através do diálogo e da escuta. Respeitando-se o que é vital para aquele que busca ajuda, respeitando seu sofrimento, sua história, expectativas depositadas neste encontro.
-Passamos a ter uma clínica mais social (plantão psicológico) evitando o alimento da culpa e depreciação dos sentidos. Existe um ser que sofre e que também traz consigo determinações sociais de seu sofrimento.

-Cada entrevista está comprometida com o que se veio buscar e o que se necessita, daí o abandono ao modelo clínico psicoterápido.

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