Resumo da aula de AHP (24/10)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
Qual o sentido do
aconselhamento psicológico?
-Aconselhar:
mostrar, indicar, recomendar, orientar... (conceito geral).
-Aconselhar:
diante de uma desabilidade de algo, indicação, recomendação, intercâmbio de
ideias...
-Tradicionalmente na
Psicologia e pedagogia: “o auxílio ou orientação que um profissional...
presta ao paciente nas decisões que este deve tomar quanto à escolha de
profissão, cursos, entre outras, ou quanto à solução de pequenos
desajustamentos de conduta” (p. 2).
-Ou “fornecer solução de pequenos (ou grandes)
desajustamentos de conduta” (p 3).
-O aconselhamento é visto como um atendimento mais breve,
suporte a uma determinada pessoa.
-Rogers foi especialista na área da educação e viu que dava
para transpor a experiência clínica para a educação.
-Nesse modelo, temos duas
tendências: traço e fator e teoria humanista.
Traço e fator
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Teoria humanista
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Cada um possui
capacidades e/ou condições passíveis de medição objetiva (daí a utilização
quase frequente dos testes vocacionais ou de personalidade)
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Não diretividade (mas
não ausência de interferência)
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Reconhecimento da
influência do meio ambiente e do grupo social no indivíduo (aconselhar é
igual a ajustar)
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Temos um ouvinte
interessado e compreensivo que se utiliza da reflexão participativa (ambos refletem e constroem uma nova
perspectiva), uma esfera de exploração de sentidos, de suas vivências e
percepções
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Visa o direcionamento
e formatação das potencialidades
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Consideração das
condições subjetivas do conselheiro atuantes no momento da intervenção
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Espaço de expressão
daquilo que se é realmente
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Traço e fator
-O conselheiro é o modelo, quem decide, aquele que detém o
poder, veiculador de normas de condutas, valores sociais e hábitos de
cidadania, atuando de forma diretiva.
-É necessário auxílio para desenvolvimento de habilidades e
potencialidades.
-Sustenta sua prática no diagnóstico e em seus
conhecimentos prévios.
-Concebe o sentimento como um empecilho muitas vezes ao
pensamento, daí a necessidade de ser controlado e mudado.
-“É preciso pensar bem”. Se está pensando bem, está sob
controle, para isso tiramos toda interferência.
-Diante de distúrbios, o correto encaminhamento.
Teoria centrada no
cliente
-Crença nas potencialidades naturais do ser humano.
-Criação de um clima facilitador ao crescimento.
-Tendência atualizante de potencialidades (mudança de área
ou movimento na mesma área).
-Utilização de atitudes facilitadoras: empatia, congruência,
aceitação positiva, autenticidade para se chegar à aprendizagem significativa
(que dá lugar à autodescoberta).
-Experiência possibilitadora de auto revelação e produtora
de mudanças na consciência e na conduta.
-“O facilitador define-se, politicamente, pela busca de
compartilhar e/ou abandonar o poder de controle e tomada de decisão” (p. 8).
Aconselhamento
-Recurso aquele que não apresenta problemas de
instabilidade emocional.
-Deixa as patologias à psicoterapia.
-Mais tarde, reafirma-se o aconselhamento psicológico uma
“assistência na maximização dos recursos pessoais e na realização de opções”, e
a psicoterapia a “eliminação de psicopatologias, perturbações, mais
comprometidos e que necessitam de reestruturação da personalidade”.
-O aconselhamento passa a ser visto como uma prática mais
educativa e preventiva e de apoio e a psicoterapia vista como um tratamento a
problemas emocionais e patologias.
Rogers:
“Acolher a insatisfação profissional ou a depressão que um
cliente abre em seu sofrimento é mais importante do que saber se ele é um
"caso" para aconselhamento ou psicoterapia".
-Trata-se agora de um lugar intermediário entre a clínica e
a prática educativa. Um lugar em que se possibilite a expressão do vivido,
deslocamento de poderes e controles formativos, criando-se um ambiente em que
se acolham ideias, sentimentos, explicações, mudanças, através de um tempo e um
espaço importante. Espaço este construído através do diálogo e da escuta. Respeitando-se
o que é vital para aquele que busca ajuda, respeitando seu sofrimento, sua
história, expectativas depositadas neste encontro.
-Passamos a ter uma clínica mais social (plantão
psicológico) evitando o alimento da culpa e depreciação dos sentidos. Existe um
ser que sofre e que também traz consigo determinações sociais de seu
sofrimento.
-Cada entrevista está comprometida com o que se veio buscar
e o que se necessita, daí o abandono ao modelo clínico psicoterápido.
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