domingo, 2 de outubro de 2016

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Resumo da aula de PC (15/09)

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Avaliando pensamentos automáticos (PAs)
-Pacientes têm milhares de pensamentos durante o dia. Alguns disfuncionais, outros não. Visando eficácia, o terapeuta seleciona apenas um ou alguns pensamentos chaves para a sessão.
-Temos que pensar no significado que o pensamento tem.
-Depois de descoberto o pensamento automático, temos que:
   1. Focalizar: quanto crédito você dá a esse pensamento? (Pode pedir para classificar). Como esse pensamento fez você se sentir? (Humor). O que fez após ter tido esse pensamento? (Comportamento).
   2. Descubra mais sobre a situação associada: o que ocorreu logo antes de pensar isso? Quando isso aconteceu? Onde você estava? Conte-me mais sobre a situação.
   3. Explore quão típico o PA é: com que frequência você tem esse pensamento? Em que situações? Quanto esse tipo de pensamento incomoda você?
   4. Identifique outros pensamentos/imagens automáticos nessa mesma situação: alguma coisa a mais passou na sua cabeça? Quaisquer imagens ou figuras?
   5. Fazer resolução de problemas sobre a situação, associados com PA: quais coisas poderia fazer sobre isso? Como lidou esse tipo de coisa antes? Que gostaria de poder fazer?
   6. Passe para outro tópico.

-Como o terapeuta escolhe entre essas opções? Pergunta a si mesmo:
   1. O que eu quero alcançar nessa sessão? Trabalhar com esse pensamento nos ajuda a atingir as metas terapêuticas que tenho para a sessão?
-Decide junto com o paciente qual pensamento é mais aflitivo e trabalha com esse primeiro.
   2. O que o paciente colocou no roteiro? Se focalizarmos, teremos tempo para chegar a outras preocupações deles? Ele colaborará para avaliar esse pensamento?
   3. Esse é um pensamento importante de ser focalizado? Ele parece significativamente distorcido/disfuncional? Quão típico ou central ele é? Focalizá-lo ajudará o paciente em outras situações? Explorá-lo ajudará a conceituar melhor o paciente?

Questionando para avaliar um PA
-Tendo separado um PA, determinado o que é importante/aflitivo e identificando reações acompanhantes, o terapeuta pode decidir ajudar o paciente a avaliá-lo.
-Não desafia diretamente o PA, por duas razões:
   1. Não sabe antecipadamente se PA é distorcido (não falamos isso para o paciente).
   2. Desafio direto viola princípio da terapia cognitiva. Empirismo colaborativo: paciente e terapeuta juntos examinam, testam validade/utilidade e desenvolvem resposta mais adaptativa.

-Primeiro passo para avaliar algo: verificar se é real pelas evidências. “Vamos avaliar esse pensamento seu”? Pedir para o paciente anotar as evidências de que seu pensamento é verdadeiro.

Pensamento: ela vai me deixar.
1-    Quais as evidências que seu pensamento automático é verdadeiro? Exemplo: não manda mais tantas mensagens, visualiza e não responde na hora, não está tão carinhosa comigo nos últimos meses, está brigando mais comigo.
-Fazemos um resumo periódico: “deixa eu ver se entendi... você acredita que sua namorada irá te deixar, já que... (evidências), certo? Algo mais”?
2- Em seguida, pedimos as evidências contrárias. Quais as evidências contrárias? O que parece ser mais razoável de acontecer? Exemplo: ela tem relatado pressão no trabalho, ela não falou em término, já tivemos outras conversas, não cancelou a viagem que nós temos. Com isso, a aflição diminui, chegou ao foco da sessão, reduz sintoma.
3- Método para trabalhar o pensamento automático:
a)    O que de pior poderia acontecer se fosse verdade?
b)    O que de melhor poderia acontecer?
c)    Poderia superar isso?
d)    Qual seria o mais realista?

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