Resumo da aula de PC (22/09)
Postado em Psicologia Cognitiva
Conceituação cognitiva
-Fornece estrutura para o entendimento do paciente pelo
terapeuta.
-Terapeuta faz perguntas a si mesmo: qual o diagnóstico
desse paciente? Quais os problemas atuais, como se desenvolveram e como são
mantidos? Que pensamentos/crenças disfuncionais estão associados aos problemas?
Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao
pensamento?
-Então o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente
desenvolveu uma desordem psicológica particular: que aprendizagens/experiências
antigas contribuem para problemas hoje? Quais suas crenças subjacentes
(atitudes, expectativas, regras) e pensamentos? Como enfrentou as crenças
antes? Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais positivos e
negativos ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais (terapeuta
minimiza os negativos e amplia os positivos)? Como ele via a si mesmo, outros,
mundo pessoal, futuro (tríade cognitiva)? Que estressores contribuíram para
seus problemas psicológicos ou interferiram na habilidade de resolver
problemas?
-Atitude:
reação. Comportamento: ação.
-Crenças centrais são desenvolvidas na infância e se
solidificam até a fase adulta.
-Terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva
durante o primeiro contato e refina até a última sessão.
-Essa formulação/entendimento do quadro ajuda a planejar a
terapia eficiente e efetiva.
-Pensamentos automáticos parecem surgir automaticamente,
são rápidos e breves.
-Pouco ciente pensamento, mais ciente da emoção.
-Identificando PAs, pode avaliar a validade deles.
-Se interpretação errônea, a corrige e melhora o humor.
-Se racionaliza e reflete em cima do pensamento automático,
as emoções e comportamento melhoram adaptativamente à modelo cognitivo.
-Pensamentos automáticos tendem a ficar mais previsíveis,
pois têm um núcleo em comum: as crenças.
As crenças
-Começando na infância, as pessoas desenvolvem determinadas
crenças de si mesmas, outras pessoas e mundos.
-Crenças centrais:
entendimentos mais fundamentais e profundos, pessoas não articulam (é porque
é).
-Ideias consideradas verdades absolutas, exatamente do modo
como as coisas são.
-São globais, rígidas e supergeneralizadas.
-São o nível mais fundamental da crença.
-PAs, palavras ou imagens reais passam pela cabeça da
pessoa, são específicos da situação. Nível mais superficial da cognição.
-Crenças centrais à
crenças intermediárias à PAs.
-Trajetória usual no tratamento envolve ênfase inicial dos PAs. Princípio da
ação: identificar os pensamentos automáticos, pois eles mantêm a emoção e o
comportamento. Mais a emoção, pois pode não ter comportamento e ainda assim
sofrer.
-Terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e
modificar pensamentos (produzir alívio de sintoma).
-Então, crenças por trás dos pensamentos disfuncionais e
passam muitas situações, tornam-se foco do tratamento. Quando ele estiver com o
humor estável, passa para as crenças.
-Crenças intermediárias/centrais são avaliadas em muitos
modos, modificadas para que conclusões/percepções de eventos mudem.
-Modificação profunda das crenças centrais fundamentais
torna pacientes menos propensos a recaídas.
-O paciente depressivo tem distorções nos 3 pontos da
tríade cognitiva: selfie, mundo e futuro.
Obtendo PAs
-Primeiro método para identificar PAs durante a sessão.
Ensinar o paciente a fazer RPD (registro de pensamentos automáticos).
Exemplo: terapeuta: acabei de perceber uma mudança nos seus
olhos. O que passou pela sua cabeça?
-Descrever a situação (A),
perguntar a emoção (C), faz resumo
periódico, perguntar o que passou pela cabeça, imagem ou pensamento (B), perguntar outros pensamentos (pode
ser um, podem ser vários, o primeiro nem sempre é o mais carregado de afeto),
mostra o modelo de tabela (RPD – registro dos pensamentos disfuncionais) para o
paciente e explica como preencher, preenchem juntos até o paciente se sentir
capacitado a fazer sozinho, trabalharemos o pensamento mais aflitivo, pergunta
quanto ele acredita naquele pensamento (porcentagem), questiona para avaliar PA:
1. Quais as evidências que o pensamento é verdadeiro?
2. Quais as evidências contrárias?
3. O que de pior poderia acontecer? (Ver as perspectivas do
pior e melhor).
-O que de melhor poderia acontecer?
-Você poderia superar isso?
-Qual é o pensamento automático mais realista?
4. Qual o efeito de sua crença no seu humor?
5. O que você poderia fazer em relação a isso? (Tira o
paciente do lugar da queixa e o coloca no lugar da ação).
6. O que você diria a um amigo se ele estivesse na mesma
situação que você? Onde isso se aplica a você? (As resoluções podem não
funcionar para o outro, mas sim para ele, pois partiram dele).
-RPD começa com 3 colunas:
A
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B
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C
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-Depois que o paciente aprendeu, acrescenta mais 2:
A
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B
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C
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Resposta mais adaptativa
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Resultado (de trabalho com pensamento)
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-Paciente começa a resolver problemas com mais autonomia.
Mais funcional, humor estável. Mas ainda deve-se trabalhar as crenças centrais.
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