Resumo da aula de DCAEI (18/08)
Postado em Direito da criança do adolescente e estatuto do idoso
A trajetória das crianças no Brasil
-Desigualdade
social / escolarização.
-Exclusão
das crianças.
-Criança
tem infância?
-Trabalho
como natural.
-Criança:
termo no século XVIII como cordialidade para agradar quem prestava serviços.
Relacionado a trabalho e servidão. Criança vista como mini adulto incompetente.
Amas de leite cuidavam até os 7/11 anos e a criança era responsabilizada por
seus atos.
-Século
XV: imprensa. Muda as coisas quando a oralidade passa a não ser a forma mais
comum de comunicação. Antes, só sabiam escrever clero e monarquia.
-Século
XVIII: França à criança: termo cordial que se refere a “serviço” à telégrafo.
-Abuso
das mulheres é aceito como normal por questões históricas, o que negamos e
torna difícil combater os resquícios de hoje em dia. Manter a linhagem para
seleção natural.
-Na
nossa cultura, o dinheiro traz a ideia de existir, de poder, de conforto.
Conforto ou luxo?
-Século
XV: Brasil foi um local de exploração maciça. Todos os enjeitados de Portugal
vêm para o Brasil, assim como refugiados da Europa, povos escravizados. Temos
um processo de colonização que foi excluído e negado e que resulta na nossa
atualidade. Colonização desenfreada sem ordem, disciplina, sem condução. Isso
muda quando a família real vem fugida, em 1808 (século XIX). Surge os
movimentos higienista e positivista que ia contra tudo que fugia de um
comportamento europeu. Preocupação com a higiene por profilaxia, para evitar
situações que demande o estado (contaminação e gastos). Muitas “crianças” (mini
adultos) abandonadas após as índias serem engravidadas. Não há como controlar
por conta de um Estado não construído. Historicamente a sexualidade do homem
sempre foi mais permitida. Controle da sexualidade das pessoas: casamento e
monogamia como questão divina inquestionável (por ser diferente de você).
Contratos sociais (casamento pago). Vinculação da ideia do casamento com o
poder divino (se casar no civil, tem que casar no religioso para Deus legitimar
a relação). Através do casamento, controla-se a sexualidade das pessoas.
-Não
é possível se comparar a Deus por ele não estar na mesma “altura” que você.
Isso valida com maior peso. Quem tem a palavra de Deus, tem um “poder” maior.
-Ainda
hoje se vê um discurso parecido com os dos séculos XVIII/XIX no nordeste
brasileiro. Mulheres com 28 filhos, com poucos vivos e responsabilizando a Deus
pelas consequências.
-Maternidade
romantizada para garantir controle social.
-1988
e 2003 as crianças são propriedade dos pais, mas a mãe é responsabilizada pelos
cuidados por conta da maternidade.
-Século
XVIII: necessidade de dar conta do abandono – criação dos asilos. Através de um
movimento caridoso da igreja (dinheiro das indulgencias à pagar os pecados à
infidelidade é pecado). Para garantir o anonimato para doação às casas de
misericórdia: roda. O padre confere e a pessoa voltava para confessar. Garantia
do controle. Logo acaba se tornando um local de abandono. Não controla a
sexualidade, mas mascara o abandono.
-Em
meados do século XVIII as crianças começam a ser mais importantes e validadas e
surge a ideia de serem anjos. Movimento de mães que passam a dar outro valor.
Questão de controle e formação familiar com o casamento que gera a preocupação
com a mortalidade das crianças. Papel da mulher vinculado com a medicina por
ser no hospital o local que se garante o controle das pessoas (exemplo:
vacina). Escola, hospital e família são instituições criadas para o
desenvolvimento social. Valoriza a mulher através da medicina (amamenta),
atribuindo uma personalidade amorosa, cuidadosa e divina, um anjo na Terra para
cuidar dos filhos. Diz-se que todas as mulheres nascem com cuidado, tolerância,
paciência, afetividade, amorosidade... para responsabilizá-la. Quando sente
raiva, logo é substituída por culpa.
-Hoje
em dia compartilhamos as mesmas vivências, músicas, preocupações entre adultos e
crianças.
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