sexta-feira, 27 de outubro de 2017
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2017
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Adolescente em conflito com a lei
-Família:
funções parentais – homem, mulher, filhos.
-No princípio,
família pautada na coletividade: estrutura rural com várias pessoas e famílias no
mesmo ambiente. Havia uma divisão de funções e responsabilidades entre os
adultos. O desenvolvimento de crianças com outras crianças mais velhas ou não
através de brincadeiras.
-Houve
um movimento advindo da industrialização e do capitalismo que interferiram na dinâmica
familiar. França – pós-guerra: homens saem de casa, mulheres não ficam em casa
por não ter quem sustente, vão para indústria trabalhar. Industria bélica (mais
oportunidade na época) ou têxtil. Papel da mulher advindo de um movimento geopolítico.
-Migração
das famílias do campo para a cidade pela industrialização. Famílias impelidas a
reduzir a quantidade de membros. Começam a ser separadas por núcleos: pai, mãe
e filhos. Reforço e valorização das funções: aspectos e papeis atribuídos ao homem
e à mulher, principalmente em relação aos filhos.
-Aos
homens, eram atribuídos: sustento
(principal provedor, por ser a figura de responsabilidade, poder, força e
autonomia), proteção à família e colocar regras e limites aos integrantes.
-À mulher, por ser mais frágil e sensível:
espaço doméstico, manutenção da casa, do casamento e dos filhos. Todos os
aspectos de cuidado, afetividade, aprendizagem e educação dos filhos.
-Condições
políticas sociais, fizeram com que fossem aceitos outros modelos de família,
pois a realidade vivenciada era diferente da idealizada. Mais da metade dos
lares é constituída de famílias monoparentais, sustentadas por mulheres.
-Temos
3 principais características representativas de poder ainda hoje: dinheiro,
homem e branco.
-No
código civil de 1916, o homem era chefe, figura de respeito e autoridade,
proprietário da esposa e dos filhos. Troca de nome para identificar os pares. O
homem poderia matar a esposa por legítima defesa de honra.
-1949:
declaração dos direitos humanos. Pós-guerra. Todas as condições que precisam
ser preservadas para o ser humano, pensando uma questão de igualdade de
condição de existência (ter os direitos mínimos preservados).
-Movimento
feminista chega ao Brasil de forma mais singela, pois logo em seguida temos a
ditadura militar. Com isso, voltam os valores anteriores. Controle de
informação e poder. Movimento higienista e positivista: ordem, controle e
progresso com nomeação do que era normal em uma estrutura de sociedade. Voltam
as famílias nucleares como ideais. Fomos formatados a pensar de maneira binária
(sim, não). Se a família não se configurar assim, sofre preconceito e
discriminação. Militares mantinham o poder. Para chegar ao topo máximo, precisa
ser forte, ter histórico, ter família tradicional.
-1977:
lei do divórcio. Possibilidade de desfazer uma relação e assumir outra. Lei
para benefício de Geisel, que tinha família fora do casamento, precisava de uma
lei que validassem seu poder. Famílias reconstituídas. Mulheres ainda sem
muitos direitos, subvalorizadas e propriedade. Se o homem se separar, deve
sustentar a família anterior. Foi da elite para as camadas populares: crianças
e mulheres abandonadas, ampliação de situações de violência, afeta o estado.
-1988:
constituição federal. Homens e mulheres são iguais. Legitimação da mulher para
responsabilidade social. Transformação do papel da figura feminina na família,
pois a saída de casa é legitimada. As funções parentais não foram renegociadas
e redistribuídas. Todas as responsabilidades de anteriormente permanecem às
mulheres, somadas às do homem (trabalho). Desqualificação da paternidade
(homens não sabem cuidar dos filhos). O homem tem o papel de bom pai quando
sustenta financeiramente. Estado assume o papel do pai de impor regra, limite e
controle.
-1990:
ECA.
-2002/03:
mulher com todos os direitos iguais aos homens, assim como crianças,
adolescentes e idosos.
-Atualmente,
não temos um modelo definido. Estamos nos constituindo e isso exige pesquisa, observação
para o fenômeno. Filhos são os mais prejudicados, por não serem figuras de
poder em nossa sociedade (está em desenvolvimento, é frágil, muda de opinião,
não mantém). As famílias, através das relações e vínculos, dão sensação de
pertencimento. Os pais gestam o filho até o fim da vida, de sua identidade. Se
o pai e a mãe estão fora, não há suporte simbólico para esse vínculo. Quem dará
o suporte serão os grupos, consumo, escola e mídia (sociedade capitalista
industrial que reforçam o consumo).
-Influências
macrossistêmicas ocupam esse lugar: grupos/amigos, consumo, escola, mídia –
capitalismo. Indivíduo massificado, só é aceito se fizer ou ter determinada
coisa.
-Como
falar de igualdade de direitos se não há oferta de igualdade de condições?
Família não é desestruturada, ele só não é funcional. Quando não existem as
funções representadas pela não distribuição de papeis, outras influências
anulam qualquer tipo de diferença pautado em uma igualdade que não existe para
se relacionar e pertencer a algum lugar.
-Ato
infracional como pedido de socorro. Rompe a margem social da maneira opositora.
Para Winnicott, são pedidos para fazer parte do sistema. Se não há
contextualização, não adianta propor intervenções. Quando se iguala e nega a diferença,
está fadado ao erro.
-Adolescentes
comete uma infração: família falhou (é dever da família, da comunidade,
sociedade e do estado propiciar e garantir princípios básicos para a existência
de crianças e adolescentes). Duas atuações simultâneas: medidas protetivas (matrícula
e frequência escolar, alimentação, moradia, saúde, encaminhamento e
acompanhamento para pais, acolhimento institucional – rompimento de vínculos,
portanto, a última a ser tomada) e medidas socioeducativas (Advertência;
Obrigação de reparar o dano; Prestação de serviço à Comunidade; Liberdade
Assistida; Inserção em regime de semiliberdade). Antes de medidas
socioeducativas, deve ser feito um estudo do caso para saber qual a melhor
medida a ser tomada daquela ocasião, o que não acontece pela falta de
profissionais (CREAS é responsável).
Medidas socioeducativas (atos leves):
1. Advertência: dá
um alerta ao responsável e ao adolescente para que os pais recuperem as funções
parentais.
2. Obrigação de reparar o dano: a situações que caibam reparação do dano condizente com o
período do adolescente para que ele consiga exercer essa atividade.
3. Prestação de serviço à Comunidade: respeitando o período de desenvolvimento do adolescente (psíquico,
físico e social). Vai para uma instituição onde esteja disponível para
atendimento à sociedade. Cria-se um espaço de relacionamento e valorização do
jovem. Possibilidade do trabalho da construção de pertencimento social
(ressocialização). Não é trabalho forçado e não tem remuneração, não podendo
passar de 8 horas semanais e podendo ser realizada apenas nos fins de semana
para não interromper convivência familiar e frequência escolar.
4. Liberdade Assistida:
5. Inserção em regime de semiliberdade:
6. Internação em estabelecimento educacional:
-Tem
aumentado significativamente as medidas socioeducativas a jovens,
principalmente inserção em regime de internação. As medidas não têm prazo
preestabelecido, mas precisam ser revistas a cada 6 meses. A renovação só pode
durar, no máximo, 3 anos.
-Leva
advertência, mãe expulsa de casa, vai para a rua, amigos, drogas, tráfico, adolescente
quer pertencer a algum lugar, dinheiro, poder. Pensar o contexto.
-ECA
vê a família, promove ressocialização, reinserção e ressignificação da ação e
da identidade para voltar ao convívio social mais adaptativo. Nossa escola é
pautada no modelo da família burguesa (nuclear), que não existe da forma como
imaginamos. A escola acaba excluindo.
domingo, 1 de outubro de 2017
out
2017
1
RESUMÃO: DCAEI NP1
Postado em Direito da criança do adolescente e estatuto do idoso
Direito da criança, do adolescente e do
idoso
Infância:
0 a 12 anos; crescimento, formação, descobertas, desenvolvimento, dependência,
aprendizado, fantasias, brincadeiras, ingenuidade, experimentos, sobrevivência.
Avós:
responsabilidade, período menor, falta escolarização, trabalho, valores mais
“claros”, brincadeiras, fantasia, respeito, livres, falta diálogo, descobertas,
tradições familiares.
Pais:
brincadeiras coletivas, tradição familiar no trabalho, escolarização, regras
familiares, falta diálogo, rua, experimentar, respeito/medo, punições físicas.
Vocês:
brincadeiras coletivas e individuais, namorar, tecnologia, obrigação à
escolarização, artes, transgressões, dormir, punições, restrições aos laços
familiares.
Filhos:
tecnologia e informação, falta de atividade física, brincadeiras individuais,
famílias menores, falta de limites, não lidam com frustração, obrigações,
sexualidade.
-Na
infância, em todas as épocas, há responsabilidade. É uma fase difícil, pois a
criança tem que ser o que os outros esperam dela. Rótulos com profecia autor
realizadora, depositando na criança o que não teve e o que ela precisa ter.
Garantir cuidado na velhice, ter alguém com condições para cuidar.
-Contexto
histórico e geopolítico muda de uma geração para a outra.
-Trabalho,
antes visto como sobrevivência familiar, hoje sobrevivência ter.
-Na
infância, é autorizado a errar.
-Hoje
em dia temos liberdade de expressão, mas não de comportamento.
Família
-O
conceito muda.
-Avós: maior número de familiares, rede,
conhecia vizinhos, sexualidade precoce.
-Pais: redução da família, parentes
dispersos para trabalhar, conhece vizinhos, sexualidade mais tardia, mulheres
saiam de casa quando casadas.
-Vocês: prolongamento da adolescência,
movimento feminista, mudança da instituição familiar.
-Filhos: realidade familiar muda, pais
com ideal familiar antigo que não se sustenta, trabalham e sentem culpa, não
dão limites para compensar, não toleram desobediência, sistema entra em crise.
DCAI
(18/08)
Recomendação:
Sesi Paulista – peça gratuita
A trajetória das crianças no Brasil
-Desigualdade
social / escolarização.
-Exclusão
das crianças.
-Criança
tem infância?
-Trabalho
como natural.
-Criança:
termo no século XVIII como cordialidade para agradar quem prestava serviços.
Relacionado a trabalho e servidão. Criança vista como mini adulto incompetente.
Amas de leite cuidavam até os 7/11 anos e a criança era responsabilizada por
seus atos.
-Século
XV: imprensa. Muda as coisas quando a oralidade passa a não ser a forma mais
comum de comunicação. Antes, só sabiam escrever clero e monarquia.
-Século
XVIII: França à criança: termo cordial que se refere a “serviço” à telégrafo.
-Abuso
das mulheres é aceito como normal por questões históricas, o que negamos e
torna difícil combater os resquícios de hoje em dia. Manter a linhagem para
seleção natural.
-Na
nossa cultura, o dinheiro traz a ideia de existir, de poder, de conforto.
Conforto ou luxo?
-Século
XV: Brasil foi um local de exploração maciça. Todos os enjeitados de Portugal
vêm para o Brasil, assim como refugiados da Europa, povos escravizados. Temos
um processo de colonização que foi excluído e negado e que resulta na nossa
atualidade. Colonização desenfreada sem ordem, disciplina, sem condução. Isso
muda quando a família real vem fugida, em 1808 (século XIX). Surge os
movimentos higienista e positivista que ia contra tudo que fugia de um
comportamento europeu. Preocupação com a higiene por profilaxia, para evitar
situações que demande o estado (contaminação e gastos). Muitas “crianças” (mini
adultos) abandonadas após as índias serem engravidadas. Não há como controlar
por conta de um Estado não construído. Historicamente a sexualidade do homem
sempre foi mais permitida. Controle da sexualidade das pessoas: casamento e monogamia
como questão divina inquestionável (por ser diferente de você). Contratos
sociais (casamento pago). Vinculação da ideia do casamento com o poder divino
(se casar no civil, tem que casar no religioso para Deus legitimar a relação).
Através do casamento, controla-se a sexualidade das pessoas.
-Não
é possível se comparar a Deus por ele não estar na mesma “altura” que você.
Isso valida com maior peso. Quem tem a palavra de Deus, tem um “poder” maior.
-Ainda
hoje se vê um discurso parecido com os dos séculos XVIII/XIX no nordeste
brasileiro. Mulheres com 28 filhos, com poucos vivos e responsabilizando a Deus
pelas consequências.
-Maternidade
romantizada para garantir controle social.
-1988
e 2003 as crianças são propriedade dos pais, mas a mãe é responsabilizada pelos
cuidados por conta da maternidade.
-Século
XVIII: necessidade de dar conta do abandono – criação dos asilos. Através de um
movimento caridoso da igreja (dinheiro das indulgencias à pagar os pecados à
infidelidade é pecado). Para garantir o anonimato para doação às casas de
misericórdia: roda. O padre confere e a pessoa voltava para confessar. Garantia
do controle. Logo acaba se tornando um local de abandono. Não controla a
sexualidade, mas mascara o abandono.
-Em
meados do século XVIII as crianças começam a ser mais importantes e validadas e
surge a ideia de serem anjos. Movimento de mães que passam a dar outro valor.
Questão de controle e formação familiar com o casamento que gera a preocupação
com a mortalidade das crianças. Papel da mulher vinculado com a medicina por
ser no hospital o local que se garante o controle das pessoas (exemplo:
vacina). Escola, hospital e família são instituições criadas para o
desenvolvimento social. Valoriza a mulher através da medicina (amamenta),
atribuindo uma personalidade amorosa, cuidadosa e divina, um anjo na Terra para
cuidar dos filhos. Diz-se que todas as mulheres nascem com cuidado, tolerância,
paciência, afetividade, amorosidade... para responsabilizá-la. Quando sente
raiva, logo é substituída por culpa.
-Hoje
em dia compartilhamos as mesmas vivências, músicas, preocupações entre adultos
e crianças.
-Família
e sociedade ainda têm visão da família nuclear, sendo que existem vários tipos
de família.
-Noção
de criança em situação de rua X infância
em situação de risco: ponto em comum é a pobreza e a periculosidade.
Nem todas as crianças que estão na rua, moram na rua. Mas todas estão em
situação de risco além da pobreza. Pode usar a rua como uma liberdade. Não é
mais chamado de “morador de rua” por fugir do padrão normativo de ter paredes,
teto e preservação da intimidade. A rua tem suas próprias regras, em paralelo
ao Estado, sem impostos. Para isso, o Estado cria situações que promovam o
retorno dessas pessoas ao padrão normativo, evitando, assim, que se torne
obsoleto.
-Infância pobre: permeada por abandono e
infração (falta recurso). Psicólogo e
assistente social: técnicos que atuam sobre a infância no judiciário.
Apontam as faltas, o que as crianças não tinham de “normativo” ou apontam quais
recursos acionavam para lidar com as carências.
-Institucionalização da situação de rua:
criam-se instituições para lidar com essas questões de abandono (abrigo, Santa
Casa, FEBEM, asilos). Muitas vezes não há um olhar do que levou a
criança/adolescente até ali e todo são tratados da mesa forma. ECA diz que os
indivíduos são sujeitos de direito em desenvolvimento, vulnerabilidade e
precisam ser assistidos por família e estado. Saem das instituições e vão para
a fundação CASA, ONGs e trabalhos na rua, para além dos muros de uma
instituição fechada.
-Conjunto
de práticas e relações sociais que também se dão na rua. Instituição aberta e
descentrada.
Pesquisa de campo:
1. William, Roberta e Fred.
-Circulação
entre instituições assistencialistas.
-Dependência
da compaixão e vontade de terceiros.
Riscos: agentes de segurança e justiceiros (ameaças /
extermínios). Protegem e são aversivos.
2.
Renato e Juninho
-Relação
de cumplicidade, proteção e disputa.
-Proteção
à família e às regras familiares.
Rua: espaço de mistura e diferenciação, lugar de trabalho,
extensão da casa.
Bom: conseguir dinheiro, ganhar brinquedos, ganhar bens de
consumo.
Ruim: concorrência, ser comparada (“meninos de rua”).
3.
Amigos da paulista
Rua: lúdico e trabalho (“ajudar a mãe”, pai ausente ou
doente). Pedir, pegar trabalhos; pobreza familiar.
Trabalho
na rua: regras, férias e “extras”
(natal).
-Rua: violência e liberdade, drogas,
estado, poder, mídia.
-Família: iniciação no trabalho na rua;
separação / distribuição do trabalho / produto. Consumo: subjetivo / rua como fonte de sustento.
Família
-Educação
como moral e escolarização.
-Segurança
física e estrutural, proteção.
-Garantia
de direito com ECA, consciência da família sobre os direitos.
-Alimentação
como necessidade básica, família vai em busca de alimento através de seus
direitos.
-Convívio
familiar como exemplo e criação de segurança e amor. Não privar a criança de
ver os pais.
-Assegurar
a vida em relação a saúde (vacinas, pré-natal, acompanhamento médico), não
negligenciar, manutenção dos direitos.
-Princípio
de família: responsabilidade.
-Afeto
como construção social para controle.
-Família
como estrutura. Atribuímos valores a uma estrutura atrelada a figura feminina
vinculada a uma instituição maior: família.
-Cada
família é representante do estado para controlar o desenvolvimento do cidadão.
-As
políticas públicas dão conta das estruturas desviantes do padrão esperado.
-Todos
com características estigmatizadas são candidatos ao LOAS.
-Estado
tem os mesmos deveres, terceirizando o afeto. Se não tem acesso, é culpa da
família que não se moveu em direção a isso ou não fez por merecer.
Trabalho infantil
-Violência:
estrutural (posta pelo Estado,
contexto), doméstica (no ambiente
residencial), intrafamiliar (pessoas
próximas), gênero (masculino,
feminino, crianças e idosos).
-Violência
pode ser física ou psicológica.
-Acesso
à escolarização: associamos escola à sucesso.
-Miséria
(falta recursos).
-Trabalho
infantil.
-Trabalho
doméstico: perigoso, tarefas inapropriadas para a idade; desenvolvimento
físico, cognitivo e emocional; cuidar dos irmãos; danoso, pois não é visto em
trabalho e envolve muitos riscos.
-A
violência estrutural dá manutenção ao trabalho infantil.
-Pensamos
políticas públicas para apenas algumas parcelas da população, uma sociedade
específica. Usa dinheiro para controle moral da população.
-Prostituição,
tráfico (criança como inocente, sai impune), pedintes nos semáforos (rua,
discurso de pai ausente), rural/doméstico, lixões (necessidade subjetiva, “seu
luxo, meu lixo”), comércio, mídia e sucesso (dinheiro, artistas, moda, música,
esportes).
Trabalho e violência: impactos na
juventude brasileira
Juventude
-Marcada
por diferenças: etnia, classe, gênero, escolaridade.
-Mudanças
biopsicossociais.
-Tomada
de decisões: escolar, comunitária, laboral. Adolescente é responsável por
decidir o que vai estudar para seguir em profissão. Cobra-se aspectos de
escolha e responsabilidade que não estão de acordo com o desenvolvimento
biopsicossocial. O jovem é chamado a agir na própria comunidade, pois entre num
ciclo social de mão de obra (potencialmente produtor e consumidor - jovem).
-Experiência
no trabalho é importante: construção de identidade, gerador de saúde,
bem-estar, realizações, gerador de doenças (sofrimento). Nos apresentamos da
forma que somos ensinados, vinculando ao que fazemos profissionalmente.
-Falar
que é “do lar” ou “aposentado” gera desqualificação pelo olhar do outro.
-Trabalho:
lugar de relações interpessoais. É necessário empenho e conquistas. Tem pares
que ajudam a se desenvolver e os que vão fazer o possível para manter à margem,
por exemplo, quando se relaciona a dinheiro.
-O.I.T.
(organização internacional do trabalho): avaliação dos benefícios e malefícios através
da interferência na escolarização, saúde e desenvolvimento. São benéficos
quando não interferem nesses pontos.
-O.I.T.:
adolescentes (15 aos 19 anos), jovens (20 aos 24 anos). Dependente por estar em
vulnerabilidade social e é responsabilidade dos pais sustentar, se estiver
estudando.
-E.C.A.:
crianças (0 a 12 anos incompletos), adolescentes (12 aos 18 anos). Adolescentes
a partir dos 14 anos pode trabalhar na condição de jovem aprendiz.
Jovens de camadas populares
-Moradia
precária;
-Dificuldades
de acesso à saúde, educação, saneamento básico;
-Renda
familiar reduzida;
-Busca
por autonomia e independência para completar a renda, garantindo o mínimo para
sobreviver. Na nossa cultura, só conseguimos ser “livres” tendo dinheiro.
Muitas vezes essa busca é sem a supervisão de um adulto, o que gera um estado
de vulnerabilidade para garantir situações de risco.
-Sociedade:
família, jovens, escola (através da qual podemos ter os direitos garantidos de
humanidade), grupos (jovem adere aos grupos para criar sua estrutura de
identidade, onde quer ser visto e reconhecido e é testado pelo grupo), mídia
(está em todos os lugares o tempo inteiro dizendo como ser, o que fazer, o que
consumir e como pertencer).
-Fatores
de proteção: E.C.A. Garante premissas básicas como estudo, descanso, lazer e
capacitação, horas de trabalho. Jovem aprendiz: 14 anos + condições (formação).
Precisa estar matriculado no ensino regular e profissionalizante, oferecendo a
experiência e capacitação simultânea. Legitimação de horários inadequados para
o trabalho. Deve ser condizente ao desenvolvimento biopsicossocial do
indivíduo.
-Fatores
de risco: vulnerabilidades sociais. Depende da comunidade, estrutura local e
realidade familiar a qual esse jovem pertence. Estão ligados a violação de
direitos além.
Violação dos direitos
-Fatores
sistêmicos (macrossistêmicos);
-Exploração
de mão-de-obra;
-Desemprego;
-Violência
nas comunidades (pode potencializar comportamentos de risco nesse jovem);
-Violência
no trânsito;
-Falta
de perspectiva laboral (plano de carreira, feedback?).
Jovens em situação de risco
-Comportamentos
maléficos: evasão escolar (trabalha, cansa, não tem tempo de estudar), práticas
sexuais arriscadas (corpo como forma mais fácil e rápida de causar prazer), uso
de drogas (fuga da realidade, possibilidade de criação de fantasia, prazer),
comportamentos violentos, iniciação sexual precoce. Jovens que trabalham sofrem
mais violência domésticas (mais cobrados e responsabilizados pelo sustento),
evitam ir para casa e vai para a rua consumir.
-Principal
componente negativo: dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Pode ter
experiência sem capacitação ou capacitação sem experiência.
-Empresas:
“obediência, submissão, dominação”. Potencializam a violência e o cenário de
violência, esperando alguém dócil, obediente e submisso para ser dominado.
-Violência
psicológica: silenciosa, velada. Desqualificação, humilhação.
-Assédio
moral: em público, declarada, como intimidação. Desqualificação, humilhação
para o coletivo e reforçado por esse coletivo. Vertical-descendente (chefe para
funcionários), vertical-ascendente (ataca o superior) e/ou horizontal (entre os
pares, concorrentes).
Violência psicológica no trabalho
-Uma
forma sutil de agressão em geral se
institui de modo invisível e insidioso. Pode ser pontual, ocorrer
uma vez.
-Comportamentos:
ameaças, coações, humilhações, intimidações, comportamentos hostis, atitudes
agressivas.
-A
pessoa internaliza e acaba tendo um discurso contra si mesmo. É a pior maneira
de violência doméstica. Dificuldade de combater por ser camuflada.
-Podem
ser acompanhados de agressões físicas e assédio sexual.
-Origina-se:
de relações de imposição com o uso do poder.
-Outro
exemplo de violência psicológica: exigências psicológicas (múltiplas funções) e
responsabilidades elevadas incompatíveis com o estágio de desenvolvimento do
adolescente (lógica da submissão – jovem, submisso, que trabalhe muito).
Ambiente empresarial reforça competitividade, que reforça violência psicológica
e assédio moral.
Assédio moral
-Forma
extrema e especifica de violência psicológica. Todos os comportamentos da violência
psicológica se repetem, mas potencializados.
-De
caráter processual de repetição e duração prolongada dos comportamentos.
-Situações pontuais e não repetitivas
são consideradas atos de violência e não assédio moral.
Tipos:
-Vertical
descendente: mais frequente, parte do superior hierárquico. Relação assimétrica
de poder, o agressor tem mais poder que a vítima.
-Vertical
ascendente: mais raro, parte do grupo de trabalho contra o supervisor.
-Horizontal:
praticado por um ou mais colegas do mesmo nível hierárquico (assemelha-se ao
bullying). Está acontecendo cada vez mais por competitividade, metas.
Assédio:
visa cercar e dominar o outro, a fim de impor sujeição (dócil, submisso,
obediente).
-Aspecto
central: relação assimétrica de
poder entre agressor e vítima (desiquilibrada, desigual). População juvenil é
mais vulnerável, desconhece os direitos, não tem recursos, depende do trabalho
para sustentar sua vida.
Técnicas utilizadas para assediar:
-Recusa
de comunicação direta;
-A
indução ao erro;
-A
desqualificação do seu trabalho;
-O
isolamento;
-A
vexação.
-Sintomas/impactos na saúde: depressão,
ansiedade, baixa autoestima, problemas digestivos, dor de cabeça, queda de
cabelo, insônia, drogadição, baixa de libido, alcoolismo, sentimento de
inferioridade, comprometimento de relações pessoais / sociais.
-Violência no trabalho, família e escola são
pautadas por questões macrossistêmicas: violência estrutural, urbana, trânsito,
drogadição, tráfico. Situações que acontecem no entorno e nos afetam.
-Professores
com síndrome de burnout.
-Estado
neoliberal: família como principal instituição, que dá conta desse indivíduo.
Estado como suporte da família, família tem a responsabilidade de dar conta.
-Saída
da mulher para o mercado de trabalho: tira o indivíduo que existia como responsável
por educar. Papel passa a escola, onde o professor tem o papel de
escolarização. Não dá conta, adoece, se torna potencial agressor de bullying.
-Bullying: forma de violência por um ou
mais indivíduos, causando situações de sofrimento ou agressões para outras
pessoas. A diferença entre o bullying e outras formas de violência é a vítima, que quase não possui recursos
para se defender, parar ou fugir do comportamento agressivo. Geralmente
consegue adeptos.
-Bullying direto: agressão física ou
verbal.
-Bullying indireto: exclusão,
isolamento, fofoca.
-Para
reduzir esse comportamento: trabalhar colaboração e colaboratividade em grupo.
-Para
se defender, pode se tornar o agressor.
-Suporte
da família.
-O
bullying acontece em grupo, não suportamos sozinho. Crescimento de bullying a
partir dos anos 80 por conta da mídia.
*Projeto
de intervenção para combater situações de bullying em escola.
-Sondar
os alunos, ver o que nomeiam como comportamentos ruins, inadequados, o que
incomoda (levantar a demanda). Após isso, trabalhar a nomeação do que é
bullying. Divide em microgrupos a sala, por ser mais fácil trabalhar o
conceito. Pensar formas de contornar a situação (como? O que gostariam que
fosse diferente?), para depois fazer algo maior juntando os grupos. Grupos
alternados (agressor fica no grupo diferente da vítima) para possibilitar a
identificação, promovendo um processo de conscientização e sensibilização. Nenhuma
intervenção individual basta (fenômeno acontece no coletivo, no grupo).
Trabalhar com a família e comunidade (processo informativo, exposição, música,
revista, quadrinho, teatro, filme – extramuros, mobilização coletiva sobre
aquilo).
out
2017
1
Resumo da aula de DCAEI (29/09)
Postado em Direito da criança do adolescente e estatuto do idoso
Violência psicológica no trabalho
-Uma
forma sutil de agressão em geral se
institui de modo invisível e insidioso. Pode ser pontual, ocorrer
uma vez.
-Comportamentos:
ameaças, coações, humilhações, intimidações, comportamentos hostis, atitudes
agressivas.
-A
pessoa internaliza e acaba tendo um discurso contra si mesmo. É a pior maneira
de violência doméstica. Dificuldade de combater por ser camuflada.
-Podem
ser acompanhados de agressões físicas e assédio sexual.
-Origina-se:
de relações de imposição com o uso do poder.
-Outro
exemplo de violência psicológica: exigências psicológicas (múltiplas funções) e
responsabilidades elevadas incompatíveis com o estágio de desenvolvimento do
adolescente (lógica da submissão – jovem, submisso, que trabalhe muito).
Ambiente empresarial reforça competitividade, que reforça violência psicológica
e assédio moral.
Assédio moral
-Forma
extrema e especifica de violência psicológica. Todos os comportamentos da violência
psicológica se repetem, mas potencializados.
-De
caráter processual de repetição e duração prolongada dos comportamentos.
-Situações pontuais e não repetitivas
são consideradas atos de violência e não assédio moral.
Tipos:
-Vertical
descendente: mais frequente, parte do superior hierárquico. Relação assimétrica
de poder, o agressor tem mais poder que a vítima.
-Vertical
ascendente: mais raro, parte do grupo de trabalho contra o supervisor.
-Horizontal:
praticado por um ou mais colegas do mesmo nível hierárquico (assemelha-se ao
bullying). Está acontecendo cada vez mais por competitividade, metas.
Assédio:
visa cercar e dominar o outro, a fim de impor sujeição (dócil, submisso,
obediente).
-Aspecto
central: relação assimétrica de
poder entre agressor e vítima (desiquilibrada, desigual). População juvenil é
mais vulnerável, desconhece os direitos, não tem recursos, depende do trabalho
para sustentar sua vida.
Técnicas utilizadas para assediar:
-Recusa
de comunicação direta;
-A
indução ao erro;
-A
desqualificação do seu trabalho;
-O
isolamento;
-A
vexação.
-Sintomas/impactos na saúde: depressão,
ansiedade, baixa autoestima, problemas digestivos, dor de cabeça, queda de
cabelo, insônia, drogadição, baixa de libido, alcoolismo, sentimento de
inferioridade, comprometimento de relações pessoais / sociais.
-Violência no trabalho, família e escola são
pautadas por questões macrossistêmicas: violência estrutural, urbana, trânsito,
drogadição, tráfico. Situações que acontecem no entorno e nos afetam.
-Professores
com síndrome de burnout.
-Estado
neoliberal: família como principal instituição, que dá conta desse indivíduo.
Estado como suporte da família, família tem a responsabilidade de dar conta.
-Saída
da mulher para o mercado de trabalho: tira o indivíduo que existia como responsável
por educar. Papel passa a escola, onde o professor tem o papel de
escolarização. Não dá conta, adoece, se torna potencial agressor de bullying.
-Bullying: forma de violência por um ou
mais indivíduos, causando situações de sofrimento ou agressões para outras
pessoas. A diferença entre o bullying e outras formas de violência é a vítima, que quase não possui recursos
para se defender, parar ou fugir do comportamento agressivo. Geralmente
consegue adeptos.
-Bullying direto: agressão física ou
verbal.
-Bullying indireto: exclusão,
isolamento, fofoca.
-Para
reduzir esse comportamento: trabalhar colaboração e colaboratividade em grupo.
-Para
se defender, pode se tornar o agressor.
-Suporte
da família.
-O
bullying acontece em grupo, não suportamos sozinho. Crescimento de bullying a
partir dos anos 80 por conta da mídia.
*Projeto
de intervenção para combater situações de bullying em escola.
-Sondar
os alunos, ver o que nomeiam como comportamentos ruins, inadequados, o que
incomoda (levantar a demanda). Após isso, trabalhar a nomeação do que é
bullying. Divide em microgrupos a sala, por ser mais fácil trabalhar o
conceito. Pensar formas de contornar a situação (como? O que gostariam que
fosse diferente?), para depois fazer algo maior juntando os grupos. Grupos
alternados (agressor fica no grupo diferente da vítima) para possibilitar a
identificação, promovendo um processo de conscientização e sensibilização. Nenhuma
intervenção individual basta (fenômeno acontece no coletivo, no grupo).
Trabalhar com a família e comunidade (processo informativo, exposição, música,
revista, quadrinho, teatro, filme – extramuros, mobilização coletiva sobre
aquilo).
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II – Métodos
-Sujeitos: quem? Quantos? Onde? Por que? Função; faixa etária; gênero; escolaridade; sócio econômico.
-Instrumentos (coleta de dados e análise de dados): indicar/justificar o instrumento (que tipo de entrevista? Por que entrevista? Segundo quem? Por que observação? Análise de dados por análise de conteúdo); descrever os procedimentos. O roteiro da entrevista deve estar pronto.
-Ressalvas éticas: quais os cuidados éticos?
-Aparatos: materiais utilizados na entrevista e na análise (não entra o roteiro de entrevista, este será citado nos instrumentos da coleta de dados) – gravador, software, caderno de campo etc.
-Cronograma: resultados, discussão e conclusão.
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