sábado, 7 de novembro de 2015

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Resumo da aula de DTP (21/10)

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-Quando o bebê nasce, o cuidado é físico/concreto. Depois ele pode se sentir seguro.
-Existe uma tendência inata para o desenvolvimento, o ambiente é fundamental para facilitar ou dificultar. O primeiro ambiente é a mãe.
-O terapeuta também é um bom ambiente e estabelece cuidados.
-Saúde é maturidade. Exemplo: criança de 7 anos com maturidade de 7 anos.
-A princípio é um olhar para a vida, existe uma agressividade inata que precisa dar o impulso a vida, se não, pode levar a destruição.
-Tem um olhar voltado para riquezas do indivíduo (psíquicas), para os potenciais.
-Não trabalha como reparação (Melanie Klein), e sim com a necessidade de produzir, criar. É do próprio desenvolvimento.
-Se temos maturidade, podemos prover algo para o outro.
-Ilusão de onipotência: bebê precisa do leite e a mãe dá imediatamente, então ele acha que criou. Quando a mãe começa a se afastar, a dependência se torna relativa, não mais extrema. A mãe se desadapta (suficientemente boa). A dependência extrema pode ser patológica.
-Quanto mais cedo tratada a profilaxia, melhor o prognóstico.
-Dupla dependência: dependência absoluta e não saber que depende.
-Dependência relativa: depende, mas não tanto.
-Independência relativa: não necessariamente vai acontecer. Ao que sou eu e ao que é o outro. Eu integrado que se relaciona com os outros.
-Temos que nos apropriar das nossas experiências. Topo máximo do desenvolvimento: apropriação da morte.
-O cuidado é extremamente importante, mas não previne tudo.
-Na saúde, as dificuldades iniciais têm que ser resolvidas dentro da criança. Os país ajudam a integrar o eu. Depois, perdem o “controle” do desenvolvimento, pois é interno. A criança tem que resolver por si seus problemas internos.
-Primeiro estabelece o ego/eu, depois lida com questões instintivas.
-Período de latência marca o fim do período de desenvolvimento, que volta na adolescência.
-O bebê tem contato com temporalização, mas não tem dimensão de tempo. Deixar o bebê chorando é mutilante em questão de desenvolvimento, pois ele chora “uma vida”.
-O corpo é morada da alma. Durante o banho, no colo, a mãe dá os contornos físicos do bebê.
-Na mãe, o “instinto” é uma regressão. Sabe o que o bebê precisa porque já foi um. Com sorte, a mãe vai viver esse processo de identificação com o bebê. Após um tempo, a mãe volta a ter um eu integrado. Em termos emocionais, antes existia um (bebê era parte da mãe). A depressão pós-parto é uma profunda regressão emocional.
-Nem toda mãe biológica tem essa profunda identificação.
-Psicanálise com objetivo de cuidar dos pais para passar para os filhos.
-Se o desenvolvimento se distorceu, pode ser feita uma regressão até o ponto em que este parou, porém é mais difícil.
-Se o ambiente muda muito, cria-se uma instabilidade que será da vida da pessoa (insegurança constituída). Não é representação mental, precisa da experiência/vivência.
-Capacidade de criação/potencial criador é favorecido com um bom ambiente (esperança, criatividade).
-Primeiro vive a fantasia, depois entra em contato com a realidade. A fantasia é um alimento para a alma.
-Viver só na realidade também é doentio.
-Preocupação materna primária: preocupação do início.
-Primeiro a criança põe a mão na boca, depois adota um objeto. Entre os dois passos, muita coisa acontece.
-Objeto transicional: primeira posse não-eu (a mão era parte dele). O objeto é da realidade. Não é apenas satisfação da zona oral. Transição entre o que era do corpo e o externo. Cria-se um intermediário.
-É interessante que o bebê faça o desmame (maturidade).
-Entre a realidade interna e externa, existe uma intermediária (não só fruto da realidade, nem só da fantasia). Área não questionada, não é claro o que vem do interno e do externo. A saúde habita este local. O objeto transicional é uma ponte entre a realidade interna e a externa.
-Subjetivamente concebido: crio a partir do que sou.
-Objetivamente concebido: ursinho é ursinho.
-Pode ser uma música, um fenômeno, pode ter o objeto e não cumprir a função de objeto transicional.
-Aparece também para diminuir a ansiedade da separação do não-eu (afastamento da mãe), início da capacidade simbólica (representa a mãe). 4, 6, 8 e 12 meses de idade.
-Pode aparecer depois de abandonado em momentos que falta o necessário.
-Criatividade primária: percepção da realidade e o que crio.
-Objeto transicional não é interno, é uma posse. Também não é externo. Pode utilizar quando o objeto está vivo e é suficientemente bom, senão leva a perda do sentido e se torna persecutório.
-Se a mãe falha de vez em quando, cria a realidade (desadaptação da mãe porque sabe que o bebê consegue).
-A ilusão é inerente ao ser humano e nunca será solucionada.
-Precisa da ilusão e gradual desilusão. Processo de desmame pode ocorrer nesse momento.
-Processo de aceitação da realidade nunca acontece.

-A dimensão intermediária é fundamental, pois faz uma ponte para o mundo.

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