segunda-feira, 15 de agosto de 2016

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Resumo da aula de AHP (15/08)

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O humanismo e a Psicologia
-Por que humanismo? O que se buscava com essa nomenclatura? De que humanismo estamos falando? A maneira de querer saber nos torna humanistas.
-O humanismo deveria ser um posicionamento que reflita sobre a luta do homem e o olhar a si mesmo.
-Há momentos em que, ao olhar para o outro, olhamos para nós mesmos.
-O desafio de quem pesquisa é a atenção e flexibilidade de olhar para si.
-Refletir sobre o embate do homem ao pensar sobre a realidade fazendo parte dela.
-É pensar sobre a constituição da subjetividade, sobre a própria constituição deste sujeito no mundo que habita.
-Quem estuda humano é humano, portanto podem haver variáveis que afetem. Algo é assim hoje e daqui um tempo pode ser diferente.
-Pensar o lugar do sujeito que pensa e com todas as interferências (cultura, ciência e sociedade) que lugar ele ocupa a si mesmo.
-Primeiro é o movimento da pessoa que se identifica com o estudo, segundo é o movimento do pesquisador que se identifica com o que está estudando.
-É um desafio fazer pesquisa a respeito do ser humano, pois ele nos lembra de nós mesmos.
-Não há separação entre humano e homem humano em pesquisa. Não há uma cisão entre o que estuda e o próprio humano. O humanista reconhece que está intimamente ligado àquilo que está estudando. Reconhece que o homem vive uma luta e foca nessa luta em busca da sua sobrevivência e necessidades.

Como compreender o ser humano?
-Buscar o sentido: o que se pretende com a própria vida. Quando estudamos o ser humano, penso os valores, as necessidades para ir em busca de superação. Preciso de um sentido para a vida e busco alternativas.
-Posicionamento da vertente humanista: evitar explicações que limitam a compreensão do movimento do ser e sua complexidade, o que significa rompimento com os modelos vigentes. Os modelos vigentes te fecham para experiência pessoal. A ciência tradicional fala de controle e absolutismo, nisso, nos limitamos. Há uma ideia errônea de que, se abrir demais, perderemos o controle. Quando, na verdade, o controle se perde quando fechado. A vertente humanista fala de melhorar esses contatos para lidar de forma mais cuidadosa.
-Evitar atribuições de causa e efeito, ou como resultante de algo, nem como passado, mas como presente que caminha para o futuro. O passado é relevante se for resgatado no presente como condição da própria pessoa. Se ele não emergir, o foco é como ela se projeta no futuro.
-Mas é preciso que entendamos que somos seres históricos e sobre a história continuamos nos movimentando e dando sentido. Somos também agentes, não apenas resultados.
-Buscar o sentido das coisas (palavra, expressão, potencial criativo, crença de que o ser humano pode fazer diferente, pensar alternativas e possibilidades) – perceber o homem como um todo e não fragmentado.
-Humanista: reconhecimento do humano como peça principal do reconhecimento de si mesmo.
-Ao longo da história surgem questões importantes relacionadas à primeira pergunta: o que é o homem? O que eu posso saber (o que tenho acesso? Teoria do conhecimento – metafísica). Busca de um instrumento que dê respostas objetivas.
-O que eu devo fazer? (O que eu posso saber? Moral, o agir ético). Limitado a questões que posso me perder se tentar explorar.
-O que me é permitido esperar? (O que a religião, a filosofia me dizem – crenças). O que quero com a pergunta? O que leva a essa pergunta? As crenças.
-O que é o homem? (Concepção – antropologia). A melhor forma de perguntar é como é? Como vivencia?
-“A virtude consiste em assumir-se a responsabilidade por sua própria existência (só o homem para falar do homem). O mal constitui a mutilação das capacidades do homem; o vício reside na irresponsabilidade perante si mesmo” (Erich Fromm).
-O homem deixa de ser objeto de estudo que se busca “naturalizar” para ser sujeito principal da pesquisa.

-Da pergunta “o que é o homem?”, para “quem sou eu?” ou “como sou eu.e?”.

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