segunda-feira, 31 de outubro de 2016

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Resumo da aula de AHP (31/10)

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Plantão psicológico
-Não precisa procurar coisas para atender a pessoa, às vezes basta conversar.
-Qualquer pessoa que queira conversar sobre algo pode ir para o plantão.
-As doenças mentais estão presentes, mas não ficamos presos a ela. Devemos ir além do que a pessoa mostra.

Possibilidades em diferentes locais
-No grupo esporte talento: O que fazer? Atender como pronto socorro? Situações emergenciais? É um “espaço de atendimento para receber a pessoa que procura ajuda psicológica em situações de dificuldade ou crise atual, sejam elas de qualquer ordem ou motivação”. Sessões de curta duração e de retorno agendável caso haja interesse. A procura pelo plantão se torna ampla desde: orientação sobre contraceptivo, orientação sobre como relacionar-se com os colegas, com a família e espaço para a expressão de qualquer sofrimento (vou fazer o que o cliente está pedindo). Portanto: ouve-se a queixa e identifica-se a demanda que a queixa traz. Envolve assim uma definição do que se pode fazer diante daquela situação que é trazida atendendo-se à necessidade do cliente. Encontro com a realidade do plantonista e sua formação: reformulação da prática a partir do local onde vai ser oferecido o plantão independentemente do modelo clínico a ser adotado; reformulação da forma como o atendimento vai ocorrer, local, número de clientes, como fazer e para onde os encaminhamentos; necessidade de uma reformulação pessoal sobre o que representa o atendimento e também da angústia diante do que se apresenta.
-No hospital psiquiátrico: Que ideologia sustenta o espaço institucional acerca da doença mental e do trabalho do psicólogo? O sofrimento psíquico não precisa ser sintoma de doença. Em alguns casos a angústia ou a tristeza é sinal de saúde (mudança de paradigma – graças ao mal-estar, que a pessoa sobrevive). Pode representar um contato com questões negadas (muitas vezes o sofrimento nega algo em nós mesmos). Ausência de sofrimento não significa necessariamente ter saúde (quem está fora também tem conflitos). Que efeitos a prática do psicólogo pode ter na dinâmica institucional? Nós afetamos a rotina da instituição. A prática envolvia atendimento breve pelo setor de Psicologia e plantão psicológico. Algumas concepções sobre a doença mental importantes: patologia da liberdade: perde-se a capacidade de optar por ações responsáveis e sua vida é regida pelas normas da patologia. Não é mais senhor dos seus atos (se foi internada, não tem liberdade); perda da cidadania: impedido de fazer escolhas livre de patologia, necessitando de proteção, necessita de vigilância e acompanhamento (não está sobre controle de suas concepções pessoais); desorganização da personalidade e da própria identidade pois não possui consciência de si no tempo e na condição atual e concreta. Além disso tudo, temos que ver o que mais é humano. Instituição e sua dinâmica: não facilitavam o movimento do cliente em direção à saúde, mais uma pressão de que o paciente fosse às sessões para vincular-se à uma atividade terapêutica e não um suporte ao desenvolvimento e resgate da identidade. O terapeuta não era visto como um facilitador para que o cliente se percebesse (concepção de que o cliente está doente e não vai perceber), falasse sobre sua queixa, mas um “olheiro” da instituição e análise da conduta do paciente e seus sintomas.

-No esporte e talento: “... Um plantão psicológico se caracteriza por um processo cujo início se dá no momento da procura do cliente, e que pode se estender pelo número de sessões necessárias – esta necessidade é avaliada pelo cliente e pelo plantonista – para que ele se aproprie de sua busca, ou seja, tendo o seu caminho clareado naquilo que o mobilizou em busca de ajuda” (p.180).
-No hospital psiquiátrico: “...é crucial que o terapeuta confie na capacidade do cliente...”. “Para que seja possível a realização do plantão psicológico em uma instituição, é necessário que esta acredite na capacidade de sua clientela em desenvolvimento”.

-Necessário organizar uma sistematização do serviço: onde e como encontrar o plantonista para ajuda (esporte e talento e hospital psiquiátrico).
-O plantonista precisa estar preparado para uma ação terapêutica diferente que não é planejada, ajuda ao paciente de definição de suas prioridades e não apenas os seus sintomas”.

Reformulações e percepções acerca de ambas as experiências
-O que define o plantão não é a queixa, mas também pode ser visto como uma função iniciadora de um processo maior.
-Reorganização de uma angústia, de uma problemática. Começar a olhar o que vai resolver.
-Alívio de angústia que não é necessária uma continuidade. Encontros breves.
-Crença de que o cliente é fonte de seus próprios recursos. Por isso perguntamos os sentidos dele, como ele vê as coisas.
-Não imposição do que se deve ou não fazer. O direcionamento é nos questionamentos (propor reflexões que a pessoa não faria sozinha, perguntas mobilizadoras).
-Necessidade do autoconhecimento do plantonista, saber trabalhar em grupo, rever pontos de vista.
-Reformulação da concepção da própria instituição e funcionários acerca da função e papel dos serviços do plantão psicológico.

-Pode, assim, ajudar às famílias dos internos. Pode dar suporte à rotina da instituição, assim como a seus funcionários. O plantão deve propor-se a uma ação flexível e criativa.
-Abrir-se a própria experienciação.
-Abrir mão de procedimentos modelados, mas abrir-se a escuta, as histórias que demandam compreensão.

Alguns pressupostos:
-Necessário compreender o ângulo da instituição.
-Faz-se necessário conhecer o contexto antes de apresentar um projeto.
-Evitar a teorização junto à demanda.

-Atentar a pedidos de laudo (cuidado, pois norteia a prática da pessoa).

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Resumo da aula de PC (27/10)

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Terapia cognitiva construtivista
-Para construir conhecimento concepções combinam-se informações meio, conhecimento não descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica meio exterior ou adultos.
-Conhecimento resultado de interação. Sujeito procurando ativamente as concepções do mundo.
-Não é um sujeito que espera alguém que possui conhecimento que transmita em um ato de bondade.
-Nasce contra visão mecanicista e ordenada, cognoscível, cujas formas/funções podem ser refletidas sobre mente humana e seus produtos.
-Em psicoterapia, interessados em eximir julgamentos de realidade pessoal do cliente por critérios externos de racionalidade/objetividade.
-O referencial não é externo, é construído junto, contínuo e ativo por parte do sujeito e mundo.
-Rejeita o DSM-IV pela aplicação excessiva de níveis rejeitam/subordinam maneiras alternativas de compreender o cliente. O foco é nos esquemas estruturais emocionais (como emocionalmente construiu).
-Colocando-se no mesmo nível, como modelos de funcionamento psicológico alternativos e viáveis.

Terapia cognitiva narrativa
-GONÇALVES, O. PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA: MANUAL DE TERAPIA BREVE. CAMPINAS: EDITORIAL PSY, 1998.
-Ao procurar apresentar-se alternativa modelos racionalistas/mecanicistas dominantes na Psicologia, a psicologia narrativa obriga redefinição de grande parte dos seus pressupostos epistemológicos.
-Essa epistemologia se sustenta em 4 pilares:
1. Existência como conhecimento: indissociação entre conhecimento e experiência.
-Revolução cognitiva em 1950: estruturas, processos e conteúdos envolvidos na construção do conhecimento.
-Temática de processos por intermédio por quais seres vivos constroem e transformam conhecimento, assimilação passiva e pró-ação ativa.
-Tem qualquer ser vivo, a existência não pode ser dissociada do conhecimento (por existir, já conhece – não é algo que vem de fora).
-Todos os seres vivos conhecem, reconhecem, transformam e transformam-se no decurso da sua existência.
-Trata-se da passagem da visão estritamente epistemológica (cognitivismo) para a visão existencial.
-Procura organização hierárquica de elementos fundamentais (esquemas cognitivos, pressupostos filosóficos, estruturas cognitivas, mecanismos tácitos, constructos pessoais da psicologia) e dá lugar a apreciação da matriz relacional da experiência como elemento indissociável do conhecimento.
-Nega o cognitivismo.

2. Conhecimento como hermenêutica
-Ideia que todo conhecimento (e por implicação, toda existência) tem natureza inerentemente hermenêutica. A hermenêutica é a arte ou o método interpretativo que procura compreender um determinado texto.
-O processo de substituição de modelos retroativos sensorialistas por modelos ativos motores acentuou a ideia de que o sujeito constrói a realidade por processo de codificação ativa. Interpreta e tira significado daquilo, num processo ativo.
-A construção simbólica da realidade corresponde ao processo de significação que opera através da imposição de processos hermenêuticos.
-O fenômeno psicológico situa-se no nível de construção ativa de significado e do processo por intermédio do qual esse significado constitui a realidade psicológica dos indivíduos.
-Compreender o comportamento humano é essencialmente compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir, dar significado a experiência.
-Mas aqui a proposta hermenêutica surge com significado diferente da procura / encontro de significados. Não vem só com significado de procurar significado, vem como resposta conjunta de buscar significado.
-Hermenêutica nasce com a interpretação de textos sagrados, mais tarde, textos legais.
-Só recentemente, no final do século passado, se liga a interpretação do discurso individual (psicanálise).
-Cada um destes casos, a hermenêutica procura interpretar ou levar o indivíduo a interpretar com base em pressupostos existencialistas construídos aprioristicamente.
-A multiplicidade de existência nas suas diversas vertentes remete a miríade de significados, desdobramentos complexos / múltiplo de conhecimento.
-Segundo Shotter (1995), vivemos num mundo vago, parcialmente especificado, instável e em desenvolvimento.
-Esta dimensão de inespecificidade dá espaço para dimensão criativa e hermenêutica do conhecimento humano.
-Por mais paradoxal que pareça, a realidade especifica-se e adquire dimensões maiores de estabilidade, não por referência ao mundo externo, mas pela subjetividade hermenêutica individual.
-Impõe coerência interpretativa do caos multi-potencial do mundo. Sentido subjetivo cria estabilidade.
-A ordem/regularidade corresponde sobretudo a necessidade psicológica de dar ordem, sentido de coerência existencial.
-Onde não compreendemos, nos angustiamos.

-A definição do mundo único estável através da sacralização de uma pretensa hiper-realidade, é negação profunda de multirrealidade.

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Resumo da aula de PC (20/10)

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Terapia cognitiva construtivista
-O nosso processo de construção de significado é realizado numa interface entre cognição, emoção e experiência, a partir da participação ativa do indivíduo.



-Isso forma um conjunto de crenças que sustenta o processo de julgamento, tomada de decisões e ações do ser humano. As ações, os julgamentos e as decisões passam pelas crenças, geradas a partir do que sentiu, pensou e experienciou.
-Um dos três pilares tem uma força maior: emoção. É uma teoria emocional.
-As concepções construtivistas pressupõem que o ofício da significação se encontra subordinado à influência de emoções, e não dialética razão.
 -Ou seja, é através dos elementos proprioceptivos (sensações) e das estruturas vivenciais (que interpretam os estímulos da experiência) que ocorrerá o processo de atribuição de significados.
-Em uma experiência nova, o significado é mais baseado no que sente (biológico, visceral, emocional, sentimental). Sente antes e pensa depois (milésimo de segundos).
-O funcionamento cognitivo se caracterizará pelo mundo exterior e sua transposição, atribuindo significados que, muitas vezes, não são originários do estímulo em si. O significado transpõe a realidade, o significado do mundo não é só o significado do objeto, mas sim a transposição dele.
-Assim, a realidade interna da pessoa é vista como derivada do modo como o indivíduo sente emocionalmente o mundo, e não só a maneira racional.
-O conhecimento é o fruto de uma organização pessoal, arquitetada e organizada por cada pessoa.
-Existem dois tipos globais e complexos de atribuição de sentidos. Retratando a maneira como nosso organismo organiza-se em suas trocas com o mundo.
1- Processamento conceitual: percebido através da nossa razão e raciocínio lógico.
2- Processamento vivencial: significados gerados advém de uma percepção e leitura dos conteúdos corpóreos, estando em uma condição quase total de pré-conceitualidade e inconsciência.
-Trocamos informações com o mundo através desses dois processamentos.

-Teorias construtivistas em psicoterapia divididas em duas variantes, diferentes conceitos do significado realidade:
1. Construtivismo radical: posição idealista, como filosofia, afirmando não há realidade além da experiência pessoal. Exemplo: “não sou o que penso de mim, mas o que experienciam de mim”.
-Sente, e essa é a realidade, não existe uma externa.
-Conhecimento refletido pela expectativa tal qual construímos.
-Maturana e Varela utilizam conceito autopoiese (sistema de auto organiza constantemente).
-Só admite experiências pessoais, não a realidade externa em si.

2. Construtivismo crítico: não nega a existência de mundo real, mesmo que não possamos conhecer diretamente. Não lê a realidade pura, porque não se desvencilha da sua percepção, não entra em contato direto, passa pelas emoções e significados da pessoa. Passa por viés emocional que é próprio da pessoa. Realidade sentida de maneira pessoal.
-O indivíduo é co-criador da sua realidade pessoal. Realidade externa existe objetivamente, porém o conhecimento desta jamais será objetivo, e sim as próprias percepções e experiências.
-Destaque: Vittorio Guidano e Óscar Gonçalves.

-É indicada quando o objetivo é compreender a “construção de significados” que o indivíduo realizou ao longo da vida e provavelmente causando sofrimento.
-Foco sobre esquemas emocionais orientam tal “construção” e as narrativas que o paciente faz sobre sua história de vida e experiências atuais.
-“A prioridade é o indivíduo e sua história, não a observação externa, o diagnóstico ou a aplicação da técnica na realização de uma psicoterapia científica” (ABREU, C. 2003).
-Diagnóstico, generalização de dados e técnicas, importantes, mas não o foco.
-Psicoterapia construtivista é recente no Brasil.

-Visão piagetiana: desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato. Propondo através que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo descoberta e construções de conhecimento.

-Para construir conhecimento, concepções combinam-se informações de meio, conhecimento não descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica, meio externo ou adultos.
-Conhecimento resultado de interação, sujeito sempre elemento ativo, procurando ativamente compreender o mundo, buscando resolver as interrogações que o mundo provoca.
-É aquele que aprende basicamente através das próprias ações sobre objetos do mundo, constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.

-Não é o sujeito que espera alguém que possui conhecimento, transmita em ato de bondade.

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domingo, 30 de outubro de 2016

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Resumo da aula de PE (25/10)

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-Leitura recomendada: BERGERET, J. – Personalidade normal e patológica., artes médicas – as estruturas de personalidade.

-A Organização Mundial da Saúde entendeu que deveriam mudar a classificação psicopatológica. O sujeito poderia ter uma infinidade de sintomas que deixavam difícil definir qual quadro era apresentado. Nessa revisão, passamos para uma classificação a partir de categorias de sintoma. Os sintomas foram agrupados por semelhança e a partir daí formaram eixos de classificação.
-Mimetismo: histérica altamente sugestionável, facilmente influenciadas (positiva e negativamente) e tendem a reproduzir um sintoma a partir de uma “imitação”.
-A histérica tem uma carência afetiva, necessidade de ser a melhor, preencher a falta do outro, estar junto.
-Não temos mais a descrição típica do funcionamento dinâmico histérico. A histeria está nos transtornos da ansiedade, transtornos fóbicos e transtornos dissociativos conversivos.
-Não fazemos distinção entre ansiedade e angústia. É um estado em que o psiquismo fica em estado de alerta (tonalidade negativa). Ansiedade é uma condição normal. Na saúde psíquica, ela é nosso alarme (sinal de que algo não está bem e precisa melhorar). Se torna patológica quando vira sintoma, quando está presente em qualquer circunstância que não tenha a ver com a questão da sobrevivência.
-Tem uma base de depressão.
-Nos manuais atuais, os transtornos da ansiedade são organizados em dois grandes grupos:
1. Transtornos da Ansiedade Generalizada: cujo sintoma é a ansiedade livre e flutuante constante e permanente; tudo produz ansiedade, angústia, medo, interpreta negativamente.
2. Ansiedade paroxísticas: ansiedade pontual, localizada. Picos de ansiedade. Transtorno do pânico (não tem um gatilho, objeto desencadeador) e fobia (tem um gatilho externo a uma situação). Crises de Pânico cujo sintoma é a manifestação da ansiedade de forma intensa e abrupta que ocorrem de forma repetitiva podem configurar o Transtorno de Pânico.

Transtornos da ansiedade generalizada
Critérios diagnósticos segundo o DSM-IV
1.     Ansiedade e preocupação excessivas, na maioria dos dias, por um período mínimo de 6 meses em diferentes atividades e eventos da vida.
2.   Dificuldade em controlar a preocupação e ansiedade que por sua vez relacionam-se aos seguintes sintomas:
  Inquietação ou sensação de “estar com os nervos à flor da pele”
  Cansaço fácil, fadigabilidade
  Dificuldade em concentrar-se, sentir um “branco na mente”
  Irritabilidade, “pavio curto”
  Tensão muscular, dificuldade em relaxar
  Alterações do sono: dificuldade me pegar no sono e/ou mantê-lo.
 3. O foco da ansiedade e/ou preocupação não é decorrente de outro transtorno mental (como medo de ter crises de pânico, ser contaminado -no caso do TOC-, ganhar peso – no caso da anorexia -etc).
4. Ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social.
-O foco da ansiedade não pode ser outra patologia, exemplo TOC ou anorexia. Não é decorrente de outro transtorno mental.

-Crise de pânico é episódica. O transtorno de pânico se define pela frequência das crises.
-Hiperatividade autonômica: sistema nervoso central e nosso aparato vegetativo.

Ataques de pânico e transtorno de pânico
Critérios Diagnósticos para crises de pânico segundo DSM-IV
Ataque ou crise de pânico
Período de intenso desconforto ou de sensação de medo com pelo menos quatro dos seguintes critérios:        
1. Palpitações ou taquicardia
2. Sudorese
3. Tremores
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento
5. Sensações de asfixia
6. Dor ou desconforto torácico
7. Náusea ou desconforto abdominal
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
9. Desrealização (sensações de irrealidade, de que o ambiente familiar está estranho) ou despersonalização (estar distante de si mesmo)
10. Medo de perder o controle ou enlouquecer
11. Medo de morrer
12. Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento)
13. Calafrios ou ondas de calor
-A porta de entrada do panicado é o pronto-socorro. A pessoa acha que vai morrer.
-Sintomas gastrointestinais também são comuns no pânico.
-A manifestação da ansiedade nem sempre vem de forma clara, pois vem como sintomas físicos.

Transtorno ou síndrome de pânico
  1. Ataques de pânico de forma repetitiva e inesperada
  2. Pelo menos um dos ataques foi seguido por período mínimo de um mês com os seguintes critérios:
  Preocupação persistente de ter novos ataques
  Preocupação sobre implicações ou consequências dos ataques como perder o controle, enlouquecer ou ter um infarto
  Alterações do comportamento relacionadas aos ataques
  Presença ou não de agorafobia associada.

-O psiquismo busca explicações para os ataques de pânico. Pessoa fica preocupada se está presente onde não há lugares fáceis de escape (agorafobia). Pessoa começa a restringir a vida.

Critérios Diagnósticos para Transtorno de Pânico (ansiedade episódica paroxística) segundo critérios do CID-10
  1. O indivíduo é acometido por ataques de pânico recorrentes que não são consistentemente associados à situação específica ou a objeto e que frequentemente ocorrem de forma espontânea (ou seja, os episódios são imprevisíveis). Os ataques não são associados a exercícios ou à exposição a situações perigosas.
  2. Um ataque de pânico é caracterizado pelos seguintes critérios:
  É um episódio delimitado de intenso medo ou desconforto;
  Começa de forma abrupta;
  Alcança picos em poucos minutos e dura apenas alguns minutos;
  Pelo menos quatro dos sintomas abaixo devem estar presentes, um dos quais deve estar entre os itens (a) a (d):

Sintomas de ativação autonômica
  Palpitações, “batedeira” ou frequência cardíaca aumentada;
  Sudorese;
  Tremores;
  Boca seca (não devida a medicamentos ou desidratação)
Sintomas que envolvem o tórax e abdome
  Dificuldade respiratória
  Sensação de sufocamento
  Dor ou desconforto no peito
  Náusea ou mal-estar abdominal
Sintomas que envolvem o estado mental
  Sensação de tontura ou desfalecimento
  Desrealização ou despersonalização
  Medo de perder o controle, ficar louco, desmaiar;
  Medo de morrer.
Sintomas Gerais
  Calafrios ou ondas de calor
  Parestesias (dormência ou formigamento)
            Cláusulas de exclusão mais comuns. Os ataques de pânico não são resultantes de doença física, transtorno mental orgânico ou outros transtornos mentais, como esquizofrenia e transtornos relacionados, transtornos afetivos ou somatoformes.

Transtorno de pânico com agorafobia
Critérios diagnósticos para agorafobia: DSM-IV
  1. Ansiedade acerca de estar em locais ou em situações onde possa ser difícil (embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível, na eventualidade de ter um ataque de pânico inesperado ou predisposto pela situação, ou sintomas tipo pânico. Os temores agorafóbicos tipicamente envolvem agrupamentos característicos de situações que incluem: estar fora de casa desacompanhado, estar em meio a uma multidão ou permanecer em uma fila, estar em uma ponte, viajar de trem, carro ou automóvel. Nota: considerar o diagnóstico de fobia específica, se a esquiva limita-se apenas a uma ou algumas situações específicas, ou de fobia social, se a esquiva limita-se a situações sociais.
  2. As situações são evitadas (por ex. viagens são restringidas) ou suportadas com acentuado sofrimento ou com ansiedade acerca de ter um ataque de pânico ou sintomas do tipo pânico, ou exigem companhia.
  3. A ansiedade ou esquiva agorafóbica não é melhor explicada por outro transtorno mental, como fobia social (p.ex. a esquiva limita-se a situações sociais pelo medo do embaraço), fobia específica (p. ex. , a esquiva limita-se a única situação, como elevadores), transtorno obsessivo-compulsivo (p.ex., a esquiva à sujeira, em alguém com obsessão de contaminação), transtorno do estresse pós-traumático (p. ex. esquiva associada a um estressor grave) ou transtorno de ansiedade de separação (p.ex. esquiva a afastar-se do lar ou de parentes).

Fobia social
Fobia é o medo persistente e irracional de objetos específicos, atividade ou situação que não são considerados perigosos. O portador reconhece que seu medo é excessivo e irracional. Sua característica fundamental é a esquiva fóbica, ou seja, o indivíduo procura evitar o contato com os estímulos geradores de ansiedade e, se isso não for possível, apresenta importantes manifestações de ansiedade que podem tomar a forma de crise de pânico.
            Enquanto a ansiedade social normal pode permitir ao indivíduo focalizar a atenção e evitar comportamentos inadequados, os sintomas da fobia social, por definição, interferem negativamente no desempenho ou causam sofrimento significativo. (Schneier, 2005).

Dois grandes eixos de classificação:
-Fobias sociais: gama grande de situações. Não come em público, não vai banheiro público, não assina em público.
  Medo exagerado e persistente de avaliação negativa feita por outras pessoas quando o indivíduo se encontra em situações sociais ou de desempenho. A exposição a essas situações ou mesmo a sua simples antecipação geram sintomas físicos de ansiedade que podem se intensificar e gerar uma crise de pânico.
  Sintomas autonômicos como rubor, sudorese, tremores e taquicardia podem estar presentes.
  Presença de ansiedade antecipatória e comportamento evitativo.
-Afiançamento: o fóbico pede para outras pessoas irem com eles a determinados lugares que lhe parecem aflitivos.

-Transtorno de stress pós-traumático: desenvolvido a partir de uma situação traumática real, específica.

Fobia social
  Situações comuns: participar de festas ou reuniões, ser apresentado a alguém, iniciar ou manter conversas, falar com pessoas em posição de autoridade, receber visitas em casa, ser observado durante alguma atividade (comer, beber, falar, escrever, votar, usar o telefone), utilizar banheiros públicos, ser alvo de brincadeiras ou piadas, outros temores são o de poder vir a vomitar, tremer, suar ou enrubescer na frente dos outros.
  A evolução é crônica e sem períodos de remissão, o que resulta em incapacitação cumulativa importante. O início precoce compromete a aquisição normal de habilidades sócio educacionais em um período crítico da adolescência.
-O que caracteriza a fobia é a permanência de sintomas.
-Fobia começa na infância.
-Terapia cognitivo-comportamental funciona bem para fobias.

Fobias específicas
-Correspondem a fobias isoladas, restritas a situações ou objetos específicos, como certos animais ou insetos, altura, trovão, escuridão, andar de avião, espaços fechados, certos alimentos, tratamento dentário, visão de sangue e ferimentos, etc.
-Crise de ansiedade na fobia é muito intensa.

Transtorno obsessivo compulsivo - TOC
-A característica principal do TOC é a recorrência de pensamentos obsessivos e atos compulsivos.
-Pensamentos Obsessivos são ideias, imagens ou impulsos reconhecidos como do próprio indivíduo que invadem a consciência de forma repetida e estereotipada, causando mal-estar, levando a pessoa a procurar afastá-los, porém sem sucesso.
           
-Compulsões são comportamentos estereotipados, repetidos, que não levam à conclusão de nenhuma tarefa. Têm a função de prevenir que algum evento desagradável, pouco provável aconteça. O paciente reconhece o absurdo de sua atuação, procura resistir, mas não consegue controlar.
Compulsões mais frequentes:
-Limpeza ou desinfecção; Verificação; Contar ou repetir um número mágico de vezes, por ex. 33 por ser a idade de Cristo; Tocar determinados objetos um certo número de vezes ou seguindo uma sequência determinada; Ordenar, organizar seguindo regras próprias; Colecionismo, acúmulo de objetos.
Sintomas que devem estar presentes:
-Esquiva; Lentificação; Rituais cognitivos: a pessoa procura corrigir as obsessões com a imaginação; Antecipações de catástrofes: obsessão de dúvida acompanhado da imagem de catástrofe. Ex: dúvida sobre o desligamento do gás e imagem da casa explodindo.

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