segunda-feira, 31 de outubro de 2016

0

Resumo da aula de PC (20/10)

Postado em
Terapia cognitiva construtivista
-O nosso processo de construção de significado é realizado numa interface entre cognição, emoção e experiência, a partir da participação ativa do indivíduo.



-Isso forma um conjunto de crenças que sustenta o processo de julgamento, tomada de decisões e ações do ser humano. As ações, os julgamentos e as decisões passam pelas crenças, geradas a partir do que sentiu, pensou e experienciou.
-Um dos três pilares tem uma força maior: emoção. É uma teoria emocional.
-As concepções construtivistas pressupõem que o ofício da significação se encontra subordinado à influência de emoções, e não dialética razão.
 -Ou seja, é através dos elementos proprioceptivos (sensações) e das estruturas vivenciais (que interpretam os estímulos da experiência) que ocorrerá o processo de atribuição de significados.
-Em uma experiência nova, o significado é mais baseado no que sente (biológico, visceral, emocional, sentimental). Sente antes e pensa depois (milésimo de segundos).
-O funcionamento cognitivo se caracterizará pelo mundo exterior e sua transposição, atribuindo significados que, muitas vezes, não são originários do estímulo em si. O significado transpõe a realidade, o significado do mundo não é só o significado do objeto, mas sim a transposição dele.
-Assim, a realidade interna da pessoa é vista como derivada do modo como o indivíduo sente emocionalmente o mundo, e não só a maneira racional.
-O conhecimento é o fruto de uma organização pessoal, arquitetada e organizada por cada pessoa.
-Existem dois tipos globais e complexos de atribuição de sentidos. Retratando a maneira como nosso organismo organiza-se em suas trocas com o mundo.
1- Processamento conceitual: percebido através da nossa razão e raciocínio lógico.
2- Processamento vivencial: significados gerados advém de uma percepção e leitura dos conteúdos corpóreos, estando em uma condição quase total de pré-conceitualidade e inconsciência.
-Trocamos informações com o mundo através desses dois processamentos.

-Teorias construtivistas em psicoterapia divididas em duas variantes, diferentes conceitos do significado realidade:
1. Construtivismo radical: posição idealista, como filosofia, afirmando não há realidade além da experiência pessoal. Exemplo: “não sou o que penso de mim, mas o que experienciam de mim”.
-Sente, e essa é a realidade, não existe uma externa.
-Conhecimento refletido pela expectativa tal qual construímos.
-Maturana e Varela utilizam conceito autopoiese (sistema de auto organiza constantemente).
-Só admite experiências pessoais, não a realidade externa em si.

2. Construtivismo crítico: não nega a existência de mundo real, mesmo que não possamos conhecer diretamente. Não lê a realidade pura, porque não se desvencilha da sua percepção, não entra em contato direto, passa pelas emoções e significados da pessoa. Passa por viés emocional que é próprio da pessoa. Realidade sentida de maneira pessoal.
-O indivíduo é co-criador da sua realidade pessoal. Realidade externa existe objetivamente, porém o conhecimento desta jamais será objetivo, e sim as próprias percepções e experiências.
-Destaque: Vittorio Guidano e Óscar Gonçalves.

-É indicada quando o objetivo é compreender a “construção de significados” que o indivíduo realizou ao longo da vida e provavelmente causando sofrimento.
-Foco sobre esquemas emocionais orientam tal “construção” e as narrativas que o paciente faz sobre sua história de vida e experiências atuais.
-“A prioridade é o indivíduo e sua história, não a observação externa, o diagnóstico ou a aplicação da técnica na realização de uma psicoterapia científica” (ABREU, C. 2003).
-Diagnóstico, generalização de dados e técnicas, importantes, mas não o foco.
-Psicoterapia construtivista é recente no Brasil.

-Visão piagetiana: desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato. Propondo através que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo descoberta e construções de conhecimento.

-Para construir conhecimento, concepções combinam-se informações de meio, conhecimento não descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica, meio externo ou adultos.
-Conhecimento resultado de interação, sujeito sempre elemento ativo, procurando ativamente compreender o mundo, buscando resolver as interrogações que o mundo provoca.
-É aquele que aprende basicamente através das próprias ações sobre objetos do mundo, constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.

-Não é o sujeito que espera alguém que possui conhecimento, transmita em ato de bondade.

0 comentários: