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domingo, 2 de outubro de 2016
Esquizofrenia
-Remissão:
quando o sintoma some.
-É a que traz um prejuízo maior das funções cognitivas
(esfera do pensamento) e afetiva. É muito importante pela magnitude clínica,
pela idade (comum dos 15 aos 35 anos).
-Sintomas como divisores de águas na vida. É consequência
de um corte na biografia do sujeito. Quando há a remissão, dificilmente vai
recompor a definição psicológica de antes. Tende a cronificar. Quanto mais
evidente o surto e antes entrar com medicação, maior a chance de não
desenvolver novamente. Se não, a cada surto (regressão do ego), tem uma perda
psicológica e neurológica, pois implica em um pico de descarga elétrica. Mesmo
quando tratada pode cronificar.
-Foi chamada de demência precoce porque as pessoas
demenciavam rapidamente e muito cedo, até o começo do século XX.
-Psiquiatria pineliana fundou a psicopatologia e iniciou
com a definição de esquizofrenia.
-Haviam teorias que era uma patologia de pessoas menos
favorecidas que se revoltavam, se frustravam, inconformadas em relação ao
contexto histórico.
-Morel chamou de demência precoce. Tinha hipótese de
componente hereditário: algumas raças humanas estariam mais predispostas ao
desenvolvimento da esquizofrenia do que outras. Serviu de base para práticas
nazistas.
-Em 1900, Kraepelin distinguiu três grupos de psicose:
demência precoce, paranoia e psicose maníaco depressiva.
-Bleuer (século XIX
e XX): rebatizou a esquizofrenia, pois essa se manifestava através do
pensamento, entendeu que a principal forma de tratar era através da palavra.
Tratava como orgânica. Tem base nos conceitos freudianos. A esquizofrenia se
manifesta quando há o rompimento de “schizen”, como uma pele que separa de
mundo interno e mundo externo. Vida íntima vem à tona.
-Alguns sintomas devem estar presentes (a maioria, não
todos):
1. Percepção
delirante: ocorre, em geral, de forma abrupta como uma “revelação”. É uma
percepção real com uma interpretação delirante. A representação está revestida
por uma história. O pensamento produz a ideia a respeito do estímulo real.
Primeiro sintoma a aparecer. Faz parte do processo inicial do surto em que não
entende a realidade a seu redor, até que tem uma revelação (teoria sobre um
estímulo).
2. Alucinações
auditivas características: vozes que comentam ou comandam a ação.
3. Eco do pensamento
ou sonorização do pensamento: paciente escuta seus pensamentos ao pensa-los,
como se fosse uma voz narrando.
4. Difusão do
pensamento: sensação de que os pensamentos são ouvidos ou percebidos
claramente pelos outros, no momento em que os pensa.
5. Roubo do
pensamento: vivência de que o pensamento é inexplicavelmente extraído de
sua mente.
6. Vivência de
influência corporais ou ideativas: vivência de que forças externas agem
sobre o corpo ou o pensamento.
-Sintomas de primeira ordem: ruptura entre mundo interno e
mundo externo.
-A partir da década de 70, os sintomas da esquizofrenia
foram divididos em dois grandes grupos: positivos ou psicóticos e negativos ou
deficitários.
-O delírio ocorre quando o ego tenta se reconectar com a
realidade (nos moldes de ego regredido). É melhor ter predominância de sintoma
positivo.
-Na catatonia o indivíduo se isola, faz poucos movimentos
físicos.
-Esquizofrenia simples pode ser confundida com depressão,
diagnóstico difícil, silenciosa, não tem sintomas positivos, pensamento não tem
cisão tão evidente, é crônica e confundida com esquizofrenia residual. É muito
comum.
-Relação da mãe com o filho esquizofrênico é viscosa, ela
se antecipa, não deixa os outros se aproximarem, protege.
Resumo da aula de PE (16/08)
Postado em Psicopatologia especial
Esquizofrenia
1.
Sintomas de 1ª ordem
A. Percepção diferente e vivência de revelação.
B. Eco do pensamento.
C. Difusão do pensamento.
D. Alucinações.
E. Roubo do pensamento.
F. Vivência de influência.
2.
Sintomas negativos
A. Distanciamento afetivo.
B. Retração social.
C. Empobrecimento da linguagem.
D. Diminuição da fluência verbal.
E. Negligência.
F. Lentificação psicomotora.
3.
Sintomas positivos
A. Delírios.
B. Alucinações.
C. Agitação psicomotora.
D. Ideias bizarras.
E. Neologismo / parafrasia.
4.
Síndrome desorganizada
A. Pensamento progressivamente desorganizado.
B. Comportamento desorganizado.
C. Afeto inadequado.
D. Afeto pueril.
-Teoria do duplo
vínculo: criança tem no mínimo duas interpretações do mesmo fenômeno. A
criança vê uma coisa e o adulto desmente/diz outra, fazendo com que a criança
tenha duas interpretações.
-Fatores ambientais, sociais, psicológicos que afetam na
patologia.
-Algumas teorias afirmam que são necessárias 3 gerações
para acabar com a esquizofrenia.
-Base da
esquizofrenia: questões ambientais, metabólicas (sinapses,
neurotransmissores), alterações de imagem, gatilho (stress que opera como a
“gota d’água”).
sábado, 1 de outubro de 2016
Resumo da aula de AHP (26/09)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
-Diálogo possibilita o contato
(experiência eu-tu) baseado na experienciação (vivência das coisas – deixar o
vivido vir a tona, não falar apenas de maneira intelectualizada) com o outro em
uma relação de respeito e autêntica (se não tiver transparência, fica falso –
terapeuta e paciente a vontade, abertos e sinceros). Relação que proporciona
contato com o terapeuta e o que se passa dentro do paciente. É um diálogo
bastante intenso, pois traz a emoção, reflexão, sentimento, que acontece no
aqui e agora.
-O diálogo pode possibilitar na
integração entre as partes a tomada de consciência de uma nova totalidade (vê a
vida de maneira diferente). Destacamos figuras (partes) do fundo (todo), nem
sempre a parte é a mais importante. Olhamos para cada parte e escolhemos aquela
que tem mais condições de resolver naquele momento.
4 características do diálogo:
-Inclusão: posicionamento sem julgamento do terapeuta.
-Presença: participação ativa do terapeuta. Deve estar junto ao
vivido do paciente.
-Compromisso com o diálogo: possibilidade do contato acontecer sem
manipulação.
-Diálogo vivido: possibilidade de fazer a comunicação ser um canal
que expresse e mobilize a energia entre os participantes, observação também de
expressões não-verbais.
-“O paciente aprende a diferença
entre falar a respeito de algo que aconteceu e experienciar o que é agora”. Falar,
muitas vezes, significa ser superficial. Para não ser superficial, temos que
dar peso a ela.
-“O objetivo gestáltico de buscar
experiência e insight, que emergem conforme a Gestalt vai emergindo, é mais
potente do que o insight dado pelo terapeuta e ajuda tanto o terapeuta quanto o
paciente a traçar e a manter essas distinções importantes”. Temos que fazer
parceria com a família a respeito do que estamos investigando juntos. Passar
para a família também a responsabilidade sobre a situação, ao invés de só dizer
o que fazer.
-O pensamento deve fortalecer a
experiência e não inibi-la. A experiência racional inibe o emocional. O
adoecimento está no gerenciamento das nossas emoções.
-O contato possibilita novidades
boas ou ruins.
-Awareness: possibilita a consciência da situação quando
experienciada. Só chegamos nela vivendo. É mais complexo, as vezes as palavras
não são suficientes para a experiência.
-Insight: destaque do que é relevante do todo. Compreensão objetiva
e rápida.
-Psicanálise trabalha muito com
insight.
A consciência
-Ao nos depararmos com algo que não
agrada, interrompemos o fluxo energético: racionalização / fugas.
-Pode ocorrer divergência entre as
necessidades reais (selfie real) e as criadas (selfie ideal), havendo
inversões. Investir nas criadas pode causar perda de energia para algo que tem
poucas chances de acontecer.
-A pessoa sadia tende a perceber as
necessidades reais, e as criadas correspondem às necessidades reais buscando
criar condições para satisfazê-las.
O que representa a
Awareness?
-Nossa forma de experienciar as
coisas, vigilância diante de um evento importante, com a participação de todo nosso
ser. É um campo aberto.
-Ela é acompanhada de formação de
Gestalt. Se atingir a Awareness, fecha a Gestalt.
-A Awareness se constitui de
corolários (etapas) que possibilitam à pessoa se orientar no mundo. São etapas
para a Awareness.
-A Awareness incompleta refere-se a
uma Gestalt não concluída.
Neurótico
-Não permite a Awareness, pois terá
que mudar.
-Utiliza parte de sua energia
contra si mesmo.
-Torna a situação terapêutica em algo
antigo.
Resumo da aula de AHP (19/09)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
Gestalt – teoria da
forma
-A Gestalt dá as técnicas.
-A Psicologia humanista é uma vertente da Psicologia que
discorda da Psicanalise e comportamental, pois essas eram limitadas.
-A Fenomenologia veio da filosofia. Primeira preocupação
definir quem é o ser o humano e como podemos defini-lo, compreendê-lo.
Filósofos fizeram adaptações para conceituar e discutir o ser humano.
-Vertente americana humanista
diz que somos mais que “doença”. Primeiramente tem que aceitar o ser humano em
sua complexidade e singularidade (dificuldades, questionamentos).
-Rogers mostrou as atitudes que o terapeuta pode ter para
ajudar o paciente (empatia etc.).
-Gestalt:
Psicologia da forma. Olhar para o ser humano e ver como ele funciona.
-Nossa maior briga como ser humanos é: emoção X razão.
-Precisamos gerenciar bem nossas emoções (saber lidar com
os sentimentos de forma saudável) para lidar com a dos outros.
-Expressão X sentimento: de que forma posso me colocar?
Como fala o silêncio?
-Perls é o pai da Gestalt.
-O todo se constitui a partir da, e na relação com as
partes. A situação em si é o todo, mas para ela ser a situação como é, temos
que ver cada parte. Uma situação é formada por partes que se relacionam entre
si, ou seja, para entender o todo, temos que ver as partes. Damos
destaque/prioridade para a parte que nos chama atenção, mas as vezes essa é a
parte errada, o que gera repetição.
-Nada se organiza neste todo sem um sentido, portanto, cada
parte é composta de figuras que emergem em relação a um fundo. As vezes estamos
muito envolvidos com uma parte e agimos de acordo com isso, o que tem um
sentido. O todo é composto de partes, dou destaque de acordo com meus
interesses e necessidades (chamamos isso de figura). Exemplo: criança sente falta
do pai e a mãe não quer que ela o veja. Para resolver a situação, temos que ver
todas as figuras e destacar uma para começar. Se não estivermos atentos, iremos
focar em uma figura que não necessariamente seja a parte que precisa ser
explorada (separar interesses e necessidades pessoais da situação).
-Há assim uma relação direta entre a necessidade e o
comportamento da pessoa (olhamos as coisas de acordo com nossas necessidades e
interesses). A figura é o que dá destaque a partir da necessidade do momento.
Uma boa Gestalt ou uma Gestalt completa é consequência de uma necessidade
atingida. Exemplo: vê um problema (todo) e destaca as figuras que te permitam
observar a situação. Se escolher as figuras corretas, compreenderá a situação,
mesmo que gere dor.
-“Levanto os olhos dos meus escritos, percebendo que estou
com sede e penso em ir beber água. Vou para a cozinha, encho um copo com água,
esvazio-o e volto para a minha escrivaninha. Percebo que o quarto em que estou
escrevendo está fresco e ensolarado; os gatos estão brincando e o trânsito está
passando do lado de fora. Tudo isso foi tão verdade há alguns minutos, como o é
agora, mas até então, eu não os havia notado. Naquela ocasião, os ignorei,
dando atenção, primeiramente, ao déficit de líquido em meu corpo e, depois para
a torneira de agua e meu sistema manipulativo organizado em torno da água. Há
muitas possibilidades em meu ambiente, mas eu me organizei em torno da minha
sede, em detrimento de outras possibilidades. Eu não estava estimulado positivamente
e ao acaso pelo campo; ao contrário, os meus sentidos se organizarem em torno
da sede”.
Gestalt e a dinâmica
psíquica
-O que nos faz reagir em determinada situação são nossas
necessidades e interesses.
Premissas:
1ª premissa: a compreensão está na organização dos fatos, percepções,
comportamentos ou fenômenos e não nos aspectos individuais, assim como na
teoria e seus aspectos individuais, mas sua utilização. Para compreender o
todo, devo partir de como organizo os fatos que dou destaque para perceber. Não
é só o fato que observo, mas também a interpretação que dou para aquilo
(percepções).
-“...o homem não percebe a coisa isolada e sem relação, mas
as organiza no processo perceptivo como um todo significativo”.
-“Uma Gestalt é uma forma, uma configuração, o modo
particular de organização das partes individuais que entram em sua
composição... a natureza humana é organizada em partes ou todos, que é
vivenciada pelo indivíduo nestes termos, e que só pode ser entendida como uma
função das partes ou todos dos quais é feita.”.
2ª premissa: homeostase é a
busca constante do equilíbrio através da necessidade de satisfação de suas
necessidades. Para resolver/resgatar a homeostase, depende da consciência para
organizar a ação (o que fazer para resolver a situação que está desorganizada).
Possibilita a auto regulação.
Leitura recomendada: Testemunha ocular em terapia – Perls.
Leitura recomendada: Descobrindo crianças – Ocklander.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Resumo da aula de AHP (12/09)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
-Destituição e descentralização do
poder preditivo, detentor de saber único do terapeuta.
Sobre a teoria humanista:
-Não trouxe fins novos, mas meios novos:
todas as teorias caminham juntas e merecem respeito, mas a forma de falar é
diferente.
-Confiança no movimento interno da pessoa:
acreditar que a pessoa tem recursos internos para encontrar as respostas que
estão dentro dela. Com isso, damos espaço para que a pessoa possa encontrar
suas respostas, decidir o que é melhor para si e como fará isso.
-Apego à autonomia do ser humano.
-Desejo de valorizar o outro:
desejo que o outro se de bem, acreditando que a pessoa tem recursos para isso.
-Pressupõe uma ação ética, mais do
que uma técnica: ética das relações humanas, envolve respeito pelo ser humano, acreditando
que ele tem recursos internos e que devemos seguir o ritmo dele.
-Pressuposto determinista (psicanálise): o homem é resultado de
causas anteriores; voltado para diagnóstico (na abordagem humanista é mais
aberto, aqui rótula em uma categoria pronta), estratégia, intervenção, mudança
esperada.
-ACP (abordagem centrada no paciente): o homem é concreto, visto
como livre ou causa de suas ações (vivenciou coisas e fez escolhas para lidar
com essas situações); tendência ao crescimento (pessoa tem recursos dentro
dela), atenção aos significados (o que a pessoa traz a respeito de como se
sente sobre algo), relação compreensiva (tentar entender a partir da ótica do
outro), autonomia crescente (a pessoa tem um olhar diferenciado por si mesmo e
consegue conduzir a terapia).
No que constitui nossa prática?
-Podemos fazer, mas não devemos.
-Devemos respeitado o ser humano
naquilo que ele é.
-As perguntas devem ser bem
formuladas para serem desencadeadoras do movimento da pessoa de olhar para si
mesma.
Que valores defendemos?
-Que as pessoas se respeitem como
detentoras de valores absolutos.
-Que as pessoas se compreendam.
-Que cada um seja verdadeiro
consigo mesmo na situação que está vivendo.
A psicoterapia centrada no cliente
-Acolher com simpatia.
-Compreender com simpatia.
-Eventualmente, dizer uma palavra
que faça pensar.
Acolher
-Ter simpatia, afeto, interesse
pela pessoa do cliente.
-Buscar entender os motivos que
levaram a pessoa a estar ali. O que a pessoa está falando sobre ela?
-Deixar a pessoa, portanto, à
vontade.
Compreender
-Apropriar-se dos significados para
o que é trazido e para além dos significados (nem sempre apenas o que entendi é
suficiente, vai além disso).
-Adotar um contato intuitivo com o
paciente.
-Estar aberto ao cliente.
-Possibilitar a transformação. Que
através das técnicas ele possa se encontrar e eu, conhecê-lo.
Procurar uma palavra que possibilite o repensar
-Adotar uma conduta que possibilite
a reflexão.
-Evitar a indução.
-Evitar o direcionamento.
-Evitar o diagnóstico (rótulo).
A perspectiva
humanista e sua relação com a ciência
-O que é fazer ciência? Como fazer
ciência?
-Como conciliar a experiência
terapêutica com a experiência de cientista? Rogers e Freud fizeram isso.
-Como respeitar a experiência
vivida na prática e dela fazer apontamentos, compartilhar sem ser descuidado?
-É possível conciliar ambas,
ciência e experiência pessoal? Sim, com muito treino.
Algumas afirmações de Rogers
-Quanto melhor terapeuta me torno,
mais consciência obtenho da razão de ser de minha própria subjetividade. Mais
olhei para mim, fiz descobertas sobre mim.
-A relação terapêutica pressupõe
uma conduta para a descoberta do ser e não na transformação do ser em objeto do
meu conhecimento (eu-tu). Relação de troca entre sujeito e sujeito.
-Minhas reações terapêuticas tendem
a se manifestar como fruto de ações não-reflexivas, mas em minha sensibilidade
organísmica.
A essência na terapia
-Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro, como se fosse
o outro, sem ser.
-Aceitação positiva: aceitar o outro como é e não como você gostaria
que fosse.
-Congruência: coerência interna (sei o que sou, sinto e penso).
-Autenticidade: ser verdadeiro e transparente na relação com a
pessoa.
-Isso leva à aprendizagem
significativa.
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Resumo da aula de AHP (05/09)
Postado em Abordagens humanistas em Psicologia
Teoria humanista
-Necessidade de coerência entre a imagem de self e o
comportamento, temos assim a pessoa plena. Quanto mais discrepante o que sou e
o que quero ser, mais difícil para a pessoa. Precisa se conhecer para escolher.
-Quanto maior essa distância (entre self ideal e self real –
o que sou e o que quero ser), maior a dificuldade de perceber a realidade e o
outro, dificuldade de entender o movimento das outras pessoas. Quanto mais nos
conhecemos e melhor lidamos com nossos sentimentos e expectativas, melhor nos
colocamos diante das outras pessoas. Olhando para si, a pessoa se fortalece e
consegue direcionar melhor a vida.
-O problema do outro nos incomoda porque nos lembra dos
nossos próprios problemas, então tentamos ajudar. Muitas vezes, a forma de
resolver o problema não é mudar a situação da pessoa, e sim segurá-la e ajudá-la
a mergulhar nesses sentimentos até conseguir melhorar (prática do psicólogo).
-A forma como percebemos o mundo é que nos dirá como agir
nele.
-O ser humano não é um produto da fala, mas é a própria
fala. Me encontro na minha fala. Através da fala, ocorre uma comunicação e nos
ouvimos. A fala nos aproxima de nós mesmos. Diferente da psicanálise, que
atribui mecanismos através da fala, a Fenomenologia se importa com o sentido
que a pessoa dá ao falar sobre algo. Falando, a pessoa se ouve, percebe sua
própria fala e faz reflexões. Técnica da reflexão: devolve para a pessoa para
que ela se ouça.
-Muitas vezes a pessoa está vivendo uma briga entre a
pessoa que é e a pessoa que deveria ser. É difícil falar sobre si porque a
pessoa tem medo de encontrar quem é e não corresponder a quem deveria.
-As atitudes também representadas pela fala fundamentam
nossa existência. Não basta só a pessoa falar o que sente, tem que apresentar a
situação como um todo, podemos pedir um exemplo de uma situação em que sentiu
aquilo que diz estar sentindo. Quando narrar a situação, o sentimento vai emergir
e a pessoa irá mostrar como viu, sentiu e fez (ações diante do que percebeu e
sentiu).
-Resgata-se assim uma “ética do homem – aquele que marca sua
existência” (respeito que tenho pelas dificuldades, desafios, sentimentos).
Envolve três atos:
1. Responsabilidade com o outro, na relação com o outro.
Cuidado do outro.
2. Reação a partir de nós mesmos à outra pessoa e sua
exigência. Até onde vou eu e até onde vai o outro.
3. Reação para o outro. Meu compromisso com o outro.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Resumo da aula de PC (01/09)
Postado em Psicologia Cognitiva
-O tempo todo trabalhamos no
modelo: situação --> pensamentos
automáticos --> crenças.
-Interações com o mundo variam com
a precisão.
Primeiros passos na terapia cognitiva
-Ensinar paciente a importância dos
pensamentos: pensamento afeta emoção e depois o comportamento.
-Mostrar que as crenças, filosofias
e esquemas desenvolvidas durante a vida podem estar provocando as emoções
intensas. Geralmente o paciente irá culpar coisas externas, vamos ajudá-lo a
entender que grande parte da responsabilidade está nele.
-Para reduzir/eliminar é necessário
mudar a maneira de pensar: o responsável nunca é a situação em si, mas sim a
percepção que tem sobre ela.
-Antes pacientes empregar técnicas
cognitivas efetivamente, é necessário acreditar no sistema crenças <-->
problemas.
-Paciente vai culpar genética,
experiências traumáticas da infância, maltrato dos pais, má sorte, maldade
alheia, sociedade... Acusam a tudo e a todos, menos seu processo cognitivo.
Isso porque o pensamento automático é tão rápido que as pessoas nem percebem,
operam apenas no nível consciente.
-Percebem apenas a situação
(objetiva, concreta) e a resposta emocional (intensamente sentida, palpável).
-Difícil convencer paciente que a “vozinha
fraca” dentro da cabeça possa ser culpada.
-Entre A e C, há a letra B:
pensamento (como interpreta). C: emoção, comportamento e fisiologia à reação.
A: evento –
situação, gatilho ambiental, estímulo – qualquer coisa que inicia o processo de
reação.
B: cognições – crenças,
atitudes, suposições. Representa cérebro, processa informação bruta (A), organiza em padrões, esquemas,
temáticas, histórias.
C: reação – emoções,
comportamento.
-Acontecimentos de fora não têm
poder sobre nós.
-Se não percebemos o evento, não reagimos
a ele. Não reagimos ao que o cérebro não processa.
-Se não somos capazes identificar
objeto, ele não poderá nos fazer rir, chorar, fugir, dançar.
-O mundo externo não tem poder sobre
nós, não infiltra o cérebro e não cria sentimentos.
-Comportamento humano normal
teoricamente depende da pessoa compreender a natureza, o ambiente social,
físico em que está situado.
Identificando os
pensamentos automáticos
-Modelo cognitivo afirma que a
interpretação da situação, frequentemente expressa em pensamentos automáticos,
influência respostas emocionais, fisiológicas e comportamentais.
-Evidentemente, determinados
eventos são quase universalmente aflitivos.
-Pessoas com problemas psicológicos
vão intensificar, distorcer ou interpretar erroneamente situações neutras ou
positivas. Deste modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos.
-Examinando, corrigindo erros de
pensamento, muitas vezes os pacientes sentem-se melhor.
-Não existe emoção que não mude se
você mudar a forma de pensar.
-Maior parte do tempo não somos cientes
dos pensamentos automáticos. Com um pouco de treinamento, trazemos facilmente
pensamentos automáticos para a consciência.
-Reavaliação dos pensamentos é comum, pessoas aflitas podem não engajar nesse exame crítico.
-TC ensina ferramentas para avaliar pensamento de forma estrutural, especialmente quando aflitas.
-Reavaliação dos pensamentos é comum, pessoas aflitas podem não engajar nesse exame crítico.
-TC ensina ferramentas para avaliar pensamento de forma estrutural, especialmente quando aflitas.
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Trabalho de PPP
II – Métodos
-Sujeitos: quem? Quantos? Onde? Por que? Função; faixa etária; gênero; escolaridade; sócio econômico.
-Instrumentos (coleta de dados e análise de dados): indicar/justificar o instrumento (que tipo de entrevista? Por que entrevista? Segundo quem? Por que observação? Análise de dados por análise de conteúdo); descrever os procedimentos. O roteiro da entrevista deve estar pronto.
-Ressalvas éticas: quais os cuidados éticos?
-Aparatos: materiais utilizados na entrevista e na análise (não entra o roteiro de entrevista, este será citado nos instrumentos da coleta de dados) – gravador, software, caderno de campo etc.
-Cronograma: resultados, discussão e conclusão.
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