segunda-feira, 6 de outubro de 2014

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Resumão: PC

Postado em
Psicologia Comportamental

Seleção pelas consequências

1) História como espécie (filogênese).

2) História como indivíduo (ontogênese).

3) História como grupo social (cultura).

Behaviorismo Radical
Filosofia da ciência


-Pressuposto: definição escolhida por nós.

-Platão: mito da caverna (vemos sombras do mundo das ideias - perfeito).

-Descartes:  mundo imaterial  X  mundo material
                                alma             X         corpo
                              mente            X         corpo

-Para o Behaviorismo não há essa visão dualista, e sim monista.

-Pergunta filosófica: o que é Psicologia? É o estudo do comportamento.

-Behaviorismo metodológico: ambiente --> mente --> comportamento. Se a mente não é observável, é ignorada.

-Para Skinner (Behaviorismo radical), a mente também faz parte do comportamento. Não é necessário medir, a observação vem da fala da pessoa, o que é relatado é verdade para ela.

-Comportamento é toda interação do organismo com o ambiente.

-Método: análise funcional (com que mudanças ambientais o comportamento se altera).

-Modo causal: "por que as pessoas fazem o que fazem?"

-Objetivo do Behaviorismo: entender, explicar, prever e controlar o comportamento.

-Causas do comportamento: consequências que estes comportamentos tiveram no passado.

-Comportamento: tudo que organismos vivos fazem (sentimentos, pensamentos, sensações, expectativas).

-Consequências/contingências são determinadas pelo ambiente.

-Ocorrem variações de contingências ao acaso.

-Seleção natural necessita de: variação de fenótipos sob contingências ambientais que favoreçam um fenótipo em detrimento de outros e ambiente estável por um período razoavelmente longo.

-Consequência fundamental da seleção: reprodução. 

-Selecionados filogeneticamente: reflexos, padrões fixos de ação, sensibilidade a estímulos que podem modificar reflexos e padrões fixos de ação, sensibilidade às consequências do nosso comportamento, reforçadores primários, sensibilidade a novos reforçadores (formar reforçadores condicionados).

-Comportamento operante: selecionado pelas consequências, necessita de variação de comportamento, contingências estáveis, consequências diferenciadas (dar certo ou errado), reforços e punições. 

-O mundo é material: monista.

-Behaviorismo critica o dualismo (mente e corpo) e o mentalismo.

-Causalidade do comportamento está no ambiente, na história de vida.

-Análise funcional: que eventos ambientais (S) alteram o comportamento (R) controle, determinação. 


Coerção

-Sidman: vivemos num mundo que usa muito a coerção. 

-Contingências da natureza são, de modo geral, coercitivas.

-Segundo alguns autores, a extinção é uma contingência separada, não é uma coerção aversiva.

-Sidman: só entendemos a frequência do comportamento em reforço positivo e reforço negativo. Punição negativa é qualquer contingência em que é retirado o reforçador positivo, mesmo que não diminua a frequência do comportamento. Punição positiva é a apresentação de um reforçador negativo, não importando o resultado (acrescenta um estímulo aversivo).

-Não temos acesso às consequências das ações dos outros, não temos esse controle.

-Análise funcional é individual.

I) Comportamento respondente (involuntários)

S R (sentimentos, emoções).

a) Reflexos.
b) Padrões fixos de ação (inatos / seleção natural / filogênese).


Condicionamento respondente:

a) Modificação de reflexos (respondente) por aprendizagem (ontogênese).
b) A filogênese dá a sensibilidade ao pareamento.


II) Comportamento operante (voluntários):

-Seleção pelas consequências (ontogênese).

-Delta, discriminação, reforço, punição.

Bases biológicas (filogênese): 
a) Sensibilidade às consequências do nosso comportamento.
b) Reforçadores primários / punidores primários (seleção natural).

-Alguns teóricos afirmam que não se deve utilizar reforço negativo, punição positiva e punição negativa, por serem controle aversivo (coerção). Nem todos os teóricos consideram que a extinção faz parte da punição negativa.

-É melhor utilizar o reforço positivo para outras respostas, comportamentos incompatíveis (DRO).

Punição

1) O que é punição? São consequências que diminuem a frequência do comportamento.
-Quer punir algo específico, mas isso acaba sendo consequência para outro comportamento. Exemplo: médico para de atender pessoas por ter medo de errar (comportamento) e de ser punido (causa para ele não atender mais).

A) Positiva: adição de um estímulo (aversivo)
-A bronca pode ser aversiva (elicia resposta emocional, como: medo, dor), mas não necessariamente funciona como punidor.

B) Negativa: retirada de um estímulo reforçador / castigo
-Não andar em alta velocidade com o carro para evitar multa.


2) Por que punimos? Punimos para diminuir um comportamento. Significa que estava em alta frequência (é mantido por reforçadores, geralmente positivos).

Situação de conflito: para o mesmo comportamento, existem duas consequências: o estímulo reforçador e o estímulo punidor, contrárias.

-A punição funciona enquanto está presente.

Exemplo: falar na aula levar bronca parar repetir o comportamento. Pois não tem controle sobre as consequências. 

-A punição funciona pouco, tem um efeito breve e localizado. Diminui temporariamente a frequência do comportamento e reforço comportamentos alternativos.


3) Por que evitar o uso da punição? Efeitos colaterais:

A) Respostas emocionais desagradáveis (respondentes se tornam punidores condicionados).

B) Punidores condicionados (aprendidos) - o mundo se torna cada vez mais aversivo.

C) Diminuição da variabilidade comportamental / probabilidade de aprender.

D) A punição leva a comportamentos reforçados negativamente (fuga, esquiva). A pessoa aprende a fazer coisas para evitar a punição, pela retirada de um estímulo aversivo.

-Reforço positivo: liberdade.

E) Contracontrole: greve, revolta.

Reforço negativo

-Aumenta a frequência de um comportamento, sendo a consequência a retirada de um estímulo.

A) Fuga
-Comportamento reforçado negativamente em que o estímulo aversivo já está presente. 

-Historicamente, na ontogênese, comportamentos reforçados negativamente são aprendidos em consequência de punições. O reforço negativo é um efeito colateral da contingência de punição. 

-A aprendizagem de comportamentos reforçados negativamente é mais rapida quando comparada a reforço positivo, no entanto leva a comportamentos mais estereotipados (menos livres).

-Menos variabilidade comportamental (menor capacidade de aprender outros novos comportamentos). A ideia de variabilidade causa medo, ansiedade, menos criatividade. 

Rotas de fuga
I) Desligar-se.

II) Desistir.

Esquiva

-Fuga: o estímulo já está presente (remediar).

-Esquiva: o estímulo ainda não está presente (prevenir). Comportamentos que aumentam de frequência, pois evitam/previnem/atrasam o aparecimento do estímulo aversivo. É causada por uma história de reforçamento.

-Esquiva adaptativa: comportamentos importantes de autopreservação. Nos protege do contato com um estímulo aversivo.

-Esquiva desadaptativa: que leva a pouco contato com as contingências. Priva o contato com reforçadores e prolonga o sofrimento. Exemplo: mentir (muda a contingência, mas não muda o comportamento).

S pré-aversivo "nuvens escuras" (Sd) - comportamento "pegar o guarda-chuva" (R) S aversivo "ficar molhado".

-Sentimentos, pensamentos e expectativas não são causas do comportamento, são comportamentos que devem ser explicados também.


Questões para estudo
1) Diferencie o Behaviorismo metodológico do radical.
2) Do que necessita a seleção natural para acontecer? Qual sua consequência fundamental?
3) Quais são os comportamentos selecionados filogeneticamente?
4) O que é comportamento operante?
5) O que é reforço positivo?
6) O que é reforço negativo?
7) O que é punição positiva?
8) O que é punição negativa?
9) Por que evitar o uso da punição?
10) O que é fuga?
11) O que é esquiva?
12) O que é esquiva adaptativa?
13) O que é esquiva desadaptativa?

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