domingo, 24 de maio de 2015

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Resumão: Teoria Psicanalítica

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Teoria Psicanalítica – NP2

-A Psicanálise oferece um panorama geral do funcionamento psíquico. 
-O quanto antes relatar, menos se perde.
-Sintomas: tosse nervosa e afonia (não falar) paciente Dora.
-Perversão: na criança, as punções são parciais (uma zona erógena ou outra), tem satisfação parcial. No adulto, a sexualidade é integrada. Satisfação parcial que tende a evoluir para integrada
-Instrumento que auxilia no alcance do objetivo (técnica).
-Sintoma é uma forma substitutiva da realização do desejo (também é sexualidade).
-Histéricas cuidavam de pessoas doentes: isso pode mobilizar emoções (fantasias infantis inconscientes). É mais fácil de lidar com a morte quando a relação foi boa, se não, mobiliza o que não foi elaborado (maior parte dos casos).
-As figuras internalizadas são transferidas para outras relações. Acontece o tempo inteiro, mesmo que não prestemos atenção. No setting terapêutico, utilizamos como instrumento. 
-Freud descobriu quando percebeu que as pacientes se apaixonavam por ele (amor projetado a partir de relações paternas).
-Não há como evitar a transferência. 
-Transferência é um sinal claro de resistência. 
-Apaixonar-se pode ser uma forma de resistência para não entrar em contato com o que é importante. 
-Pode ser uma transferência positiva ou negativa: positiva tem a ver com amor e a negativa com ódio.
-A histeria não é curada pelo método, mas pela relação que se estabelece.
-A transferência pode ser consciente (verbalizada) ou por atuação (ato / inconsciente).
-Atua o que não consegue simbolizar (atuação com o que não pode ser verbalizado).
-Sempre existe a possibilidade de mudança.
-O que está no inconsciente, já passou pelo consciente e pode retornar, pois é atemporal.
-Se o sentimento é elaborado na terapia, altera também na relação de origem.
-Precisamos do outro para legitimar a emoção.
-A Psicanálise não trabalha exatamente com o que é inato, mas não desconsidera.
-Existem coisas que são disposição e outras que são acaso (sorte).
-Mecanismo de defesa – formação reativa: questão amorosa que encobre o ódio, que não pode ser mostrado (mostra o extremo oposto).
-Regressão: pessoa é adulta, mas volta a ser criança dependendo da situação.
-Transferência como resistência: mais como negativa ou erótica.
-Ambivalência: conter bem e mal (gostar e desgostar).

Narcisismo 
-Agressividade não é necessariamente ruim (depende da intensidade em que acontece).
-Mito de Narciso: se apaixonou pela própria imagem, sem saber que era ele (investimento em si próprio, sem perceber que não olha para o outro - inconsciente).
-1910: escolha de objeto dos homossexuais, que tomam a si mesmos como objeto de desejo.
-No início, o prazer é auto erótico (criança com o próprio corpo).
-Narcisismo primário: não investe nos outros objetos; não tem contato definido com a realidade; criança toma a si mesma como centro do mundo; só vê a realidade a partir dela.
-Importância de manter com a família (os processos acontecem com esse contato).
-Narcisismo secundário: estabelece fundamentos de autoestima e coexiste com amor ao objeto; parte da energia psíquica para fora e parte para dentro (equilíbrio); temos disponibilidade de investir energia para fora ou para dentro, quando necessário. 
-Histérica tem o eu integrado. O esquizofrênico não tem.
-Delírio de grandeza, psicose: narcisismo patológico.
-O delírio de grandeza vem do narcisismo primário. 
-Esquizofrenia: não tem relacionamento com a realidade externa; investe energia psíquica a si mesmo; não amadurece; volta ao narcisismo primário, agora patológico. 
-Trabalho voluntário: muito investimento no outro e quase nenhum em si mesmo.
-Na doença orgânica, tira investimento externo e reverte para interno.
-O hipocondríaco foca no órgão que o faz sofrer.
-Escolha por apoio: coloca em outras relações o primeiro objeto de amor (mãe).
-Escolha narcísica: o que queria ser; parecido comigo; que enfatize minhas qualidades. Não são tão bem definidas (geralmente homossexual, mas pode ser heterossexual).
-A escolha por apoio é mais frequente no homem. A mulher tem uma necessidade de amor mais narcísico (quer ser amada).
-A adoção dá certo quando existe uma extensão narcísica. A escolha por apoio é mais fácil que a narcísica (complexa/vivência), mas esta tem que existir.
-Extensão narcísica deve diminuir durante a vida (independência).
-O bebê é o foco quando é o representante do narcisismo do pai.
-É patológico quando o filho tem que ser o que o pai não foi (sufocante).
-Ego ideal: adulto projeta como seu ideal pode substituir o narcisismo. Temos um ideal internalizado (filho lindo) e isso passa à vida adulta, causando uma constante necessidade de alcançar este ideal.
-O bebê não estabelece relações de objeto desde o nascimento. Só com a diferenciação entre interno e externo / fantasia e realidade.
-Perdemos liberdade por que agimos em relação a conteúdos reprimidos. 
-Psicanálise trabalha a liberdade nas pessoas. 
-Freud foi criticado por julgarem que o analista está sempre certo (o que não faz sentido para o indivíduo é conteúdo reprimido). Escreveu um texto, onde afirma que apenas ajuda a pessoa a entrar em contato com a própria verdade. 
-Objetivo da Psicanálise: abandonar as repressões (sintoma é resultado de repressões).
-Temos um repertório e nos relacionamos com o terapeuta a partir dele (transferência, recurso emocional para lidar com a realidade, falar livremente).
-O analista deve ter a atenção flutuante: não procurar conscientemente a lógica (causa-efeito), pois pode se perder no objetivo (mesmo que nem tudo seja subjetivo). Dentro da sessão ocorre uma comunicação inconsciente (o tempo todo), e é necessário estabelecer um contato com o outro para recebê-la.
-A rivalidade fraterna é natural. 
-Terapia é um processo de construção (preenche lacunas).
-Envolve a ideia de recordação. 
-O psicótico vive no inconsciente, não tem ideia de continuidade (linha do tempo).
-Trabalho de construção e reconstrução (analogia com o arqueólogo, que lida com fragmentos que dão indícios temporais. O psicólogo tem as condições mais favoráveis por ter o objeto como um todo - nada se perde no inconsciente).
-O efeito terapêutico pode se dar por que o indivíduo se recorda ou por que faz sentido.
-Psicanálise quer trazer à luz o que está oculto.
-Tratar com a pessoa de forma verbal o que ela vivencia inconscientemente.
-Hipótese necessita de análise para não ser uma projeção do terapeuta sobre o paciente (ver se faz sentido para a pessoa) – formas indiretas.
-Com o tempo, percebe-se uma evolução subjetiva e na postura da pessoa.
-Grupo unido precisa de um ponto de ligação (papa, general).
-Precisa da ilusão de que todos são iguais (mantém a coesão do grupo).
-O padre é um pai substituto (pede para amar ao outro como a si mesmo).
-Na família, também existe a ilusão (mãe ama todos os filhos da mesma forma).
-Tudo é investimento libidinal (sexualidade é a base da vida).
-No exército, também há investimento libidinal com os demais integrantes e comandantes.
-Principal fenômeno da Psicologia em grupo: perda da liberdade da personalidade individual. Liberdade limitada em função dos tipos de laços que ali existem.
-Situação de pânico não tem a ver com o perigo real (já enfrentou vários), mas sim com os laços libidinais (laço não é tão forte, passa insegurança). Pode ser melhor se existirem laços libidinais.
-Síndrome do pânico: rompe momentaneamente os laços libidinais.
-Se um grupo se desintegra, surge o pânico. Se não ouvem o líder, se só olham para si mesmos. Acontece em situações triviais.
-Igreja é disciplinar.
-Filho de Deus, desde que corresponda ao esperado.
-Quem faz diferente é considerado ruim, pois está fora dos laços libidinais (“ovelha negra”).
-Terapeuta legitima a ansiedade primitiva que ali existe.
-Todos os elementos que estão no paciente, estão no terapeuta (configuradas de maneira diferente).
-Identidade: elementos de identificação desde o nascimento (primitivo).
-Processo de identificação: gostaria de ser (menino com o pai) / gostaria de ter (relação com a mãe) – relação de objeto.
-Sintoma da tosse pode ter a ver com um processo de identificação: toma o lugar da mãe por ter o mesmo sintoma.
-Identificação apareceu no lugar da escolha de objeto. A escolha de objeto regrediu para ID.
-A identificação renova o ego.
-Se perde um objeto, temos que elaborar o luto. A melancolia impede: prende o objeto morto no ego. Impossibilidade de elaborar de forma saudável.
-Um amigo associou a ideia de sensação de infinito / sentimento oceânico / eternidade. 
-É vinculado e indiferenciado da realidade externa.
-Freud tenta ligar com a questão genética (genes).
-O ego é delimitado fisicamente no sentido objetivo, mas isso não é dado de forma subjetiva. 
-Sentimento de indiferenciação, de estar um com o outro, sustenta a religião. 
-A preocupação com o outro só acontece quando há um eu integrado / separado / estabelecido.
-As fronteiras do ego não são permanentes.
-O ego tende a isolar toda forma de desprazer / delimita para deixar o prazer dentro e o desprazer fora.
-O prazer pode estar no objeto externo. 
-Originalmente, o ego inclui tudo. Depois se separa da realidade externa. 
-Só na mente é possível manter as etapas anteriores lado a lado / momentos de integração e não-integração. 
-Existe um desamparo inicial, e por conta dele cremos em algo maior que cuida de nós.
-Desamparo sustentado pelo medo superior do destino.
-Pai dá a segurança para a criança.
-Exigência quase impossível: “amai ao próximo como a ti mesmo” e “ama os teus inimigos”. Pede para entrar em contato com o lado bom dentro de si, criando a consciência de que o mal pode existir.
-Freud: agressividade inata e destrutiva.
-A sexualidade funda a identidade / personalidade / formação de família (triângulo).

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