sábado, 27 de agosto de 2016

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Resumo da aula de PC (25/08)

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As crenças centrais
-Começam na infância com crenças sobre si, sobre os outros e o mundo.
-As crenças centrais são os entendimentos mais fundamentais/profundos que as pessoas não articulam, não questionam.
-O mundo é como acreditamos que é, quem discorda está errado.
-São verdades absolutas, exatamente como as coisas “são”.
-São globais (valem para o mundo todo), rígidas e super generalizadas. Dificilmente podemos convencer a pessoa do contrário.
-Pensamentos automáticos são específicos da situação. Nível mais superficial.
-O nível consciente é baseado nas crenças centrais. O nível pré-consciente são as avaliações que fazemos, ligadas as crenças centrais.
-A mente é como um filtro, que só aceita coisas que a pessoa acredita. Os pensamentos distorcidos são derivados de alguma crença.
-2 Níveis de crenças centrais: desamparo (certeza irracional e inconsciente, sem articulação, que é incompetente e sempre será um fracassado, está ligado a falta de habilidades de lidar com o mundo) e desamor (certeza irracional e inconsciente, sem articulação, que será rejeitada, que não tem força suficiente, está ligado a falta de afeto com ela mesma).
-Exemplos de desamparo: sou inadequado; ineficiente; incompetente; eu não consigo sigo me proteger; sou fraco, descuidado; vítima; vulnerável; fraco; sem recursos; inferior; fracasso; perdedor; não sou bom o suficiente; não sou igual aos outros.
-Exemplos de desamor (desvalor): sou diferente; indesejável; feio; monótono; não tenho nada a oferecer; não sou amado; sou negligenciado; sempre serei rejeitado; abandonado; não sou bom o suficiente para ser amado; sou diferente; imperfeito; sempre estarei sozinho; não tenho valor; sou inaceitável; sou mau; louco; derrotado; sou um nada mesmo; sou um lixo; sou cruel; perigoso; venenoso; maligno; não mereço viver.
-Você não vê o mundo como ele é, mas sim como você é.
-Desamor é ligado a afetividade.

Atitudes, regras e suposições
-Crença tem 3 níveis: central, intermediária (cria regras e sistemas baseadas no nível central – atitudes, regras e suposições) e pensamentos automáticos (situação – pensamentos automáticos – reações).
-Crenças centrais influenciam classe intermediária das crenças (atitudes, regras e suposições).
Exemplo:
Atitude: “ eu devo ser perfeito em tudo que faço”.
Regras/expectativas: “eu devo trabalhar o mais arduamente que puder o tempo todo”.
Suposição: “se eu trabalhar o mais arduamente que puder, posso ser capaz de fazer algumas coisas que os outros fazem facilmente”.

Como as crenças surgem?
-Pessoa desde o nascimento tenta extrair expectativas do mundo e cria crenças a partir das expectativas. E organiza de forma a se adaptar da melhor forma possível. Interação do mundo varia de pessoa para pessoa – precisão, funcionalidade.

Diretriz da teoria
-Pensamento principal característica.
-Emoção, comportamento, contexto considerados.
-Foco nas crenças, atitudes, cognições.

Primeiros passos da terapia
-Ensinar importância do pensamento.
-Mostrar crenças, esquemas que provocam emoções.
-Para reduzir/eliminar é necessário mudar a maneira de pensar.

-Antes os pacientes acreditam que crenças causam o problema, não o evento. Acusam a todos, menos o seu processo cognitivo (não porque acredita em algo que seja necessariamente verdade). Não acusam o próprio PA, pois estão num nível que a pessoa não articula, não sabe, não presta atenção. E são distorcidos, mas não vê porque passam rápido.
-Ver quão válidos são os PAs do paciente.
-Percebe a situação e responde emocionalmente. Por isso a pessoa atribui ao evento, mas é o pensamento em relação à situação que determina a resposta emocional.
-Crença central: globais, rígidas e centralizadas. Mas não são imutáveis.

Video: Judith Beck, PhD fala sobre terapia cognitiva.

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Resumo da aula de PC (18/08)

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-Principal diferença entre terapia comportamental e cognitiva: considerar cognição.

-Fatores favoráveis para o desenvolvimento da TCC:
1. Abordagem não mediacional insuficiente para explicar comportamento humano, abordagem da época (exemplo: uma pessoa com TOC pode ter um comportamento adequado e ainda assim estar sofrendo).
2. Continuidade da rejeição perspectiva alternativa mais forte: modelo psicodinâmico personalidade terapia. Psicanálise não era suficiente para explicar.
3. Problemas, como por exemplo o TOC, tornava intervenções não cognitivas irrelevantes.
4. Conceitos mediacionais estudados/desenvolvidos Psicologia experimental. Apoio laboratórios.
5. Identificar modelo TCC: aumento do número de profissionais, pesquisadores.
6. Estudos considerando...

-Karl Popper criou 10 axiomas da terapia cognitiva (qualquer TCC):
1. Estruturas de cognição com significado. Usar o significado (interpretação pessoal sobre determinado contexto) que tem, com o do ambiente.
2. Função de atribuir significados é controlar sistemas psicológicos (comportamental, emocional, atenção, memória). Adaptar ao contexto. Significado ativa estratégias para adaptação.
3. Influências entre sistemas cognitivos e outros são interativos.
4. Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoções, atenção, memória e comportamento.
5. Todo significado é dado por nós, mesmo que seja universal, não é a realidade. Quando é distorcido, são mal adaptativos.
6. Indivíduo predisposto a ter distorções cognitivas, vulnerabilidades cognitivas. Vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem síndromes específicos.

De acordo com onde é a distorção, maior a probabilidade de desenvolver uma patologia naquela distorção.
7. Psicopatologia é uma distorção em um, dois ou três da tríade. Significados mal adaptativos construídos. Cada síndrome de significados mal adaptativos tem características associadas aos componentes da tríade cognitiva.
8. Dois níveis de significado: público (objetivo, evento) e privado (implicações, “domínio pessoal”).
9. Três níveis de cognição: pré-consciente (pensamentos automáticos – primeira avaliação, impressão, são rápidos, breves, ligados à tríade), consciente e nível meta-cognitivo (respostas “racionais”, adaptativas).
A (evento), B (pensamento), C (emoção) à pensamento determina a emoção. Pensamentos baseados nas crenças, baseadas nas experiências da vida.
10. Esquemas que temos evoluem para facilitar a adaptação ao ambiente.

Modelo cognitivo
-Pressuposto que emoções e comportamento são influenciados, não determinados pela percepção de eventos. Não é a situação, mas a interpretação.
-Resposta emocional intermediada pela percepção da situação.
-Parte focada nas informações (nível consciente) e tendo pensamentos avaliativos rápidos.
-Pensamentos automáticos (PAs). Sem deliberação de raciocínio. São rápidos, superficiais, vagos e podem ser distorcidos. Mais cientes da emoção.

10 princípios da terapia cognitiva de Beck
1.    TC baseia formulação contínua desenvolvimento paciente e seus problemas em termos cognitivos; descobre os encadeadores; levanta hipóteses sobre o que iniciou a distorção (eventos-chave); no primeiro encontro já começa a levantar hipóteses e com o passar deles, faz um refinamento para ver se é real ou não.
2.    Aliança terapêutica segura; respeito, declarações empáticas, atenção, cuidado, não desmerecer a queixa do paciente; resumir periodicamente o que estamos entendendo da história, pensamentos, sentimentos; pedir retorno no fim da sessão; certificar se o paciente se sentiu entendido em relação à sessão.
3.    TC enfatiza a colaboração e participação do paciente. Encorajar trabalho em equipe; decidem juntos o conteúdo da sessão, frequência, tarefas de casa; no início o terapeuta é mais ativo.
4.    TC orientada em meta e focalizada em problemas. Enumerar problemas e estabelecer metas específicas. Paciente sentir que investimento no terapeuta é válido. Onde está e onde quer chegar. Ajuda o paciente a avaliar pensamentos que interferem na meta (busca evidências). Atento aos obstáculos, alguns precisam de orientação para começar.
5.    TC enfatiza o presente. Foco problemas atuais. Resolução, avaliação mais realista, tendência de reduzir sintomas. Aqui e agora, independente de diagnóstico. Volta ao passado em 3 circunstâncias: se o paciente quiser, se o trabalho no presente não estiver resolvendo ou quando o paciente ajuda a entender onde originou e como afeta hoje.
6.    TC educativa. Ensina paciente a ser terapeuta, prevenção de recaída, não ficando dependente do terapeuta. Explica distorção, explica todo o método, o transtorno e os processos cognitivos.
7.    Tem tempo limitado. 1º alívio de sintomas e depois as causas, para melhora efetiva.
8.    Sessão estruturada. Humor, revisão a semana, montar junto a agenda, feedback da sessão anterior, revisão da tarefa de casa, resumos frequentes, feedback no fim da sessão.
9.    Identificar, avaliar e responder pensamento e crenças disfuncionais para que o comportamento melhore. Como identificar e corrigir PA.

10. Gama de técnicas para mudar comportamento, humor e pensamento. Altera em maior ou menor escala a cognição. Pode usar outras técnicas (comportamental, Gestalt) – flexibilidade da teoria. Escolha da técnica deve ser baseada na formulação de caso.

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Resumo da aula de PC (11/08)

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-Terapia cognitiva é uma teoria breve (a curto prazo): foca os problemas e se encerra quando eles acabam. Não necessariamente durará poucos dias. Inicialmente foca na redução de sintoma.
-Abordagem estruturada: as sessões são estruturadas, há um roteiro a ser seguido. Não é aleatório, existe um plano.
-É diretiva: orientada em problema e direcionada a um foco. É feita uma verificação de humor e ponte com a sessão anterior.
-É presente: trabalha com o atual. Se aconteceu no passado, trabalha em como isto afeta o presente.
-Tem prazo limitado: vai acabar quando os problemas forem resolvidos e as metas alcançadas. Na medida que trabalha a causa, reduz o sintoma.

-Trata uma variedade de sintomas psiquiátricos.
-É fundamentada na racionalidade teórica subjacente: afeto, comportamentos determinados pela percepção.
-O sentimento não é derivado do acontecimento, mas sim da interpretação que a pessoa teve do acontecimento. De outro modo não haveria escolha, seria igual para todos, o que não é real.
-Base da teoria: humor e comportamento são derivados do nosso pensamento.
-A pessoa só fica triste quando percebe e interpreta que determinada situação a deixa triste.
-Cognições baseiam esquemas desenvolvidos a partir de experiências anteriores.
-A teoria ajuda a pensar e agir de forma mais realística/adaptativa (se adaptar melhor ao contexto). Com isso, os problemas e sintomas são reduzidos.

Primeiras etapas cognitivo-comportamentais
-Década de 1960.
-1970: primeiros textos importantes (pesquisas em universidades) sobre “modificações cognitivo-comportamentais”.
-No período intermediário ocorre um interesse pela cognição, portanto, uma aplicação para a teoria cognitiva.
-Mahoney (1977) observou a Psicologia geral passando pela revolução cognitiva (cérebro como um computador), mesmo foco teórico sendo aplicado na Psicologia clínica.
-Diferentes teóricos/profissionais introduziram interesses/perspectivas. Um contribuindo com o outro na teoria nova (chamou atenção do mundo e ganhou força).
-Gerou um grande número de modelos para mudar cognição é comportamento. A Psicologia comportamental mudava o comportamento pelo próprio comportamento, mas isto começou a apresentar lacunas. Vários teóricos diferentes, várias linhas de TCC (teoria cognitvo-comportamental) diferentes.

3 premissas fundamentais para que a teoria seja TCC
1.    Cognição afeta comportamento: é a reafirmação do modelo mediacional básico – uso da cognição para mediar acontecimento e sentimento (Mahoney, 1974). O aumento de evidências de avaliações cognitivas de eventos afeta a resposta. Essa mudança tem valor clínico. É preciso avaliar a cognição/pensamento para resposta clínica.
2.    Cognição pode ser monitorada e alterada: inconsciente não existe, podemos acessar a atividade cognitiva. Cognição é conhecida e acessada. Avaliação da cognição é o prelúdio, início, para alteração.
3.    Mudança comportamental e cognitiva desejada é efetuada pela mudança cognitiva: adoção do modelo mediacional. Aceita contingências de reforço explícito que altera comportamento (eventos externos).

-Os modelos iniciais: modificavam comportamentos e cognições, almejando uma mudança comportamental.
-Os modelos contemporâneos: TCC concentram tratamento de cognições, mudança comportamental vem depois, como uma consequência automática.

O que constitui uma TCC?
-Abordagens ideia ocorrência processos internos (cognição), eventos cognitivos podem mediar mudança cognitiva. Mudanças fisiológicas emocionais também são indicadores, particularmente quando perturbação (fisiológica, emocional), manifestação importante problema enfocado na terapia (transtorno ansioso, psicofisiológicas).

3 principais classes de TCC
1. Habilidade de enfrentamento
Externa, perceber o externo de forma diferente. Habilidade para enfrentar o ambiente externo.
2. Resolução de problemas
Técnica de reestruturação cognitiva e habilidade de enfrentamento. Maneira prática de resolver o problema.
3. Reestruturação cognitiva
Mudança resulta de perturbação que cria no pensamento, altera, modifica. Reforma no pensamento.


-Todas voltadas para diferentes graus, modificações cognitivas, não comportamental.

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Resumo da aula de AHP (22/08)

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-O humanismo achava a maneira tradicional de perguntar muito simples. Com pergunta objetiva, a resposta pode ser fragmentada.
-Não tem como olhar para o ser humano de forma fragmentada. Ele é complexo, Deve-se buscar a essência. Irresponsabilidade perante si mesmo, pois nascemos para buscar-nos a nós mesmos.

Nesse sentido falamos de (o que nos sustenta na necessidade de entender o funcionamento do homem):
-Tendência atualizante: me renovar. Dinâmicas diferentes para sentir que estou me renovando, me atualizando.
-Busca da auto-realização: o outro pode ter me ajudado, mas eu cheguei onde queria. Devo sentir que foi meu mérito para não achar que não tenho competência ou valor.
-Liberdade e responsabilidade.
-Crença no poder pessoal: acreditar que temos poder, valor, condições para dar certo.

Os assuntos que interessam ao humanismo são:
-A totalidade do homem destinado a viver no mundo e dominá-lo: entender que o homem é um ser total, não fragmentado, em busca de dominar algo (sentir que algo faz parte de mim e que damos conta).
-Nega a superioridade da vida contemplativa (transcendental, que delegamos as coisas do homem como algo fora dele) sobre a vida ativa: através da própria ação, se constitui, se descobre, se revê.
-Exaltação da dignidade da liberdade do homem: homem livre para fazer escolhas e digno da liberdade que foi dada.
-Reconhecimento do sentido de historicidade do homem: não esquecer que nos construímos a partir da história, mas não passivamente.
-Apoio ao valor humano, à educação do homem e formação de sua consciência: a consciência nos coloca aberto para as experiências. O aprimoramento seria os recursos para ampliá-la e não deixá-la seletiva.
-Reconhecimento de sua naturalidade: somos esses antagonismos, paradoxos. Ao mesmo tempo que não podemos criar uma regra geral sobre o ser humano, há coisas que são típicas dele (busca pela autorrealização, renovação, sentir que ter valor – pirâmide de Maslow).

-Ontologia visa ver o Ser em sua amplitude.
-Interessa-nos conhecer o problema do homem (existência), sua natureza (sentir felicidade, se renovar, achar sentido nas ações), posição e seu pleno funcionamento (escolhas que faço e como).
-“O humanismo é toda possibilidade de definição do homem (não fechada), é toda forma de visão do homem a partir do qual este se coloca no mundo (para entender como pensa, tenho que entender como se coloca no mundo). É verdadeiro, porém, que qualquer tentativa de definição do homem se torna em si, uma contradição”. Aceitar os paradoxos, ao mesmo tempo que tenta definir, deve levar em consideração as individualidades.
-Somos ao mesmo tempo o que somos em virtude do outro e somos também responsáveis pelo outro. O outro nos impõe ritmos, tomada de decisões. O outro também tem suas necessidades e seus interesses, daí a responsabilidade sobre ele.
-“...o homem é essencialmente um gesto, em sua presença ou em sua existência. Ele é um atribuído de sentido, e é assim que ele constitui a si mesmo na relação com o mundo”. Precisa da relação com o mundo para sobreviver.
-Buscar o sentido na relação com ele e não fora dele: para tentar entender o outro, devemos ir até ele, não podemos explicar o outro por nós mesmos. Primeiramente, temos que entrar em contato com nos mesmos.
-Cada ser humano tem a sua subjetividade.
-O ser humano se movimenta no sentido da saúde, do crescimento, da beleza.
-O homem tem opção antes de errar e saber antes de cada ato, qual é o caminho certo, o que é bom para ele.

-A realidade é o que eu vivo e percebo, por isso tudo, o que faço tem um sentido, uma busca de satisfação de uma realidade.

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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

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Resumo da aula de AHP (15/08)

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O humanismo e a Psicologia
-Por que humanismo? O que se buscava com essa nomenclatura? De que humanismo estamos falando? A maneira de querer saber nos torna humanistas.
-O humanismo deveria ser um posicionamento que reflita sobre a luta do homem e o olhar a si mesmo.
-Há momentos em que, ao olhar para o outro, olhamos para nós mesmos.
-O desafio de quem pesquisa é a atenção e flexibilidade de olhar para si.
-Refletir sobre o embate do homem ao pensar sobre a realidade fazendo parte dela.
-É pensar sobre a constituição da subjetividade, sobre a própria constituição deste sujeito no mundo que habita.
-Quem estuda humano é humano, portanto podem haver variáveis que afetem. Algo é assim hoje e daqui um tempo pode ser diferente.
-Pensar o lugar do sujeito que pensa e com todas as interferências (cultura, ciência e sociedade) que lugar ele ocupa a si mesmo.
-Primeiro é o movimento da pessoa que se identifica com o estudo, segundo é o movimento do pesquisador que se identifica com o que está estudando.
-É um desafio fazer pesquisa a respeito do ser humano, pois ele nos lembra de nós mesmos.
-Não há separação entre humano e homem humano em pesquisa. Não há uma cisão entre o que estuda e o próprio humano. O humanista reconhece que está intimamente ligado àquilo que está estudando. Reconhece que o homem vive uma luta e foca nessa luta em busca da sua sobrevivência e necessidades.

Como compreender o ser humano?
-Buscar o sentido: o que se pretende com a própria vida. Quando estudamos o ser humano, penso os valores, as necessidades para ir em busca de superação. Preciso de um sentido para a vida e busco alternativas.
-Posicionamento da vertente humanista: evitar explicações que limitam a compreensão do movimento do ser e sua complexidade, o que significa rompimento com os modelos vigentes. Os modelos vigentes te fecham para experiência pessoal. A ciência tradicional fala de controle e absolutismo, nisso, nos limitamos. Há uma ideia errônea de que, se abrir demais, perderemos o controle. Quando, na verdade, o controle se perde quando fechado. A vertente humanista fala de melhorar esses contatos para lidar de forma mais cuidadosa.
-Evitar atribuições de causa e efeito, ou como resultante de algo, nem como passado, mas como presente que caminha para o futuro. O passado é relevante se for resgatado no presente como condição da própria pessoa. Se ele não emergir, o foco é como ela se projeta no futuro.
-Mas é preciso que entendamos que somos seres históricos e sobre a história continuamos nos movimentando e dando sentido. Somos também agentes, não apenas resultados.
-Buscar o sentido das coisas (palavra, expressão, potencial criativo, crença de que o ser humano pode fazer diferente, pensar alternativas e possibilidades) – perceber o homem como um todo e não fragmentado.
-Humanista: reconhecimento do humano como peça principal do reconhecimento de si mesmo.
-Ao longo da história surgem questões importantes relacionadas à primeira pergunta: o que é o homem? O que eu posso saber (o que tenho acesso? Teoria do conhecimento – metafísica). Busca de um instrumento que dê respostas objetivas.
-O que eu devo fazer? (O que eu posso saber? Moral, o agir ético). Limitado a questões que posso me perder se tentar explorar.
-O que me é permitido esperar? (O que a religião, a filosofia me dizem – crenças). O que quero com a pergunta? O que leva a essa pergunta? As crenças.
-O que é o homem? (Concepção – antropologia). A melhor forma de perguntar é como é? Como vivencia?
-“A virtude consiste em assumir-se a responsabilidade por sua própria existência (só o homem para falar do homem). O mal constitui a mutilação das capacidades do homem; o vício reside na irresponsabilidade perante si mesmo” (Erich Fromm).
-O homem deixa de ser objeto de estudo que se busca “naturalizar” para ser sujeito principal da pesquisa.

-Da pergunta “o que é o homem?”, para “quem sou eu?” ou “como sou eu.e?”.

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terça-feira, 9 de agosto de 2016

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Resumo da aula de PE (09/08)

Postado em
-Apresentação do plano de ensino.

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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

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Resumo de AHP (08/08)

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Rogers
-Rogers foi teólogo e depois seguiu para áreas clínica e escolar.
-Pega conceitos clínicos e leva para escola.
-Tudo precisa ser contextualizado (ligado à Fenomenologia: precisa fazer sentido para a pessoa, ser contextualizado).
-Considera o vir-a-ser e suas consequências: o que posso me tornar e as consequências, que não tenho é gostaria de saber antes para não errar.
-Focado no aqui e agora: se vier o passado, vamos explorar o passado. Se não, vamos no presente.
-Liberdade e responsabilidade a partir da força interna do homem para o crescimento: se relaciona com a Fenomenologia no desenvolvimento da autonomia (homem caminhar por si mesmo).
-“Defesa: quanto mais optar pela liberdade de expressão dos sentimentos de maneira verdadeira, em qualquer campo, seja ele terapêutico, educacional, menos sobrecarregado com tais sentimentos se torna e mais aliviado permanece, confiando mais em si e nos próprios sentimentos”. Assumir para si mesmo que os sentimentos existem.
-Propõe o abandono de fachadas (mostrar o que realmente sente), comunicação verdadeira (assumir e falar o que sente), menos previsíveis e mais corajosos nos tornamos.
-Combate à ameaças externas (o que está fora da gente) e diminuição das internas. Quanto mais diminuímos as ameaças externas, mais ajudamos a pessoa a ser ela mesma. No processo psicoterápico a alternativa é falar sobre essas ameaças e agir de modo a combatê-las. Ameaças internas estão dentro da gente (sentimentos, expectativas).
-Motivos das críticas que Rogers recebeu: ameaça ao status quo; oposição ao que já existia (verdades vigentes – linhas psicológicas que existiam, mexeu na estrutura que dava segurança para a psicologia); academia critica o que é simples (simples e óbvia, então criticam); abordagem arriscada e perigosa e alheia ao mundo.
-“Ao me voltar para o crescimento de outra pessoa, faço-o cada vez mais através de uma busca de minha própria autenticidade e não por meio de aplicação rigorosa de procedimentos” (P.15). Por que faz essa pergunta? A ansiedade é do paciente ou do terapeuta?

-“Havia aprendido que compartilhar com o outro era possível e enriquecedor. Havia aprendido que, numa relação muito próxima, os elementos que ‘não podem' ser compartilhados são os mais importantes e os mais gratificantes a compartilhar... Um supervisor pode confiar no aluno sob sua orientação, e os resultados seriam todos positivos. Descobriria que pessoas com problemas poderiam ser ajudadas, mas que havia ideias muito divergentes a respeito de como fazê-lo” (PCC, p.199).

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sexta-feira, 5 de agosto de 2016

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Resumo da aula de PPP (05/08)

Postado em
I – O que?
-Revisão bibliográfica.
-Objetivos (geral, específico)
-Justificativa.
-Hipóteses.

II – Métodos
-Sujeitos: quem? Quantos? Onde? Por que? Função; faixa etária; gênero; escolaridade; sócio econômico.
-Instrumentos (coleta de dados e análise de dados): indicar/justificar o instrumento (que tipo de entrevista? Por que entrevista? Segundo quem? Por que observação? Análise de dados por análise de conteúdo); descrever os procedimentos. O roteiro da entrevista deve estar pronto.
-Ressalvas éticas: quais os cuidados éticos?
-Aparatos: materiais utilizados na entrevista e na análise (não entra o roteiro de entrevista, este será citado nos instrumentos da coleta de dados) – gravador, software, caderno de campo etc.
-Cronograma: resultados, discussão e conclusão.

III – Resultados – discussão
-1º semestre de 2017.

IV – Conclusão
-2º semestre de 2017.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

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Resumo da aula de PC (04/08)

Postado em
-Apresentação do plano de ensino.
-Portal recomendado: PUBMED.
-1º Bimestre: terapia cognitiva.
-2º Bimestre: terapia narrativa e terapia construtivista.
-O professor sempre estará disponível para responder questões sobre a disciplina. Todo aluno tem o direito de perguntar e o professor ficará feliz quando isso acontecer.
-A disciplina também terá EDs e todas as questões serão feitas na vista de prova da NP1. Respostas iguais ou plagiadas serão motivo para REPROVAÇÃO.

Bibliografia do plano de ensino e como será trabalhada
·         Básica
(Apenas alguns capítulos) - ABREU C. N, ROSO, M. Psicoterapias Cognitiva e Construtivista: novas fronteiras da prática clínica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
(Apenas alguns capítulos) - GONÇALVES, O. F. Psicoterapia, Discurso e Narrativa: A construção conversacional da mudança. Coimbra / Portugal: Quarteto, 2007.

·         Complementar
(Será o mais utilizado, recomenda-se ter) - BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.
(Não usaremos) - FERREIRA, R. F. Construtivismo: um momento de síntese ou uma nova tese? Cadernos de Psicologia, v. 4, n. 1, p. 27-39. Ribeirão Preto: 2001.
(Difícil de encontrar; usaremos no 2º bimestre; capítulos de 1 a 4) - GONÇALVES, O. Psicoterapia Cognitiva Narrativa: manual de terapia breve. Campinas: Editorial Psy, 1998.
(Alguns capítulos no 2º bimestre) - GRANDESSO, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise epistemológica e hermenêutica da prática clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
(Alguns capítulos no 2º bimestre) - WHITE J. R, FREEMAN A. Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo: para populações e problemas específicos. São Paulo: Editora Roca, 2003.

-Ciência: provada empiricamente e pode ser replicada. Processo longo de estudos e experimentos.
-Terapia cognitiva: mais testada/avaliada no mundo. Considerada padrão para 85% dos transtornos psiquiátricos (mais eficaz).

-Tudo depende dos significados que a pessoa atribui. Não podemos colocar nossas crenças, pontos de vista ou interpretações sobre as do paciente, pois para ele aquilo é importante, real e significativo. O mundo não é do jeito que é, e sim o que o paciente vê.



Para a próxima aulaBECK, A. T.; ALFORD, B. A. O poder integrador da terapia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000. GONÇALVES M. M., CAPÍTULO 1: "Desenvolvimento inicial da teoria cognitiva" e "10 axiomas da terapia cognitiva".

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