quarta-feira, 23 de novembro de 2016

0

RESUMÃO: Psicologia Cognitiva

Postado em
Psicologia Cognitiva – NP2
Terapia cognitiva construtivista
-O nosso processo de construção de significado é realizado numa interface entre cognição, emoção e experiência, a partir da participação ativa do indivíduo.
-Isso forma um conjunto de crenças que sustenta o processo de julgamento, tomada de decisões e ações do ser humano. As ações, os julgamentos e as decisões passam pelas crenças, geradas a partir do que sentiu, pensou e experienciou.
-Um dos três pilares tem uma força maior: emoção. É uma teoria emocional.
-As concepções construtivistas pressupõem que o ofício da significação se encontra subordinado à influência de emoções, e não dialética razão.
 -Ou seja, é através dos elementos proprioceptivos (sensações) e das estruturas vivenciais (que interpretam os estímulos da experiência) que ocorrerá o processo de atribuição de significados.
-Em uma experiência nova, o significado é mais baseado no que sente (biológico, visceral, emocional, sentimental). Sente antes e pensa depois (milésimo de segundos).
-O funcionamento cognitivo se caracterizará pelo mundo exterior e sua transposição, atribuindo significados que, muitas vezes, não são originários do estímulo em si. O significado transpõe a realidade, o significado do mundo não é só o significado do objeto, mas sim a transposição dele.
-Assim, a realidade interna da pessoa é vista como derivada do modo como o indivíduo sente emocionalmente o mundo, e não só a maneira racional.
-O conhecimento é o fruto de uma organização pessoal, arquitetada e organizada por cada pessoa.
-Existem dois tipos globais e complexos de atribuição de sentidos. Retratando a maneira como nosso organismo organiza-se em suas trocas com o mundo.
1- Processamento conceitual: percebido através da nossa razão e raciocínio lógico.
2- Processamento vivencial: significados gerados advém de uma percepção e leitura dos conteúdos corpóreos, estando em uma condição quase total de pré-conceitualidade e inconsciência.
-Trocamos informações com o mundo através desses dois processamentos.

-Teorias construtivistas em psicoterapia divididas em duas variantes, diferentes conceitos do significado realidade:
1. Construtivismo radical: posição idealista, como filosofia, afirmando não há realidade além da experiência pessoal. Exemplo: “não sou o que penso de mim, mas o que experienciam de mim”.
-Sente, e essa é a realidade, não existe uma externa.
-Conhecimento refletido pela expectativa tal qual construímos.
-Maturana e Varela utilizam conceito autopoiese (sistema de auto organiza constantemente).
-Só admite experiências pessoais, não a realidade externa em si.

2. Construtivismo crítico: não nega a existência de mundo real, mesmo que não possamos conhecer diretamente. Não lê a realidade pura, porque não se desvencilha da sua percepção, não entra em contato direto, passa pelas emoções e significados da pessoa. Passa por viés emocional que é próprio da pessoa. Realidade sentida de maneira pessoal.
-O indivíduo é co-criador da sua realidade pessoal. Realidade externa existe objetivamente, porém o conhecimento desta jamais será objetivo, e sim as próprias percepções e experiências.
-Destaque: Vittorio Guidano e Óscar Gonçalves.

-É indicada quando o objetivo é compreender a “construção de significados” que o indivíduo realizou ao longo da vida e provavelmente causando sofrimento.
-Foco sobre esquemas emocionais orientam tal “construção” e as narrativas que o paciente faz sobre sua história de vida e experiências atuais.
-“A prioridade é o indivíduo e sua história, não a observação externa, o diagnóstico ou a aplicação da técnica na realização de uma psicoterapia científica” (ABREU, C. 2003).
-Diagnóstico, generalização de dados e técnicas, importantes, mas não o foco.
-Psicoterapia construtivista é recente no Brasil.

-Visão piagetiana: desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato. Propondo através que provoquem desequilíbrios e reequilibrações sucessivas, promovendo descoberta e construções de conhecimento.

-Para construir conhecimento, concepções combinam-se informações de meio, conhecimento não descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica, meio externo ou adultos.
-Conhecimento resultado de interação, sujeito sempre elemento ativo, procurando ativamente compreender o mundo, buscando resolver as interrogações que o mundo provoca.
-É aquele que aprende basicamente através das próprias ações sobre objetos do mundo, constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo em que organiza seu mundo.
-Não é o sujeito que espera alguém que possui conhecimento, transmita em ato de bondade.

Terapia cognitiva construtivista
-Para construir conhecimento concepções combinam-se informações meio, conhecimento não descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma mecânica meio exterior ou adultos.
-Conhecimento resultado de interação. Sujeito procurando ativamente as concepções do mundo.
-Não é um sujeito que espera alguém que possui conhecimento que transmita em um ato de bondade.
-Nasce contra visão mecanicista e ordenada, cognoscível, cujas formas/funções podem ser refletidas sobre mente humana e seus produtos.
-Em psicoterapia, interessados em eximir julgamentos de realidade pessoal do cliente por critérios externos de racionalidade/objetividade.
-O referencial não é externo, é construído junto, contínuo e ativo por parte do sujeito e mundo.
-Rejeita o DSM-IV pela aplicação excessiva de níveis rejeitam/subordinam maneiras alternativas de compreender o cliente. O foco é nos esquemas estruturais emocionais (como emocionalmente construiu).
-Colocando-se no mesmo nível, como modelos de funcionamento psicológico alternativos e viáveis.

Terapia cognitiva narrativa
-GONÇALVES, O. PSICOTERAPIA COGNITIVA NARRATIVA: MANUAL DE TERAPIA BREVE. CAMPINAS: EDITORIAL PSY, 1998.
-Ao procurar apresentar-se alternativa modelos racionalistas/mecanicistas dominantes na Psicologia, a psicologia narrativa obriga redefinição de grande parte dos seus pressupostos epistemológicos.
-Essa epistemologia se sustenta em 4 pilares:
1. Existência como conhecimento: indissociação entre conhecimento e experiência.
-Revolução cognitiva em 1950: estruturas, processos e conteúdos envolvidos na construção do conhecimento.
-Temática de processos por intermédio por quais seres vivos constroem e transformam conhecimento, assimilação passiva e pró-ação ativa.
-Tem qualquer ser vivo, a existência não pode ser dissociada do conhecimento (por existir, já conhece – não é algo que vem de fora).
-Todos os seres vivos conhecem, reconhecem, transformam e transformam-se no decurso da sua existência.
-Trata-se da passagem da visão estritamente epistemológica (cognitivismo) para a visão existencial.
-Procura organização hierárquica de elementos fundamentais (esquemas cognitivos, pressupostos filosóficos, estruturas cognitivas, mecanismos tácitos, constructos pessoais da psicologia) e dá lugar a apreciação da matriz relacional da experiência como elemento indissociável do conhecimento.
-Nega o cognitivismo.

2. Conhecimento como hermenêutica
-Ideia que todo conhecimento (e por implicação, toda existência) tem natureza inerentemente hermenêutica. A hermenêutica é a arte ou o método interpretativo que procura compreender um determinado texto.
-O processo de substituição de modelos retroativos sensorialistas por modelos ativos motores acentuou a ideia de que o sujeito constrói a realidade por processo de codificação ativa. Interpreta e tira significado daquilo, num processo ativo.
-A construção simbólica da realidade corresponde ao processo de significação que opera através da imposição de processos hermenêuticos.
-O fenômeno psicológico situa-se no nível de construção ativa de significado e do processo por intermédio do qual esse significado constitui a realidade psicológica dos indivíduos.
-Compreender o comportamento humano é essencialmente compreender os sistemas interpretativos utilizados pelos sujeitos no sentido de expandir, dar significado a experiência.
-Mas aqui a proposta hermenêutica surge com significado diferente da procura / encontro de significados. Não vem só com significado de procurar significado, vem como resposta conjunta de buscar significado.
-Hermenêutica nasce com a interpretação de textos sagrados, mais tarde, textos legais.
-Só recentemente, no final do século passado, se liga a interpretação do discurso individual (psicanálise).
-Cada um destes casos, a hermenêutica procura interpretar ou levar o indivíduo a interpretar com base em pressupostos existencialistas construídos aprioristicamente.
-A multiplicidade de existência nas suas diversas vertentes remete a miríade de significados, desdobramentos complexos / múltiplo de conhecimento.
-Segundo Shotter (1995), vivemos num mundo vago, parcialmente especificado, instável e em desenvolvimento.
-Esta dimensão de inespecificidade dá espaço para dimensão criativa e hermenêutica do conhecimento humano.
-Por mais paradoxal que pareça, a realidade especifica-se e adquire dimensões maiores de estabilidade, não por referência ao mundo externo, mas pela subjetividade hermenêutica individual.
-Impõe coerência interpretativa do caos multi-potencial do mundo. Sentido subjetivo cria estabilidade.
-A ordem/regularidade corresponde sobretudo a necessidade psicológica de dar ordem, sentido de coerência existencial.
-Onde não compreendemos, nos angustiamos.
-A definição do mundo único estável através da sacralização de uma pretensa hiper-realidade, é negação profunda de multirrealidade.

4. Fundamentos para psicologia narrativa
-O discurso feito no contato interpessoal está situado em uma cultura. O significado só pode ser entendido porque tem um significado mais amplo (contexto). O lugar que está que determina o significado.
-Então narrativas são formas de significação que operam num contexto, no espaço de interindividualidade.
-As narrativas que dão sentido a existência, tornando comum a cultura, o diálogo.

Fundamentos de uma psicoterapia narrativa
-No contato com o terapeuta, cria uma comunidade conversacional (troca de diálogos) para ampliar significados, através de múltiplas vivências, onde os discursos se encontram. Não é corrigir ou adaptar, é ampliar/maximizar significados através do discurso.
-Todas as angústias e vivências são colocadas no discurso, onde serão ampliados os significados e criadas novas possibilidades de pensar amplamente.
-A Terapia Cognitiva Narrativa tem o objetivo de levar o cliente a construir na interação com o terapeuta, uma comunidade conversacional, realidade múltipla de experiências sensoriais, emocionais, cognitivas e de significação.
-A ideia é capacitar o cliente a construir um discurso narrativo rico em termos de multiplicidade, complexidade, coerência, adaptativo a exigências impostas pela sociedade complexa e multi.
-Últimos anos psicoterapias cognitivas testemunhado considerável evolução.
-Desenvolvimentos mais recentes, destaque ao papel atribuído narrativa como elemento central construção conhecimento e implicações clínicas.
-Perturbação psicológica provocada pela incapacidade de dar conta da diversidade/potencialidade da experiência através da organização de um discurso narrativo diversificado, complexo e coerente. Se o mundo é muito complexo, se não damos conta da diversidade e potencialidade de experiências que o mundo oferece, se não conseguimos criar um discurso lógico para a experiência, teremos uma perturbação psicológica.
-Cliente assume a existência de uma realidade externa/interna absolutas, insubstituíveis. Aí está o erro, pois não consegue perceber mudanças.
-“Assume” que não tem saída. Os significados são sempre múltiplos, o limite do conhecimento se dá a existência. Existir é conhecer. Não pode ser encaixado no DSM-IV, pois não pode ser limitado a isso.
-O terapeuta é um facilitador, guia de novos contextos e narrativas.
-A perturbação vem da dificuldade de organização de uma experiência numa narrativa coerente.
-Ao invés de ver a realidade como processo de negociação interpessoal de possibilidades múltiplas, assume a responsabilidade de único construtor desta realidade.
-Resultando em desânimo e singularidade:
-Desânimo por incapacidade de poder prever múltiplas possibilidades de negociação para experiência sensorial, emocional, cognitiva e significações. Não perceber que existem outras formas, além da parte limitada.
-Singularidade pela estranheza em ver-se diferente dos outros nessa construção de experiência.
-A psicoterapia narrativa procura responder estes problemas através da facilitação da construção narrativa. O terapeuta não é um corretor, é um facilitador para a estimulação da criação de novas narrativas por parte do cliente.
-Proporciona uma elaboração narrativa múltipla de conteúdo, processualmente mais complexa e estruturalmente mais coerente, num contexto de elaboração discursiva e conversacional com terapeuta/comunidade linguística do cliente. Novas possibilidades de experiências, vivências, narrativas serão criadas de forma que faça sentido para ele. Terapeuta cria espaço para isso, mas não conduz.

A recordação
-Não há narrativa sem recordação. Não há como narrar sem se lembrar.
-Memória semântica (significado das coisas), memória episódica (momentos/episódios da vida).
-Capacidade de singularizar episódios significativos da vida que faz cada indivíduo autor própria narrativa.
-Ter uma existência narrativa é ser capaz de recordar, sincrônica/diacronicamente (saber que o outro também influenciou), múltiplos episódios da vida.
-Recordar é sinônimo de construção de sentido de coerência através da diversidade de experiência.
-Em suma, através da recordação, procura capacitar o cliente a abertura à experiência e para o desenvolvimento inicial com maior sentido de coerência na elaboração narrativa.

A objetivação
-Cliente é levado a experienciar a multiplicidade de realidades externas através de toda dinâmica disponibilizada por capacidades sensoriais. Através da capacidade de sentir, vai ser levado na terapia a várias formas de sentir o que acontece lá fora. Criar novas realidades possíveis. Recordar situações e levar o cliente a sentir de outras formas, objetivar a situação.
-Realidade constitui um incomensurável menu que o cliente em perturbação raramente desfruta.
-Terapeuta encoraja o cliente para a objetivação de cada recordação episódica diária, para perceber a complexidade das experiências. Desde do momento que acordou, cada detalhe, todas as sensações (físicas e psicológicas).
-Cliente vai progressivamente se dando conta de que a realidade é um contexto possibilitador de uma grande diversidade de experiências.
-Dimensão da complexidade sensorial da experiência, permitindo a emergência de uma consciência progressiva de narrativas diárias, podendo ser vista como ricos menus diversificados para a elaboração narrativa.

A metaforização
-Condensadores de significado.
-Através dela damos sentido recordações sensoriais, emocionais e cognitivamente.
-Capacitar cliente produzir múltiplos significados p/ cada memória episódica.

A subjetivação
-Trabalho de construção múltipla prossegue.
-Aqui é variedade de experiências emocionais/cognitivas que se procura.
-Mostrar possibilidade de diversidade de experiências emocionais do passado, presente e da procura ativa no futuro.
-Através exercícios ativação emocional, realizados sessão e exercícios diários, procura-se alargar leque experiências emocional, p/ ser capaz elaborar em cada situação matizes diferenciados de ressonância emocional.

A projeção
-Remete ideia indivíduo constante movimento espaço/tempo.
-Capacidade de internacionalizar de modo narrativo as experiências do futuro.
-Cliente constrói e descontrói-se todo momento, intencionalizando experiências que geram novas possibilidades de intencionalização da experiência.
-Orientar cliente construir uma metáfora alternativa à metáfora raiz que tem orientado seus sistemas conversacionais e de significação.
-Depois cliente parte para nova revisão da história vida e de modo a encontrar/fundamentar, no passado histórico, episódios caracterizadores desta nova forma de significação.

0 comentários:

0

Resumo da aula de PC (10.11)

Postado em
4º pilar (fundamentos para psicologia narrativa)
-O discurso feito no contato interpessoal está situado em uma cultura. O significado só pode ser entendido porque tem um significado mais amplo (contexto). O lugar que está que determina o significado.
-Então narrativas são formas de significação que operam num contexto, no espaço de interindividualidade.
-As narrativas que dão sentido a existência, tornando comum a cultura, o diálogo.

Fundamentos de uma psicoterapia narrativa
-No contato com o terapeuta, cria uma comunidade conversacional (troca de diálogos) para ampliar significados, através de múltiplas vivências, onde os discursos se encontram. Não é corrigir ou adaptar, é ampliar/maximizar significados através do discurso.
-Todas as angústias e vivências são colocadas no discurso, onde serão ampliados os significados e criadas novas possibilidades de pensar amplamente.
-A Terapia Cognitiva Narrativa tem o objetivo de levar o cliente a construir na interação com o terapeuta, uma comunidade conversacional, realidade múltipla de experiências sensoriais, emocionais, cognitivas e de significação.
-A ideia é capacitar o cliente a construir um discurso narrativo rico em termos de multiplicidade, complexidade, coerência, adaptativo a exigências impostas pela sociedade complexa e multi.
-Últimos anos psicoterapias cognitivas testemunhado considerável evolução.
-Desenvolvimentos mais recentes, destaque ao papel atribuído narrativa como elemento central construção conhecimento e implicações clínicas.
-Perturbação psicológica provocada pela incapacidade de dar conta da diversidade/potencialidade da experiência através da organização de um discurso narrativo diversificado, complexo e coerente. Se o mundo é muito complexo, se não damos conta da diversidade e potencialidade de experiências que o mundo oferece, se não conseguimos criar um discurso lógico para a experiência, teremos uma perturbação psicológica.
-Cliente assume a existência de uma realidade externa/interna absolutas, insubstituíveis. Aí está o erro, pois não consegue perceber mudanças.
-“Assume” que não tem saída. Os significados são sempre múltiplos, o limite do conhecimento se dá a existência. Existir é conhecer. Não pode ser encaixado no DSM-IV, pois não pode ser limitado a isso.
-O terapeuta é um facilitador, guia de novos contextos e narrativas.
-A perturbação vem da dificuldade de organização de uma experiência numa narrativa coerente.
-Ao invés de ver a realidade como processo de negociação interpessoal de possibilidades múltiplas, assume a responsabilidade de único construtor desta realidade.
-Resultando em desânimo e singularidade:
-Desânimo por incapacidade de poder prever múltiplas possibilidades de negociação para experiência sensorial, emocional, cognitiva e significações. Não perceber que existem outras formas, além da parte limitada.
-Singularidade pela estranheza em ver-se diferente dos outros nessa construção de experiência.
-A psicoterapia narrativa procura responder estes problemas através da facilitação da construção narrativa. O terapeuta não é um corretor, é um facilitador para a estimulação da criação de novas narrativas por parte do cliente.
-Proporciona uma elaboração narrativa múltipla de conteúdo, processualmente mais complexa e estruturalmente mais coerente, num contexto de elaboração discursiva e conversacional com terapeuta/comunidade linguística do cliente. Novas possibilidades de experiências, vivências, narrativas serão criadas de forma que faça sentido para ele. Terapeuta cria espaço para isso, mas não conduz.

A recordação
-Não há narrativa sem recordação. Não há como narrar sem se lembrar.
-Memória semântica (significado das coisas), memória episódica (momentos/episódios da vida).
-Capacidade de singularizar episódios significativos da vida que faz cada indivíduo autor própria narrativa.
-Ter uma existência narrativa é ser capaz de recordar, sincrônica/diacronicamente (saber que o outro também influenciou), múltiplos episódios da vida.
-Recordar é sinônimo de construção de sentido de coerência através da diversidade de experiência.
-Em suma, através da recordação, procura capacitar o cliente a abertura à experiência e para o desenvolvimento inicial com maior sentido de coerência na elaboração narrativa.

A objetivação
-Cliente é levado a experienciar a multiplicidade de realidades externas através de toda dinâmica disponibilizada por capacidades sensoriais. Através da capacidade de sentir, vai ser levado na terapia a várias formas de sentir o que acontece lá fora. Criar novas realidades possíveis. Recordar situações e levar o cliente a sentir de outras formas, objetivar a situação.
-Realidade constitui um incomensurável menu que o cliente em perturbação raramente desfruta.
-Terapeuta encoraja o cliente para a objetivação de cada recordação episódica diária, para perceber a complexidade das experiências. Desde do momento que acordou, cada detalhe, todas as sensações (físicas e psicológicas).
-Cliente vai progressivamente se dando conta de que a realidade é um contexto possibilitador de uma grande diversidade de experiências.
-Dimensão da complexidade sensorial da experiência, permitindo a emergência de uma consciência progressiva de narrativas diárias, podendo ser vista como ricos menus diversificados para a elaboração narrativa.

A metaforização
-Condensadores de significado.
-Através dela damos sentido recordações sensoriais, emocionais e cognitivamente.
-Capacitar cliente produzir múltiplos significados p/ cada memória episódica.

A subjetivação
-Trabalho de construção múltipla prossegue.
-Aqui é variedade de experiências emocionais/cognitivas que se procura.
-Mostrar possibilidade de diversidade de experiências emocionais do passado, presente e da procura ativa no futuro.
-Através exercícios ativação emocional, realizados sessão e exercícios diários, procura-se alargar leque experiências emocional, p/ ser capaz elaborar em cada situação matizes diferenciados de ressonância emocional.

A projeção
-Remete ideia indivíduo constante movimento espaço/tempo.
-Capacidade de internacionalizar de modo narrativo as experiências do futuro.
-Cliente constrói e descontrói-se todo momento, intencionalizando experiências que geram novas possibilidades de intencionalização da experiência.
-Orientar cliente construir uma metáfora alternativa à metáfora raiz que tem orientado seus sistemas conversacionais e de significação.

-Depois cliente parte para nova revisão da história vida e de modo a encontrar/fundamentar, no passado histórico, episódios caracterizadores desta nova forma de significação.

0 comentários:

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

0

RESUMÃO: Psicopatologia Especial

Postado em
Psicopatologia especial – NP2
Transtornos de personalidade
-É um transtorno que afeta toda a personalidade, inclusive o temperamento.
-Para a psicopatologia, o conceito de caráter não diz respeito apenas a algo moral. Diz respeito a um superego que não fechou o ciclo do desenvolvimento (deficitário).
-Século XIX: Pinel chamou de manie sans délire (mania sem delírio – não tinha alucinação), prejuízo das funções afetivas, particularmente instabilidade emocional e tendência dissocial, sem prejuízo da função intelectual e cognitiva.
-Monomanias afetivas e instintivas, Esquirol (1838), incluía qualquer comportamento aberrante, como piromania, cleptomania em oposição à “insanidade total”.
-Morel (1857), Lombroso (1876) e Magnan (1895), postulam a hereditariedade como fator decisivo desses transtornos.
-Morel tinha uma premissa que a questão hereditária estava presente na psicose. Dizia que algumas raças humanas estavam mais predispostas a desenvolver a patologia. Foi a uma tribo e descobriu que lá havia uma prevalência muito grande de pessoas que desenvolveram esquizofrenia. Com base nesse estudo, conclui que as populações que estavam dispostas a desenvolver essa patologia eram todos os povos que não fossem europeus. Essa teoria influenciou o nazismo.
-1923: Kurt Schneider definiu a psicopatia. Em 1974 definiu 10 subtipos que inspiraram o CID-10 e o DSM-IV: hipertímicos, depressivos, inseguros de si (ansiosos e depressivos), fanáticos, necessitados de valorização, lábeis de humor, explosivos, frios de sentimentos, abúlicos e astênicos.
-Teoria geral de formação de sintoma: há uma fixação e um fator estressor atual que arca com a situação de antes e depois do sintoma.
-Definição (OMS, 1993): Transtorno grave na constituição do caráter que se caracteriza por um padrão persistente de conduta íntima ou comportamento, que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, manifestando-se em, pelo menos, duas das seguintes áreas: cognição, afetividade, funcionamento interpessoal e controle dos impulsos (os principais sintomas se manifestam nessas áreas). O padrão é inflexível e abrange ampla faixa de situações pessoais e sociais, provoca sofrimento ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional do indivíduo. Não decorrem de nenhum outro transtorno mental ou doença cerebral; são condições de desenvolvimento que aparecem na infância ou adolescência e continuam pela vida adulta.
-O déficit na formação do caráter tem um prejuízo global na formação da personalidade, com fixações em diversos locais do desenvolvimento. Portanto, a pessoa é daquela forma, é a forma que ela tem para lidar com o mundo.
-Jamais se fecha um diagnóstico antes da vida adulta, pois ainda está em desenvolvimento.
Etiologia
-Fatores genéticos, constitucionais, biológicos, ambientais (trauma da infância) e culturais.
-Fatores ambientais relacionam o TP com prejuízos nos processos de identificação que constituem a estrutura de base da personalidade: assim, pais que apresentam:
      Conduta antissocial;
      Frieza afetiva;
      Baixa tolerância à frustração;
      Papeis sociais difusos;
      Conflitos parentais;
      Abuso físico e/ou sexual
      Institucionalização.
Diretrizes diagnósticas segundo a CID- 10:
  1. Atitudes e condutas marcadamente desarmônicas, envolvendo várias áreas de funcionamento, por exemplo, afetividade, excitabilidade, controle de impulsos, modos de percepção e pensamento e estilo de relacionamento com os outros.
  2. O padrão anormal de comportamento é permanente (sempre foi assim), de longa duração e não-limitado a episódios de doença mental.
  3. O padrão anormal de comportamento é invasivo e claramente mal adaptativo para uma ampla série de situações pessoais e sociais.
  4. As manifestações acima sempre aparecem durante infância ou adolescência e continuam pela idade adulta.
  5. O transtorno leva à angústia pessoal considerável, mas isso pode se tornar aparente apenas tardiamente em seu curso.
  6. O transtorno é usual, mas não invariavelmente associado a problemas significativos no desempenho ocupacional e social.

Transtorno de Personalidade Antissocial
Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado pela ausência de remorsos. Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, frequentemente têm problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se ajustam. Frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo.

Aspectos essenciais
      Insensibilidade aos sentimentos alheios
      Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente.
      Estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas dificilmente é capaz de mantê-los.
      Baixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas.
      Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições.
      Tendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis.

Transtorno de Personalidade Borderline (Limítrofe)
            Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas geralmente com argumentos implausíveis. Seu comportamento impulsivo frequentemente é autodestrutivo. Estes pacientes não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante.
Aspectos essenciais:
      Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa para logo depois desprezá-la.
      Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente.
      Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para depressão (não necessariamente nesta ordem).
      Sentimento de raiva frequente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais.
      Comportamento suicida ou automutilante.
      Sentimentos persistentes de vazio e tédio.
Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua carreira profissional.

Transtorno de Personalidade Paranoide
Caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, mesmo que não haja motivos razoáveis para pensar assim. A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitos como um indivíduo frio. A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos frequentes entre os paranoides. O paranoide dificilmente ri de si mesmo ou de seus defeitos, ao contrário ofende-se intensamente, geralmente por toda a vida quando alguém lhe aponta algum defeito.
Aspectos essenciais:
      Excessiva sensibilidade em ser desprezado.
      Tendência a guardar rancores recusando-se a perdoar insultos, injúrias ou injustiças cometidas.
      Interpretações errôneas de atitudes neutras ou amistosas de outras pessoas, tendo respostas hostis ou desdenhosas. Tendência a distorcer e interpretar maleficamente os atos dos outros.
      Combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desproporção à situação real.
      Repetidas suspeitas injustificadas relativas à fidelidade do parceiro conjugal.
      Tendência a se autovalorizar excessivamente.
      Preocupações com fofocas, intrigas e conspirações infundadas a partir dos acontecimentos circundantes.

Transtorno de Personalidade Dependente
Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. Sentem-se desamparadas quando sozinhas. Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não superam seus limites.
Aspectos essenciais:
      É incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de conselhos ou reafirmações de outras pessoas.
      Permite que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida como onde morar, que profissão exercer.
      Submete suas próprias necessidades aos outros.
      Evita fazer exigências ainda que em seu direito.
      Sente-se desamparado quando sozinho, por medos infundados.
      Medo de ser abandonado por quem possui relacionamento íntimo.
      Facilmente é ferido por crítica ou desaprovação.

Transtorno de Personalidade Esquizoide
Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas pessoas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). Esses casos não devem ser confundidos com distimia.
Aspectos essenciais:
      Poucas ou nenhuma atividade produzem prazer.
      Frieza emocional, afetividade distante.
      Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como os outros.
      Indiferença a elogios ou críticas.
      Pouco interesse em ter relações sexuais.
      Preferência quase invariável por atividades solitárias.
      Tendência a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais.
      Falta de amigos íntimos e do interesse de fazer tais amizades.
      Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou àqueles que perderam uma pessoa querida recentemente.

-A Organização Mundial da Saúde entendeu que deveriam mudar a classificação psicopatológica. O sujeito poderia ter uma infinidade de sintomas que deixavam difícil definir qual quadro era apresentado. Nessa revisão, passamos para uma classificação a partir de categorias de sintoma. Os sintomas foram agrupados por semelhança e a partir daí formaram eixos de classificação.
-Mimetismo: histérica altamente sugestionável, facilmente influenciadas (positiva e negativamente) e tendem a reproduzir um sintoma a partir de uma “imitação”.
-A histérica tem uma carência afetiva, necessidade de ser a melhor, preencher a falta do outro, estar junto.
-Não temos mais a descrição típica do funcionamento dinâmico histérico. A histeria está nos transtornos da ansiedade, transtornos fóbicos e transtornos dissociativos conversivos.
-Não fazemos distinção entre ansiedade e angústia. É um estado em que o psiquismo fica em estado de alerta (tonalidade negativa). Ansiedade é uma condição normal. Na saúde psíquica, ela é nosso alarme (sinal de que algo não está bem e precisa melhorar). Se torna patológica quando vira sintoma, quando está presente em qualquer circunstância que não tenha a ver com a questão da sobrevivência.
-Tem uma base de depressão.
-Nos manuais atuais, os transtornos da ansiedade são organizados em dois grandes grupos:
1. Transtornos da Ansiedade Generalizada: cujo sintoma é a ansiedade livre e flutuante constante e permanente; tudo produz ansiedade, angústia, medo, interpreta negativamente.
2. Ansiedade paroxísticas: ansiedade pontual, localizada. Picos de ansiedade. Transtorno do pânico (não tem um gatilho, objeto desencadeador) e fobia (tem um gatilho externo a uma situação). Crises de Pânico cujo sintoma é a manifestação da ansiedade de forma intensa e abrupta que ocorrem de forma repetitiva podem configurar o Transtorno de Pânico.

Transtornos da ansiedade generalizada
Critérios diagnósticos segundo o DSM-IV
1.     Ansiedade e preocupação excessivas, na maioria dos dias, por um período mínimo de 6 meses em diferentes atividades e eventos da vida.
2.   Dificuldade em controlar a preocupação e ansiedade que por sua vez relacionam-se aos seguintes sintomas:
  Inquietação ou sensação de “estar com os nervos à flor da pele”
  Cansaço fácil, fadigabilidade
  Dificuldade em concentrar-se, sentir um “branco na mente”
  Irritabilidade, “pavio curto”
  Tensão muscular, dificuldade em relaxar
  Alterações do sono: dificuldade me pegar no sono e/ou mantê-lo.
 3. O foco da ansiedade e/ou preocupação não é decorrente de outro transtorno mental (como medo de ter crises de pânico, ser contaminado -no caso do TOC-, ganhar peso – no caso da anorexia -etc).
4. Ansiedade, preocupação ou sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social.
-O foco da ansiedade não pode ser outra patologia, exemplo TOC ou anorexia. Não é decorrente de outro transtorno mental.

-Crise de pânico é episódica. O transtorno de pânico se define pela frequência das crises.
-Hiperatividade autonômica: sistema nervoso central e nosso aparato vegetativo.

Ataques de pânico e transtorno de pânico
Critérios Diagnósticos para crises de pânico segundo DSM-IV
Ataque ou crise de pânico
Período de intenso desconforto ou de sensação de medo com pelo menos quatro dos seguintes critérios:        
1. Palpitações ou taquicardia
2. Sudorese
3. Tremores
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento
5. Sensações de asfixia
6. Dor ou desconforto torácico
7. Náusea ou desconforto abdominal
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
9. Desrealização (sensações de irrealidade, de que o ambiente familiar está estranho) ou despersonalização (estar distante de si mesmo)
10. Medo de perder o controle ou enlouquecer
11. Medo de morrer
12. Parestesias (anestesia ou sensação de formigamento)
13. Calafrios ou ondas de calor
-A porta de entrada do panicado é o pronto-socorro. A pessoa acha que vai morrer.
-Sintomas gastrointestinais também são comuns no pânico.
-A manifestação da ansiedade nem sempre vem de forma clara, pois vem como sintomas físicos.

Transtorno ou síndrome de pânico
  1. Ataques de pânico de forma repetitiva e inesperada
  2. Pelo menos um dos ataques foi seguido por período mínimo de um mês com os seguintes critérios:
  Preocupação persistente de ter novos ataques
  Preocupação sobre implicações ou consequências dos ataques como perder o controle, enlouquecer ou ter um infarto
  Alterações do comportamento relacionadas aos ataques
  Presença ou não de agorafobia associada.

-O psiquismo busca explicações para os ataques de pânico. Pessoa fica preocupada se está presente onde não há lugares fáceis de escape (agorafobia). Pessoa começa a restringir a vida.

Critérios Diagnósticos para Transtorno de Pânico (ansiedade episódica paroxística) segundo critérios do CID-10
  1. O indivíduo é acometido por ataques de pânico recorrentes que não são consistentemente associados à situação específica ou a objeto e que frequentemente ocorrem de forma espontânea (ou seja, os episódios são imprevisíveis). Os ataques não são associados a exercícios ou à exposição a situações perigosas.
  2. Um ataque de pânico é caracterizado pelos seguintes critérios:
  É um episódio delimitado de intenso medo ou desconforto;
  Começa de forma abrupta;
  Alcança picos em poucos minutos e dura apenas alguns minutos;
  Pelo menos quatro dos sintomas abaixo devem estar presentes, um dos quais deve estar entre os itens (a) a (d):

Sintomas de ativação autonômica
  Palpitações, “batedeira” ou frequência cardíaca aumentada;
  Sudorese;
  Tremores;
  Boca seca (não devida a medicamentos ou desidratação)
Sintomas que envolvem o tórax e abdome
  Dificuldade respiratória
  Sensação de sufocamento
  Dor ou desconforto no peito
  Náusea ou mal-estar abdominal
Sintomas que envolvem o estado mental
  Sensação de tontura ou desfalecimento
  Desrealização ou despersonalização
  Medo de perder o controle, ficar louco, desmaiar;
  Medo de morrer.
Sintomas Gerais
  Calafrios ou ondas de calor
  Parestesias (dormência ou formigamento)
            Cláusulas de exclusão mais comuns. Os ataques de pânico não são resultantes de doença física, transtorno mental orgânico ou outros transtornos mentais, como esquizofrenia e transtornos relacionados, transtornos afetivos ou somatoformes.

Transtorno de pânico com agorafobia
Critérios diagnósticos para agorafobia: DSM-IV
  1. Ansiedade acerca de estar em locais ou em situações onde possa ser difícil (embaraçoso) escapar ou onde o auxílio pode não estar disponível, na eventualidade de ter um ataque de pânico inesperado ou predisposto pela situação, ou sintomas tipo pânico. Os temores agorafóbicos tipicamente envolvem agrupamentos característicos de situações que incluem: estar fora de casa desacompanhado, estar em meio a uma multidão ou permanecer em uma fila, estar em uma ponte, viajar de trem, carro ou automóvel. Nota: considerar o diagnóstico de fobia específica, se a esquiva limita-se apenas a uma ou algumas situações específicas, ou de fobia social, se a esquiva limita-se a situações sociais.
  2. As situações são evitadas (por ex. viagens são restringidas) ou suportadas com acentuado sofrimento ou com ansiedade acerca de ter um ataque de pânico ou sintomas do tipo pânico, ou exigem companhia.
  3. A ansiedade ou esquiva agorafóbica não é melhor explicada por outro transtorno mental, como fobia social (p.ex. a esquiva limita-se a situações sociais pelo medo do embaraço), fobia específica (p. ex. , a esquiva limita-se a única situação, como elevadores), transtorno obsessivo-compulsivo (p.ex., a esquiva à sujeira, em alguém com obsessão de contaminação), transtorno do estresse pós-traumático (p. ex. esquiva associada a um estressor grave) ou transtorno de ansiedade de separação (p.ex. esquiva a afastar-se do lar ou de parentes).

Fobia social
Fobia é o medo persistente e irracional de objetos específicos, atividade ou situação que não são considerados perigosos. O portador reconhece que seu medo é excessivo e irracional. Sua característica fundamental é a esquiva fóbica, ou seja, o indivíduo procura evitar o contato com os estímulos geradores de ansiedade e, se isso não for possível, apresenta importantes manifestações de ansiedade que podem tomar a forma de crise de pânico.
            Enquanto a ansiedade social normal pode permitir ao indivíduo focalizar a atenção e evitar comportamentos inadequados, os sintomas da fobia social, por definição, interferem negativamente no desempenho ou causam sofrimento significativo. (Schneier, 2005).

Dois grandes eixos de classificação:
-Fobias sociais: gama grande de situações. Não come em público, não vai banheiro público, não assina em público.
  Medo exagerado e persistente de avaliação negativa feita por outras pessoas quando o indivíduo se encontra em situações sociais ou de desempenho. A exposição a essas situações ou mesmo a sua simples antecipação geram sintomas físicos de ansiedade que podem se intensificar e gerar uma crise de pânico.
  Sintomas autonômicos como rubor, sudorese, tremores e taquicardia podem estar presentes.
  Presença de ansiedade antecipatória e comportamento evitativo.
-Afiançamento: o fóbico pede para outras pessoas irem com eles a determinados lugares que lhe parecem aflitivos.

-Transtorno de stress pós-traumático: desenvolvido a partir de uma situação traumática real, específica.

Fobia social
  Situações comuns: participar de festas ou reuniões, ser apresentado a alguém, iniciar ou manter conversas, falar com pessoas em posição de autoridade, receber visitas em casa, ser observado durante alguma atividade (comer, beber, falar, escrever, votar, usar o telefone), utilizar banheiros públicos, ser alvo de brincadeiras ou piadas, outros temores são o de poder vir a vomitar, tremer, suar ou enrubescer na frente dos outros.
  A evolução é crônica e sem períodos de remissão, o que resulta em incapacitação cumulativa importante. O início precoce compromete a aquisição normal de habilidades sócio educacionais em um período crítico da adolescência.
-O que caracteriza a fobia é a permanência de sintomas.
-Fobia começa na infância.
-Terapia cognitivo-comportamental funciona bem para fobias.

Fobias específicas
-Correspondem a fobias isoladas, restritas a situações ou objetos específicos, como certos animais ou insetos, altura, trovão, escuridão, andar de avião, espaços fechados, certos alimentos, tratamento dentário, visão de sangue e ferimentos, etc.
-Crise de ansiedade na fobia é muito intensa.

Transtorno obsessivo compulsivo - TOC
-TOC: fixação no 2º subestágio anal.
-O mundo social faz uma intervenção importante na vida da criança: retirada da fralda. Para a criança fazer essa passagem, precisa de um recalque das funções anais.
-No 1º subestágio anal a criança percebe que possui coisas. Vive um prazer pela expulsão das fezes. No 2º, o cuidador começa a colocar ordem (recalque importante rumo a genitalidade). A criança, gradativamente, substitui o prazer pela expulsão das fezes pelo prazer pela retenção das fezes. Momento que a criança se desilude muito com a mãe, pois o que tinha graça (fazer cocô), não tem mais. Pensa o que precisa fazer para garantir o amor materno, mas não sabe o que, vai por tentativa e erro. Quando percebe que é valorizada por conseguir se controlar, sente um prazer. O excesso de valorização familiar sobre essas tendências da criança, garante a fixação. Se a mãe repudia muito, pode ser um fator predisponente para o TOC. Outro fator é a questão da supervalorização que a mãe faz desse comportamento adequado da criança.
-É comum em famílias que tem violência paterna (mãe se coloca na frente do filho para proteger).
-É um transtorno psicopatológico grave e se manifesta muito cedo (infância). Nossa cultura tem a tendência de valorizar o sintoma obsessivo (todo mundo adora, pois não é criança).
-A característica principal do TOC é a recorrência de pensamentos obsessivos e atos compulsivos.
-Pensamentos Obsessivos são ideias, imagens ou impulsos reconhecidos como do próprio indivíduo que invadem a consciência de forma repetida e estereotipada, causando mal-estar, levando a pessoa a procurar afastá-los, porém sem sucesso.
-Compulsões são comportamentos estereotipados, repetidos, que não levam à conclusão de nenhuma tarefa. Têm a função de prevenir que algum evento desagradável, pouco provável aconteça. O paciente reconhece o absurdo de sua atuação, procura resistir, mas não consegue controlar.
Compulsões mais frequentes:
-Limpeza ou desinfecção; Verificação; Contar ou repetir um número mágico de vezes, por ex. 33 por ser a idade de Cristo; Tocar determinados objetos um certo número de vezes ou seguindo uma sequência determinada; Ordenar, organizar seguindo regras próprias; Colecionismo, acúmulo de objetos.
Sintomas que devem estar presentes:
-Esquiva; Lentificação; Rituais cognitivos: a pessoa procura corrigir as obsessões com a imaginação; Antecipações de catástrofes: obsessão de dúvida acompanhado da imagem de catástrofe. Ex: dúvida sobre o desligamento do gás e imagem da casa explodindo.

Transtornos somatoformes
-Antiga histeria.
-Sintoma se manifesta somaticamente (no corpo), através de quadros dolorosos persistentes ou não.
-Categoria diagnóstica, cujo principal sintoma é uma manifestação clínica sem base orgânica que justifique, mesmo quando há alteração no órgão.
-Sintomas não remidem, pois têm origem psicológica. As pessoas vivem em consultório médico. Outra característica é a importância que tem para os sujeitos que sofrem desses transtornos em falar de sua dor física para alguém. O sintoma é para o médico.
Classificação
A classificação é difusa tendo em vista a existência de duas perspectivas médicas, a psiquiátrica e a não-psiquiátrica.
Além disso, a presença de co-morbidades, a falta de definições claras para a categoria como um todo, a gravidade de alguns subtipos de transtornos – sobretudo a hipocondria e transtornos da somatização – que deveriam ser classificados como Transtornos da Personalidade, contribuem para inconsistências no diagnóstico.
-A pessoa chega relatando uma dor física, a primeira coisa que fazemos é investigar o que a pessoa já fez a respeito daquilo.
-Geralmente trata com antidepressivo.
-A angústia está “colada” no corpo, o sintoma é a manifestação dessa angústia.
-A partir do momento que manifesta o sintoma físico, é como um “start” para um sistema psicológico que não para. Daí a razão de tomar medicamento. Exemplo: todo stress que a pessoa tiver, traz tudo de volta e manifesta no corpo.
-Se a pessoa converte a angústia em dor, em sintoma físico, ela faz qualquer outra coisa.

-Síndrome do cólon irritado: crônico, tem diarreia, perde vitaminas, não tem base orgânica, a alteração pode produzir mudanças no órgão.
-Os indivíduos devem ter passado por pelo menos três filtros obrigatórios:
  1. Busca pelo auxílio médico mediante a presença do sintoma;
  2. Reconhecimento como quadro de natureza psíquica pelo médico;
  3. Encaminhamento para serviço de saúde mental.
Subtipos segundo classificação do CID-10:
      Transtornos da Somatização (F45.0)
      Transtorno Hipocondríaco (CID 10) ou Hipocondria (DSM-IV)
      Transtorno Dismórfico Corporal (DSM-IV) ou Dismoforfobia (CID-10)
      Transtorno Somatoforme Doloroso persistente (CID-10) ou Transtorno Doloroso (DSM-IV)
      Transtorno Neurovegetativo Somatoforme (CID-10)
      Transtorno Somatoforme Indiferenciado, outros Transtornos Somatoformes (CID-10) e Transtorno Somatoforme sem outra especificação.
      Síndromes Funcionais
-Os sintomas decorrem de conversões histéricas/estruturas histéricas de personalidade. A pessoa passa por questões de stress crônico, o que produz uma energia que não é metabolizada pelo psiquismo por falta de tempo. O excedente dessa energia é convertido/dirigido para um órgão ou enervação somática. Tem uma base depressiva, em geral se trata com psicoterapia e antidepressivo. O manejo clínico é difícil, pois a pessoa acredita que a base é orgânica e tem dificuldade de simbolizar.

                                       Transtornos da Somatização (CID-10, F45.0)
  1. História de um ou mais anos de queixas físicas múltiplas e ausência de doenças físicas que justifiquem os sintomas ou o grau de prejuízo a eles associados.
  2. Angústia com os sintomas leva a uso repetido de serviços de saúde formais ou alternativos;
  3. “B” se mantém mesmo com o reasseguramento médico;
  4. Seis ou mais sintomas em dois ou mais grupos diferentes (gastrintestinais, cardiovasculares, geniturinários, cutaneodolorosos).
  5. Os sintomas não são explicados por outro transtorno mental.

Transtorno Hipocondríaco (F45.2)
  1. Crença por seis meses ou mais na presença de até duas doenças físicas sérias. A vivência é de um corpo que não se sustenta.
  2. Preocupação com “A” causam angústia ou interferência na vida diária e levam a busca por ajuda de serviços de saúde formais ou alternativos.
  3. Recusa ou relutância em aceitar o reasseguramento médico.
  4. Os sintomas não são explicados por outro transtorno mental.
      Dismorfofobia (corporal) (não-delirante);
      Hipocondria;
      Neurose hipocondríaca;
      Nosofobia.

Transtorno Doloroso SF persistente (F45.4)
  1. Dor persistente, grave e angustiante por, pelo menos seis meses e continuamente na maioria dos dias, sem explicação adequada pela evidência de processo fisiológico ou distúrbio físico e que é o principal foco de atenção do paciente,
  2. Os sintomas não são explicados por outro transtorno mental.
  3. Incluí: Cefaleia psicogênica, dor psicogênicas da coluna vertebral

Transtorno Neurovegetativo Somatoforme (CID-10)
  1. Aerofagia, colón irritável, diarreia crônica, dispepsia, disúria, flatulência, hiperventilação, piloropasmo, polaciúria, soluço, tosse, neurose gástrica.
  2. Em geral, os quadros são polisintomáticos e vêm acompanhados por sintomas neurovegetativos ou queixas difusas.
  3. Não pode haver queixas de lesão orgânica e não é exigida, embora comum, a relação com fatores psicossociais.

Transtorno Somatoforme Indiferenciado, outros Transtornos Somatoformes (CID-10) e Transtorno Somatoforme sem outra especificação.
-Essas três categorias representam “resíduos” não alcançados pelos diagnósticos anteriores.
                                    Transtornos Somatoformes Indiferenciados
            Apresentação somatoforme polissintomática e causadora de sofrimento e busca de auxílio médico, porém sem preencher os critérios para transtorno de somatização ou para outros transtornos somatoformes. Forma mais branda de Transtorno da Somatização, porém sem a mesma consistência conceitual que justifique empiricamente os critérios que a definem. Disfagia psicogênica, incluindo "bolo histérico“, dismenorréia psicogênica, prurido psicogênico, ranger de dentes, torcicolo psicogênico.
                                   
Transtorno Somatoforme sem outra especificação
. Fibromialgia
      Dor generalizada nos quatro quadrantes do corpo pelo mínimo de três meses.
. Sindrome do Collon Irritável
      Doze semanas, consecutivas ou não, nos 12 meses anteriores, de desconforto ou dor abdominal com pelo menos duas das seguintes características:
Melhora com a evacuação; e/ou início associado com mudança de hábito intestinal; e/ou início associado com mudança na consistência das fezes.

Transtornos dissociativos (ou conversivos)
-Funcionam individualmente; relacionado às formações reativas para ter civilidade.      
      Fenômenos Dissociativos
            As características em comum compartilhadas pelos transtornos dissociativos (ou conversivos) (TDCs) são a perda parcial ou completa da integração normal entre memória, consciência da própria identidade, sensações e controle dos movimentos corporais (WHO, s/d).
            O termo foi popularizado por Pierre Janet por volta de 1880, para designar “desagregações psicológicas”: perda da unidade de funcionamento da personalidade humana, com o desprendimento de uma parcela autônoma que originaria diversos automatismos motores ou sensoriais fora do controle consciente (Janet, 1889).
Conceito (DSM-IV)
            A mente é composta por um sistema com vários módulos em constante interação, originando a unidade da consciência. Em situações normais, há integração entre esses módulos, mas na dissociação esses sistemas cognitivos começam a perder sua conexão e podem funcionar de modo autônomo.
     (DSM-IV): “uma ruptura nas funções habitualmente integradas da consciência, memória, identidade ou percepção do ambiente” (APA, 1994).
            Conceito Cardeña (1994):
      Dissociação como módulos mentais semi-independentes: coexistência de sistemas mentais separados que deveriam ser integrados na consciência, na memória ou na identidade do indivíduo: transtornos de personalidade múltipla, estados de transe e flashbacks de memórias traumáticas.
      Dissociação como perda da conexão entre o indivíduo e o ambiente ou o “eu”: desrealização e despersonalização.
      Dissociação como mecanismo de defesa inconsciente: amnésia dissociativa, la belle indiference e fuga dissociativa.

Características clínicas
            Origem Psicogênica apresentando estreita relação temporal com eventos traumáticos, problemas insolúveis ou intoleráveis ou relações pessoais deterioradas de forma grave. O termo “conversão” relaciona-se ao princípio de que problemas psíquicos não solucionáveis foram “convertidos” em sintomas físicos. Tais pacientes costumas apresentar a marcante negação de problemas e dificuldades pessoais que são evidentes para os outros. (WHO, s/d; Hurwitz, 2004).
      CID-10: o início e o término dos estados dissociativos são comumente súbitos, tendem a remitir em horas, dias ou em poucas semanas, particularmente se o início se associou a situações traumáticas.

Subtipos:
  1. Amnésia dissociativa (F44.0): esquecimento de algum momento da vida; pode ser temporário; pode estar relacionado a identidade.
  2. Fuga Dissociativa (F44.1): pessoa muda de identidade e esquece da anterior; tende a ser transitório (volta a lembrar).
  3. Estupor Dissociativo (F44.2): pessoa fica robotizada; desafetiviza; fica em uma realidade paralela; está ali, mas não está.
  4. Transtornos de Transe e Possessão (F44.3): possessões histéricas; pessoa encarna uma entidade X.
  5. Transtornos Dissociativos do Movimento e Sensação (F44.4 a 44.7): ronquidão histérica, cegueira histérica, crises que parecem convulsões, paralisias.
  6. Síndrome de Ganser (F44.80): amnésia para cálculos aritméticos.
  7. Transtorno de Personalidade Múltipla (F44.81):
  8. Síndrome de Despersonalização-Desrealização (F48.1): vivência temporária que está em um filme; o que está acontecendo não é real; ela não está no corpo.

Transtornos Mentais relacionados ao álcool e substâncias psicoativas
-Historicamente o uso de substâncias psicoativas esteve ligado à finalidades curativas, religiosas, culturais e de lazer. Os primeiros registros datam referem-se ao uso da fibra da maconha em tecidos na China, há cerca de 6.000 anos e, há cerca de 4.000 anos o uso do ópio e álcool entre os egípcios.
-Um dos marcos importantes da história contemporânea das substâncias psicoativas é a caracterização da dependência química como uma doença multicausal de evolução crônica caracterizada por recaídas frequentes.
-O que define o adicto não é a quantidade, mas sim o tipo de relação que se estabelece.
-Os quadros de intoxicação, abuso e dependência de álcool e outras substâncias psicoativas, caracterizam-se por uma forma particular de relação entre os seres humanos e as substâncias químicas que apresentam ação definida sobre o sistema nervoso central (SNC) e, consequentemente, sobre o psiquismo (Meyer, 1996; Camí; Farré, 2003).
-Substância Psicoativa é qualquer substância química que, quando ingerida, modifica uma ou várias funções do SNC, produzindo efeitos psíquicos e comportamentais. São consideradas substâncias psicoativas: álcool, maconha, cocaína, café, chá, diazepan, nicotina, heroína, etc.
Neurobiologia
-As sensações de prazer ou excitação produzidas por estas substâncias estão vinculadas às chamadas áreas de recompensa do cérebro responsáveis por atribuir prazer a um determinado comportamento.
-Toda vez que um estímulo recompensador é apresentado ao indivíduo – alimentos, sexo, drogas, água, convívio social – há liberação de dopamina nas regiões –alvo (córtex pré-frontal e núcleo acumbente).
-Os estímulos artificiais oferecidos pelas substâncias aditivas sobre o sistema de recompensa leva a uma produção de dopamina de duas a dez vezes maior que qualquer outro estímulo recompensador natural, o que propicia o estabelecimento da adição.

-O mecanismo de prazer gerado pela droga é muito rápido e absorvido pelo sistema límbico. A dificuldade de sair disso é de que não há nada que combata isso.

Fenômenos neurobiológicos que integram a adicção ou dependência:
      Intoxicação: síndrome reversível específica – alterações comportamentais ou mentais, como prejuízo do nível de consciência e outras alterações cognitivas, beligerância (pessoa briguenta, irritada), agressividade e/ou humor instável – causada por substância psicoativa.
      Abuso: uso recorrente ou contínuo de uma substância psicoativa, lesivo ou mal adaptativo levando a prejuízos ou sofrimento clinicamente significativos. Os prejuízos refletem na vida familiar do sujeito, fracasso escolar, brigas, etc... Envolvimento recorrente em situações nas quais há perigo para a integridade física do sujeito: dirigir veículos, atividade sexual com desconhecidos, operar máquinas, etc.
      Uso nocivo: mais restrito do que o abuso, refere-se a um padrão de uso que causa danos à saúde física (esofagite ou hepatite alcoólica, bronquite por tabagismo) ou mental (depressão) (OMS, 1993).

0 comentários: