Psicologia Comportamental
Seleção pelas consequências
1) História como espécie
(filogênese).
2) História como indivíduo
(ontogênese).
3) História como grupo
social (cultura).
Behaviorismo Radical
Filosofia da ciência
-Pressuposto:
definição escolhida por nós.
-Platão: mito da
caverna (vemos sombras do mundo das ideias - perfeito).
-Descartes: mundo
imaterial X mundo material
alma X
corpo
mente X
corpo
-Para o Behaviorismo não
há essa visão dualista, e sim monista.
-Pergunta filosófica:
o que é Psicologia? É o estudo do comportamento.
-Behaviorismo
metodológico: ambiente --> mente --> comportamento. Se a mente não é
observável, é ignorada.
-Para Skinner (Behaviorismo
radical), a mente também faz parte do comportamento. Não é necessário medir, a
observação vem da fala da pessoa, o que é relatado é verdade para ela.
-Comportamento é toda
interação do organismo com o ambiente.
-Método: análise funcional
(com que mudanças ambientais o comportamento se altera).
-Modo causal:
"por que as pessoas fazem o que fazem?"
-Objetivo do
Behaviorismo: entender, explicar, prever e controlar o comportamento.
-Causas do
comportamento: consequências que estes comportamentos tiveram no passado.
-Comportamento:
tudo que organismos vivos fazem (sentimentos, pensamentos, sensações,
expectativas).
-Consequências/contingências
são determinadas pelo ambiente.
-Ocorrem variações de
contingências ao acaso.
-Seleção natural
necessita de: variação de fenótipos sob contingências ambientais
que favoreçam um fenótipo em detrimento de outros e ambiente
estável por um período razoavelmente longo.
-Consequência
fundamental da seleção: reprodução.
-Selecionados
filogeneticamente: reflexos, padrões fixos de ação, sensibilidade a
estímulos que podem modificar reflexos e padrões fixos de ação, sensibilidade
às consequências do nosso comportamento, reforçadores primários, sensibilidade
a novos reforçadores (formar reforçadores condicionados).
-Comportamento operante:
selecionado pelas consequências, necessita de variação de comportamento,
contingências estáveis, consequências diferenciadas (dar certo ou errado),
reforços e punições.
-O mundo é material:
monista.
-Behaviorismo critica o dualismo (mente e corpo) e o mentalismo.
-Causalidade do
comportamento está no ambiente,
na história de vida.
-Análise funcional:
que eventos ambientais (S) alteram o comportamento (R) 》controle, determinação.
Coerção
-Sidman: vivemos
num mundo que usa muito a coerção.
-Contingências da natureza
são, de modo geral, coercitivas.
-Segundo alguns autores, a extinção é uma contingência separada, não é
uma coerção aversiva.
-Sidman: só
entendemos a frequência do comportamento em reforço
positivo e reforço negativo. Punição negativa é qualquer contingência em que é
retirado o reforçador positivo, mesmo que não diminua a frequência do
comportamento. Punição
positiva é a apresentação de
um reforçador negativo, não importando o resultado (acrescenta um estímulo
aversivo).
-Não temos acesso às
consequências das ações dos outros, não temos esse controle.
-Análise funcional é individual.
I) Comportamento respondente
(involuntários):
S 》R (sentimentos, emoções).
a) Reflexos.
b) Padrões fixos de ação
(inatos / seleção natural / filogênese).
Condicionamento
respondente:
a) Modificação de reflexos
(respondente) por aprendizagem (ontogênese).
b) A filogênese dá a
sensibilidade ao pareamento.
II) Comportamento operante
(voluntários):
-Seleção pelas
consequências (ontogênese).
-Delta, discriminação,
reforço, punição.
Bases biológicas (filogênese):
a) Sensibilidade às
consequências do nosso comportamento.
b) Reforçadores primários
/ punidores primários (seleção natural).
-Alguns teóricos afirmam
que não se deve utilizar reforço negativo, punição positiva e punição negativa,
por serem controle aversivo (coerção). Nem todos os
teóricos consideram que a extinção faz parte da punição negativa.
-É melhor utilizar o
reforço positivo para outras respostas, comportamentos incompatíveis (DRO).
Punição
1) O que é punição? São consequências que diminuem a frequência do comportamento.
-Quer punir algo
específico, mas isso acaba sendo consequência para outro comportamento. Exemplo: médico para de atender
pessoas por ter medo de errar (comportamento) e de ser punido (causa para ele
não atender mais).
A) Positiva: adição de um estímulo
(aversivo)
-A bronca pode ser
aversiva (elicia resposta emocional, como: medo, dor), mas não necessariamente
funciona como punidor.
B) Negativa: retirada de um estímulo
reforçador / castigo
-Não andar em alta
velocidade com o carro para evitar multa.
2) Por que punimos? Punimos para diminuir um comportamento. Significa que estava em
alta frequência (é mantido por reforçadores, geralmente positivos).
Situação de conflito: para o mesmo
comportamento, existem duas consequências: o estímulo reforçador e o estímulo
punidor, contrárias.
-A punição funciona
enquanto está presente.
Exemplo: falar na aula 》 levar bronca 》parar 》repetir o comportamento.
Pois não tem controle sobre as consequências.
-A punição funciona pouco,
tem um efeito breve e localizado. Diminui temporariamente a frequência do
comportamento e reforço comportamentos alternativos.
3) Por que evitar o uso da
punição? Efeitos colaterais:
A) Respostas emocionais
desagradáveis (respondentes se tornam
punidores condicionados).
B) Punidores condicionados (aprendidos) - o mundo se torna cada vez mais aversivo.
C) Diminuição da
variabilidade comportamental / probabilidade de
aprender.
D) A punição leva a
comportamentos reforçados negativamente (fuga, esquiva). A pessoa aprende a fazer coisas para evitar a
punição, pela retirada de um estímulo aversivo.
-Reforço positivo:
liberdade.
E) Contracontrole: greve, revolta.
Reforço negativo
-Aumenta a frequência de
um comportamento, sendo a consequência a retirada de um estímulo.
A) Fuga
-Comportamento reforçado
negativamente em que o estímulo aversivo já está presente.
-Historicamente, na
ontogênese, comportamentos reforçados negativamente são aprendidos em
consequência de punições. O reforço negativo é um efeito colateral da
contingência de punição.
-A aprendizagem de
comportamentos reforçados negativamente é mais rapida quando comparada a
reforço positivo, no entanto leva a comportamentos mais estereotipados (menos
livres).
-Menos variabilidade
comportamental (menor capacidade de aprender outros novos comportamentos). A
ideia de variabilidade causa medo, ansiedade, menos criatividade.
Rotas de fuga
I) Desligar-se.
II) Desistir.
Esquiva
-Fuga: o estímulo
já está presente (remediar).
-Esquiva: o
estímulo ainda não está presente (prevenir). Comportamentos que aumentam de
frequência, pois evitam/previnem/atrasam o aparecimento do estímulo aversivo. É
causada por uma história de reforçamento.
-Esquiva adaptativa:
comportamentos importantes de autopreservação. Nos protege do contato com um
estímulo aversivo.
-Esquiva desadaptativa:
que leva a pouco contato com as contingências. Priva o contato com
reforçadores e prolonga o sofrimento. Exemplo: mentir (muda a contingência, mas
não muda o comportamento).
S pré-aversivo "nuvens escuras" (Sd) - comportamento "pegar o guarda-chuva"
(R) 》S aversivo "ficar molhado".
-Sentimentos,
pensamentos e expectativas não
são causas do comportamento, são comportamentos que devem ser explicados
também.
Questões para estudo
1) Diferencie o Behaviorismo metodológico do radical.
2) Do que necessita a seleção natural para acontecer?
Qual sua consequência fundamental?
3) Quais são os comportamentos selecionados
filogeneticamente?
4) O que é comportamento operante?
5) O que é reforço positivo?
6) O que é reforço negativo?
7) O que é punição positiva?
8) O que é punição negativa?
9) Por que evitar o uso da punição?
10) O que é fuga?
11) O que é esquiva?
12) O que é esquiva adaptativa?
13) O que é esquiva desadaptativa?
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