sábado, 25 de abril de 2015

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Resumo da aula de EI (23/04)

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Perigoso e violento

-Papel da mídia: narrar, expressa valores, enunciação.

-Adolescência: período em que o processo psicossociológico de transição entre inf e idd adt depende das circunstâncias sociais.


Evolução da legislação

1830: código criminal do império (casas de correção).

1927: código de menores (efeitos da ausência, tutela do Estado, retirada do Pátrio Poder).

1979: novo código de menores (ditadura, doutrina da segurança, FUNABEM, FEBEM).

1990: ECA (Doutrina da proteção integral - antes de 18 anos é inimputável. Menor não infrator, em conflito com a lei, merece cuidado e orientação). Medidas socioeducativas: 1-advertência; 2-reparação de danos; 3-prestação de serviços; 4-L.A. (liberdade assistida); 5-regime de semiliberdade; 6-internação. 


-Jornal: indicador de visão do mundo [2.95 reportagens, 30 cartas/artigos, 271 no caderno de segurança, 62% crimes(1)/tráfico(4), sistema socioeducativo - ECA(2), medidas(3)].

-Termos: menores infratores, delinquentes, pivetes, bandidos, trombadinhas.


Pesquisa do IPEA – 2002

23,3 milhões - adl (15%).

9.555 privados de liberdade.

2,88 para cada 10.000.

7,4 no Espírito Santo.

70% roubos, furtos. 

30% delitos graves.


Na imprensa: adolescência. 
-Estigma; prática do ato é algo definitivo; constituição do sujeito-laços; defesa de rigidez.

Aspectos:

-Imaturidade, influência no adt, carentes de controle, imaturos para decidir, indicadores de potencialidade, caráter de bandido, futuro negado.

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Cronograma de Educação Inclusiva

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Cronograma de Educação Inclusiva

23/04: Texto 12 (perigoso e violento).

30/04: Texto 13 (AH/S).

07/05: Textos 14 e 15 (medicalização).

15/05: Texto 16 (psico e deficiência).

19/05: Filme.

21/05: Mesa redonda (projeto integrado e deficiência/autismo/bipolar/gênero).

28/05: NP2.

11/06: SUB.

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Resumo da aula de TP (22/04)

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-A Psicanálise oferece um panorama geral do funcionamento psíquico. 

-O quanto antes relatar, menos se perde.

-Sintomas: tosse nervosa e afonia (não falar) paciente Dora.

-Perversão: na criança, as punções são parciais (uma zona erógena ou outra), tem satisfação parcial. No adulto, a sexualidade é integrada. Satisfação parcial que tende a evoluir para integrada.

-Instrumento que auxilia no alcance do objetivo (técnica).

-Sintoma é uma forma substitutiva da realização do desejo (também é sexualidade).

-Histéricas cuidavam de pessoas doentes: isso pode mobilizar emoções (fantasias infantis inconscientes). É mais fácil de lidar com a morte quando a relação foi boa, se não, mobiliza o que não foi elaborado (maior parte dos casos).

-As figuras internalizadas são transferidas para outras relações. Acontece o tempo inteiro, mesmo que não prestemos atenção. No setting terapêutico, utilizamos como instrumento. 

-Freud descobriu quando percebeu que as pacientes se apaixonavam por ele (amor projetado a partir de relações paternas).

-Não há como evitar a transferência. 

-Transferência é um sinal claro de resistência. 

-Apaixonar-se pode ser uma forma de resistência para não entrar em contato com o que é importante. 

-Pode ser uma transferência positiva ou negativa: positiva tem a ver com amor e a negativa com ódio.

-A histeria não é curada pelo método, mas pela relação que se estabelece.

-A transferência pode ser consciente (verbalizada) ou por atuação (ato / inconsciente).

-Atua o que não consegue simbolizar (atuação com o que não pode ser verbalizado).

-Sempre existe a possibilidade de mudança.

-O que está no inconsciente, já passou pelo consciente e pode retornar, pois é atemporal.

-Se o sentimento é elaborado na terapia, altera também na relação de origem.

-Precisamos do outro para legitimar a emoção.

-A Psicanálise não trabalha exatamente com o que é inato, mas não desconsidera.

-Existem coisas que são disposição e outras que são acaso (sorte).

-Mecanismo de defesa – formação reativa: questão amorosa que encobre o ódio, que não pode ser mostrado (mostra o extremo oposto).

-Regressão: pessoa é adulta, mas volta a ser criança dependendo da situação.

-Transferência como resistência: mais como negativa ou erótica.


-Ambivalência: conter bem e mal (gostar e desgostar).

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segunda-feira, 20 de abril de 2015

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Cronograma de aulas e prazos de Psicologia do Cotidiano

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Cronograma de aulas e prazos de Psicologia do Cotidiano

20/04/2015: Não haverá aula.

27/04/2015: Não haverá aula.

04/05/2015: Não haverá aula.

05/05/2015: Entrega do segundo relatório parcial e do primeiro relatório parcial corrigido para o representante de sala.

11/05/2015: Não haverá aula.

18/05/2015: Todos os grupos podem comparecer para encontro e entrega dos relatórios das observações.

25/05/2015: Entrega do relatório final, apresentação do trabalho (todos devem comparecer) e entrega das fichas de estágio. Na apresentação e no relatório final (feito no modelo da ABNT), devemos dizer o que o fenômeno causou em nós.

01/06/2015: Avaliação semestral (não haverá prova substitutiva).


Estágio supervisionado: 40 horas

25 horas: observações individuais (exemplo: 1h30 cada uma).

5 horas: registro das observações (exemplo: 20 minutos cada um).

5 horas: elaboração de relatórios parciais e final (exemplo: 1h30 para cada parcial e 2h para o final).

5 horas: preparação e apresentação (exemplo: 3h de preparação e 2h de apresentação).

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sábado, 11 de abril de 2015

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Resumão: Educação Inclusiva

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Educação Inclusiva

A construção do estigma

-Normal: moda estatística, anatômico-funcional, tipo ideal (protótipo).

-Mecanismos de defesa para manutenção do equilíbrio intrapsíquico por uma fonte de insegurança: ataque (liquidar a ameaça – sacrifício na idade antiga), fuga (abandono direto ou indireto – negar amor) ou superproteção (contrário de afeto).

-Esses mecanismos podem ocorrer por atenuação (poderia ser pior), compensação ou simulação.

-Preconceito: ideia / sentimento.

-Discriminação: generalização / atitude.

-Declaração de Salamanca é escrita e assinada por 88 governos e possui princípios, políticos e práticas para a educação inclusiva.

-Escolas regulares com orientação inclusiva são meios eficazes para combater discriminações, a partir da criação de comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos.

-Aceitar as diferenças: a aprendizagem deve adaptar-se às necessidades de cada criança.

-Incluir significa: abranger (presença), inserir (participação) e implicar (desenvolvimento).

-Transtornos funcionais: TDAH, dislexia. 

-Relações étnico raciais/gênero: homossexualismo, mulher, adolescente em conflito com a lei.


Os fundamentos da educação inclusiva

1. Acessibilidade atitudinal: aceitação das diferenças. 

2. Acessibilidade física, instrumental e comunicacional.

3. Acessibilidade curricular. 

4. Por uma nova pedagogia: sentido da aprendizagem, diversificação de estratégias.

5. Formação do professor. 

6. Avaliação. 

7. Gestão voltada à criação de múltiplos espaços de aprendizagem. 

8. Relação escola X família. 

9. Atendimento educação especial (AEE).

Questionário de estudo

1)         Expor a adequação necessária para o ensino do aluno com deficiência visual.
Locomoção; material; fala clara; descrever o que escreve na lousa; não excluir do grupo.

2)         Explicar a necessidade de observação dos alunos com NEE para a programação das aulas.
Necessidade de intérprete; observar se é de nascença ou não; necessidade de um auxiliar para escrever; professor deve ficar atento se o aluno está indo bem e quais adaptações serão necessárias para melhorar; pensar no que pode fazer para o aluno se desenvolver.

3)         Explicar as principais determinações da Declaração de Salamanca.
Formação do professor; (slide: fundamentos da educação inclusiva); todas as crianças podem e devem estar na escola; devem ser disponíveis de acessibilidade física, atitudinal, visual; recursos da educação especial devem conter na educação regular (contra turno entre professor e auxiliar à AEE à sala de recursos especiais à não precisa ser em toda escola, mas tem que ser próximo); escolas especiais viraram centros de atendimento educacional especializado (CAEE).

4)         Explicar as ações didáticas para sensibilização dos alunos quanto a diversidade.
Escola deve abordar os assuntos (histórias, filmes, palestras). Primeiro a criança tem que identificar quem é e perceber que o outro é igual. O professor tem que ouvir: qualquer situação pode ser educativa.

5)         Relacionar as formas do atendimento da pessoa com deficiência ao longo da história (eliminação – institucionalização – inclusão).
Dependendo da cultura, eram mortas por não corresponderem ao ideal de ser humano da época (abandonadas ou mortas - eliminação) à foram colocadas em silos/hospitais (institucionalização) à integração à inclusão.

6)         Explicar as ações didáticas quanto às relações de gênero.
Respeitar as relações de gênero; orientação aos pais; (resposta 4).

7)         Expor as ações didáticas quanto à deficiência auditiva.
8)         Explicar as ações do gestor para organizar a escola em função da diversidade dos alunos.

9)         Analisar o preconceito e a discriminação na sociedade, a partir do estudo da Lígia Amaral (normal – desvio – estigma) e falar do trabalho que você fez.


10)      Analisar a situação educacional a partir da legislação.

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sábado, 4 de abril de 2015

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Resumão: Comportamento Humano nas Organizações

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Comportamento humano nas organizações – NP1


Evolução histórica da relação do homem com o trabalho

-Lewin Munford - 3 fases: eotécnica (feudalismo), paleotécnica (revolução industrial) e neotécnica (moderna).

-Era da telecomunicação: pós moderna.


Feudalismo - fase eotécnica

-Sr. Feudal X Camponeses: dependiam um do outro (relações primárias / afetivas).

-Trabalho manual: artesão. Desde a matéria prima até o final.

-Relação de troca por necessidade de sobrevivência.

-Não existia uma mobilidade social, filhos seguiam o destino dos pais.

-Influência forte da igreja católica ("o trabalho dignifica o homem").

-Palavra "trabalho": tripalium (onde os escravos eram açoitados), labore (sacrifício, atividade penosa).


Revolução industrial - fase paleotécnica

-Sistema fabril (14-18 horas por dia).

-Sem condições dignas de trabalho; crianças à idosos; 1750-1900; camponeses migraram; maior mobilidade social; ideia de livre concorrência; maior competição entre as pessoas; em tese, havia a ideia de promoção nas fábricas; capitalismo - busca pelo dinheiro; maior individualismo, o que favorece a competição; a pessoa faz parte da produção, não detém a matéria prima, o processo e o produto final (conceito de alienação de Marx).

-A ideia de competição é errônea, pois não vai necessariamente arrecadar lucro.

-As empresas passam a ideia de trabalho em equipe, mas aos poucos fica perceptível que, na verdade, é cada um por si.


Moderna - fase neotécnica

-1900: influência do Positivismo (conhecimento é o que é cientificamente comprovado / ciência acima de tudo / administração clássica).

-Taylor desenvolveu a teoria da administração científica (só é administração se puder ser comprovado / faz-se um estudo científico).

Elaborou 5 princípios básicos
1- Método único: estudo de tempos e movimentos (cronometrista avaliava o tempo de cada movimento de um funcionário no exercício da função, se fosse o ideal, os demais funcionários deveriam agir da mesma forma).

2- Treinamento: todos da empresa eram treinados para reproduzir o mesmo comportamento.

3- Seleção: por características físicas.

4- Remuneração por peça: quanto mais produzia, mais ganhava.

5- Controle gerencial: alguém para dar ordens.

-A ideia do trabalho como algo ruim, fez com que Taylor pensasse em um método para motivar: cenoura e pancada (itens 4 e 5, respectivamente). Com isso, a produção cresceu. Consequentemente, pessoas foram demitidas, pois poucos já produziam a mesma quantidade de muitos.

-Trabalho é a transformação da natureza (e de nós mesmos), não apenas o conceito capitalista (lucro).


Ford - ergonomia e função do grupo


-Pode-se controlar o trabalho individual pelo grupo (grupo como controlador social).

-Com a esteira inserida na produção, o desgaste dos funcionários seria menor e a produção, maior.

-Ford criou uma linha de produção em escala: ergonomia (relação da pessoa com o trabalho/máquina). Teve ascensão rápida por conta da grande contribuição estatal: o funcionário podia comprar o próprio produto, o que fazia com que ele produzisse com mais comprometimento. Percebeu que o grupo julga quem não segue regras (sanciona a conduta do indivíduo).


Quadro comparativo
Taylor
Ford
Pós-fordismo (Max Pagés)
Preocupação com o processo (como fazer)
Preocupação com o processo (como fazer)
Preocupação com a estratégia / resultado (a razão de fazer)
Controle externo (gerente)
Controle externo (grupo)
Controle interno (eu) – iniciativa / pró-atividade
Mecanismo de repressão (gerente)
Mecanismo de repressão (grupo)
Mecanismo de persuasão


-Cada vez mais as pessoas se sentem obsoletas pelas exigências do mercado.

-Empresas hipermodernas: buscam um perfil diferenciado, gerando um tratamento diferenciado.

-Década de 80: crescimento rápido gerou crise de identidade.


Tendências / mudanças
-Sentimento de obsoletismo (profissional negociador).
-Antropomorfismo (dar vida a objetos inanimados).
-Isolamento social (atrelado à tecnologia): temos mais contatos virtuais do que pessoalmente.
-Noção de tempo.
-Rede - senioridade (tem sido desvalorizada por não acompanhar a tecnologia).


Mudanças nas empresas
-Novos modelos de gestão.
-Terceirização.
-Descentralização (dividir a responsabilidade da matriz para as filiais) / downzing (enxugamento de níveis hierárquicos).
-Trabalho em equipe.
-Multifuncionalidade.


Psicologia ligada ao trabalho
-Fadiga (primeira coisa a ser estudada em laboratório pela Psicologia; descobriu-se que não era psicológica, e sim fisiológica; houve a necessidade de reduzir as horas de trabalho).
-Psicometria (habilidades / personalidade).
-Liderança - comunicação - grupo.
-Motivação no trabalho.
-Comprometimento.
-Alienação.
-Saúde mental no trabalho.

-Nascemos com: medo, afeto, raiva, tristeza, alegria.

-Somos culturalmente mais estimulados para ter algumas emoções, do que outras.

-Está havendo uma feminilização do mercado de trabalho por conta da sensibilidade (foco no cliente).

-A senioridade tem sido desvalorizada por não acompanhar a tecnologia.

-Testes psicológicos passaram a ser utilizados em indústrias, o que não é tão bom, pois não são 100% fidedignos.

Papel do psicólogo

-Industrial: aplicava testes para seleção (se o perfil do funcionário era parecido com o do chefe / se o indivíduo estava apto para o cargo).

-Von Bertalanfly (Teoria Geral dos Sistemas): todo ato pode ser analisado como um sistema, que possui subsistemas e está em um macrosistema. Possuia um referencial da Biologia. Exemplo: família (macrosistema) interfere na vida da pessoa, que possui subsistemas (sistema endócrino, respiratório). Um interfere no outro, são interdependentes (relação causa-efeito).

-Todo sistema tem uma entrada, um processo e uma saída. 

-Essa teoria fez com que o papel do psicólogo mudasse de industrial para organizacional (organismo).

-Todo sistema é aberto, senão entra em entropia (morre).

-Organizacional: ampliou o campo de atuação (treinamento, desenvolvimento). Ainda tinha visão tecnicista/reativa.

-Hoje em dia, o psicólogo procura entender o que está acontecendo, antes de tomar medidas (papel estratégico). A preocupação atual é com a saúde mental do funcionário.


Organização formal e informal

-Elton Mayo: estudos de Howthorn ou o movimento das relações humanas. 3 momentos da pesquisa realizada por ele (uma fábrica com muitas funcionárias mulheres estava com baixa produtividade):

1- Iluminação: grupo controle (situações normais) X grupo experimental (melhor iluminação). A produtividade do grupo experimental cresceu, o que fez o pesquisador pensar que essa era a razão. Para comprovar, voltou a iluminação às condições normais e, como resultado, a produção continuou crescendo.

2- condições de trabalho: 6 mulheres ficaram livres para criar e trabalhar como quisessem, com isso, a produtividade aumentou. Retirada a liberdade, a produtividade continuava alta.
3- Realizaram entrevistas e perceberam que isso era terapêutico (as pessoas precisavam ser ouvidas). Esse conceito de homem social contrapôs a teoria de Taylor.

-O conceito de homem social mostra as conclusões: quando o funcionário se sente pertencente ao grupo, a produtividade cresce.

-Crítica: reducionista a um fator (ideia de que o homem se motiva apenas com conversa ou salário).

-Teoria muito utilizada na década de 60.

-Dentro de uma organização formal, há uma informal que não é vista.

-Formal: impessoal (não existem pessoas, e sim funcionários com papeis definidos - pressupunha que a minoria pensa e a maioria executa), baseada nas relações ideais (ideia de que com papeis definidos não haveria intrigas) e hipótese da gentalha ou da ralé (gestor pensava em relação ao seu funcionário e agia de acordo com a sua filosofia – autoritário).

-Informal: mal delimitada, mal estruturada, independe de cargos. Elton Mayo afirmou que era importante ouvir essa organização (grupo informal), pois auxilia no sucesso da mudança na empresa.

Dois grupos que precisamos entender:

-Primários: relação face a face; contato direto; comunicação direta; relação afetiva. Têm a função primordial de formação de opinião (distinção entre indivíduo e grupo).

-Secundários: contato direto; relação contratual; intelectualizada.

-Elton Mayo foi o pioneiro a pensar nas teorias motivacionais.

-Percepção: unidade inicial / capacidade de captação dos estímulos externos utilizando os 5 sentidos. Após isso, interpretamos baseados nos nossos conhecimentos (experiências) e, só então, comunicamos.

-Percepção é limitada e seletiva (temos um foco / depreendemos o que está ao redor / só processamos um estímulo por vez).

-No processo de percepção, podemos fazer entrevista, observação e questionário. A maior profundidade é dada pela entrevista.


Teorias motivacionais

-Precursor dos estudos: Elton Mayo (movimento das relações humanas - conceito de homem social).

Mc Gregor: teoria X e Y.
-Fez uma pesquisa com executivos: a maioria pensava de acordo com a administração clássica (forçavam o funcionário a trabalhar). Esse resultado da pesquisa foi denominado teoria X (achavam que as pessoas trabalhavam apenas por necessidade; tinham práticas autocráticas; o funcionário não era livre para ser criativo).

-Proposta Y: ambiente motivador faz o funcionário responder / funcionário pode ser criativo / se motiva se tiver apoio do gestor. Desenvolvimento gerencial: rever as crenças dos gestores e os discursos ideológicos das empresas (discurso X prática).

Argyris: teoria da imaturidade e maturidade
-O ser humano inicia a vida com imaturidade (estado de dependência, subordinação, se comporta de poucas maneiras, não tem noção de si mesmo, não tem noção de tempo, tem interesses dispersos e é passivo).

-Dificilmente vamos atingir o estado de maturidade (oposto de imaturidade).

-A empresa pode impedir o desenvolvimento do funcionário.

-A pessoa desenvolve mecanismos de fuga, saindo da empresa ou se mantendo insatisfeito: agressão (verbal, que contamina ambiente e pessoas).

Maslow: hierarquia das necessidades
-O ser humano busca equilíbrio e é movido pelo desequilíbrio. Uma necessidade precisa estar parcialmente satisfeita antes de buscar outra.

-Fisiológica: comer, beber.

-Segurança: certeza de que as fisiológicas estão atendidas / benefícios / estabilidade.

-Social: se sentir pertencente.

-Estima: poder e prestígio / reconhecimento alheio / poder derivado de um status (cargo) / poder derivado de um status intrínseco (carisma, inteligente).

-Autorrealização: utópica / outras necessidades vão emergir / sempre buscamos novas metas).

Herzberg: teoria dos fatores higiênicos e motivadores.
-Perguntou o que as pessoas mais gostavam e menos gostavam sobre o trabalho.

-Falou sobre a higiene: previne a doença, mas não causa saúde. Se a empresa mexer nesses fatores, vai prevenir a insatisfação, mas não causa satisfação. Tem um caráter temporário/preventivo.

-O que causa insatisfação, geralmente está relacionado ao ambiente.

-Só fatores motivadores (trabalho em si) vão gerar satisfação. O trabalho pode ser interessante, a partir do momento em que o ambiente gere isso. Fatores motivadores duradouros causam motivação (projetos com autonomia, desafiadores, com reconhecimento).

-Criou o Job Enrichment (enriquecimento do cargo): ampliar as responsabilidades/empoderamentos dos funcionários.


-Todas as teorias após Elton Mayo têm a ver com o homem realizador (busca de realização).

Saúde mental e qualidade de vida no trabalho

1) Estresse no trabalho (referencial mais comportamental/cognitivista)
-Eustress: positivo / tensão necessária para sobreviver.

-Distress: negativo / nocivo / pode desencadear doenças psicossomáticas.

3 fases:
-Alarme: mais positiva / após o estímulo ameaçador, volta a se acalmar.
-Resistência: negativa / gera sintomas (manchas no corpo, gastrite, queda de cabelo, dor de cabeça).
-Exaustão: negativa / sintomas se agravam.

-Estratégias de coping (mais positivas e menos nocivas): formas de reagir aos estímulos (mecanismo de enfrentamento do estímulo ameaçador). Identificar qual é o fator estressor e pensar se pode mudar isso.

2) Saúde mental do trabalhador (referencial psicanalítico)
-Estudos se iniciaram na França com Dejours, que criou a metodologia e o referencial.

-Dejours: Psicopatologia do trabalho (1º livro / focado na doença mental) à Psicodinâmica do trabalhador (todo trabalho denota sofrimento).

-Sofrimento: criativo (resultado positivo / a pessoa sente que cresceu) e patogênico (gera doenças psicossomáticas). A organização do trabalho e as relações sociais contribuem para ser criativo ou patogênico.

-Ideologia defensiva coletiva: negar que o perigo existe.

3) Epidemiologia (referencial mais dialético/marxista)
-Estudo ligado às profissões.

-Identificar o que causa.

-Como os fatores interferem na relação do homem com o trabalho.

4) Pesquisa e subjetividade (referencial fenomenológico)
-Muito utilizado em pesquisas.

-Nunca vamos entender completamente a forma como a pessoa percebeu o fenômeno.

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Resumão: Teoria Psicanalítica

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Teoria Psicanalítica – NP1

-A histérica não tinha uma causa orgânica para seus sintomas. A Psicanálise nasce a partir da possibilidade de criar um tratamento para esses casos. Freud criou uma teoria e um método.

-Existe uma força (inconsciente). Quando solucionado o conflito, é solucionado o sintoma.

-A histeria era vista como uma necessidade orgânica que seria curada quando satisfeita.

-O inconsciente move as nossas escolhas. É atemporal.

-Um evento gera um conflito, o que causa o sintoma. O sintoma encobre e denuncia o conflito. A partir do acesso consciente ao conflito, pode-se tratar.

-Trauma não é necessariamente uma situação concreta, é uma situação com a qual não conseguimos lidar emocionalmente.

-Tratamento: não julgar moralmente, contribuir para que a pessoa tenha mais recursos para lidar com a condição concreta pessoal.

-Histeria da conversão: o que não conseguimos lidar emocionalmente, é somatizado no corpo.

-Estamos sempre sujeitos a um determinado contexto.

-Somos movidos pelo inconsciente.

-No período da histeria, a mulher era muito reprimida (questão da sexualidade).

-Hoje em dia, o conflito é externo (nos movemos a partir da aceitação alheia).

-Histeria tem uma causalidade oriunda do inconsciente e um sintoma físico. A depressão não tem uma causalidade inconsciente e há um culto ao corpo.

-Atualmente não se olha a causa (estrutura psíquica, perda real, causa orgânica), se o sintoma é o mesmo, a pessoa será medicada. A pessoa não se conhece, não reconhece seu problema e busca soluções externas. É importante entender qual é o sofrimento.

-A "cura" da Psicanálise é existencial. É uma mudança de dentro para fora e não é quantificada. Identificar as dificuldades é uma forma de solucioná-las. Não é objetiva.

-O psicotrópico é bem-vindo quando elimina um sintoma que "aprisiona" a pessoa. Ao mesmo tempo pode ser negativo por esconder o sintoma, sem compreendê-lo.

-Benefícios do remédio: abandono de tratamentos absurdos, suportar o insuportável (junto com os mecanismos de defesa).

-Malefícios do remédio: pode encerrar o indivíduo numa nova alienação porque propõe o fim do sofrimento psíquico (ilusão de completo bem estar).

-O conflito é externo: uma pessoa não elabora o sofrimento da perda.

-O quantificado é o que é valorizado.

-Antigamente, loucura era o indivíduo estar fora de si. Atualmente isto se repete pela falta de autoconhecimento.


-Deslocamos onde de fato está o problema.

-Freud criou o conhecimento psicanalítico a respeito da histeria, os termos já existiam.
-As histéricas estavam cuidando de pessoas muito doentes.
-1° método: hipnose - estado alterado de consciência. Davam uma ordem para o sintoma parar e ele parava. Mas após o efeito da hipnose, o sintoma voltava. Após a ordem de realizar algo ao "acordar" da hipnose, a paciente obedecia sem consciência do porquê, o que prova a existência do inconsciente.
-Hoje em dia, a psicanálise não utiliza a hipnose, pois não funciona com qualquer pessoa. Muitas vezes o sintoma pode sumir e surgir como outro sintoma.
-2° método: Freud colocava a mão na cabeça da pessoa e pedia para ela lembrar o que aconteceu (era exaustivo e demorado).
-3° método: associação livre - falar sem restrição o que vier à mente (garantia de que o inconsciente vai aparecer, pois a fala não segue a lógica da consciência).
-O inconsciente é atemporal.
-O ego atua como vigilante. Quando dormimos, a vigilância cai, portanto os sonhos servem como porta de acesso ao inconsciente.
-Pequenas coisas do dia a dia geram conflitos.
-Existe a pessoa real e a figura internalizada.
-A histérica sofre de reminiscências (coisas do passado que não foram elaboradas e influenciam no presente). Se investe energia psíquica em coisas do passado, não sobra para o presente. A histérica utiliza essa energia para manter um sintoma.
-Utilizamos energia psíquica para manter conteúdos no inconsciente. Deveríamos conhecer e tratar esses desejos inconscientes.
-Divã tem a intenção de sair da convivência racional (interação social) e proporcionar o autoconhecimento. Não é útil para todas as pessoas (psicótico não utiliza divã).
-A própria paciente sugeriu o método de cura pela fala.
-Tudo que acontece fora, existe no mundo interno e vice versa.
-A psicanálise acontece de dentro para fora.
-A paciente tinha dificuldades de tomar água (quando ela compreende que sentia raiva da pessoa que não impediu que o cachorro bebesse sua água antes, o sintoma cessa).
-A psicanálise não julga as pessoas como boas ou ruins (pessoa pode acertar e errar).
-Rivalidade fraterna sempre existe.
-Os pais são toda a referência de cuidado/amor.
-O ego é um precipitado de lutos.
-Com exteriorização afetiva, o sintoma consegue ser elaborado, atos mecânicos são em vão.
-Conversão histérica: o que não foi elaborado, se converte para o corpo (sintoma).
-Freud articulou (uniu) conceitos da época para formular sua teoria.
-A histeria é uma sobrecarga que a mulher carrega (uma condição psíquica incapaz de lidar com tudo).
-O funcionamento psíquico é regido pelo prazer. Queremos evitar o desprazer.
-Existe uma resistência para evitar olhar para os conteúdos reprimidos.
-Se alcançar o conteúdo reprimido, não vai gerar sintoma.
-Sonho é a realização de um desejo.
-Na criança, a relação entre sonho e inconsciente é mais direta, pois ainda não possui muitos conteúdos reprimidos.
-Condensação: vários elementos condensados em apenas um.
-O trabalho de construção do sonho impede que este seja claro em seus significados.
-Deslocamento: mistura/desloca uma relação para outra.
-Sonho tanto denuncia, quanto encobre um conflito.
-Terapeuta questiona o que o paciente pensa sobre o sonho.
-Efeito terapêutico duradouro: ressignificação de algo.
-Sublimar: realizar o desejo de forma indireta (canalizar a energia sexual para algo que é socialmente aceito). Não é o ato concreto em si, mas o representa.
-Comunicamos coisas que são censuradas, com uma piada (anedota).
-Divã: evita contato visual/social e faz com que a pessoa entre em contato com ela mesma.
-1800: a mulher casava e se tornava mãe de família ou era prostituta. A boa mulher era boa esposa. Não tinha condições para lidar com a sexualidade.
-Até hoje, a sexualidade é "escondida", as pessoas mentem a respeito.
-Sexualidade para Freud não é o ato em si. É biológico, emocional, inerente à vida.
-O desenvolvimento é psicossexual: alma e sexualidade entrelaçadas.
-O bebê possui satisfação na zona oral. Recebe o alimento (leite materno) e é prazeroso. Juntamente com o alimento, recebe cuidado, amor, segurança (alimento para o corpo e para a alma), além de ser o primeiro contato com a vida / com o humano.
-Princípio do prazer e desprazer: buscamos prazer e distanciamos o desprazer.
-As pessoas passam por: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência (sexualidade sublimada) e fase genital.
-Trazer conteúdos do inconsciente para o consciente, sempre tendo a ver com a sexualidade.
-A criança possui instinto e atividades sexuais.
-Acreditamos que a doença é punição (fantasia inconsciente).
-A criança toma ambos os genitores, ou particularmente um, como desejos eróticos.
-Contato humano torna o corpo erógeno.
-Temos que aprender a ficar no lugar do terceiro (excluídos de certa relação).
-Não satisfaz o desejo sexual, gasta energia psíquica no adoecimento.
-Se não vejo vias de satisfação, encontro na doença: substituição para utilizar a energia sexual.

Revisão da teoria dos sonhos
-Sonho manifesto pode não estar objetivamente relacionado ao significado (latente).
-Sonhos recorrentes: algo que não foi elaborado (sintoma).
-Interpretar fragmentando e auxiliando o paciente a fazer associações.
-Devemos tomar cuidado para não colocarmos nossa compreensão, que é diferente da do outro.
-Uma das funções da Psicanálise é ter o psicanalista como um espelho, onde o paciente entra em contato consigo mesmo.
-A psicossomática tem uma causa orgânica.
-A capacidade de simbolização/elaboração é menor (dor física/concreta).

-ID, ego e superego (dar concretude a algo simbólico) – aparelho topográfico.
-1ª tópica: consciente, pré consciente.
-2ª tópica: ID, Ego e Superego.

Consciente
-Experiências do dia a dia (eu sou).
-Tem contato com a realidade externa / recebe os estímulos da realidade (concretos e subjetivos).
-A partir desse contato, estabelecemos relações de afeto /amor.
-Área mais superficial.
-Sentimentos que atingem o contato físico (percepção).
-Prazer e desprazer / quantitativo ou qualitativo.
-O prazeroso pode ser reprimido.
-Ideia é diferente de sentimento.

-O reprimido no inconsciente é a ideia e o afeto associado, não o sentimento/desejo e repressão.

Pré-consciente
-Vinculação entre o reprimido e um possível insight pode recuperar um conteúdo. Predominantemente a questão auditiva faz esse link. Fornecendo vínculos intermediários através da análise, trazemos conteúdos para o pré-consciente.

-Psicose é o inconsciente a céu aberto.


-ID: pulsões e desejos; Ego: Eu; Superego: instância crítica.

Ego
-Nosso Eu.
-Inicia no sistema perceptivo.
-Está em contato com a realidade e com o ID.
-Aplica a influência do mundo externo ao ID.
-Esforça-se para substituir o princípio do prazer.
-Regido pelo princípio da realidade.
-Desempenha o papel que ao ID pertence ao instinto.
-É corporal.
-Quando a mãe dá banho no bebê, delimita o ego fisicamente.
-Dor é uma forma de perceber o corpo. É uma projeção da superfície / projeção de algo psíquico no corpo.
-Ego é um precipitado de lutos.
-Existem tendências morais.
-É o representante do mundo externo.

ID
-Desconhecido.
-Inconsciente.
-Destaca-se pelas resistências e repressões.
-Regido pelo princípio do prazer (busca prazer e evita desprazer).

Superego
-Formado a partir da diferenciação em contato com o ID.

-Regra internalizada, mesmo na ausência de que a colocou.

Complexo de Édipo

-Freud construiu uma teoria de um ponto de vista masculino.

-Complexo de Édipo da menina não é tão claro para Freud (existe uma obscuridade).

-Menino tem um investimento objetal pela mãe (primeiramente pelo seio / está na fase oral / não se vê como outra pessoa). A relação com o pai chega em um momento de ambivalência (4 anos / está na fase fálica / vê bem e mal no mesmo objeto / relação tem sentido amoroso e hostil, pois impede que a mãe seja só dele / vê como rival / desejo de livrar-se dele e ocupar seu lugar junto a mãe). Predomina a relação amorosa com a mãe e a ambivalência com o pai. Não é necessariamente pai e mãe biológicos, mas sim os papéis que uma figura ocupa.

-Existe uma disposição bissexual do ser humano, depende da maneira como o biológico vai encontrar as relações sociais.

-Relações entre amigos podem ser vistas como homossexuais sublimadas.

-Elaboração do Complexo de Édipo não é muito fácil/explícito. 

-É um fenômeno central na criança. 

-Dissolução/resolução: a ameaça de castração. Menino percebe que existe uma diferença anatômica entre ele e a menina e acha que foi tirado dela por ela ter feito algo ruim. Acha que se não desistir da ideia de ter a mãe, vai perder o pênis, como acha que a menina perdeu. Melhor preservar o próprio corpo do que ter aquela mulher (narcisismo / inconsciente). A princípio, a mãe é legitimamente do menino. Para Freud, o pai é castrador: ele coloca limites.

-A menina já é castrada, passa por um complexo de inferioridade.

-Criança tem uma breve noção de que o pênis está envolvido na relação sexual (sabe que é uma zona erógena).

-Desejo da menina pelo pai também está relacionado a isso (se ela não tem, o pai pode dar). Elabora quando tem um filho, especialmente homem (que substitui o que ela não tem - narcisismo).

-Rivalidade da menina com a mãe quando tem irmão (mãe deu mais para ele do que para ela). Complexo de Édipo só será elaborado quando ela for mãe, mas não em todos os casos. 

-Menino se identifica com o pai e quer ser igual a ele, pois terá outras mulheres. 

-Superego surge do ego e é herdeiro do Complexo de Édipo (lei internalizada - o corte é feito pelo pai e deve ser de maneira amorosa, não rígida). Grande parte do superego é inconsciente. 

-Quando a anatomia coincide com o emocional, a elaboração é melhor (mulher sexualmente passiva e homem ativo).

-O clitóris inicialmente se comporta como um pênis. A mulher aceita a castração como um fato consumado. O homem vê como uma possibilidade. 

-A castração também tem outros fatores (perda do seio), o ápice é no Complexo de Édipo.
-A menina não supera sem compensar, então gradativamente reduz o complexo (escolha heterossexual).

-Pulsão de vida (auge quando o filho nasce); Pulsão de morte (doença).

-Corpo quer morrer a sua maneira (deterioração gradual).

-Para a criança, o ódio é mortal (ambivalência é entender que o ódio não mata e o amor não revive).

-Elementos agressivos e amorosos estão interligados.



-Instinto é biológico. Pulsão é o representante psíquico do instinto (entre somático e psíquico).

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